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H O M I L É T I C A P R O F º A L E X B R U N O

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(1)

H O M I L É T I C A

P R O F º A L E X B R U N O

(2)

CONTEÚDOS DA DISCIPLINA

1. O que é Pregação?

2. Os Tipos de Pregação Expositiva

3. Os propósitos da Pregação Expositiva 4. Modelos de Pregação Expositiva

5. A Mecânica da Preparação do Sermão 6. Exemplos de sermões expositivos

7. A vida do pregador

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INTRODUÇÃO

Definindo “Homilética”

• Este termo você não encontrará na Bíblia.

• O termo vem de um verbo grego “homileo” que significa “conversar”.

• Os gregos a usavam para se referir ao discurso proferido à uma assembleia ou ajuntamento de pessoas.

• A igreja cristão passou a usá-lo para se referir “a arte de preparar e entregar sermões”.

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INTRODUÇÃO

• É na disciplina de homilética que aprendemos sobre o que é pregação, como preparar e entregar um sermão.

• Por conseguinte, quando falamos de “homilética” estamos falando sobre a

“arte de pregar”.

(5)

“A obra de pregação é a mais sublime, a mais importante e a mais gloriosa vocação para a qual alguém pode ser chamado.

Se você quer algo mais acrescentado a isso, eu diria sem hesi- tação que a necessidade mais urgente da igreja cristã contem- porânea é verdadeira pregação. E, visto que esta é a maior e a mais urgente necessidade da igreja, é obviamente a maior ne- cessidade do mundo.”

Dr. Martyn Lloyd-Jones Pregação e Pregadores (Editora Fiel)

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O QUE É PREGAÇÃO? 1

O que não é pregação

• Não é a comunicação ou a transmissão oral das verdades divinas.

• Não é um discurso religioso proferido ao auditório.

• Não é o pronunciar de um sermão.

Um modo de entendermos a pregação é examinarmos os diferentes termos usados no Novo Testamento para definir pregação e para descrevê-la.

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O QUE É PREGAÇÃO? 1

A. Palavras gregas “definem” pregação

1. Keryso (“pregar”). Descreve um mensageiro, um arauto, o qual foi confi- ado uma mensagem e comissionado pelo seu rei de entrega-la a outros tal como recebeu. Não diz respeito apenas a mensagem, mas também o como a entregamos. Proclamação (2 Tm 4:12; 1 Co 1:23; At 9:20).

2. Evangelizomai (“pregar o evangelho”). Aparece 54 vezes no NT. Significa proclamar as boas novas. Fala do conteúdo do Evangelho, o qual consiste de más e boas notícias. Mensageiro (At 14:7).

estivessem ali para serem definidos.

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O QUE É PREGAÇÃO? 1

3. Katangello (“anunciar”). É usada 18 vezes no NT. Significa proclamar de forma solene como se vidas dependesse daquilo, como se o destino eter- no estivessem ali para serem definidos (At 13:38; 17:3).

4. Anangello (“proclamar”). Significa proclamar, declarar (At 20:20, 27).

5. Parresiazomai (“falar ousadamente”). Significa literalmente todo o dis- curso. A ideia é de falar aberta e ousadamente. O sentido aqui é que o pregador deve entregar a mensagem que o Senhor lhe confiou sem te- mor, arrodeio ou sem omitir nada (A 9:27).

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O QUE É PREGAÇÃO? 1

6. Diamartyromai (“testificar”, “testemunho”). Significa declarar firmemen- te e solenemente. Ela deriva da palavra mártir e transmite a ideia de al- guém que sofre por proclamar a mensagem (At 20:21, 24).

7. Noutheteo (“admoestar, advertir”). Significa alertar para o perigo emi- nente, ou seja, dizer a uma pessoa que se ela permanecer no curso er- rado em que ela está, haverá sérias consequências, tanto nesta vida quan- to na vindoura.Admoestar (At 20:31).

Além dos termos usados para definir a pregação, temos que atentar também para os termos usados para descrevê-la.

