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Academic year: 2021

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

1/19 21 de Setembro de 2006

Conta Satélite do Turismo

2000-2002

1

CONTA SATÉLITE DO TURISMO DE PORTUGAL, 2000-2002 – ANÁLISE DE RESULTADOS

Entre 2000 e 2002, a Despesa em Consumo Turístico representou, em média, cerca de 9,83% do Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado. Neste período, a Despesa em Consumo Turístico apresentou uma variação global de 4,10%, destacando-se a evolução positiva ocorrida entre 2000 e 2001 de 5,41%.

O Instituto Nacional de Estatística divulga os resultados da Conta Satélite do Turismo para os anos 2000, 2001 e 2002. Os resultados provisórios para 2000, previamente apresentados em Destaque anterior, foram objecto de revisão, em virtude das últimas correcções efectuadas nas Contas Nacionais de 2000, já divulgadas. Os resultados para os anos 2001 e 2002 apresentam, ainda, um carácter provisório.

A Conta Satélite do Turismo, enquanto sistema integrado de informação estatística sobre o Turismo, tem como objectivo principal fornecer um instrumento de aferição do peso do Turismo na economia e, até certo ponto, do perfil desse Turismo, numa perspectiva de “informar para decidir”. Trata-se de um projecto – piloto cuja continuidade será assegurada através de uma parceria entre o Instituto Nacional de Estatística e o Instituto de Turismo de Portugal.

De acordo com as estimativas obtidas, a contribuição do Turismo para o Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado foi de, aproximadamente, 4,8% entre os anos de 2000 e 2002. Neste período, este contributo apresentou uma variação global, de cerca de 10%, destacando-se o período entre 2000 e 2001. Os resultados obtidos vêem confirmar a evolução, anteriormente descrita, pelas estatísticas de base: em 2001 a actividade turística contribuiu com 4,9% do PIB (aproximadamente 6384,1 milhões de euros) e assumiu um ritmo de crescimento superior ao do PIB, a preços de mercado, sendo que, no ano de 2002 se observa um decréscimo da contribuição do Turismo para o PIB, a preços de mercado, relativamente ao ano precedente. A contribuição do Turismo para o crescimento do PIBpm foi, em 2001, de 0,5% ou seja, sem o Turismo, o PIB apenas teria crescido 5,3% neste ano. De 2001 para 2002, o Turismo travou o crescimento do PIB em 0, 04%.

10 6 euros

2000 2001 Var 01-00 (%) 2002 Var 02-01 (%) Var 02-00 (%)

5.753,8 6.384,1 11,0 6.329,5 -0,9 10,0

122.270,2 129.308,4 5,8 135.433,6 4,7 10,8

4,7 4,9 4,7 4,8

0,5 -0,04

Contribuição do Turismo p/ o crescimento do PIB (pp) Contribuição do Turismo para o PIB pm

PIB pm

% Turismo/PIB ”pp” –pontos percentuais

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Conta Satélite do Turismo – 2000 – 2002 1

2/19 1. Consumo Turístico Interior

Em 2001, o Consumo do Turismo Interior atingiu o montante de 12959,9 milhões de euros, o que representou cerca de 10% do PIB. Em 2002, a despesa de Consumo Turístico Interior foi de 12798,7 milhões de euros, equivalente a 9,5%, registando um decréscimo de 1,2%, em relação ao ano anterior.

No período compreendido entre 2000 e 2002, os produtos característicos representaram, em média, cerca de 84,8% do total do Consumo Turístico Interior, correspondendo o remanescente, 4,8% e 10,4%, a produtos conexos e a produtos não específicos, respectivamente.

No que respeita aos produtos mais consumidos no âmbito do Turismo Interior, destacam-se os produtos de Transportes de Passageiros, da Restauração e Bebidas e do Alojamento, com cerca de 25,8%, 25,3% e 21,6%, respectivamente.

O tipo de transporte mais utilizado foi o transporte aéreo, que representou em média, cerca de 14,9% do Consumo Turístico Interior. Se, em 2001, se registou um crescimento nominal de 5,12% relativamente ao Consumo Turístico Interior deste produto, já em 2002 não se registou qualquer crescimento, podendo o 11 de Setembro ter influenciado este comportamento.

No que respeita às diferentes tipologias de alojamento, destacam-se os serviços incluídos no “Outro alojamento colectivo”, onde se incluem os parques de campismo e o outro alojamento de curta duração, com cerca de 10,1% da despesa de Consumo do Turismo Interior. O alojamento em residências secundárias utilizadas para fins turísticos representou, em média, 3,7% do Consumo Turístico Interior total

Saliente-se, ainda, a importância de produtos como os serviços de recreação e lazer, os outros serviços de Turismo e os Transportes rodoviários interurbanos (3,8%, cada um deles).

0% 20% 40% 60% 80% 100% 2000

2001 2002

Consumo Turístico Interior por tipo de produto

(estrutura 2000-2002)

Produtos característicos Produtos Conexos Produtos Não Específicos

Durante este período, o Consumo do Turismo Interior evoluiu cerca de 4,1%, tendo atingido o valor de 12798,6 milhões de euros em 2002. Mais uma vez, o ano de 2001 destaca-se com uma taxa de crescimento de 5,4% relativamente a 2000. Para esta evolução contribuiu o comportamento do consumo de produtos característicos do Turismo.

