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Aula 11 Dos Defeitos dos Negócios Jurídicos I: Por Marcelo Câmara

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Academic year: 2021

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Por Marcelo Câmara

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Introdução:

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Geralmente, quando se fala que o ato é ilícito se quer dizer, também, ilegal. Assim, ilegalidade e ilicitude têm, abstratamente, a mesma acepção, tanto para o operador do direito quanto para o leigo.

Concretamente, há, contudo, sentidos que podem diferenciar o ato ilegal do ato ilícito, conforme se captura no corpo das normas jurídicas.

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Sumário:

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1 - Defeitos nos negócios jurídicos:

1.1- Diferença entre invalidade e ineficácia.

1.2- Vícios de vontade e defeitos de consentimento do negócio jurídico.

1.3- Teoria da vontade real. 1.4- Teoria da declaração.

1.5- Teoria da responsabilidade. 1.6- Teoria da confiança.

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2. Erro, ignorância dolo e coação: 2.1 Conceito.

2.2 Distinção.

2.3 Requisitos e espécies.

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Desenvolvimento:

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1 - Defeitos nos negócios jurídicos:

A doutrina é unanime em salientar que a declaração da vontade é elemento essencial do negócio jurídico.

Para que ocorra a validade em comento é óbvio e indispensável a presença da vontade livre e consciente das partes, especialmente daquele que está aderindo ao negócio.

Embora o que esteja ofertando também possa ser vítima de situação que torne o negócio inválido.

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1 - Defeitos nos negócios jurídicos:

Tanto que, uma forma de manifestação com exteriorização de um negócio é o contrato. Como se pode ver em seu art. 422, in verbis:

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

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1 - Defeitos nos negócios jurídicos:

Ocorre, entretanto, uma possibilidade de o negócio jurídico ser iniciado sem a aparência de vícios e, no decorrer do cumprimento do seu objeto ser anulável.

E a sanção é a anulabilidade, art. 171, II.

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1 - Defeitos nos negócios jurídicos:

Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

(...)

II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

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1.1- Diferença entre invalidade e ineficácia:

A invalidade, para BETTI, "é aquela falta de idoneidade para produzir, por forma duradoura e irremovível, os efeitos essenciais do tipo", como sanção à inobservância dos requisitos essenciais impostos pela lei.

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1.1- Diferença entre invalidade e ineficácia:

Invalidade – falta do preenchimento de requisito legal:

Ex: Contrato de compra e venda de imóvel em fase que antecede a execução de sentença transitada em julgado que penhoraria o imóvel já citado por ser o único bem do Réu / Executado.

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1.1- Diferença entre invalidade e ineficácia:

Já a ineficácia qualifica-se, ao contrário, como característica de um ato "em que estejam em ordem os elementos essenciais e os pressupostos de validade, quando, no entanto, obste à sua eficácia uma circunstância de fato a ele extrínseca".

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1.1- Diferença entre invalidade e ineficácia:

Ineficácia – Falta de especificidade, embora lícita:

Ex: Cessão de direitos hereditários envolvendo um imóvel objeto de inventário pelo inventariante sem a expressa anuência dos demais herdeiros.

Mesmo que tenha sido outorgado uma procuração com poderes amplos. Porém não específicos. Destacando-se que o imóvel foi avaliado em mais de 30 vezes o salário mínimo.

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1.2- Vícios de vontade e defeitos de consentimento do negócio jurídico:

Para tanto vamos analisar as teorias que embasam a validade dos negócios jurídicos.

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1.3- Teoria da vontade real – declaração negocial do indivíduo (não adotada):

Segundo teoria sistematizada por SAVIGNY, a essência do negócio jurídico está no querer individual, isto é, na vontade mesma do autor da declaração negocial.

-Esta, portanto, opera apenas como instrumento de revelação daquela.

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1.3- Teoria da vontade real – declaração negocial do indivíduo (não adotada):

-Entretanto, levada ao extremo, todo ato afetado por vício de consentimento seria inválido diante da ausência de vontade de que se ressente, seja por erro, dolo ou coação, ou por qualquer outro evento que impeça sua livre e consciente manifestação.