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O QUE É PREGAÇÃO? 1

B. Palavras gregas que “descrevem” a pregação

1. Didasko (“ensinar”). Significa instruir, ensinar. A ênfase aqui está para o conteúdo da mensagem. É o ensino da sã doutrina e o significado correto do texto (At 11.26; 13:35; 20:20).

2. Dianogio (“expor”, “explicar”). Significa escancarar ou abrir o significado.

Na pregação, o pregador escancara ou abre o significado das Escrituras para os ouvintes (Lc 24:31-32; At 17:3).

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O QUE É PREGAÇÃO? 1

3. Paratithemi (“demonstrar”, “provando”). Significa provar, colocando lado a lado. A ideia é que no púlpito, o pregador deve colocar a Escritura ao lado da Escritura para provar o que ele está dizendo, como também colo- car a Escritura ao lado do seu significado (Atos 17:3).

4. Ekithemi (“declarar”, “explicar”). Significa explicar, colocar o significado diante dos outros. A preposição “eki” transmite a ideia de tirar, extrair da Escritura o significado. O dever do pregador fazer “exegese”, ou seja, tirar do texto Sagrado o que está lá, e não “eisegese”, ou seja, colocar no texto Sagrado o que não lá (Atos 28:23).

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O QUE É PREGAÇÃO? 1

5. Katecheo (“ensinar”). Significa instruir, ensinar e informar (1 Co 14:19).

Esta instrução começa na mente de nossos ouvintes e desemboca nas suas atitudes (Rm 12:2; Mt 28.20). Saber, sentir e fazer.

Quando unimos os termos que definem pregação com os termos que a des- creve, concluímos que a pregação é a exposição das Escrituras. Nesse sentido, um pregador é alguém que expõe o significado de um texto das Escrituras e o aplica à realidade de seus ouvintes.

Hoje em dia, se fala em “pregação bíblica” ou “pregação expositiva” para se referir a verdadeira pregação.

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O QUE É PREGAÇÃO? 1

C. Definições básicas

“A explicação da Escritura, desdobrando seu significado natural e verdadeiro, enquanto faz aplicação à vida da congregação… Pregação é a exposição públi- ca da Escritura por meio do homem enviado da parte de Deus, pela qual Deus mesmo é apresentado em juízo e em graça” (João Calvino)

“A verdadeira ideia de pregação é que o pregador deve se tornar um porta-voz para o texto, explicando-o e aplicando-o como uma mensagem vinda de Deus para seus ouvintes, falando somente a fim de que o próprio texto fale e seja ouvido” (J. I. Packer)

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O QUE É PREGAÇÃO? 1

“A explanação da Escritura é a característica predominante e o princípio orga- nizador da mensagem… Ela vê como sua tarefa fundamental a explicação do texto em seu contexto, o desdobramento de seus princípios e, somente depois, a sua aplicação ao mundo dos ouvintes” (C. Sinclair Ferguson)

“A pregação expositiva não é meramente uma exposição de um versículo ou de uma passagem ou um comentário rápido sobre ela; o que a transforma em pregação é o fato de que ela se torna uma mensagem e tem uma forma e padrão distintos. Além disso, ela tem de ser sempre aplicada, e sua relevância, mostrada à situação contemporânea”(Dr. Martyn Lloyd-Jones)

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O QUE É PREGAÇÃO? 1

“Pregação expositiva é pregar a Palavra de Deus e não sobre a Palavra de Deus. O texto da Escritura é a fonte da mensagem e a autoridade do mensa- geiro. O texto dirige o sermão. O foco, o conteúdo, as ideias, as divisões e a aplicação do sermão devem ser centrados na passagem bíblica e não nos cri- térios, pensamentos e opiniões dos pregadores ou teólogos. Pregação expositiva é pregação centrada na Bíblia. A tarefa do pregador é ajustar seus pensamen- tos à ideia real da Escritura. O tema da Escritura se torna o tema do sermão”

(Hernandes Dias Lopes)

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O QUE É PREGAÇÃO? 1

Em resumo, pregação bíblica ou expositiva pode ser resumo em três verbos: Ler, explicar e aplicar o texto bíblico.