Consumo Turístico Interior, contribuição do Turismo para o PIB e PIBpm (2000-2002)

0 50000 100000 150000 2000 2001 2002 10 6 eur

(3)

Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

3/19 Consum o Turístico Interior por produtos (2000-2002)

0% 20% 40% 60% 80% 100% 2000 2001 2002 Alojamento Restauração e Bebidas Transporte de Passageiros

Agências de Viagens, Operadores Turísticos e Guias Turísticos Serviços Culturais

Recreação e Lazer Outros Serviços de Turismo Produtos Conexos

Produtos Não Específicos

O Consumo Turístico Interior reparte-se em três componentes de Consumo Turístico: o Consumo do Turismo Receptor, que representou entre 2000 e 2002, em termos médios, 50,3%, o Consumo do Turismo Interno e o Consumo das Outras Componentes do Turismo que representaram, para o mesmo período, 19,3% e 30,4%, respectivamente. As duas primeiras componentes distinguem o

Consumo Turístico por tipo de visitantes e a última resume o motivo de negócios e as componentes não monetárias. A evolução do Consumo Turístico Interior esteve, em grande parte, relacionada com o comportamento do Consumo do Turismo Receptor, que apresentou uma taxa de crescimento nominal de 6,2% em 2001, atingindo o valor de 6521 milhões de euros, tendo decrescido cerca de 0,7% em 2002.

Evolução nom inal do Consum o Turístico Interior, dos seus com ponentes por tipo de produtos (2000-2002) -8% -6% -4% -2% 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% Turismo Recepto r Turismo Interno Outras Co mpo nentes do Co nsumo Turístico Co nsumo Turístico Interio r Turismo Recepto r Turismo Interno Outras Co mpo nentes do Co nsumo Turístico Co nsumo Turístico Interio r 2001 2002

P ro duto s Característico s P ro duto s Co nexo s

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

4/19 2. Consumo do Turismo Receptor

No período de 2000-2002, o consumo do Turismo Receptor (visitantes não residentes em Portugal) foi um dos principais responsáveis pela evolução do Consumo Turístico Interior. No ano de 2000, estima-se que o valor deste consumo correspondesestima-se a 6138,9 milhões de euros, sendo que, cerca de 73% deste montante correspondesse a consumo de produtos característicos, 8,6% a produtos conexos e os restantes 18,4 a produtos não específicos. No ano de 2002, a estrutura do Consumo Turístico Receptor respeita a mesma ordem relativa de importância, alterando-se pouco o peso relativo do consumo por produtos: 74,1%, 8,2% e 17,6%, respectivamente.

Na evolução do Consumo do Turismo Receptor destaca-se a evolução positiva do consumo de produtos característicos em 2001 com uma taxa de crescimento nominal de 7,6%, para a qual contribui o acréscimo de consumo nos produtos Transportes

rodoviários interurbanos, Agências de viagens e operadores turísticos e Outros serviços de Turismo, com evoluções de 26%, 23,3% e 24,4%, respectivamente. O ano de 2002 contraria esta evolução positiva, com o consumo de produtos específicos a decrescer 0,7%. Esta tendência é justificada pelo comportamento negativo do consumo de produtos característicos e dos produtos conexos, os quais decrescem, neste ano, 0,4% e 2%, respectivamente. Apesar do decréscimo, em geral, do Consumo do Turismo Receptor no ano de 2002, existem alguns produtos que continuam a verificar, apesar de mais reduzido, um crescimento no seu consumo, por parte dos visitantes não residentes. É o caso, por exemplo, dos Transportes por água, dos Rodoviários e dos Ferroviários Interurbanos, com uma taxa de crescimento nominal de 12,2%, 11% e 10,7%, respectivamente, e das Agências de Viagens e operadores turísticos, com uma evolução de 6,8%.

Consum o do Turism o Receptor por produtos (2000-2002)

0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2000 2001 2002 106eur

Alojamento Restauração e Bebidas

Transporte de Passageiros Agências de Viagens, OT e Guias Turísticos

Serv Culturais Recreação e Lazer

Outros Serv de Turismo Produtos Conexos Produtos Não Específicos

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

5/19

Analisando o Consumo do Turismo Receptor, por categoria de visitantes, observa-se que, no período de 2000 a 2002, o consumo dos Turistas representou, em média, cerca de 87,6%, correspondendo os remanescentes 12,4%, ao dos Excursionistas.

0% 20% 40% 60% 80%

Excursionistas Turistas Visitantes

Estrutura do Consum o do Turism o Receptor por categoria de visitantes e de

produtos (2000-2003)

Produtos Não Específicos Produtos Conexos Produtos característicos

Em 2001, a despesa dos Turistas não residentes atingiu o montante de 5752,3 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 8,7%, face ao ano de 2000. Por outro lado, neste mesmo ano, o consumo dos Excursionistas não residentes sofreu um decréscimo de cerca de 9%.

Assim sendo, pode-se dizer que o aumento de 6,2%, em 2001, do Consumo do Turismo Receptor se deveu à evolução positiva do consumo dos Turistas. Estes visitantes foram responsáveis, em média, por 90% do total do Consumo Turístico Receptor de

produtos específicos (91,7% dos produtos característicos e 75,4% dos produtos conexos) e 76,4% do Consumo do Turismo Receptor de produtos não específicos.

Evolução do consum o do Turism o Receptor por categoria de visitantes e de produtos

(2000-2002) -25% -20% -15% -10% -5% 0% 5% 10% 15% 2001 2002

Excursionistas Turistas Total

Em 2002, assiste-se a uma igual diminuição do consumo dos Excursionistas e dos Turistas não residentes (7%), equivalendo aos montantes de 5713,8 milhões de euros e 763,2 milhões de euros. No que respeita aos Turistas, o consumo de produtos característicos corresponde, em média, a cerca de 77,2% enquanto que, para os Excursionistas representa cerca de 49,3%.Por outro lado, o consumo de produtos conexos e não específicos por parte dos Turistas não residentes equivale a 7,2% e 15,6% do seu consumo. No caso dos Excursionistas esse consumo representa 16,7% e 34%, respectivamente.