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1.3- Teoria da vontade real – declaração negocial do indivíduo (não adotada):

-O que gera a anulabilidade e não a nulidade

-Por isso, quando há conflito entre a vontade e a declaração, é a vontade que haverá de prevalecer.

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1.4 - Teoria da declaração – vincula-se as partes pela sua declaração (não adotada):

A reação contra o excesso reconhecidamente presente na teoria da vontade real deu-se por meio da teoria da declaração, cujo ponto de partida foi a necessidade de preservar as vinculações criadas pelas declarações de vontade, para ter-se segurança nas relações jurídicas.

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1.4 - Teoria da declaração – vincula-se as partes pela sua declaração (não adotada):

Tanto que o comércio jurídico não pode conviver com a insegurança que decorreria de declarações de vontade que facilmente se revogam.

No momento da realização do contrato tenho uma vontade e depois altero ou não desejo mais o objeto contratado.

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1.5- Teoria da responsabilidade – erro cometido culposamente por outro prejudica a ambos no negócio (não é a adotada):

Fugindo do antagonismo profundo estabelecido entre a teoria da vontade real e a da declaração da vontade, formulou-se uma posição intermediária, sob o nome de teoria da responsabilidade.

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1.5- Teoria da responsabilidade – erro cometido culposamente por outro prejudica a ambos no negócio (não é a adotada):

Por esta teoria, o agente deve responder pelos atos culposos que causem dano a outrem, o contratante que cometeu o erro por sua própria negligência ou dolo, terá de se sujeitar aos efeitos do negócio, para não prejudicar o terceiro que nele confiou.

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1.6- Teoria da confiança – boa fé em todas as fases e momentos execução e conclusão - (adotada).

O último grau de evolução do tratamento do problema do erro no negócio jurídico foi acrescido pela teoria da confiança.

Não basta analisar o dissídio entre vontade e declaração apenas no ângulo de quem a emite.

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1.6- Teoria da confiança – boa fé em todas as fases e momentos execução e conclusão - (adotada).

É preciso levar em conta também o comportamento de quem a recebe.

É preciso indagar se este manteve sua expectativa de vinculação segundo a boa-fé, ou se de alguma forma concorreu com culpa no evento.

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1.6- Teoria da confiança – boa fé em todas as fases e momentos execução e conclusão - (adotada).

Para tanto, observemos os seguintes artigos do CC vigente:

Livro III - Dos Fatos Jurídicos Título I - Do Negócio Jurídico Capítulo I - Disposições Gerais

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1.6- Teoria da confiança – boa fé em todas as fases e momentos execução e conclusão - (adotada).

Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.

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1.6- Teoria da confiança – boa fé em todas as fases e momentos execução e conclusão - (adotada).

Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.

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1.6- Teoria da confiança – boa fé em todas as fases e momentos execução e conclusão - (adotada).

Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.

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1.6- Teoria da confiança – boa fé em todas as fases e momentos execução e conclusão - (adotada).

Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa.

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1.6- Teoria da confiança – boa fé em todas as fases e momentos execução e conclusão - (adotada).

Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.

Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.

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1.6- Teoria da confiança – boa fé em todas as fases e momentos execução e conclusão - (adotada).

Título V - Dos Contratos em Geral Capítulo I - Disposições Gerais

Seção I - Preliminares

Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.

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1.6- Teoria da confiança – boa fé em todas as fases e momentos execução e conclusão - (adotada).

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.

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2. Erro, ignorância dolo e coação:

O Código Civil declara que é anulável o negócio jurídico, na forma do art. 171:

Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

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2. Erro, ignorância dolo e coação: Capítulo IV

Dos defeitos do negócio jurídico -Respectivamente, arts:

138 - Do Erro ou Ignorância: 145 – Do Dolo:

151 – Da Coação:

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2. Erro, ignorância dolo e coação:

A anulabilidade não tem o mesmo rigor da nulidade, nem é alicerçada nos mesmos princípios.

Pois contem exclusivo interesse e conveniência das partes, motivo pelo qual o ordenamento jurídico permite, caso ocorra interesse das partes, em solucioná-la.