D.Alguns afastamentos trágicos 1. Discurso motivacional;

2. Usar o texto como trampolim;

3. Mensagem antropocêntrica.

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OS TIPOS DE PREGAÇÃO EXPOSITIVA 2

1. Sequencial – Pregar através de vários livros da Bíblia. Você começa com o capítulo 1.1 e prossegue para cada um dos versículos consecutivamen- te até chegar ao final do livro. Você explica e aplica cada versículo daquele livro.Toda verdade é pregada.

2. Secional Você pega um setor da Bíblia e o expõem. Um exemplo seria O Sermão da Monte em Mateus 5-7. Outro exemplo seria as Sete Cartas as Igrejas em Apocalipse 2-3.

3. Doutrinária Um tema ou assunto doutrinário é exposto à luz da Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

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OS TIPOS DE PREGAÇÃO EXPOSITIVA 2

4. Biográfica Você escolhe um personagem, reúne todas as passagens que falam dele e estuda este personagem. Um exemplo seria a história de Abraão de Gênesis 11-26 ou a história de José de Gênesis 37-50.

5. Individual Ele não está conectado ao estudo de um livro ou conectado com qualquer série de exposições que esteja fazendo numa determinada passagem. É o nome dado para àquele sermão que você trará em um determinado lugar a pedido ou convite de alguém. Neste caso, o prega- dor tem uma única mensagem para pregar.

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OS TIPOS DE PREGAÇÃO EXPOSITIVA 2

6. Sazonal/circunstancial Esta palavra significa aquilo que é temporário ou que é típico a uma determinada época ou estação do ano. A referência é aquele tipo de sermão que fala de um tema ou assunto de que é do interesse de todos e comum a uma estação do ano ou não. Exemplos:

Pregar sobre o Natal ou nascimento de Jesus no mês de Dezembro ou sobre a morte de Jesus no mês da Páscoa. Falar sobre a violência e inse- gurança pública.

7. Fúnebre É aquele sermão pregado em ocasião de morte de um crente ou mesmo de um descrente.

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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA 3

▪ Qual o grande propósito da pregação?

▪ Com que motivação o pregador deve subir ao púlpito?

▪ Que princípios devem governar sua vida, ministério e mensagem?

O ensino claro das Escrituras é que o supremo propósito da pregação é:

1) a glória de Deus;

2) a exaltação de Jesus Cristo;

3) a manifestação do poder do Espírito Santo; e 4) o bem da humanidade.

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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA 3

1.A Glória de Deus

• A primeira pergunta do Catecismo de Westminster é: “Qual o objetivo principal do homem?” O qual ele responde: “Glorificar a Deus e gozar da sua presença eternamente”.

• A glória de Deus é a total manifestação de seus atributos. É o esplendor magnífico da sua majestade. A glória de Deus é a soma total de quem Deus é, definida por seus atributos. Deus criou todas as coisas para a glória do seu nome.

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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA 3

• As Escrituras no ensinam que Deus revelou-se na natureza: “Os céus pro- clamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” (Sl 19:1). Nela, os atributos invisíveis de Deus são manifestos (Rm 1:20). Como os atributos de Deus são a sua glória, os homens são, portanto, obrigados a glorificar a Deus em resposta à revelação desses atributos.

• Assim a glória de Deus deve ser o centro de nossas vidas. Precisamos viver, trabalhar, comer, casar, pregar, orar e morrer para a glória de Deus (1 Co 10:31). A glória de Deus deve ser nosso tesouro, prazer e maior ambição. A glória de Deus deve governar nossos atos, orações, motivos, ministério e pregação.

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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA 3

2.A Exaltação de Jesus Cristo

• Para João Calvino, “a Palavra de Deus pregada era o cetro pelo qual Cristo estabelecia continuamente seu governo único e espiritual sobre a mente e o co- ração do seu povo”. O puritano William Perkins declarou: “O âmago da pre- gação é este: Pregue a Cristo, por Cristo e para louvor de Cristo”.

