UNISINOS
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
COMPORTAMENTO DINÂMICO DE UM MOTOR CC COM EXCITAÇÃO INDEPENDENTE
Prof. Irineu Alfredo Ronconi Junior
A armadura de um motor CC é uma bobina girante em um campo magnético. Deste modo uma tensão é induzida na mesma como um resultado da indução eletromagnética. Esta tensão terá uma polaridade tal que desenvolva uma corrente que gere um campo que se oponha à variação do fluxo que atua sobre a mesma. Esta tensão é chamada de FORÇA CONTRA ELETROMOTRIZ(fcem). Então a fcem é:
ω
B k
fcem= 2 [1]
onde ω é a velocidade angular do motor e e k2 uma constante.
Para um motor controlado pela corrente de armadura, a corrente de campo if é
mantida constante, e o motor é controlada ajustando-se a tensão de armadura va.
Uma corrente de campo constante significa um vetor indução magnética constante B, para o enrolamento de armadura. Então:
ω 3
k
fcem= [2]
sendo k3 uma constante. O circuito para a análise do problema é mostrado a
seguir:
A tensão aplicada ao circuito de armadura é dada por:
a a a a a
a R i E
dt di L
v = + + [3]
Mas Ea é aproximadamente igual a k3ω, então a equação [3] pode ser escrita da
seguinte forma:
a a a a
a R i
dt di L k
v − 3ω= + [4]
A expressão anterior descreve a relação entre a entrada e a realimentação
(fcem), que gera o que se chama de sinal de erro. O resultado desta relação pode ser considerado como o sinal de saída, isto é, a corrente de armadura ia.
a a k i Bi k
T = 1 = 4 [5]
Este torque é então a entrada para a carga. O torque resultante será dado pelo valor de T subtraído de torques que atuam mecanicamente no eixo, como por exemplo, amortecimentos e atritos. O Torque de amortecimento (o mais
importante)é dado por cω, onde c é uma constante de viscosidade (diminuída, por exemplo com a lubrificação do eixo).
Logo, o torque total será dado, por:
ω c i k
Tt = 4 a− [6]
Isto causará uma aceleração dada por:
ω
ω k i c
dt d
J = 4 a − [7]
Em um motor controlado por corrente de campo, a entrada do sistema é vf. O
circuito de campo gera proporcional a essa tensão a corrente if. A relação entre
if e vf é dada por:
dt di L i R
vf = f f + f f [8]
Neste caso a densidade de fluxo B varia com if sendo ia constante, portanto:
f a k i
Bi k
T = 1 = 5 [9]
Da mesma forma que anteriormente, teremos:
ω
c i k Tt = 5 f −
Que causará uma aceleração angular dada por:
ω
ω k i c
dt d
J = 5 f −