O quadro que se segue apresenta a desagregação do Consumo do Turismo Receptor, por categoria de visitante, para os principais produtos alvo de consumo.

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1 6/19 106 eur 2000 2001 2002 2000 2001 2002 2000 2001 2002 Produtos específicos 520 506 540 4.489 4.858 4.795 5.009 5.365 5.335 Produtos característicos 366,4 384,9 419,6 4.113,1 4.435,5 4.381,9 4.479,5 4.820,4 4.801,5 Alojamento X X X 1.402,2 1.506,1 1.498,6 1.402,2 1.506,1 1.498,6

Hotéis e estabelecimentos similares X X X 481,6 498,0 457,1 481,6 498,0 457,1

Outro Alojamento Colectivo X X X 920,6 1.008,1 1.041,5 920,6 1.008,1 1.041,5

Restauração e Bebidas 187,5 203,5 218,5 1.361,9 1.471,7 1.456,4 1.549,3 1.675,1 1.675,0

Transporte de Passageiros 139,5 149,2 162,5 1.060,9 1.103,3 1.080,2 1.200,5 1.252,5 1.242,7

Transporte rodoviário interurbano 8,0 13,3 18,5 89,2 109,2 117,5 97,2 122,5 136,0

Transporte aéreo 113,2 98,0 96,0 698,3 725,5 707,5 811,6 823,5 803,5

Serviços auxiliares aos transportes 10,0 7,2 9,6 9,9 14,1 13,2 19,9 21,3 22,7

Agências de Viagens, OT e Guias Turísticos 14,9 10,9 16,2 19,5 31,5 29,1 34,4 42,4 45,3

Serviços Culturais 0,4 0,4 0,3 10,6 11,9 11,8 11,0 12,3 12,1

Recreação e Lazer 8,0 8,5 6,4 224,3 261,5 259,3 232,3 270,0 265,7

Outros Serviços de Turismo 16,1 12,5 15,7 33,7 49,5 46,5 49,8 62,0 62,2

Produtos Conexos 153,9 121,4 120,5 375,8 422,8 412,9 529,7 544,3 533,4

Bens 151,4 119,4 117,9 367,7 414,7 405,9 519,1 534,1 523,8

Serviços 2,5 2,0 2,6 8,1 8,1 7,0 10,6 10,1 9,5

Produtos Não Específicos 324,3 262,4 223,1 805,4 894,0 919,0 1.129,7 1.156,4 1.142,1

Bens 309,6 249,7 207,8 747,3 834,7 866,2 1.057,0 1.084,3 1.074,1

Serviços 14,7 12,7 15,3 58,0 59,4 52,8 72,7 72,1 68,1

Total 844,6 768,8 763,3 5.294,3 5.752,3 5.713,8 6.138,9 6.521,1 6.477,0

Consumo do Turismo Receptor por categoria de visitante, para os principais produtos alvo de consumo (2000-2002)

Excursionistas Turistas Total dos Visitantes

3. Consumo do Turismo Interno

A Conta Satélite do Turismo de Portugal (2000-2002) apresenta estimativas para o consumo turístico efectuado pelos residentes em Portugal na sequência de uma deslocação dentro do país (Turismo Interno) e a componente de consumo turístico que é realizada em Portugal, no âmbito de uma deslocação para o estrangeiro, antes de partir e/ou depois de regressar dessa viagem.

No período compreendido entre 2000 e 2002, a componente referente ao Turismo realizado unicamente em Portugal representou cerca de 70,8% e, a componente do consumo de Turismo realizado em Portugal, mas que se efectua antes de partir e/ou depois de regressar representa os restantes 29,2%.

Consumo Turístico Interior por destino principal da viagem (2000-2002)

70,8%

29,2%

Residentes em viagem apenas no Interior do país de referência

Residentes em viagem para fora do País de referência

No que se refere ao peso dos diferentes produtos no valor total do Consumo Turístico Interno, que correspondeu aos montantes de 2482,9 e 2374,7 milhões de euros em 2000 e 2001, respectivamente, destacam-se os produtos característicos, a contribuir com 90% para esse total. Os restantes 10% dizem respeito a produtos conexos (3,2%) e a produtos não específicos (6,8%).

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

7/19 Estrutura do Consum o do Turism o Interno

por destino principal da viagem e produtos (2000-2002) 0% 20% 40% 60% 80% 100% Residentes em v iagem apenas no interior do país

Residentes em v iagem para f ora do país P ro duto s Característico s P ro duto s Co nexos P ro duto s Não Específico s

Refira-se, ainda, que o consumo de produtos não específicos ocorre, na sua maioria, no âmbito das deslocações turísticas que ocorrem apenas no interior do país, a corresponder a cerca de 95,7% do Consumo Turístico Interno deste tipo de produtos.

Importa, também, referir os produtos mais consumidos no âmbito do Turismo Interno. Assim, destacam-se os produtos Transporte de Passageiros (33,8%), em particular, o transporte aéreo (23,4%), e o Alojamento (19,4%), sendo que o tipo de alojamento mais procurado foram os hotéis e estabelecimentos similares (10%) e Agências de Viagens e Operadores Turísticos (12,5%).

