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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE ANGICOS CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO E INFORMÁTICA MARIA FRANCIMARIA CUNHA

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PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE ANGICOS

CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO E INFORMÁTICA

MARIA FRANCIMARIA CUNHA

CULTURA DIGITAL E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO

ANGICOS

2020

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CULTURA DIGITAL E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO

Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Licenciando em Computação e Informática.

Orientador (a): Profª. Dr

a

. Elaine Luciana Sobral Dantas

ANGICOS

2020

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sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei n° 9.279/1996 e Direitos Autorais: Lei n° 9.610/1998. O conteúdo desta obra tomar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) sejam devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos.

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI- UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.

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Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender.

Paulo Freire

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Primeiramente a Deus, por estar sempre presente em minha vida, me auxiliando, me guiando passo-a-passo, me orientando a tomar decisões válidas, levando-me pelo caminho correto, fazendo-me acreditar que com ele tudo é possível basta ter fé e crer.

A minha família, responsáveis pela minha existência e realizações dos meus sonhos, desde cedo me ensinando que a educação é o caminho certo para transformar o mundo. Além de estarem sempre comigo, me oferecendo apoio, compreensão e amor.

A minha orientadora, Professora Doutora Elaine Luciana Sobral Dantas, por contribuir para o meu crescimento acadêmico e pessoal, sempre disponível (presencial/virtual), em orientações, paciência e dedicação; o qual trago grande admiração, carinho e respeito.

A todos os professores da Licenciatura em Computação e Informática da UFERSA/Angicos, em especial, as professoras: Elaine Luciana Sobral Dantas e Divoene Pereira Cruz que me ajudou de forma extraordinária nos meus primeiros estágios, por todos os ensinamentos, incentivos e carinho, sempre acreditando em meu potencial.

As professoras Divoene Pereira Cruz e Andrezza Cristina da Silva Barros Souza por dedicarem parte do seu tempo a mim, aceitando participar da banca. Dando suas contribuições para a minha formação acadêmica.

A Rutilene Rodrigues da Cunha, por estar sempre disposta a me ajudar, me orientando, me guiando e me fazendo ver que realmente eu tenho potencial e conhecimento para continuar, sempre me mostrando que na vida é preciso acreditar.

A todos os meus amigos e amigas, que a UFERSA trouxe, em especial a Francimária

Moura e Katiane Oliveira por estarem comigo durante todos os anos da graduação, aos quais

quero sempre presentes em minha vida e em meu coração.

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Este trabalho tem como objetivo investigar sentidos de professores e alunos do ensino médio acerca das relações entre cultura digital e prática pedagógica. Está ancorado em princípios da abordagem histórico-cultural e se constitui como uma investigação qualitativa. Utilizamos como procedimentos para a construção e análise dos dados o questionário para caracterização dos sujeitos e as entrevistas semiestruturadas. Tivemos como sujeitos da pesquisa, alunos e professores da escola Estadual Professor Francisco Veras, na cidade de Angicos/RN. Na análise dos dados definimos eixos temáticos, a saber: Sentidos sobre Cultura Digital e Práticas Cotidianas; Sentidos sobre Cultura Digital na Escola; Sentidos sobre Cultura Digital e Prática Pedagógica; Sentidos sobre Cultura Digital e Aprendizagem. Os resultados apontaram que os alunos tem maior interesse/desempenho com a implantação das tecnologias na sala de aula, facilitando a aprendizagem, deixando as aulas mais dinâmicas e atraentes. Os professores apontaram para uma possibilidade de ampliação/construção de novas oportunidades de ensino, mas só com a inserção das tecnologias nas escolas não garante essas possibilidades.

Conclui-se que na educação, ainda, a uma grande necessidade de investimento em formação e equipamentos para que os professores possam aprimorar suas práticas pedagógicas, para que mudem a realidade das escolas.

Palavras-chave: Cultura digital, Ensino médio, Prática Pedagógica.

(8)

1 INTRODUÇÃO ………...………. 10

2 REVELANDO A METODOLOGIA ...………... 12

2.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ... 14

2.2 PERFIS DOS ENTREVISTADOS ...………... 14

2.2.1 Estudantes do primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio ... 14

2.2.2 Caracterização dos docentes ………...………... 16

3 TECNOLOGIA, CULTURA DIGITAL E PRÁTICA PEDAGÓGICA.. 18

3.1 TECNOLOGIA, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO ...…...………… 18

3.2 TECNOLOGIA, SOCIEDADE E CULTURA DIGITAL ... 20

3.3 TECNOLOGIAS, CULTURA DIGITAL E PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO ...……….…… 22

4 CULTURA DIGITAL, PRÁTICA PEDAGÓGICA E APRENDIZAGEM: SENTIDOS DE ESTUDANTES E PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO ………....……… 24 4.1 SENTIDOS SOBRE CULTURA DIGITAL E PRÁTICAS COTIDIANAS.. 24

4.2 SENTIDOS SOBRE CULTURA DIGITAL NA ESCOLA ...… 26

4.3 SENTIDOS SOBRE CULTURA DIGITAL E PRÁTICA PEDAGÓGICA.. 28

4.4 SENTIDOS SOBRE CULTURA DIGITAL E APRENDIZAGEM... 30

5 CONCLUSÕES FINAIS ...………...………... 34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ………... 35

APENDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA

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1 INTRODUÇÃO

Na atualidade, temos visto uma crescente transformação de práticas culturais no contexto das tecnologias digitais. As relações humanas são constantemente modificadas em função das necessidades de comunicação e interatividade marcadas pela instantaneidade do mundo digital. Esse amplo desenvolvimento tecnológico também vem sendo disseminado e interroga as práticas escolares.

Segundo Kenski (2010), a evolução tecnológica não se encontra restrita apenas aos novos usos de determinados equipamentos e produtos, sua utilização abrange um vasto campo de utilização, ganhando espaço ainda mais amplo nas instituições de ensino.

Cultura Digital engloba o compartilhamento de conhecimentos às tecnologias, principalmente a informacional, onde o partilhar é comum e a liberdade de fluxos de informações e de criação acontece em um ambiente amplo e global.

A incorporação das tecnologias da informação pela escola é de fundamental importância, particularmente pelo educador, ao defender que as tecnologias podem contribuir para uma vinculação entre os contextos da escola, da vida do jovem aluno, do mundo do trabalho e da cultura contemporânea (CHAGAS et al., 2007).

A sociedade contemporânea vem sendo marcada por intenso desenvolvimento tecnológico, portanto torna-se importante discutir sobre os benefícios do uso das ferramentas tecnológicas na construção do conhecimento e desenvolvimento do ser humano (SILVA;

CORREA, 2014).

A Cultura Digital permeia a realidade e o cotidiano no ambiente escolar até porque se vive a disseminação diária de aparatos tecnológicos. Com o uso da tecnologia, o homem vive algo inimaginável décadas atrás: o rompimento de barreiras virtuais e o incremento da comunicação em nível mundial. É nesse contexto que o presente trabalho procura vincular a sala de aula com alunos do ensino médio ao uso de Tecnologias Digitais, como meio indispensável de ampliação de conhecimentos.

A discussão sobre a forma e o canal de se utilizar o que é disseminado através da comunicação global, incrementada certamente com o uso da Internet, chegou às escolas e às salas de aula tanto do ensino fundamental como do ensino médio. No entanto, é visível que os processos educacionais atuais, principalmente falando genericamente de Escolas Públicas, não acompanham a Cultura Digital distanciando-se da realidade dos educandos e da vida social.