• Da mesma forma, Charles Spurgeon, o Príncipe dos Pregadores, ao dar ori- entação para seus alunos, disse: tema pelo qual eu desejaria angariar toda língua santa

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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA 3

“De tudo que gostaria de dizer este é o resumo: meus irmãos, preguem Cristo, sempre e sempre. Ele é todo o evangelho. Sua pessoa, ofícios e obras devem ser um tema grande e abrangente. Ainda precisamos contar ao mundo sobre o Salva- dor e sobre o caminho para se chegar até ele”.

• Portanto, devemos pregar Cristo, com base em toda a Escritura, em qual- quer lugar, em toda parte. A Bíblia é um livro singular que revela uma pes- soa singular: Jesus! A mensagem central da Escritura é Jesus. O alvo principal da pregação é a exaltação de Jesus como Salvador, Se- nhor e Rei. Jesus é a mensagem da Escritura. A sagrada Escritura é o instrumento pelo qual o Espírito do Deus exalta a Jesus Cristo.

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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA 3

3.A Manifestação do Poder do Espírito Santo

• O Espírito Santo é a fonte do poder divino. O que Deus faz no mundo ho- je, Ele executa mediante a instrumentalidade do Espírito (Jo 16.8., 13). Não existe Cristianismo sem a poderosa influência e a obra do Espírito Santo.

• A pregação deve ser feita por meio do poder do Espírito Santo (1 Co 2:4, 5; 1 Ts 1:5). Não é possível pregar com eficácia sem esse poder. Onde não há unção no púlpito, não há poder nos bancos. Não precisamos só de erudição, mas acima de tudo de unção.

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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA 3

4. Em Benefício dos Homens

i. Salvação dos perdidos

• As Escrituras nos ensinam que Jesus Cristo desceu do céu para buscar e salvar os perdidos (Lc 19:10). Antes de regressar, Ele disse aos discípulos:

“Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20:21). A missão da igreja é a mesma que a de Jesus: buscar e salvar o perdido!

• Porém como fazemos isso? As Escrituras ensinam que a pregação é o único instrumento que Deus usa para levar os perdidos à salvação.

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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA 3

• O apóstolo Paulo declarou: “Aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da prega ção” (l Co 1:21). E ainda: “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10:14). Por conseguinte a pregação tem como objetivo a salvação dos perdidos.

ii. Edificação do povo de Deus

• A Palavra de Deus não é só a semente divina mediante a qual nascemos de novo (Tg 1:18), mas também o pão divino por meio do qual somos alimen- tados (Mt 4:4).

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OS PROPÓSITOS DA PREGAÇÃO EXPOSITIVA 3

• Pregar não só leva os perdidos a Jesus, mas edifica igualmente os que rece- beram a salvação. O apóstolo Paulo destacou este propósito em 2 Timóteo 3:14 — 4:2, onde a exposição da Escritura é revelado como o instrumento de Deus para não só dar salvação em Cristo, mas também para ensinar, re- preender, corrigir e preparar seu povo.

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MODELOS DE PREGAÇÃO EXPOSITIVA 4

I. Esdras (Neemias 8)

A. Sua exposição foi centrada na Bíblia (3)

B. Sua exposição foi com grande autoridade (4-5) C. Sua exposição exaltou a Deus (6a)

D. Sua exposição despertou afeições (6b) E. Sua exposição explicou a Escritura (7-8)

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MODELOS DE PREGAÇÃO EXPOSITIVA 4

II. Jesus (Mateus 5-7)

A. Ele introduziu o texto (5.17-19)

B. Ele leu o texto (5.21, 27, 31, 33, 38, 43)

C. Ele explicou o texto (5.22, 28, 31, 34-36, 44-45)

D. Ele aplicou o texto (5.23-26, 29-30, 37, 40-42, 46-48) E. Ele intimou o perdido (7.13-27)

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MODELOS DE PREGAÇÃO EXPOSITIVA 4

III. Pedro (Atos 2.16-40) A. Ele leu o texto (16-21)

1. Joel 2.28-32

B. Ele explicou o texto (22-24) 1. Jesus é este Senhor

2. Jesus foi aprovado por Deus (22) 3. Jesus foi crucificado (23)

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MODELOS DE PREGAÇÃO EXPOSITIVA 4

