R e v i s t a d a S o c i e d a d e B r a s i l e i r a d e M e d i c i n a T r o p i c a l 2 2 ( 4 ) : 2 1 9 , O u t - D e z , 1 9 8 9 .
C A R T A A O E D I T O R
Senhor Editor.
É com m uita honra que sou sócio d a Sociedade B rasileira de M edicina T ropical e com m uito prazer acuso o recebim ento dos anais do últim o Congresso realizado em Florianópolis.
A penas um a retificação a fazer: n a relação dos Presidentes dos Congressos, o realizado em P orto Alegre, em 1970, foi presidido pelo m eu pai Prof. D r. A ntonio Peyrouton L ouzada e não com o consta ah.
Solicito-lhe pois, a corrigenda necessária p ara este grave erro histórico de nossa Sociedade, assim com o o ju sto reconhecim ento deste em inente tropica- lista e um dos seus fundadores.
A tenciosam ente,
G eraldo Zanini Louzada
Sr. Editor.
N o núm ero de abril-junho de 1989, a R evista da Sociedade B rasileira de M edicina T ropical publicou, n a página 103, interessante com unicação do D r. José M aurício Alves Cam ello, apresentando resultados de inquérito coproparasitológico relativo a m enores de cinco anos e pertinente a Recife. O autor exam inou as
fezes de 1500 crianças, de am bos os sexos, utilizando os m étodos de H offm an, P o n s e Jan er e de Rugai e colaboradores.
A m etodologia aplicada foi adequada e as verificações são confiáveis, perm itindo avaliação cor reta das prevalências das parasitoses intestinais na população escolhida.
V erificam os, porém , que o relato dos resultados foi efetuado de m an eira pouco usual, particularm ente no que diz respeito à G i a r d i a l a m b l i a ( G i a r d i a l a m b l i a 27 6 -7 1 ,1 3 % ). A ssim fazendo, ele está con
siderando que entre os protozoários esse p arasita com pareceu através d a ta x a de 7 1,13% . Portanto, leitor m enos atento poderá confundir tal alta percen tagem com o índice de prevalência d a G . l a m b l i a .
O bjetivando contribuir p ara valorizar o estudo, desejam os p ro p o ru m enfoque diferente e, crem os, útil, qual seja, calcular a prevalência de G . l a m b i a na totalidade da am ostra exam inada, refletindo dessa m aneira a im portância do flagelado entre os parasitas intestinais encontrados na faixa etária considerada. E m 1500 exam es de fezes, 276 am ostras foram positivas p ara G . l a m b i a , o que corresponde a 18,4% com o índice de prevalência e esse percentual é o habitualm ente registrado na literatura.
O m esm o raciocínio vale p a ra os helmintos.
Rubens C am pos e Vicente A m ato N eto