Sendo evidenciado por diversos fatores que eventualmente pode-se conhecer em uma breve

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visita as escolas, muitas das vezes as escolas não oferecem aos estudantes equipamentos apropriados para uso, como também alguns professores se limitam e se recusam a utilização dessas ferramentas como sendo uma prática pedagógica, ao qual pode vir a melhorar o desempenho tanto dos alunos como também dos professores.

Assim, o referente trabalho tem como objetivo investigar sentidos de professores e estudantes do ensino médio acerca das relações entre cultura digital e prática pedagógica. Esta investigação tem como finalidade compreender as dificuldades enfrentadas pelos professores e alunos na inclusão da cultura digital em sua prática pedagógica, além da falta de uma estrutura adequada das escolas e a dificuldade de integração desses recursos, num papel de suma importância que é o processo de ensino/aprendizagem, no caminho da formação de cidadãos que interajam e compartilhem a informação a serviço da interatividade.

Este trabalho está dividido em seis capítulos. Neste primeiro apresentamos os aspectos

introdutórios relacionados ao tema de estudo, sua problematização e objetivo da pesquisa. No

segundo, revelamos a metodologia, o caminho de pesquisa, à localização e caracterização do

campo de pesquisa e os perfis dos entrevistados e suas características. No terceiro capítulo,

traremos as discussões do referencial teórico sobre Tecnologia, a Cultura Digital e a Prática

Pedagógica. Já no quarto capítulo, apresentamos a análise dos dados construídos. No quinto

capítulo, apresentaremos nossas considerações finais. E por fim, trazemos as referências

bibliográficas do o apêndice.

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2. REVELANDO A METODOLOGIA

Para alcançarmos os objetivos estabelecidos nessa pesquisa, nos ancoramos na abordagem Vygotskyana e sua compreensão de desenvolvimento do homem como fruto das experiências históricas e culturais. A abordagem histórico-cultural valoriza as percepções pessoais, no qual procura compreender os sujeitos envolvidos, o contexto, as interações, localizando a realidade humana em uma perspectiva de totalidade, buscando formas de explicar a realidade. Dessa maneira, os resultados e descrições dos acontecimentos são pontos fundamentais, mas o objetivo maior é compreender como as coisas e/ou acontecimentos se relacionam. Podemos perceber está analise nas palavras de Bogdan e Biklen (1994, P.16)

[...] à investigação não é feita com objetivo de responder a questões prévias ou testar hipóteses. Privilegiam, essencialmente, a compreensão dos comportamentos a partir da perspectiva dos sujeitos da investigação.

Para o pesquisador construir uma compreensão da realidade investigada é necessário muitas vezes se colocar no lugar do pesquisado, ser parceiro de uma experiência dialógica, no qual pesquisador e sujeitos pesquisados constroem sentidos para os fenômenos estudados.

A pesquisa qualitativa busca descobrir e compreender como os fenômenos ocorrem e quais as suas relações, busca através da curiosidade identificar o real objetivo da pesquisa. A pesquisa qualitativa busca uma compreensão particular daquilo que estuda; não se preocupa com generalizações populacionais, princípios e leis. O foco é centralizado no específico, no peculiar, almejando sempre a compreensão do fenômeno estudado, geralmente ligado a atitudes, crenças, motivações, sentimentos e pensamentos da população estudada.

Queremos frisar, contudo, como argumenta Kenski (1998), que o fato de vivermos a era digital e enfrentarmos os desafios constantes, oriundos das novas tecnologias no cotidiano de nossas vidas, não significa que queiramos professores adeptos incondicionais – ou de oposição radical – ao ambiente eletrônico. Ao contrário, significa nos apropriarmos de conhecimentos tecnológicos que permitam dominar a máquina, criticamente, conhecê-la para saber de suas vantagens e desvantagens, riscos e possibilidades, para poder transformá-la em ferramenta útil, em alguns momentos, e dispensá-la em outros.

Com o intuito de analisar a cultura digital e a prática pedagógica entre alunos e

professores do ensino médio desenvolvemos um questionário/entrevista (apêndice), para

alunos e professores da escola Estadual Professor Francisco Veras, na cidade de Angicos/RN.

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Nesta pesquisa, conforme mencionado anteriormente, foi acionados a entrevista de campo de caráter interpretativo.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento dessa pesquisa consistiu-se de forma descritiva por meio da técnica de pesquisa como instrumento básico para a construção de dados, na qual seguem algumas etapas essenciais, como a aproximação do pesquisador ao grupo social estudado “essa aproximação, que exige paciência e honestidade, é a condição inicial necessária para que o percurso da pesquisa possa, de fato, ser realizada de dentro do grupo com a participação de seus membros enquanto protagonistas e não simples objetos”.

Todas as informações relevantes foram construídas com aprofundamento na entrevista aplicada. Terminada essa fase, se passar segunda, na qual foi atribuídas sistematização e organização dos dados. Mediante a análise dos dados o pesquisador poderá informar a situação real do grupo e qual a percepção que este possui sobre sua situação. Portanto, “Se todas essas etapas forem seguidas adequadamente, o trabalho terá êxito”. (QUEIROZ

et.al.,

2007, p.279).

Para atingir os objetivos foi necessário ouvir os professores e alunos – como sendo sujeitos da pesquisa – as aberturas que as entrevistas possam ter – como auxílio, instrumento para obtenção de dados sobre cultura digital e as práticas pedagógicas, também são contextualizados e se articulam com as experiências, saberes e sentidos dos professores.

Sendo assim, podemos definir o quão importante que é analisar as vozes dos professores como também dos alunos, acerca da construção do conhecimento sobre o âmbito da educação no ensino médio, vindo a compreender diferentes formas de produção/sentido em relação às práticas pedagógicas.

Para a efetivação do trabalho, foram selecionados 05 (cinco) professores e 10 (dez) alunos, do ensino médio na referida instituição. A escolha dos professores e alunos se deu de maneira aleatória, tanto os professores como alunos se voluntariaram. Porém, vale salientar, que os professores e alunos concordaram em participar da pesquisa, para concretizar o aceitar para colaboração na pesquisa, lhes foi apresentado um termo de consentimento livre e esclarecido sobre os objetivos e a metodologia da investigação, em seguida todos assinaram o devido termo, dando assim procedência ao início da mesma.

Os dados objetivos acerca da caracterização dos sujeitos foram tabulados, utilizados

procedimentos simples de analise descritiva, obtendo-se, dependendo da variável estudada,

valores da média e do desvio. Os dados mais subjetivos relacionados aos sentidos dos sujeitos

acerca do objeto de estudo foram analisados numa perspectiva mais discursiva considerando

eixos temáticos identificados.

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2.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O projeto de pesquisa foi conduzido na cidade de Angicos/RN, situada a 5° 39’ 56” de latitude sul e 36° 36’ 04” de longitude oeste, detentora de área territorial de 742 km², situada na microrregião central. O clima da região é o semiárido, o qual predomina o bioma caatinga.

No recorrente, a economia gira em torno da agropecuária, indústria e serviços terceirizados.

Com número de habitantes de 11.553 que estão divididos em zona urbana com 10.089 habitadores (87%), e zona rural com 1.464 (13%) (IBGE, 2010).

Figura 1. Mapa do Brasil e Rio Grande do Norte, destacando o município de Angicos/RN.

Fonte: Compilação da autora (2019).

2.2 PERFIS DOS ENTREVISTADOS

2.2.1 Estudantes do primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio.

A pesquisa iniciou mediante aplicação de questionários voltada à identificação do

perfil dos colaboradores. As quais fizeram referência à faixa etária, sexo, grau de escolaridade

e a concepção sobre as mídias digitais, a fim de identificar a realidade dos mesmos.