4. Jesus foi ressuscitado (24)

C. Ele deu apoio ao texto (25-35) 1. Citou Salmo 16.8-11

2. Citou Salmo 132.11 3. Citou Salmo 110.1

D. Ele sintetizou o texto (36) 1. Jesus é o Senhor

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MODELOS DE PREGAÇÃO EXPOSITIVA 4

2. Jesus é o Cristo

E. Ele aplicou o texto (37-40)

1.Arrependam-se dos seus pecados (37-39) 2. Recebam a Palavra (40)

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

• A mecânica da pregação se refere ao processo de preparação do sermão.

• John Stott sugere seis passos no processo da pregação expositiva: (1) Esco- lha o texto; (2) Medite sobre ele; (3) Isole o pensamento dominante; (4) Busque material para servir o pensamento dominante; (5) Acrescente a in- trodução e a conclusão; e (6) Escreva e ore sobre a mensagem.

• Outros autores adotam uma abordagem de quatro pontos para analisar o texto: instigação, investigação, interpretação e implicação.

Instigação. Nesta primeira parte, a tarefa do pregador é escolher o tex- to bíblico.

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

➢ Investigativo. Aqui o pregador deve fazer um estudo do pano de fundo do texto (contexto bíblico, autoria, data, cenário, gênero literário e assun- tos especiais), encontrar o contexto, ler o texto (repetidamente, em espíri- to de oração, cuidadosamente, de maneira contemplativa, imaginativa, pro- posital e obediente).

Interpretação. Nesta terceira parte, recomenda vários passos: estudar o contexto (histórico, teológico e psicológico), examinar a estrutura, fazer estudos de palavras, verificar as referências cruzadas, considerar princípios de revelação e consultar comentários.

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

Implicação. Em último lugar, recomenda três estágios: determinar a im- portância teológica, identificar as verdades eternas e internalizar a desco- berta.

• Existem outras abordagens de análise textual: (1) observe, perguntando: “O que a passagem diz?”; (2) interprete, perguntando: “O que a passagem signi- fica?”; e (3) aplique, perguntando:“Como isto se aplica hoje?”