Desde que sanada a imperfeição poderá produzir ser efeitos incialmente objetivados.

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2. Erro, ignorância dolo e coação:

Enquanto nulidade tem o interesse público e, por conta disso, inadmite o convalescimento do defeito e gera a já citada nulidade do negócio jurídico, impedindo assim a sua simples existência.

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2. Erro, ignorância dolo e coação:

A formação perfeita do negócio jurídico depende, basicamente, de duas avaliações iniciais, quais sejam:

a) Verificação da existência volitiva do agente e

b) Correspondência entre o elemento anímico interno do agente e sua exteriorização.

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2. Erro, ignorância dolo e coação:

No que concerne à prova (art. 373, I do NCPC) pelo interesse da arguição da anulabilidade, temos o art. 404, II do CPC, in verbis:

Art. 404. É lícito à parte inocente provar com testemunhas:

II - nos contratos em geral, os vícios do consentimento.

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2. Erro, ignorância dolo e coação:

Sendo assim, estudaremos os casos do inciso II que afetam o núcleo do negócio jurídico seja por que afetam a perfeição da vontade emitida (v.g. coação); Seja em razão da atentarem contra a normalidade das relações jurídicas em geral (v.g fraude contra corredores).

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

É a falsa ideia ou falso sentido que se tem de alguma coisa. Em regra erro não se presume. Alegado, deve ser mostrado, isto é, provado.

O erro é a falsa representação da realidade, o sujeito engana-se sozinho.

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

Capítulo IV – Dos defeitos do negócio jurídico. Seção I - Do Erro ou Ignorância

Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

Já a ignorância é o completo desconhecimento da realidade.

Embora tanto o erro como a ignorância acarrete efeitos iguais, quais sejam, a anulabilidade do negócio jurídico, não obstante possuírem conceitos distintos.

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

Não é qualquer erro que é capaz de anular o negócio jurídico, há de ser erro substancial ou essencial e escusável conforme prevê o art. 139 do C.C.

Art. 139. O erro é substancial quando: (...)

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

O erro substancial é aquele que envolve circunstancia cujo o prévio conhecimento do agente faria com que este não praticasse os atos conducentes à realização do negócio.

Ex: Uma pessoa adquire objetos de metal pensando serem de prata, mas na verdade são de outro metal similar a prata. Caso soubesse simplesmente não o adquiriria.

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

Objetivando evitar controvérsias, o legislador determinou hipóteses, numerus clausus, determinando-as com fins de evitar interpretações diversas.

O erro substancial possui sub-espécies, incisos do art. 139:

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

O error in ipso negotio (incidente sobre a natureza do negócio).

Art. 139, I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144: Ex.

Boy Félix entrega dinheiro a César Poderoso.

Este pensa tratar-se de doação, enquanto aquele o faz pensando ser mútuo (art. 156 do CC);

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144: Art. 139 II - o error in corpore (pessoa):

Art. 139, II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

V.g. Boy Félix se casa por procuração pensando ser Alciony, mas, na verdade se casa com Alcione (irmã gêmea de Alciony).

Rei do Gado compra fazenda pensando ser de Odete, sua amiga. Mas, na verdade, pertence a Odette, inimiga capital.

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144: Art. 139 III - o error iuris (erro de direito).

Art. 139, III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

O erro de direito é o falso conhecimento, ignorância ou interpretação errônea da norma jurídica aplicável ao negócio jurídico.

Ocorre quando o agente emite a declaração de vontade no pressuposto falso de que procede de acordo com o preceito legal.

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

O erro de direito era admitido como substancial quando fosse o motivo principal do negócio jurídico e não houvesse a intenção, por parte doa gente, de descumprir a lei.

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

Ex: Venda de imóvel de valor superior a 30 vezes o maior salário mínimo vigente no país. Em que o vendedor o faz através de simples documento sem se importa com as formalidades. As partes envolvidas na compra e venda são pessoas de intelectualidade humilde.

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144: Embora isto não as escuse desta obrigação.

O art. 3º da LICC (Decreto-lei nº 4.657/42) diz que a alegação de ignorância da lei não é admitida quando apresentada como justificativa para seu descumprimento.