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No que tange à faixa etária dos colaboradores por ano (nível de escolaridade) da Escola Estadual Professor Francisco Veras, estes possuíam, em sua maioria, 50%, 19 anos, no primeiro ano do ensino médio, enquanto, os demais apresentaram percentual de apenas 25%, com 15 e 17 anos (Quadro 1). Para o segundo ano 75% dos colaboradores detém idade de 16 anos e apenas 25%, 15 anos, representando a minoria destes (Quadro 1). Já para fase final do ensino médio (terceiro ano) 100% dos colaboradores encontram-se com 17 anos, conforme representado no Quadro 1.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de número 9.394, de 1996, a educação foi subdividida em níveis, etapas e modalidades educativas. No que tange à organização em níveis, foi subdividida em dois que são: a educação básica – infantil, ensino fundamental e ensino médio e educação superior, ambas prevista no art. 21 da referida lei.

Quanto a faixa etária disposta na LDB, o período de durabilidade é de 3 anos, os educandos devem apresenta-se entre 15 a 17 anos, como observa-se alguns estudantes, principalmente, os que estão cursando o primeiro ano já ultrapassaram a faixa etária disposta na mesma, do percentual entrevistado do terceiro ano todos encontram-se dentro do período de conclusão que é aos 17 anos previsto pela lei nacional.

Quadro 1. Idade, sexo, série e faixa etária do primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio da Escola Estadual Professor Francisco Veras, localizada na cidade de Angicos/RN.

Alunos Idade Sexo Série

A 15 Feminino 1° ano

B 17 Feminino 1° ano

C 15 Masculino 1° ano

D 19 Feminino 1° ano

E 16 Masculino 2° ano

F 15 Masculino 2° ano

G 16 Feminino 2° ano

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H 16 Másculo 2° ano

I 17 Feminino 3° ano

J 17 Feminino 3° ano

Fonte: Elaborado pela autora (2020).

Quanto ao sexo destes, tem-se que a maioria são mulheres, representando 75%, quanto ao ano estudado (primeiro ano), sendo que o masculino é composto por apenas 25%.

Resultado contrário foi constatado no segundo ano, ou seja, a maioria dos cooperadores é composta pelo sexo masculino, apresentado os mesmos percentuais. A turma do terceiro ano, todos os entrevistados que se propuseram responder o questionário são do sexo feminino, totalizando 100%.

2.2.2 Caracterização dos docentes

No recorrente aos docentes da Escola Estadual Professor Francisco Veras, a faixa etária variou de 28 a 50 anos de idade, sendo que para todas as faixas apresentaram o mesmo percentual. Percebe-se com os dados obtidos que os professores são bastante jovens, evidenciando assim as oportunidades de emprego no país, outro fator que vale ressaltar é que os profissionais mais jovens estão abertos às novas tecnologias, facilitando o processo de inserção dos discentes no mundo digital, bem como transcendendo os muros de instituição, uma vez que ao solicitar trabalhos, os discentes vão buscar informações nas mídias não apenas na escola, mas em suas residências, colaborando também para o trabalho em equipe e formação dos educando, ressalvando assim a importância do incentivo das instituições para com a formação de docentes mais capacitados independente da faixa etária.

No Quadro 2 encontra-se representado a formação profissional dos professores, bem como sua especialização, ou seja, é evidente que os profissionais estão a cada dia buscando se especializar, visando oferecer ensino de qualidade para os estudantes, neste sentido o incentivo da escola é de suma importância para que estes possam se especializar.

Quadro 2. Caracterização geral dos docentes da Escola Estadual Professor Francisco Veras,

localizada na cidade de Angicos/RN.

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Professor Idade Sexo Tempo de serviço no ensino médio

Graduação Pós-Graduação

Curso Curso

AA 29 Feminino 03 anos Letras/português Especialização

BB 32 Masculino 10 anos Licenciatura em

química

Especialização

CC 28 Feminino 05 anos Licenciatura em

ciências biológicas

Especialização

DD 50 Feminino 09 anos Historia -

EE 30 Masculino 04anos Língua Inglesa -

Fonte: Elaborado pela autora (2020).

Segundo o INEP (2009), os professores atuantes no ensino médio apresentam a escolaridade mínima exigida pela atual legislação educacional, ou seja, curso superior com licenciatura, o que equivale a 87,0%, enquanto que os demais apenas 6,4% têm nível superior sem licenciatura e 6,6% apresentam nível médio ou, apenas, ensino fundamental.

De acordo com o Censo Escolar da Educação Básica, Notas Estatísticas realizado no

ano de 2016, do total de docentes atuantes nas turmas de anos finais, 84,7% têm nível

superior completo (78,6% têm nível superior completo com, por exemplo, licenciatura), como

mencionado anteriormente é notório a busca dos professores para se especializar em suas

áreas de ensino, contudo ainda é necessária uma melhor investigação quanto a tal processo, ou

seja, pesquisas mais detalhada para que seja divulgado o real valor de tais informações que

ainda são tão escassas na literatura (INEP, 2017).

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3 TECNOLOGIA, CULTURA DIGITAL E PRÁTICA PEDAGÓGICA

As tecnologias colaboram para a mudança das práticas de aprendizagem com a criação de um novo ambiente em sala de aula e na escola que reflete em todos os interesses e relações envolvidas nesse processo, entre ensino e aprendizagem, nos materiais de apoio pedagógico, na organização e representação dos conteúdos em sala.

Alves (2009) descreve que a Tecnologia Educativa surge, por um lado, como via de acesso ao processo geral de tecnização da vida, isto é, o homem deve ser educado para atuar conscientemente num ambiente tecnológico.

O conceito de cultura digital não apresenta um único significado fechado, são analisados e interpretados de varias formas por alguns pesquisadores. Lemos (2009, p. 136) relata que Cultura Digital refere-se ao contexto de trata-se da cultura marcada pelas ferramentas eletrônicas digitais.

A uma

necessidade da sociedade de manter-se conectada, dependendo cada vez mais da tecnologia em seu dia a dia.

Segundo Caldeira e Zaidan (2010) descrevem que a prática pedagógica é incluída como uma prática social, que se dá em diversos espaços e tempos do ambiente escola, no dia a dia de professores e alunos abrangidos, de modo especial na sala de aula, mediada pela junção professor e aluno na construção do conhecimento.

Essa Prática Pedagógica é desenvolvida no dia a dia do professor e aluno, com as ações práticas Pedagógicas é construída no cotidiano, desenvolvida pela visão de mundo em suas necessidades e possibilidades na realidade em que se constroem.

3.1 Tecnologia, Sociedade e Educação

De acordo com Dias (1999) os avanços tecnológicos deram-se a partir do século XIX, no ramo da eletricidade. Vários inventos começaram a influenciar a forma de comunicação da sociedade. No ano 1837, o alfabeto foi digitalizado no código Morse e, nos anos subsequentes, ainda no século XIX, foram inventados o daguerreotipo, o telégrafo, a máquina de escrever, o fonógrafo, o telefone e o rádio. Em 1890, nasceu a mecanografia, com o cartão perfurado de Hermann Hollerith.

Os autores relatam que no início do século XX, surgiram outros dispositivos

relacionados, de alguma maneira, com a comunicação: o cinema falado, a televisão, o

gravador, a caneta esferográfica, a fotocopiadora e os primeiros computadores. Com essa

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evolução apareceram também novos suportes: fotossensíveis (filme, microfilme, fotografia e microficha), mecânicos (disco de vinil) e magnéticos (filme polímero recoberto por óxido de ferro ou cromo).