A importância relativa dos produtos transporte aéreo e Agências de viagens está intimamente relacionada com a organização de viagens turísticas com destino principal no estrangeiro (componente interna de consumo): cerca de 70% e 76,2%, do consumo destes produtos por visitantes residentes respectivamente, referem-se à componente interna de consumo dos visitantes residentes em viagem para fora do país.

Entre 2000 e 2002, o Consumo do Turismo Interno atingiu o montante de 2504,2 milhões de euros, o que esteve associado a taxas de crescimento nominal de 4,6% e 0,9% em 2001 e 2002.

Em termos médios, este agregado sofreu uma evolução de 5,5% entre 2000 e 2002. Este comportamento deveu-se, em grande parte, à evolução positiva da componente de consumo turístico que é realizada em Portugal no âmbito de uma deslocação para o estrangeiro, que apresentou um aumento de 10,1% em 2001 e de 1,3% em 2002, equivalendo a 735,7 milhões de euros e a 744,9 milhões de euros.

Evolução do Consumo Turístico Interno por destino principal da viagem e tipo de produtos (2000 - 2002)

-10% -5% 0% 5% 10% 15% 2001 2002 2001 2002 Produtos característicos Produtos Conexos Produtos Não Específicos Total

Os serviços com peso mais significativo no consumo de Turismo realizado unicamente em Portugal pelos visitantes residentes são o Alojamento (27,3%), os Transportes de passageiros, (21,7%), a Restauração e Bebidas (15%), os Serviços de recreação e lazer (11,2%) e os Produtos não específicos (9,2%). Destaca – se, ainda, a importância relativa do consumo em produtos não específicos (9,3%).

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

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Os serviços com maior influência no consumo de Turismo realizado em Portugal, antes ou depois de uma deslocação para fora do país, pelos visitantes residentes são o Transporte de passageiros (63,3%)

e as Agências de viagens e operadores turísticos (32,7%).

Consumo do Turismo Interno por destino principal da viagem e produtos característicos (2000-2002)

0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2000 2001 2002 2000 2001 2002

Residentes em viagem apenas no interior do país Residentes em viagem para fora do país

10

6 eu

r

Hotéis e estabelecimentos similares Outro AlojamentoColectivo Restauração e Bebidas

Transp passageiros - ferroviário interurbano Transp passageiros - aéreo Transp passageiros - rodoviário interurbano Transp passageiros - por água Transp passageiros - Serviços auxiliares Transp passageiros -Manut e rep de equip de transp Transp passageiros - Aluguer de equip de transporte Agências de Viagens, OT e Guias Tur. Serviços Culturais

Recreação e Lazer Outros Serviços de Turismo

4. Outras Componentes do Consumo do Turismo Interior

Esta componente do Consumo Turístico Interior representou em 2000 3781,3 milhões de euros, em 2001 3955,8 e em 2002 3817,4. Em média, nos 3 anos em análise, os serviços de Alojamento contribuíram com 20,8% para o valor total, Restaurantes e similares com 33,9% e os serviços de transporte com 31,6%.

Outras Componentes do Consumo do Turismo Interior (2000-2002) 0,03% 31,6% 1,9% 3,5% 0,7% 7,6% 33,9% 20,8% Alojamento Restauração e Bebidas Transporte de Passageiros

Agências de Viagens, OT e Guias Turísticos Serv Culturais

Recreação e Lazer Outros Serv de Turismo Produtos Não Específicos

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

9/19

A evolução de cada um dos grupos de produtos no mesmo período foi bastante variada. Em geral, de 2000 para 2001 registou-se uma variação nominal positiva, destacando-se a dos Serviços culturais, com 10,1% e os de Recreação e lazer com 115%. Apenas os Outros serviços de turismo e os Restaurantes e similares baixaram. De 2001 para 2002, o movimento foi inverso, ou seja, registou-se uma descida nominal geral, destacando-se a dos Restaurantes e similares e dos serviços de Recreação e lazer. As excepções à tendência de descida registaram-se nos serviços de Alojamento, 3,5%, nos Outros serviços de turismo, com 21,5% e nos Produtos não específicos com uma variação nominal de 9,7%.

Evolução das Outras Componentes do Consumo do Turismo Interior por produtos (2000-2002)

-15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 A loj am en to Re st au ra çã o e B ebi da s Tra ns po rt e de P as sagei ro s A gênc ia s de V iage ns , O T e G ui as Se rv C ul tur ai s R ecr ea çã o e La ze r O utr os S er v de T ur is m o P ro dut os Nã o E sp ec ífi co s To ta l % 2000-2001 2001-2002 5. Oferta Turística

As estimativas da Conta Satélite do Turismo de Portugal fornecem informação acerca de diferentes agregados macroeconómicos no âmbito do Turismo. Apresentam-se alguns dos principais resultados obtidos para a Produção Turística e Oferta Turística, Valor Acrescentado gerado pelo Turismo e Contribuição do Turismo para o PIBpm. Apresentam-se, seguidamente, os principais resultados obtidos para a Produção Turística e Oferta Turística e para o Valor Acrescentado gerado pelo Turismo.

Produção Turística e Oferta Turística

No período compreendido entre 2000 e 2002, a Produção Turística correspondeu a cerca de 4,3%, do total da produção da economia portuguesa. Para essa produção turística contribuíram, principalmente, as actividades características, com cerca de 3,8% e, com 0,6%, as actividades conexas e não específicas.