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

Significa dizer, ao revés, que pode ser argüida se não houver tal nefasto propósito.

Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

Há a possibilidade de convalescimento do erro conforme se prevê o art. 144 do C.C. em razão do princípio da conservação dos atos e negócios jurídicos e ainda pelo princípio da segurança jurídica.

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2.1 - Erro (ou ignorância) – arts. 138 a 144:

Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante.

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2.2 - Dolo - arts. 145 a 150:

Indica toda a espécie de artifício, engano promovido por uma pessoa, com a intenção de induzir outrem à prática de um ato jurídico, em prejuízo deste e proveito ou de outrem.

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2.2 - Dolo - arts. 145 a 150: Seção II - Do Dolo

Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.

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2.2 - Dolo - arts. 145 a 150:

O dolo no âmbito civil não se confunde com aquele previsto no âmbito penal (art. 18, I do CP) onde agente atua com a vontade predestinada a causar o delito ou assumiu o risco de produzi-lo.

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2.2 - Dolo - arts. 145 a 150: Art. 18 - Diz-se o crime:

Crime doloso

I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;

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2.2 - Dolo - arts. 145 a 150:

A prova de sua existência ocorre, por exemplo, através do art. 352 e 485, ambos do CPC:

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2.2 - Dolo - arts. 145 a 150:

Art. 352. A confissão, quando emanar de erro, dolo ou coação, pode ser revogada:

I - por ação anulatória, se pendente o processo em que foi feita;

II - por ação rescisória, depois de transitada em julgado a sentença, da qual constituir o único fundamento.

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2.2 - Dolo - arts. 145 a 150:

Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:

III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;

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2.2 - Dolo - arts. 145 a 150:

A grande maioria das ações anulatórias em geral é mesmo com base no dolo em face da grande dificuldade de se provar processualmente o erro.

É a ignomínia fundada no dolo malus, na na abjeção do método utilizado pelo agente.

O dolo anulador do negócio jurídico é sempre o dolo principal, é o dolo malus.

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2.2 - Dolo - arts. 145 a 150:

Porque o dolus bônus é moderadamente aceitável, embora o CDC condene explicitamente a publicidade enganosa.

Exemplo: Lábia, publicidade enganosa, superestimativa, etc. Encobrir uma oxidação grave em bem material com massa/tinta.

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2.2 - Dolo - arts. 145 a 150:

Registre-se que o dolus pode ser comissivo ou omissivo (chamado de dolo negativo), pois fere frontalmente o princípio da boa fé objetiva presente tanto no C.C. como no CDC.

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2.2 - Dolo - arts. 145 a 150: É possível ainda:

- o dolo de terceiro (art. 148 C.C.);

- como o do representante (art. 149 C.C.);

- o dolo bilateral (art. 150 C.C.) pode não gerar a anulabilidade do negócio jurídico, pois prevalece o princípio de que ninguém poder valer-se da própria torpeza para auferir vantagens.

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2.3 – Coação – arts. 151 a 155:

A coação é o constrangimento físico ou moral aplicado à vítima, tendo como alvo ela própria sua família ou seus bens para leva-la a certa manifestação de vontade.

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2.3 – Coação – arts. 151 a 155: Seção III - Da Coação

Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.

Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.

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2.3 – Coação – arts. 151 a 155:

Encontramos, ainda, na análise no próprio código penal, art. 146, verbis:

Constrangimento ilegal

Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:

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2.3 – Coação – arts. 151 a 155:

Encontramos, ainda, na análise no próprio código penal, art. 146, verbis:

Constrangimento ilegal

Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:

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2.3 – Coação – arts. 151 a 155:

Exigem-se certos requisitos para tipificação da coação (art. 153 do C.C.) e para ser considerada como defeito:

deve ser determinante do negócio; deve ser grave e injusta;

deve dizer respeito ao dano atual ou iminente e deve ameaçar a pessoa, bens da vítima ou pessoas de sua família (essa tomada na acepção alto sensu , art. 151 C.C.).

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Conclusão:

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Que a Força esteja

com Todos!

Vida Longa e Próspera:

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