Atualmente, é notório que a era da tecnologia, em que todas as áreas da sociedade se alto beneficiam dos aparatos tecnológicos existentes, que surgem para melhorar as atividades e necessidades de cada uma dessas áreas. Com a educação não poderia ser diferente. Hoje, as tecnologias contribuem para um melhor processo de ensino-aprendizagem, proporcionando novas formas de ensinar e aprender (GARCIA, 2013).

A terminologia “tecnologia”, oriunda da revolução industrial no final do Século XVIII, contudo, este termo tem sido amplamente empregado em diversos campos do conhecimento, além dos setores da indústria têxtil e mecânica. O Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda, conceitua “tecnologia” como sendo “um conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade: tecnologia mecânica” (SILVA, 2002).

Souza (2009) conceitua tecnologia como sendo um conjunto ordenado de conhecimentos científicos, técnicos, empíricos e intuitivos empregados no desenvolvimento, na produção, na comercialização e na utilização de bens ou serviços, em prol do desenvolvimento humano.

Segundo Jung (2009), a tecnologia é a aplicação do conhecimento científico às propriedades da matéria e da energia, de forma a serem desenvolvidos novos produtos e processos destinados a reduzir o esforço humano. Esta tem por princípio o estudo das necessidades humanas para o desenvolvimento de produtos e processos destinados às diversas atividades socioeconômicas e culturais, considerando sempre a possibilidade de reduzir o esforço humano.

Silva (2013), relata que a tecnologia está sendo amplamente difundida entre os diversos domínios da existência humana (hábitos de alimentação, ritmos de vida, maneira de trabalhar, sistema de saúde, processos pedagógicos, etc.), e, conforme se amplia sua influência na vida das pessoas.

Verifica-se que o uso das tecnologias está presente em todos os lugares e em todas as atividades desenvolvidas pelo ser humano. Tendo em vista que ao executar qualquer atividade se faz necessário o uso de produtos e equipamentos, que são resultados de estudos, planejamentos e construções específicas (ALTOÉ; SILVA, 2005).

Silva e Correa (2014) faz menção ao desenvolvimento tecnológico, o qual vem se

apresentado na sociedade contemporânea, fazendo-se necessário discutir sobre os benefícios

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do uso das ferramentas tecnológicas na construção do conhecimento e desenvolvimento do ser humano.

Segundo Gonçalves (2006), em meio as constantes transformações advindas do processo tecnológico, constata-se que as escolas e as universidades brasileiras não conseguiram acompanhar os avanços, se forem comparados com a grande maioria dos setores da sociedade brasileira. Nas últimas décadas, as transformações tecnológicas, são extremamente notáveis, tanto que passaram a ser ferramentas indispensáveis ao homem moderno.

Altoé e Silva (2005) descreve que no Brasil, o uso das tecnologias na educação esteve primeiramente voltado para o ensino à distância. No ano de 1939, o Instituto Rádio Monitor, e posteriormente em 1941 o Instituto Universal Brasileiro, realizaram as primeiras experiências educativas com o rádio. Entre essas experiências destaca-se a criação do Movimento de Educação de Base (MEB), que visava alfabetizar e apoiar a educação de jovens e adultos por meio das "escolas radiofônicas", principalmente na região norte e nordeste do Brasil. Outro projeto importante transmitido pelo rádio MEC foi o projeto Minerva.

Nos próximos tópicos, desdobraremos uma concepção sobre, tecnologia, sociedade e cultura digital, tecnologia, cultura e prática pedagógica no ensino médio.

3.2 Tecnologia, Sociedade e Cultura Digital

O uso das tecnologias se faz presente em nosso cotidiano de forma constante, haja visto que tudo que é utilizado é acrescido da tecnologia, ato que a torna uma ferramenta cruscial para o desenvolvimento da sociedade de modo geral, no âmbito academico a inserção desta é de suma importancia, contudo, sua utilização não se restringe apenas ao uso do computador mais sim a TV, DVD, vídeo rádio e vários outros, ou seja, tudo que venna contribuir para o aprendizado do educando.

Nos dias atuais, é evidenciado a necessidade de integração das tecnologias ao trabalho

escolar, em especial as novas tecnologias da informação e comunicação, considerando que

elas estão cada vez mais presentes no cotidiano, especialmente dos jovens, e que sua

aplicação na educação, no trabalho e em outros contextos relevantes, é uma competência

básica a ser propiciada pelos educadores no conjunto do currículo escolar e de suas disciplinas

(RIBEIRO; CASTRO; GOMES, 2007).

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Segundo Moran (2001), educar com novas tecnologias é um desafio que até agora não foi enfrentado com profundidade, são feitas apenas adaptações, pequenas mudanças. “Ensinar com novas tecnologias será uma revolução se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial”.

Segundo Kenski (2010) a evolução tecnológica não encontra-se restrita apenas aos novos usos de determinados equipamentos e produtos, sua utilização abrange um vasto campo de utilização, ganhando espaço ainda mais amplo nas instituições de ensino.

No que tange o uso das novas tecnologias da comunicação e informação no campo educacional, estas representam uma grande inovação na educação, pois propicionam o desenvolvimento das produções em colaboração, podendo instigar o espírito investigativo tanto dos alunos quanto dos professores sendo que estes poderão apropriar-se do uso das tecnologias para mediar os trabalhos dos estudantes, sentindo-se desafiados a buscar condições mais adequadas para o processo de aprendizagem interativo e dinâmico (MOURA;

BRANDÃO, 2011).

Silva e Fernandes (2007) expõe que o desenvolvimento de novas tecnologias tem permitido que o acesso à informação se torne mais rápido e fácil. Neste cenário, observamos que, aos poucos, as tecnologias da informação e comunicação foram inseridas no processo de ensino aprendizagem, facilitando assim o ensino.

A forma como se adquire conhecimento vem sendo modificada nas últimas décadas.

Isto porque com o avanço tecnológico o mundo está sofrendo mudanças significativas principalmente na área da comunicação. Através da internet houve o rompimento de barreiras e atualmente, em questão de segundos, uma informação pode ser compartilhada entre todo o globo. Partindo-se dessa realidade, verifica-se a existência de uma disseminação cultural, que é experimentada pela sociedade e envolve toda essa amplitude de transformações humanas juntamente com o advento tecnológico.

O século XXI está marcado por essa revolução constante das tecnologias. Essa revolução digital nos leva a uma nova era, chamada era digital e a uma nova cultura, a cultura digital ou cibercultura.

A Cultura Digital, objeto de estudos recentes, é inerente a sua existência, às mutações no cotidiano humano. Muito se discute sobre o que vem a ser efetivamente a Cultura Digital.

Entende-se como Cultura, o saber disseminado por uma sociedade, por grupos com interesses

afins, constituindo-se em demonstrações do homem e sua marca na história e na vida em

comum. Já a Cultura Digital engloba o compartilhamento de conhecimentos às tecnologias,

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principalmente a informacional, onde o partilhar é comum e a liberdade de fluxos de informações e de criação se dá em um ambiente amplo e global.

Essa era tem características completamente diferentes das anteriores. As pessoas que nasceram nela são as grandes representantes das mudanças sociais relacionadas com a globalização, a individualização e o uso cada vez maior de tecnologias. A globalização é entendida como uma nova ordem mundial cujo grande aspecto não pode ser ignorado: a educação como um todo e o trabalho docente, em especial, estão sendo reconfigurados (BARRETO, 2004).