Produção Turística e Produção Total (2000-2002) P rodução Turística - A ctiv Característic as 3,8% Produção Turística - Activ Conexas e Não Específicas 0,5% Outra Produção 95,7%

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

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Os produtos com maior significado são as Agências de viagens e operadores turísticos e, os Transportes aéreos, cuja produção é 100% turística, os Hotéis e estabelecimentos similares, os Transportes de passageiros ferroviários interurbanos e os Restaurantes, a contribuir com 99,7%, 93,9% e 39% da sua produção para o Turismo. Estes serviços são fornecidos, quase na sua totalidade, pelas actividades características.

Produção Turística por produtos (2000-2002)

0% 20% 40% 60% 80% 100% 2000 2001 2002 Alojamento Restauração e Bebidas Transporte de Passageiros

Agências de Viagens, OTurísticos e Guias Tur. Serv culturais

Recreação e Lazer Outros Serviços de Turismo Produtos Conexos Produtos Não Específicos

Os produtos cuja produção turística sofreu uma maior variação, neste período, foram os produtos de Transporte ferroviários de passageiros, com um crescimento de 35,1%, os Serviços culturais (26,1%), as Agências de viagens e operadores turísticos (9,5%) e, o Alojamento (8%).

A produção das actividades características representou, entre 2000 e 2002, cerca de 87,4% da produção turística total, correspondendo o remanescente output turístico, às actividades conexas (1,6%) e não específicas (11%).

Produção Turística por tipo de actividade (2000-2002)

87,4% 1,6% 11,0% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Actividades Características Actividades Conexas Actividades NãoEspecíficas

No seio da estrutura de produção das actividades características, os serviços de Restauração e bebidas, Alojamento e Transporte de Passageiros são os produtos com maior importância, cuja produção turística equivale a 31,7%, 29% e 29,4%, da produção total destas actividades.

A taxa de crescimento nominal da produção das actividades características, entre 2000 e 2002, foi de 3,2%, atingindo a sua produção turística o valor de 9172,5 milhões de euros.

Neste período a Produção Turística apresentou uma taxa de crescimento nominal de 2%, atingindo o valor de 10476,3 milhões de euros, em 2002. O comportamento da Procura Turística no ano de 2001 justifica esta evolução, na medida em que a Produção Turística deste ano aumentou 3,4%. O decréscimo deste agregado em 2002 (-1,3%) vem, mais uma vez, confirmar os resultados menos favoráveis, desse ano.

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

11/19 Produção Turística por tipo de Actividade Característica (2000-2002)

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 Ho téis e Similares Resid Secundárias por co nta pró pria o u gratuitas Restaurantes e Similares Transportes Serviço s auxiliares ao s transpo rtes Aluguer de equipamento de transpo rte de passageiro s Agências de viagens, OT e guias turístico s Serviço s Culturais Despo rto , Recreação e Lazer 10 6 eur 2000 2001 2002

Ainda, no âmbito da Oferta Turística, importa referir o rácio do Turismo sobre a Oferta Interna. Este rácio pretende avaliar qual a importância relativa do Consumo do Turismo Interior, sobre a Oferta Interna do país (produção mais importações a preços de aquisição), ou seja, que parte da Oferta Interna é consumida no âmbito do Turismo Interior. Entre 2000 e 2002 essa importância relativa foi de, aproximadamente, 4,2%. O ano de 2001 cresceu, relativamente a 2000, sendo que, no ano de 2002, esse rácio era de 4,1%. Este rácio também é calculado por produto, permitindo concluir quais são os produtos mais procurados no país, por parte dos visitantes que visitam Portugal (residentes e não residentes). O quadro seguinte mostra o rácio do Turismo sobre a Oferta Interna, por produtos, para o período em causa.

2000-2002

Produtos específicos 16,8%

Produtos característicos 28,8%

Alojamento 28,7%

Hotéis e estabelecimentos similares 99,3%

Outro alojamento colectivo 100,0%

Residências secundárias por conta própria ou gratuitas 6,4%

Restauração e Bebidas 39,1% Transporte de Passageiros 52,9% Transporte ferroviário 84,4% Transporte rodoviário 73,8% Transporte marítimo 20,2% Transporte aéreo 99,8%

Serviços auxiliares aos transportes 33,4% Aluguer de equipamento de transporte 42,8% Serviços de manutenção e reparação de equip. de

transp. 1,5%

Agências de Viagens, Oper. Turísticos e Guias

Tur. 100,0%

Serviços culturais 30,8%

Recreação e Lazer 26,6%

Outros Serviços de Turismo 4,4%

Produtos Conexos 2,0%

Bens 2,8%

Serviços 0,3%

Produtos Não Específicos 0,6%

Bens 1,0%

Serviços 0,1%

Total 4,2%

Rácio do Turismo sobre a Oferta Interna

Valor Acrescentado gerado pelo Turismo

O Valor Acrescentado gerado pelo Turismo mostra qual a parte do Valor Acrescentado Bruto (VAB) das diferentes actividades (específicas e não específicas)

que é criado na prestação de serviços aos visitantes de Portugal, residentes e não residentes.

O Valor Acrescentado gerado pelo Turismo correspondeu a cerca de 4,7% do VAB da economia,

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

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entre 2000 e 2002. As actividades características contribuíram com cerca de 4,2% e, as actividades conexas e não específicas, com os restantes 0,5%. Analisando este indicador, ao nível da sua contribuição para o VAB, das diferentes actividades, observa-se que o Valor Acrescentado gerado pelo turismo, das actividades características correspondeu, no período de 2000 a 2002, a cerca de 53,5% do respectivo VAB total. Nas actividades conexas e não específicas essa contribuição foi de 1% e 0,5%.