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

I. Intercessão

A. Busque o Senhor B. Santifique a sua vida II. Seleção

A. Conheça as diferentes abordagens (sequencial, secional, etc) B. Considere os vários fatores

1. Sermões recentes

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

2. Necessidades da congregação 3. Maturidade das pessoas

4. Suas próprias habilidades 5. Paixões pessoais

III.Aquisição

A. Bíblias de estudo

B. Comentários bíblicos C. Ferramentas de idiomas

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

D. Teologias histórica e sistemática E. Vários dicionários

F. Enciclopédias bíblicas G. Atlas bíblicos

H. Sermões expositivos IV. Orientação

A. Introduções gerais B. Divisões do livro

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

C. Esboço do livro D.Tema central

E. Pano de fundo histórico F. Redação repetida

G. Desafios interpretativos V. Isolamento

A. Observe a unidade literária B. Determine o texto específico

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

VI. Observação

A. Observações iniciais 1. Quem está falando?

2. A quem está se dirigindo?

3. Onde está o falante?

4. Quando isto foi escrito?

5. Quais são as circunstâncias?

6. Onde estavam os recipientes desta mensagem?

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

7. Por que isto foi escrito?

8. O que está sendo dito?

9. Qual é a questão?

10. Qual é o gênero?

B. Observações adicionais

1. Quais são as palavras-chave?

2. Quais são as palavras repetidas?

3. Quais são as palavras teológicas?

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

4. Quais são as palavras enfáticas?

5. Quais são as palavras transicionais?

6. Quais são os verbos principais?

7. Quais são as palavras de apoio?

VII.Visualização

A. Escreva um esboço inicial 1. Relativamente poucos

2. Obviamente claros

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

3. Logicamente coerentes

4. Equilibrados simetricamente VIII. Cristalização

A. Descubra o tema central B. Escreva a “grande ideia”

IX. Interpretação

Entenda as leis de interpretação

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

1. Significado único 2. Intenção do autor 3. Estrutura gramatical

4. Pano de fundo histórico 5. Distintivos culturais

6. Localizações geográficas 7. Referências cruzadas 8. Linguagem figurada

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

9. Gênero literário

10. Revelação progressiva

X. Construção do Esboço

A. Escreva o ponto principal (Introdução)

B. Escreva a interpretação bíblica (Desenvolvimento) C. Escreva a aplicação prática (Conclusão)

(47)

A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

XI. Introdução e Desenvolvimento A. Leia o texto

1. Leia-o distintamente 2. Leio-o devagar

3. Leio-o enfaticamente B. Crie interesse

1. Use uma afirmação provocativa 2. Use uma citação impactante

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

3. Use um acontecimento presente 4. Use uma ilustração pública

C. Revele a direção

1. Afirme a “grande ideia”

2. Afirme os pontos principais D. Reveja o contexto

1. Mostre o contexto do livro

(49)

A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

2. Mostre o contexto histórico XII. Conclusão

A. Apele aos crentes 1. Eles devem saber algo 2. Eles devem sentir algo 3. Eles devem fazer algo B.Apele aos não crentes

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

1. Chame-os ao arrependimento 2. Chame-os à fé

XIII.Avaliação A. Reveja o esboço B. Reveja a qualidade C. Reveja o equilíbrio D. Reveja a clareza E. Reveja o fluxo

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A MECÂNICA DA PREPARAÇÃO DO SERMÃO 5

XIV. Proclamação

A. Dependência espiritual B. Contato visual

C. Voz clara D. Tom variado E. Ritmo alternado

F. Gestos apropriados G. Postura corporal

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EXEMPLOS DE SERMÕES EXPOSITIVOS 6

Texto: 2 Samuel 11:12-23

Tema: A queda e restauração de um grande homem I. Davi desobedeceu

a. Cometeu adultério — 11:2-5 b. Cometeu assassinato — 11:6-26 II. Deus repreendeu

a. Enviou uma palavra profética — 12:1-6

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EXEMPLOS DE SERMÕES EXPOSITIVOS 6

b. Identificou o pecado do rei — 12:7-12

c. Especificou o castigo do rei — 12:11-12,14 III. Davi se arrependeu

a. Confessou o pecado — 12:13 b. Expressou tristeza — 12:15-17 c.Aceitou a disciplina — 12:18-23 d. Renovou a obediência — 12:20

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EXEMPLOS DE SERMÕES EXPOSITIVOS 6

Texto: 1 Timóteo 6:11-14

Tema: Como deve ser identificado um homem de Deus I. Do que foge — v. 11a (contexto anterior)

II. O que busca — v. 11b III. Pelo que luta — v. 12 IV. Ao que é fiel — v. 13-14

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A VIDA DO PREGADOR 7

A homilética não se ocupa apenas com o preparo e entrega do sermão, mas também com a vida do pregador, afinal ele é o canal por meio do qual Deus fala. Apesar deste fato, nos últimos tempos, este tem sido um ponto que tem recebido pouca importância, trazendo sérios males a igreja.

E. M. Bounds descreve esta realidade da seguinte maneira:

“Volumes têm sido escritos ensinando detalhadamente a mecânica da preparação do sermão. Nós temos nos tornado obcecados com a idéia de que estes andaimes são o próprio edifício. O pregador jovem tem sido ensinado a gastar toda a sua for-

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A VIDA DO PREGADOR 7

ça na forma, estilo e beleza do sermão como um produto mecânico e intelectual.

Como conseqüência, nós temos cultivado esse equivocado conceito entre o povo e levantado um clamor por talento em vez de graça, Nós temos enfatizado eloqüên- cia em vez de piedade, retórica em vez de revelação, fama e desempenho em vez de santidade. O resultado é que nós temos perdido a verdadeira idéia do que seja pregação. Nós temos perdido a pregação poderosa e a pungente convicção de pe- cado... Com isto não estamos dizendo que os pregadores estão estudando muito.