No entanto, na educação, ainda não presenciamos modificações significativas em nossa vida cotidiana. As discussões ainda estão centradas na questão técnica, quando o foco deveria estar sobre a capacitação para o seu uso.

Como educadores e futuros educadores, precisamos acompanhar as transformações e adaptar os processos educacionais de acordo. Sob o ponto de vista pedagógico, é eminente na realidade da escola a dificuldade enfrentada na relação aluno x professor, uma vez que a relação hierárquica historicamente constituída entre eles não fundamenta o processo ensino- aprendizagem atual. O trabalho conjunto de aquisição de conhecimento deve permear a dialogia onde o aprendizado acontece tanto entre os educandos quanto entre os mestres. O paradigma de ensino tradicional ainda muito utilizado nas escolas deve dar lugar ao pensar coletivo, ao aprender e produzir em conjunto. E é neste cenário que aparece a Cultura Digital como via atual de ampliação de conhecimentos e conceitos com o uso imperativo das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC).

3.3 Tecnologias, Cultura Digital e Prática Pedagógica no Ensino Médio.

É notória que a inserção de tecnologias no ensino está cada vez mais usual por parte dos educadores, pois a inclusão de recursos digitais em sala de aula, quando bem planejada, ajuda a aumentar a comunicação entre alunos e professores e, com isso, qualifica melhor o ensino, ou seja, é de fundamental importância a capacitação dos professores para trabalhar com as novas tecnologias, pois possibilita um repensar de suas práticas pedagógicas fortalecendo a ação didático-pedagógica (MOURA; BRANDÃO, 2011).

Alves (2009) descreve que a Tecnologia Educativa surge, por um lado, como via de

acesso ao processo geral de tecnização da vida, isto é, o homem deve ser educado para atuar

conscientemente num ambiente tecnológico e, por outro lado, como uma ciência aplicada

capaz de contribuir para tornar o processo educativo mais eficaz, isto é, melhorar a

(22)

aprendizagem. Contudo o domínio do estudo, para com a tecnologia educativa incide, assim, na construção de sistemas de ensino/aprendizagem capazes de provocar mudanças educativas significativas.

De acordo com Nascimento (2012), a inserção das tecnologias na escola podem tornar mais atraente para os jovens a relação de ensino-aprendizagem, mas este é um novo desafio para a educação justamente porque essas tendências obrigam a escola a reorganizar seu modelo de ensino. Porém, o principal desafio das escolas é se adaptar aos novos meios tecnológicos porque estes permitem que os alunos interajam mais, fugindo aos padrões tradicionais de educação que entende o aluno apenas como sujeito passivo da sua própria formação.

Segundo Maia (2003) para o país atingir os melhores níveis de educação é necessário criar meios para que as pessoas possam ter a oportunidade de construir conhecimento e, portanto, é necessário aumentar a oferta da educação, como também fazer uso adequado das tecnologias disponiveis, para que posteriormente a sociedade não torne-se “analfabetos tecnológicos”, realidade que será evitada através da aplicação da tecnologia na educação, a qual será possível mudar esta perspectiva, pois o desenvolvimento de novas tecnologias, que tem provocado uma revolução silenciosa na sociedade, também tem transformando os meios de fazer negócio, o modo de trabalhar das pessoas, permitido outras possibilidades de ensino/aprendizagem.

Com o avanço das tecnologias no processo de aprendizagem e construção do conhecimento na formação do saber, desenvolver uma nova metodologia nesse novo processo de aprendizagem requer a participação de todos que estão envolvidos para poder manter o equilibrio dos novos metódos de aprendizagem na didática introduzida nas escolas. A introdução das tecnologias no processo de ensino/aprendizado ainda tem um desafio muito grande, as escolas não estão preparadas para esse avanço tecnológico, o pouco recurso disponibilizado não chega com as manutenção e capacitação adequadas para o bom funcionamento, nessa forma se faz de suma importância e necessária, a participação dos professores nesse processo de aprendizado com as novas tecnologias, sendo o mediador entres elas e o aluno.

Com a cultura digital ainda tem professores intimidados com o uso de aparelhos em

sala, (muitas vezes por não domina-lo). As tecnologias propocionam momentos de ensino

diferenciado, transformando as aulas convencionais em aulas atrativas e dinamicas. Fazendo

com que algo novo lhe foi ensinado de forma a se tornar mais atrativo fazendo com que

desenvolva um novo comportamento pelo indivíduo.

(23)

4 CULTURA DIGITAL, PRÁTICA PEDAGÓGICA E APRENDIZAGEM: SENTIDOS DE ESTUDANTES E PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO

A tecnologia esta cada vez mais intensa no meio acadêmico. Permitem a ampliação do meio de sala de aula, de espaço e tempo, de acesso à informação e comunicação.

Segundo Demo (2006), em relação aos desafios enfrentados, tem que repensar seus modelos pedagógicos; para aprendizagem; como os recursos tecnológicos podem facilitar e aperfeiçoar o método de ensino/aprendizagem; para motivar o aluno no processo de aprendizagem; como se tornar um professor mediador distante fisicamente e, como utilizar as tecnologias para ensinar e aprender.

Sabendo que só com a inserção das tecnologias na educação não muda as práticas pedagógicas, a forma como as tecnologias serão utilizadas no processo de ensino e aprendizagem é que vai articular no processo da construção do conhecimento, é necessário ampliar o senso crítico e a capacidade de selecionar bem as informações, para transformá-las em conhecimento.

O professor mediador por meio das tecnologias tem como o maior desafio superar as práticas instrucionais, desenvolvida ao longo dos anos, superar e ultrapassar essa barreira entre o comodismo e o novo, é preciso fazer a formação de professores para utilizar as tecnologias.

Por meio dos questionário/entrevista tentamos investigar o sentido de estudantes e professores sobre cultura digital e prática pedagógica no ensino médio. Organizamos nossas análises em quatro eixos temáticos considerando os questionamentos realizados e as significações dos sujeitos.

4.1 Sentidos sobre Cultura Digital e Práticas Cotidianas

Quando questionados acerca do acesso à internet e computadores em suas residências,

todos os professores e alunos detêm computadores, bem com internet, ato que facilita o

aprimoramento de sua utilização, bem como o planejamento de aulas para a utilização de

recursos digitais como slide, documentários, dentre outros. Contudo os profissionais ainda

apresentam certa dificuldade quanto à utilização de mídias e objetos digitais como materiais

didático-pedagógicos, fator este que pode ser amenizado com incentivo do poder público em

politicas de formação continuada para professores. Destacamos algumas vozes dos

professores que ilustram:

(24)

Atualmente o mundo está completamente voltado e girando em torno das mídias digitais, ato atribuído à cultura digital e as redes sociais, onde a juventude encontra-se cada vez mais conectada à internet, sendo que temos que nos adaptar para acompanhar o ritmo dos nossos alunos, pois vivem situações no cotidiano que utiliza recursos digitais dentro da sala de aula. Porém, busco sempre acompanha- los, pois me considero ainda um aprendiz no quesito das mídias digitais e por causa disso tenho alguma dificuldade em trabalhar com isso em sala, contudo, já criei na plataforma do Edmodo com uma sala de aula virtual, estou aos poucos me adaptando ao mundo dos alunos. Hoje fiz uma atividade 1º e o 2º ano que vai envolver um pouco da cultura digital, pois vão fazer uma pesquisa e vou divulgar o resultado nas redes sociais, fazendo marcação com a minha rede, para que eu veja que eles estão executando o trabalho pesquisa, sendo assim justificada de forma online plataforma deles.