Peso do Valor Acrescentado gerado pelo Turismo no total do VAB por tipo de actividade (2000-2002)

0% 20% 40% 60% 80% 100% Actividades Características Actividades Conexas Actividas não Específicas

Valor Acrescentado pelo Turismo

VAB menos Valor Acrescentado pelo Turismo

No que concerne as actividades características, destacam-se as actividades dos Hotéis e similares, cujo Valor Acrescentado gerado pelo turismo correspondeu a cerca de 99% do respectivo VAB, as Agências de viagens e operadores turísticos (97,5%), as Residências secundárias por conta própria ou gratuitas (94,9%) e, os Transportes aéreos (75,9%).

Actividades Características %

Hotéis e similares 99,0%

Residências Secundárias por conta

própria ou gratuitas 94,9% Restaurantes e Similares 35,9% Transportes ferroviários 44,3% Transportes rodoviários 55,6% Transportes marítimos 2,5% Transportes aéreos 75,9%

Serviços auxiliares aos transportes 39,2%

Aluguer de equipamento de

transporte de passageiros 44,7%

Agências de viagens, OT e guias

turísticos 97,5%

Serviços Culturais 17,2%

Desporto, Recreação e Lazer 26,5%

Actividades Características 53,5% Peso do Valor Acrescentado gerado pelo Turism o no VAB das Actividades Características (2000-2002)

No ano de 2000, o Valor Acrescentado gerado pelo turismo correspondeu ao montante de 5045,6 milhões de euros, tendo atingindo o valor de 5438,9 milhões de euros em 2002, o que equivale a uma taxa de crescimento nominal de 7,8%. Para isso, contribui o comportamento positivo do Consumo Turístico Interior em 2001, impulsionando um crescimento de 9,4% do Valor Acrescentado gerado pelo turismo. Mais uma vez, o ano de 2002 vem contrariar esta tendência positiva com o Valor Acrescentado gerado pelo turismo a diminuir 1,4%. As actividades características Transportes ferroviários, Serviços culturais e Residências secundárias por conta própria ou gratuitas, foram as que verificaram um maior aumento em termos de Valor Acrescentado gerado pelo turismo, com as respectivas taxas de crescimento nominal de 41,5%, 37,9% e 16,9%. Destacam-se, ainda, os Transportes aéreos, com um crescimento nominal de cerca de 14,5%.

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

13/19 Evolução do Valor Acrescentado gerado pelo Turismo das Actividades Características (2000-2002)

-30% -20% -10% 0% 10% 20% 30% Ho te is e si m ila re s R es idênc ia s Se c p or co nt a pr óp ria R es taur ant es e S im ila re s T rans fe rro vi ár io s Tr an sp rodov iár io s Tr an sp ma rí timo s Tr an sp aér eos Se rv aux iliar es aos A luguer de equi p d e tr ans p de A gênc ias de vi agens , O T e gui as Se rv iç os C ul tur ai s De sp or to , R ecr ea çã o e Laz er 2001 2002

6. Emprego das Actividades Características

O emprego é, eventualmente, um dos aspectos mais relevantes a ter em conta se se quiser caracterizar um determinado sector da economia. Assim, além das variáveis de consumo e de produção, apresentam-se, de seguida, algumas estatísticas de emprego nas actividades características do turismo. Estas são coerentes com os conceitos de produção dessas mesmas actividades, no âmbito da Conta Satélite do Turismo para o período entre 2000 e 2002.

2000 2001 Var 01-00 (%) 2002 Var 02-01 (%) Var 02-00 (%)

Indivíduos 370.681 380.347 2,6 378.640 -0,4 2,1 Volume 363.571 373.729 2,8 372.995 -0,2 2,6 Postos 387.865 398.807 1,5 399.329 0,5 2,0 Remunerações 4.406 4.663 1,3 4.784 0,7 2,0 Indivíduos 5.029.973 5.121.325 1,8 5.151.244 0,6 2,4 Volume 4.888.821 4.960.780 1,5 4.985.052 0,5 2,0 Postos 5.500.411 5.570.360 1,3 5.610.201 0,7 2,0 Remunerações 61.042 64.382 5,5 67.681 5,1 10,9

Nota: remunerações em 106 euros Actividades

características

Economia

Variáveis de emprego nas actividades características do Turismo e na Economia de 2000 a 2002

Entre 2000 e 2001 verificou-se um aumento do valor de todas as variáveis de emprego, quer nas actividades características do Turismo, quer na Economia. O aumento registado nas actividades características é, no entanto, mais significativo. Tomando os “Indivíduos” como exemplo, de 2000 para 2001, a taxa de crescimento nominal foi de 2,6% no Turismo e de 1,8%, para o total da Economia. Entre 2001 e 2002 as mesmas variáveis praticamente não alteram. Esta tendência verifica-se no total da Economia e, paralelamente, nas actividades características do Turismo. No total da Economia, os indivíduos registam, contudo, um ligeiro crescimento nominal, 0,6%, enquanto que nas actividades características do turismo, se regista um ligeiro decréscimo de 0,4%.

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

14/19 Evolução das variáveis de emprego nas

actividades características do Turism o

360.000 380.000 400.000

2000 2001 2002

Indivíduos Volume Postos

Evolução das variáveis de emprego na Economia 4.800 5.300 5.800 2000 2001 2002 milhares

Indivíduos Volume Postos

A contribuição das actividades características do Turismo para a Economia em termos de emprego situa-se entre 7,1% e 7,5%, para a generalidade das variáveis, ao longo dos 3 anos.