Alguns deles não estudam. Outros não estudam o suficiente. Muitos não estudam ao ponto de se apresentarem como obreiros aprovados que não tem de que se en- vergonhar (2 Tm 2:15). Mas nossa grande falta não é em relação à cultura da ca- beça, mas à cultura do coração. Não é falta de conhecimento, mas falta de santida-

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A VIDA DO PREGADOR 7

de... Não que não conheçamos muito, mas é que não meditamos o suficiente sobre Deus e sua Palavra. Nós não temos vigiado, jejuado e orado o suficiente”.

1.A Vida do Pregador é a Vida do seu Ministério

• Uma das áreas mais importantes da pregação é a vida do pregador. John Stott afirma que a prática da pregação jamais pode ser divorciada da pessoa do pregador.

• A pregação com consistente exegese, sólida teologia e brilhante apresen- tação não glorificará a Deus, não alcançará os perdidos nem edificará os crentes sem um homem santo no púlpito.

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A VIDA DO PREGADOR 7

• O que nós precisamos desesperadamente nestes dias não é apenas prega- dores eruditos, mas sobretudo, pregadores piedosos.

• Errol Hulse define pregação como “a sagrada eloquência através de um em- baixador cuja vida deve ser consistente em todos os aspectos com a mensagem que ele proclama.” Assim, a piedade é uma vital necessidade na vida de todo pregador.

• Robert Murray McCheyne disse que “não é a grandes talentos que Deus abençoa de forma especial, mas à grande semelhança com Jesus”. Um ministro santo é uma poderosa e tremenda arma nas mãos de Deus.

(59)

A VIDA DO PREGADOR 7

2. Fome por Deus

• O pregador deve ser prioritariamente um homem de oração e jejum. O re- lacionamento do pregador com Deus é a insígnia e a credencial do seu mi- nistério público. Os pregadores que prevalecem com Deus na vida pessoal de oração são os mais eficazes em seus púlpitos.

A. Oração

• A oração precisa ser prioridade vida do pregador. A vida do pregador não deve ser medida pelo sucesso diante dos homens, mas por sua intimidade com Deus.

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A VIDA DO PREGADOR 7

• Na vida de muitos pregadores, a oração não é a prioridade de sua vida e ministério. Em virtude disso, tem pregado sermões secos e sermões secos não produzem vida.

• Se desejamos ver a manifestação do poder de Deus, se nós desejamos ver vidas sendo transformadas, se nós desejamos ver um saudável crescimento da igreja, então devemos orar regularmente, privativa, sincera e po- derosamente.

• Os grandes pregadores da Bíblia foram homens de oração: Moisés, Samuel, Elias, os apóstolos e, acima de tudo, Jesus, nosso supremo exemplo.

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A VIDA DO PREGADOR 7

• Além destes, os maiores e mais conhecidos pregadores da história foram homens de oração. João Crisóstomo, Agostinho, Martinho Lutero, João Calvino, João Knox, Richard Baxter, Jonathan Edwards e muitos outros.

• Charles Simeon, um reavivalista inglês, devotava quatro horas por dia a Deus em oração. John Wesley gastava duas horas por dia em oração. Lutero dizia: “Se eu fracassar em investir duas horas em oração cada manhã, o diabo terá vitória durante o dia”. David Brainerd dizia: “Eu amo estar só em minha cabana, onde eu posso gastar muito tempo em oração”.

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A VIDA DO PREGADOR 7

ii. Jejum

• As Escrituras enfatizam também o jejum como um importante exercício espiritual. Se nós desejamos pregar com poder, o jejum não pode ser es- quecido em nossa vida devocional. O jejum está presente tanto no Antigo como no Novo Testamento.

• Os profetas, os apóstolos, Jesus e muitos homens de Deus como Agostinho, Lutero, Calvino, John Knox, Wesley, Charles Finney, Moody e outros mais através da história, experimentaram bênçãos espirituais através do jejum.