Tais ações ajudam sair do tradicional, ou seja, não ficar apenas no livro didático e no quadro, pois o rendimento acaba não sendo tão satisfatório, sendo que os mesmos apresentam pressa em viver conectado, então eu não vejo o avanço tecnológico como algo ruim, mas como algo que veio para somar o conhecimento, colocar em prática essa parte da cultura digital dentro e fora da escola”.

(Professora AA )

...Com as práticas pedagógicas, inclusive eu tenho sala de aula virtual os meninos fazem às atividades que são para casa, eles não fazem no papel eles fazem na sala de aula virtual. edmodo lá eu crio as turmas para todo mundo ver aí eles cadastram essas turmas E aí lá eu vou postando atividade então nessa plataforma também tem como você responder Quis, fazer um arquivo e anexar, fazer perguntas e responder no quadradinho de texto Então todas as atividades para casa todas são virtuais.(Professora CC)

“Todas as ações inseridas nesse contexto, avanço tecnológicas, comunicação via aparelhos digitais, No meu cotidiano eu preciso de data show celular pra eu guiar nessa questão de horário alguma limitação, mas para questão em casa eu preciso muito porque eu também preciso fazer meus planos de aula tenho uso ao computador acesso a sites e outras coisas para não ficar limitada no livro didático”. (Professor EE)

É realmente esse momento que estamos vivendo, acesso às mídias como o Instagram, Whatsapp, Facebook, ou seja, todos os tipos de comunicação via Internet. Nesta vem à troca de informações, entretenimento, enfim consegue viver em sociedade através dos meios digitais. ( professor BB)

A cultura digital esta no nosso cotidiano, - utilizo diariamente para estudar, planejar para meu trabalho como professora. (professora DD)

Destacamos alguns trechos das vozes dos estudantes do primeiro ano quando questionados sobre o conhecimento da cultura digital

Trata sobre assuntos que é abordado na mídia, o dia inteiro, com a finalidade de entretenimento e estudo (aluno B do 1º ano)

Tecnologia usa para trocar mensagens com amigos. (aluno D do 2ºano)

Vejo como forma de globalizar os recursos tecnológicos, utiliza como forma de entretenimento com as redes social e jogos. (aluno F do 2ºano)

A cultura que é mostrada de forma digital, ou que é exposta nas redes sociais. (aluno G do 2ºano)

Utilizo bastante e acho que é bem importante para a aprendizagem. (aluno I do 3ºano) São os aparelhos eletrônicos, quando é preciso para buscar informações. (aluno J do 3ºano)

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Da análise dos dados é possível ressaltar que para os professores e alunos cultura digital é as mídias digitais, redes sociais, celulares e ferramentas e recursos digitais onde facilita a motivação dos estudos, a cultura digital está presente cada vez mais no nosso cotidiano moldando nossa forma de pensar e raciocinar, adaptando o professor a compreender o processor de ensino/aprendizado mais dinâmico desenvolvendo habilidades e competências para pesquisar e comunicar-se por meio de ferramentas virtuais, possibilitando ao educando ser o construtor de seu conhecimento e fazer novas descobertas.

4.2 Sentidos sobre Cultura Digital na Escola

No meio escolar, o comando vem através das regras constituídas pela direção escolar e pelo professor em sala de aula. O professor tem como distinção conduzir atividades para transmitir conhecimento no processo de ensino/aprendizagem dos alunos. No entanto, com as mudanças em que vivemos nos modos de ensinar e aprender com a evolução da tecnologia, as práticas pedagógicas em sala de aula vem se modificando cada vez mais. . Os usos dessas tecnologias ainda são meio restritos em sala de aula, os professores ainda estão reconstruindo suas formas de aprender e compreender as novas possibilidades que essas tecnologias podem agregar em suas aulas. A professora BB relata suas experiências ao no uso de ferramentas

Às vezes, eles fazem uso quando passo simulado e eles têm que usar a internet para fazer simulações, principalmente, reações químicas laboratório. Porém, não tenho uma ferramenta especifica, utilizo as disponíveis na internet desde que se adequem, contudo, gosto de usar o Edmodo e os socrative, sites que pode adicionar perguntas para os alunos responderem online qualquer lugar que eles estiverem (professor BB)

As tecnologias trazem grandes potenciais no processo de ensino/aprendizagem rompendo fronteiras no mundo virtual, possibilitando que as aulas sejam mais dinâmicas e prazerosas. Segundo Perrenoud (2000), a escola não pode ignorar o que se passa no mundo.

Ora, as novas tecnologias da informação e da comunicação que transformam espetacularmente não só nossas maneiras de comunicar, mas também de trabalhar, de decidir e de pensar.

Quanto à utilização dos recursos digitais pelos alunos e professores na instituição, e

seu processo de uso, ambos relataram que os fazem uso, o professor DD relatou que utiliza

apenas em pesquisas, apresentações de documentários e filmes, dentre ouras finalidades. Já os

demais professores descreveram que:

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“Faz muito aqui os alunos eles a gente tem Instagram da escola todo momento ele tá precisando para falar um pouco do modelo da escola que é diferente dos outros modelos Como que é o dia-a-dia que na escola, tem que combinar na área das exatas as práticas laboratoriais que a gente também divulga Geralmente as outras escolas não tem toda semana e a gente tem que ter toda semana, também divulga isso, até mesmo para comunidade conhecer a escola, eu sou responsável pelo Instagram e professor de Sociologia é pelo Facebook, mas todos os professores estão os professores usam outras plataformas como Sócrates, o edmodo o quiz que é o kahoot que eu gosto muito de fazer com os meninos para revisar pra prova com ele o aluno que acertar mais questões ficar em primeiro lugar aí eu dou uma pontuação extra”.( professora CC)

Eles têm acesso ao laboratório de informática, sou novato não sei ao certo como funciona o mesmo.

Porém, passo trabalha para eles tem um celular no caso de língua inglesa eles já têm uns 10 alunos aqui que fazem uma produção textual de gênero sem precisar de tradutor ou dicionário, mas a grande maioria não tem essa capacidade ainda, apesar que tenha vocabulário mais não tem a capacidade de organizar um texto e expor com toda a questão de coesão diferencial, mais eles têm essa prática de cultura digital na escola. Contudo, não permito a utilização do equipamento na avaliação. Não utilizo aplicativos, faço uso de livros, aplico estratégias, quanto as habilidades na leitura, fala, audição e escrita. (professor EE)

E-mail, acesso à plataforma, aplicativo para fazer sala de aula online, dentre outros. ( professora AA)

Quando os discentes do primeiro, segundo e terceiro ano ao serem questionados quanto ao uso cultura digitais na escola e sua finalidade, todos afirmaram utilizar os computadores da mesma para fins de pesquisa, ressalvando assim a importância de um laboratório equipado visando suprir a demanda destes, melhorando o ensino/aprendizado. Um pequeno percentual alegou fazer uso de celulares em todas as turmas, porém, o número torna-se irrisório quando comparado ao valor total, dentando assim o interesse dos jovens quanto ao estudo.

Todos os alunos e professores entendem que a inserção dos recursos digitais na

escola é de grande aliada no processo ensino/aprendizagem tendo em vista os avanços

tecnológicos que elas representam. Importante não só para os alunos, mas também para todos

que fazem parte do grupo escolar. Os professores e alunos passaram a ter novas ferramentas

pedagógicas para auxiliar o processo de aprendizagem. Trazendo um papel transformador

para as escolas. Descobrindo nos recursos digitais possibilidade de uma nova forma de

produzir conhecimento, contrair informação, e também desenvolver um vínculo fora da sala

de aula. Formando assim um novo conceito em educação, facilitando a aprendizagem com

novas ferramentas de estudo. Ressaltando que é preciso ainda uma reorganização nas praticas

de ensino.