Contribuição do emprego das actividades características do Turismo no emprego total da

Economia

6,8 7,3 7,8

%

Indivíduos Volume Postos Remunerações Indivíduos 7,4 7,4 7,4 Volume 7,4 7,5 7,5 Postos 7,1 7,2 7,1 Remunerações 7,2 7,2 7,1 2000 2001 2002

Analisando a proporção de indivíduos, em cada uma das actividades características do Turismo, realça-se o facto das actividades Restaurantes e similares e Alojamento serem as que empregam mais indivíduos ao longo dos três anos. Estas duas actividades juntas representam, nos três anos, mais de dois terços dos indivíduos. Restaurantes e similares registam 52,5% em 2000, 53,2% em 2001 e, 53,9% em 2002 e, o Alojamento regista, respectivamente, para aqueles anos, 14,6%, 14,9% e 14,7%.

Indivíduos por actividade característica do Turismo (2000-2002) 0% 20% 40% 60% 80% 100% 2000 2001 2002 Alojamento Restaurantes e Similares Transportes ferroviários Transporte rodoviários Transportes por água Transportes aéreos

Serviços auxiliares aos transportes Aluguer de equip de transporte AV's, OT's e serv. inf. Turística Serviços culturais

Recreação e Lazer

A situação na profissão predominante nas actividades características do turismo é a de trabalhador por conta de outrem, tal como acontece na totalidade da economia. Contudo, a componente de trabalhadores por conta de outrem nas actividades do turismo, representa cerca de 85% ao longo dos três anos em análise. Para o total da Economia, a mesma proporção é de cerca de 80%, igualmente entre 2000 e 2002.

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

15/19 Indivíduos por situação na profissão nas actividades

características do Turismo e na Economia (2000-2002)

0 20 40 60 80 100 2000 2001 2002 2000 2001 2002 Actividades caracteristicas do Turismo Economia % TCO TCP

Os homens predominam na distribuição do emprego, por género, no total da Economia, mas no Turismo

são as mulheres que predominam. Elas representam, em média, nos três anos, cerca de 51,3%. Verifica-se que as actividades com mais mulheres são as de Alojamento com 58,8%, em média para aqueles três anos, Restaurantes e similares com 64,8% e Agências de Viagens e operadores turísticos e, outros serviços de informação turística com 58,0%. As que têm mais homens são as actividades relacionadas com os Transportes que registam, em média, 78,5% em 2000, 81,0% em 2001 e 78,7% em 2002.

Evolução nominal dos Indivíduos por sexo nas actividades características do Turismo e na Economia (2000 - 2002)

0% 20% 40% 60% 80% 100% 00 01 02 00 01 02 00 01 02 00 01 02 00 01 02 00 01 02 00 01 02 00 01 02 00 01 02 00 01 02 00 01 02 00 01 02 00 01 02 1. A lo jamento 3. Restau rantes e Similares 4.Transp Ferro viá rio s 5.Transp Ro do viá rio s 6. Transp po r Água 7. Transp A éreo s 8. Serviço s aux. ao s transpo rtes 9. A luguer de equip de transp 10. A V's, OT's e serv. inf. 11. Serviço s Culturais 12. Recreação e Lazer A ctiv. Caracteris ticas Eco no mia Homens Mulheres

O nível de escolaridade que mais se observa nas actividades turísticas, é o nível primário, o qual corresponde aos anos de escolaridade obrigatória. Nestas actividades, cerca de três quartos dos indivíduos têm a escolaridade obrigatória, mais concretamente 76,3% em 2000, 75,1% em 2001 e 75,5% em 2002.

O nível de escolaridade superior registou uma subida gradual no mesmo período: 4,3%, 4,4% e 4,9%, respectivamente. 2000 2001 2002 Superior 16.089 16.666 18.515 Secundária 57.982 60.415 58.253 Primária 282.831 285.513 285.823 Sem escolaridade 13.779 17.752 16.049 Total 370.681 380.347 378.640

Nº de Indivíduos das actividadades características do Turismo por nível de escolaridade (2000-2002)

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

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Analisando a repartição dos indivíduos, por nível de escolaridade, através das várias actividades, pode verificar-se que Restaurantes e similares e Recreação e lazer são as actividades que registam uma maior parcela de indivíduos sem escolaridade na média dos três anos em análise, 5,7% e 4,6%, respectivamente. Estes níveis são, no entanto, inferiores ao registado para o total da economia, cerca de 8,7%. As actividades que registam uma maior percentagem de indivíduos com um nível de escolaridade superior são os Serviços culturais com 20,6% e as Agências de Viagens, operadores turísticos e outros serviços de informação turística com 19,2%. Na economia, este nível de escolaridade regista em média, entre 2000 e 2002, 9,7%. Note-se que o conjunto das actividades turísticas registam uma percentagem de indivíduos inferior à da Economia nos níveis de escolaridade extremos (sem escolaridade e superior) e um nível superior ao da Economia, nos níveis intermédios de escolaridade (primária e secundária).

Paralelamente ao conceito de produção turística, como parte da produção das actividades características do turismo que é, efectivamente, consumida por visitantes, também no emprego se

definem as remunerações turísticas. Estas têm origem no emprego que satisfaz a produção turística. As remunerações turísticas representam 51,9% das remunerações das actividades turísticas em 2000, ou seja, 2287,2 milhões de euros, sobem para 53,9% em 2001, com 2511,8 milhões de euros, e decrescem para 50,2% em 2002, com 2402,0 milhões de euros. No entanto, as remunerações das actividades características registaram uma variação nominal positiva, ao longo de todo o período em análise: 5,8% entre 2000 e 2001 e 2,6% entre 2001 e 2002. Remunerações (2000-2002) 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 2000 2001 2002 10 6 eu ro s

Remunerações das actividades características Remunerações turísticas das actividades características

A análise por actividades permite, ainda, concluir que as actividades de Alojamento e Restaurantes e similares, em conjunto, representam cerca de 46,7% das remunerações turísticas em 2000, 49% em 2001 e 46,9% em 2002.