Martyn Lloyd-Jones diz que “os santos de Deus em todos os tempos e em to- dos os lugares não somente creram no jejum, mas também o praticaram”.

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• Se verdadeiramente desejamos ver poder no púlpito, se nós desejamos ver pregações ungidas e cheias de vigor, se ansiamos ver o despertamento da igreja e o seu crescimento numérico, precisamos, então, de pregadores que sejam homens santos e piedosos, homens de oração e jejum.

3. Fome Pela Palavra de Deus O Estudo do Pregador

• É impossível ser um pregador bíblico e eficaz sem uma profunda dedicação aos estudos. O pregador deve ser um estudante.

• John MacArthur diz que um pregador expositivo deve ser um diligente es- tudante da Escritura.

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• C. H. Spurgeon escreveu que “aquele que cessa de aprender tem cessado de ensinar. Aquele que não semeia nos seus estudos, não irá colher no púlpito”. O pregador que estuda sempre terá sermões cheios de poder para pregar.

• Charles Koller afirma que “um pregador jamais manterá o interesse do seu po- vo se ele pregar somente da plenitude do seu coração e do vazio da sua cabeça”.

• A ordem do apóstolo é sumamente pertinente: “Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade” (2 Tm 2.15).

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4. Unção A Ação do Espírito Santo

• Sem a presença, a obra, o poder e a unção do Espírito Santo a igreja será como um vale de ossos secos. Sem a obra do Espírito Santo não haverá pregação, não haverá pessoas convertidas e também não haverá cresci- mento saudável da igreja.

• A obra do Espírito Santo é tão importante quanto a obra da redenção que Cristo realizou na cruz, pois somente o Espírito Santo pode transformar corações e produzir vida espiritual. Nenhuma eloqüência ou retórica hu- mana pode convencer homens mortos em seus delitos e pecados acerca da verdade de Deus.

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• Charles Spurgeon declara: “Se eu me esforçasse para ensinar um tigre a res- peito das vantagens de uma vida vegetariana, teria mais esperança em meu es- forço do que tentar convencer um homem que ainda não nasceu de novo acerca das verdades reveladas de Deus concernentes ao pecado, à justiça e ao juízo vindouro. Essas verdades espirituais são repugnantes aos homens carnais, e uma mente carnal não pode receber as coisas de Deus.”

• Sem a unção do Espírito Santo nossos sermões tornar-se-ão sem vida e sem poder. É o Espírito quem aplica a Palavra e ela não opera à parte do Espírito. Quanto a isso, escreveu Arturo Azudia:

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“O alvo da pregação é diferente de qualquer outro discurso público. O sermão tem objetivos mais profundos. Ele pode, mediante o poder do Espírito, renovar e puri- ficar os corações. Se ele falhar nesse intento, terá fracassado completamente. E ele sempre falhará se não for acompanhado do poder do alto. A renovação da alma é o que nenhum homem com toda a sua riqueza de aprendizado, erudição e poder de comunicação pode fazer. Essa obra não é feita nem por força, nem por poder, mas pelo Espírito de Deus”.

Realidades práticas de poder

A. Um entendimento mais claro da Palavra

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B. Uma convicção profunda da verdade C. Um coração dilatado para Deus

D. Uma confiança mais forte na Palavra

E. Uma recordação mais rápida da verdade F. Uma maior liberdade de discurso

G. Uma compaixão mais ampla pelos ouvintes

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CONSELHOS

1. Adquirem bons livros de pregação bíblica ou expositiva para que tirem suas duvidas, os orientem quanto ao assunto e os ajudem a preparar bons sermões;

2. Adquirem comentários, introduções ao AT e NT, Dicionários Teológicos, além de tudo mais que possa os ajudar a fazer uma boa exegese dos tex- tos da Bíblia;

3. Ouçam bons pregadores que pregam expositivamente: Augustus Nicode- mus, Hernandes Dias Lopes, Ciro Sanches, Renato Vargens, entre outros;

4. Há bons cursos online: www.escolacharlesspurgeon.com.br/ e www.cursofieldelideranca.com.br/

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Referências

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