(27)

4.3 Sentidos sobre Cultura Digital e Prática Pedagógica

A importância de instigar a cultura digital no meio escolar proporciona novas formas de aprendizagem e requer um novo planejamento de suas práticas, mas o domínio da internet não basta para elaborar boas aulas com as tecnologias digitais. É preciso que o professor e aluno dominem vários aplicativos, softwares e programas para se adequar as novas formas de ensino. Foram relatados varias dificuldades como:

[...] senti dificuldade para a elaboração de slides, mais elaborados e utilizar o Excel. (Professora DD)

[...] peço para os amigos também fazerem e testar a ferramenta ver se dá certo antes de ir para o aluno. Na escola falta internet, já que computador tem (12 unidades), daria para trabalhar em dupla com a turma de 28 alunos, que é a média da escola, daria tranquilamente para trabalhar naquele computador que tem no laboratório de informática o problema é a internet , Às vezes tem às vezes não tem. ( professor BB)

Mas para isso acontecer é preciso que aja um processo de transformação da educação, ainda a uma grande resistência na educação, à escola é um núcleo de resistência à cultura ou não está preparada para receber essa cultura digital que estamos vivendo, o uso das tecnologias digitais possibilita ampliar a percepção humana, mas mudar a cultura na escola com seu espaço e funcionamento está um pouco resistente, a escola não acompanha os avanços tecnológicos os professores não recebe acompanhamento para essa evolução, Tal fator pode ser justificado pela pouca disponibilidade de computares na escola, não conseguindo assim atender a demandar dos discentes, bem como o despreparo dos docentes.

Tapscott (2010) relatar que a juventude, apresentam domínio das tecnologias digitais, deixando assim alguns profissionais com receio de implementa tal tecnologia ao ensino, uma vez que estes já nasceram em um mundo tecnológico, ato que facilita conhecer suas funcionalidades e suas operacionalizações.

De acordo com um colaborado da pesquisa desenvolvida por Sousa et al. (2011), as

atividades desempenhadas pelos alunos no meio digital destacam-se: jogar games, conversar

pelo Facebook, baixar aplicativos de música para ouvi-la e publicar fotos, informações estas

que se assemelham a pesquisa aqui desenvolvida. As considerações em estudos desenvolvidos

pelos autores supracitados e a pesquisa em questão estão em consonância com os

desenvolvidos por Prensky (2010 e 2012) quando afirma que a utilização dos meios

tecnológicos é uma ferramenta favorável ao discente no âmbito educacional, uma vez que

apresentam conhecimento e/ou domínio pelo fato de estar presente em seu cotidiano,

(28)

facilitando assim o domínio das mídias tecnológicas, permitindo assim sua inclusão digital, torná-lo um cidadão participativo e reflexivo no mundo contemporâneo, bem como desenvolver seu senso crítico, mediante a utilização de informações verídicas. Os professores ainda encontram dificuldades para introdução das tecnologias no trabalho docente. Como relata o professor EE:

uso muito power pont e data show, faço uma sequência, por exemplo, do conteúdo programado e tento variar ele, mas ele tem que está inserido dentro de um padrão, para não ter dificuldade em abordar. A questão da qualidade da internet, ainda se precisa muito melhorar equipamentos, por exemplo, se baixar um filme uma qualidade ele trava e não dá conta, melhorar nesse sentido, mas se bem que os data show daqui são bem práticos não precisar agrupar a caixa já vem tudo nele.

No que tange o ato de planejar e desenvolver a prática pedagógica envolvendo recursos digitais, embasados no processo de sua utilização, se destacam as ferramentas que auxiliam na Prática Pedagógica, como o Kahoot e o Edmodo.

Kahoot é uma plataforma de aprendizagem baseadas em jogos, de avaliação gratuita da web, onde os educadores e estudantes investigam, criam, colaborar e compartilhar conhecimentos funciona em qualquer dispositivo tecnológico conectado à Internet.

Permitindo que as aulas sejam game ficadas o aplicativo torna as aulas mais dinâmicas, aceitando que faça avaliação dos conhecimentos dos alunos em tempo real.

Os jogos digitais são inseridos para obter melhorias nas praticas pedagógicas, contribuindo para o enriquecimento dos alunos atribuindo condições para que os mesmos adquiram capacidades digitais. O professor se cadastra para criar sua conta no kahoot e em seguida criar seu quis ou atividades de acordo com os conhecimentos abordados em sala, cada aluno pode entrar usando um código disponibilizado pelo seu professor para ter acesso ao conteúdo criado.

Edmodo é uma plataforma de aprendizagem educacional gratuita contendo ferramentas avaliativas, tarefas, questionários de múltipla escolha e enquetes pode-se propor atividades direcionadas a um ou mais nível, estipulando data e duração de cada atividade.

A plataforma segue em um modelo de aprendizagem colaborativa, procura usar as mídias

sociais como ferramenta para o processo de ensino e aprendizagem dos seus

participantes, criando um ambiente de ensino personalizado para cada nível de usuário, onde

o professor e aluno interagem em um ambiente seguro e fechado, possibilitando uma maior

interação entre eles, Partilha de conteúdos individualizada, por unidade curricular ou por

nível.

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O EDMODO foi instituído com a preocupação com o ensino e baseia suas tendências no novo mercado, constituindo precursor em plataformas com design de ícones, atrativo e muito intuitivo, facilitando a navegação para os usuários.

O EDMODO é uma estratégia de ensino autêntica que busca incentivar o aluno a um ambiente de aprendizagem apontada para a tecnologia centrada no aluno, onde os alunos estão ativamente engajados a praticar uma aprendizagem responsável utilizando as tecnologias da informação e comunicação.

As principais dificuldades encontradas para utilizar esses recursos em sua prática pedagógica no ambiente escolar, foram destacadas pelos docentes o seguinte.

Ao realizar um curso de aperfeiçoamento do Instituto Federal de Tecnologia, comecei a ver mais essa parte da plataforma, daí monto o kahoot ferramenta excelente no processo de revisão. O Edmodo utiliza porque ele tem uma data, trazendo assim no seu cumprimento. Vou fazendo assim, verificando as plataformas e aqui melhor se adequa ao planejamento das minhas aulas. A internet na escola que é muito lenta, mas mesmo assim até agora não achei nenhuma dificuldade, até porque aqui na escola que tem um laboratório de informática, computadores. No primeiro bimestre ministrei ciclos biogeoquímicos, onde tem o ciclo do nitrogênio eu comecei a fazer em São Paulo lá na USP, onde desenvolvemos um joguinho. Então não precisa de internet, por exemplo, então eu instalei no computador daqui, não sendo necessário o uso da internet. Porém, quando é necessário acessar Edmodo para tirar uma dúvida comigo, então à questão aqui na escola para mim é mais a internet. ( professora CC)

Planejamento, pois ser professora de português tem que gostar muito de leitura, sendo assim sinto dificuldade em planejar algo para plataforma para colocar no Edmodo, para deixar lá para que eles possam ter acesso daí termino tendo dois trabalhos, tentando misturar este, costumo usar vídeo aula, já gravei vídeo para que eles tivessem acesso para estudar depois, deixo eles gravarem as aulas para na hora de estudar ficar para revisão da prova e esse o planejamento para mim ainda é a parte mais difícil tendo que realizar dois eu termino ficando ainda presa nos papéis e livros para que depois que eu possa criar algo que vá para plataforma. Conseguir montar o material com internet da escola, a mesma não suporta a demanda dos professores que são 20 com no mínimo dois aparelhos conectados.

Outra coisa que me afasta da utilização de mídia é o fato da dificuldade de planeja na própria escola, pois trabalho em tempo integral, daí termino fazendo uso das redes sociais, mas tenho mais dificuldade de usar aplicativos e outras coisas que podem melhorara a minha dinâmica em sala.(

professora AA)

No uso das mídias no ambiente escolar é pouco em suas aulas, modifica as mídias e os recursos, mas a aula continua a mesma, sendo pouco transformadora, não basta equipar a escola com recursos tecnológicos, se não tiver formação de professores, essa buscar por transformar a pratica, no uso dessas tecnologias os alunos muitas vezes estão à frente do conhecimento beneficiando o professor na sua pratica.

4.4 Sentidos sobre Cultura Digital e Aprendizagem

(30)

Segundo Kubo e Botomé (2012), o processo ensino-aprendizagem é denominado como um complexo sistema de interações comportamentais entre professores e alunos, ou seja, mais do que “ensino” e “aprendizagem”, como se fossem processos independentes da ação humana, há os processos comportamentais que recebem o nome de “ensinar” e de

“aprender”, tais processos são constituídos por comportamentos complexos e difíceis de serem percebidos. Principalmente por serem constituídos por múltiplos componentes em interação. Os próprios comportamentos são passíveis de percepção e de definição científica a partir da identificação dos seus componentes e das interações que estabelecem entre si, os quais constituem os fenômenos que recebem os nomes de “ensinar” e de “aprender”. Os autores descrevem que a interdependência dos dois conceitos ensino/aprendizagem é de fundamental importancia para entender o que acontece sob esses nomes. Sua percepção e entendimento constitui algo crucial para o desenvolvimento de qualquer trabalho de aprendizagem, de educação ou de ensino. A professora AA, destaca que;

No processo de ensino a cultura digital é necessária, uma vez que os alunos estão vivendo em um século digital, onde tudo gira em torno disso, cabe o professor usar as ferramentas a seu favor, por exemplo, o celular em sala eu não sou a favor da proibição e sou quando não está tendo função pedagógica, mas eu sei que a arma que trabalha com para mim tá dentro de sala eu tenho que usar ela a meu favor, às vezes quando eu percebo que um deles estar de cabecinha baixa eu troco a pesquisa que poderia ser feita na biblioteca pela a dos dados moveis, podendo usar os tabletes em fim roteando um do outro internet para que possa realizar a pesquisa, então ela é fundamental no processo de ensino-aprendizagem, principalmente, para os que já estão no ensino médio. Os pontos positivos é que a cultura digital é uma ferramenta que deixa a aula atrativa e também faz com que a sala se este nda para fora das quatro paredes da escola. Quanto o ponto negativo, a facilidade ao acesso à internet, transmitindo a ideia erronia de tudo ser copiar e colar, não construindo de forma satisfatória o conhecimento, então a cultura digital tem esse ponto negativo.(professora AA)

Segundo Silva e Fernandes (2007), uma alternativa para transformar o aluno em protagonista, ou seja, no sujeito-aprendiz que constrói e reconstrói conhecimento e encontra sentido naquilo que está aprendendo, através do uso das tecnologias de informação e comunicação na educação. Sem dúvida, este é o grande desafio não será aprender a usar a tecnologia, mas sim como utilizar a tecnologia para aprender, e assim, para se desenvolver como ser humano e viver uma vida de qualidade. O professor CC relata suas práticas ao utilizar as tecnologias.

Apresenta vasta influência porque os alunos todos utilizam e proibir vai afasta-los, eu tento de todas as formas trazerem os alunos e vou ver também essas práticas utilizando as tecnologias para dentro da biologia, busco novos meios de inseri-los para sair da cultura tradicional, lousa desenhar, chama bem mais a atenção do aluno visualizar um modelo tridimensional de uma célula, ele já vai, Nossa

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que legal!. Acredito que essa cultura digital e as redes sociais facilitam o processo ensino- aprendizagem. Busco fora da escola formações voltadas para tecnologia da cultura digital, mas o fato de passar o dia todo na escola impossibilita o professor de se especializar na área, tudo depende do professor se ele está afim de fazer algo diferente ele vai. Quanto ao ponto negativo é que às vezes se faz necessário proibir a utilização do celular pois os alunos ficam no WhatsApp, por mais que você tem que trazer o WhatsApp para práticas pedagógicas, por exemplo. Às vezes passo dinâmicas utilizando o Quis em um grupo do WhatsApp, então está tudo bem, mas na hora da aula estou explicando o conteúdo ficam querendo mexer no celular, daí tem-se os pontos negativos, mas fazendo um balanceamento tem-se mais pontos positivos que negativos.(professora CC)

É importante salientar a importância do papel do professor como mediador do conhecimento, atrelando a pratica as tecnologias, para se fazer necessário que o mestre seja curioso e ativo buscando sempre se aperfeiçoar e colocar-se apto as mudanças da atualidade como mostra o relato do professor DD.

Vejo que os alunos desperdiçam muito tempo em redes sociais e jogos, devemos aprender a utilizar formas de envolver isso em aprendizagem.

O professor será o grande articulador das informações diante dos recursos tecnológicos, aprendendo e convivendo com a diversidade adquirindo comunicação e interação com os alunos. Quanto ao processo avaliatório da influência da cultura digital nos processos de ensino e aprendizagem do ensino médio, os pontos positivos e negativos, no que tange a mesma, destacaram-se segundo os entrevistados ser:

Tem sido da positiva para aqueles que realmente busca estudar. Quando tinha que estudar por um livro na biblioteca às vezes nem estudava, atualmente é bem mais fácil, pois em qualquer local se tem acesso à informação, seja no celular, computador ou tablete. Do ponto de vista negativo, já sai à resposta já pronta, o aluno não vai nem quebrar a cabeça para responder, também tem as distrações que acabam tirando a concentração dos alunos, bem como o vício em redes sociais que acaba prejudicando o ensino-aprendizagem. (Professor EE)

No processo de ensino é preciso sim, admito ser um pouco influenciado, quanto a elaboração de um plano de aula utilizando um recurso digital e, na aprendizagem eles também são influenciados, uma vez que só na prática os mesmos conseguem cumprir uma dada tarefa, principalmente, com a produção do texto. Quanto aos pontos negativos é a dependência do tradutor, no meu ponto de vista mau acostumando os alunos. O problema é que os estudantes se apegam as facilidades da modernidade, quantas vezes eu queria estudar só por um jogo, mas vejo como não sendo suficiente para garantir um aprendizado de qualidade, pois é preciso desenvolver as habilidades que apenas a leitura e escrita proporcionam, cabendo ao professor empregar de forma sabia dinâmicas voltadas a temática, facilitando assim o ensino/aprendizado(professor BB)

Para todos os alunos que responderam o questionário foi unanime a resposta para

todos os anos, ou seja, todos acham importante ter acesso a recursos digitais, facilitando a

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aprendizagem. Observamos que tanto os professores como os estudantes consideram que os

recursos digitais podem qualificar os processos de ensino e aprendizagem. Reconhecem

possibilidades de utilização desses recursos na escola. No entanto, ainda encontram

obstáculos que distanciam essas práticas.

Referências

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