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

17/19 Proporção dos indivíduos por nível de escolaridade por actividade característica do Turismo (2000 - 2002)

0 25 50 75 100 %

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Conta Satélite do Turismo – 2000-2002 1

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Notas Metodológicas:

A implementação da Conta Satélite do Turismo em Portugal teve como principais quadros metodológicos de referência o Manual de Implementação da Conta Satélite do Turismo, do Eurostat e o documento “Conta Satélite do Turismo: Quadro de referência metodológica”, das Nações Unidas. Por outro lado, e um a vez que a Conta Satélite do Turismo é um projecto coerente com o Sistema de Contas Nacionais, o recurso aos conceitos e nomenclaturas deste último afigura-se imprescindível, sendo observadas as suas referências metodológicas, nomeadamente o Sistema de Contas Nacionais das Nações Unidas (SCN93) e o Sistema Europeu de

Contas (SEC95). As Recomendações das Estatísticas do Turismo, das Nações Unidas, constituem a principal referência conceptual do

Turismo Internacional, assegurando a coerência da CSTP com o Subsistema de Informação Estatística do Turismo, a nível de conceitos e definições, assim como com outros subsistemas, como a Balança de Pagamentos.

As estimativas que agora se divulgam têm por base os dados definitivos das Contas Nacionais para os anos de 2000 a 2002 (base 2000). Por outro lado, estas estimativas da Conta Satélite do Turismo apresentam um carácter definitivo para o ano 2000 mas provisório para os anos 2001 e 2002.

A Conta Satélite do Turismo engloba um conjunto de quadros de resultados que pretendem compilar os principais agregados da Oferta e da Procura Turísticas. Esses quadros estarão, brevemente, disponíveis para consulta on-line em www.ine.pt. As presentes estimativas encontram-se desagregadas de acordo com:

- A nomenclatura de actividades e de produtos do Turismo

Há que distinguir entre produtos e actividades “Específicos(as)” e “Não Específicos(as)” do Turismo. Os Produtos Específicos classificam-se em Característicos e Conexos. Os Produtos Característicos são produtos típicos do Turismo e constituem o foco da actividade turística. Por sua vez, os Produtos Conexos são produtos que, apesar de não serem típicos do Turismo num contexto internacional, podem sê-lo num âmbito mais restrito como é o nacional. Estas nomenclaturas foram definidas de acordo com a classificação de bens e serviços característicos e conexos da Organização Mundial do Turismo. Nos característicos incluem-se os produtos: Alojamento, Restauração e Bebidas; Transporte de Passageiros; Agências de viagens, operadores turísticos e guias turísticos; Serviços Culturais, Recreação e Lazer e Outros Serviços de Turismo.

Os Produtos Não Específicos correspondem a todos os outros produtos e serviços produzidos na economia e que não estão directamente relacionados com o Turismo, podendo ser alvo de consumo por parte dos visitantes.

No caso das actividades, as Actividades Características são actividades produtivas cuja produção principal foi identificada como sendo característica do Turismo e que servem os visitantes, verificando-se uma relação directa do fornecedor com o consumidor. Incluem-se, neste grupo, as actividades: Alojamento (hotéis e similares, residências secundárias utilizadas para fins turísticos por conta própria ou gratuitas), Restauração, Transportes de passageiros, Serviços auxiliares aos transportes de passageiros, Aluguer de equipamento de transporte de passageiros, Agências de viagens, operadores turísticos e guias turísticos, Serviços culturais e desporto e Recreação e lazer.

- As componentes de Consumo do Turismo Interior

O Consumo Turístico Interior engloba o consumo efectuado por visitantes não residentes em Portugal (Consumo do Turismo Receptor), o consumo dos visitantes residentes que viajam unicamente no interior do país, mas em lugares distintos do seu ambiente habitual (Consumo do Turismo Interno) assim como a componente de consumo interno efectuada pelos visitantes residentes no país aquando de uma viagem turística no exterior do país (componente de consumo interno do Turismo Emissor). O Consumo do Turismo Interior inclui ainda outras componentes do consumo turístico como sejam o Turismo por motivo de negócios, a valorização dos serviços de habitação das habitações secundárias por conta própria e as componentes não monetárias do consumo.

- As categorias de visitantes

Os visitantes podem ser classificados de acordo com a duração da viagem em turistas (visitantes que pernoitam no local visitado) ou em excursionistas (visitantes que não pernoitam no local visitado).

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Conta Satélite do Turismo – 2000 – 2002 1

Portugal acolhe, em Agosto de 2007, o maior congresso mundial na área da Estatística: a Sessão Bienal do International Statistical Institute, numa organização do INE com o apoio de diversas entidades.

Toda a informação em www.isi2007.com.pt 19/19

Uma vez que as estimativas que se apresentam para a Conta Satélite do Turismo -2000 a 2002 - consideram a divulgação dos principais agregados do Emprego das Actividades Características do Turismo, importa apresentar os principais conceitos das variáveis de Emprego calculadas. Estes conceitos estão de acordo com o do Sistema Europeu de Contas 95 (manual do Eurostat, de referência metodológica das Contas Nacionais). São eles:

- Emprego

O Emprego compreende todas as pessoas (tanto trabalhadores por conta de outrem como trabalhadores por conta própria) que exerçam uma actividade produtiva abrangida pela definição de produção dada pelo sistema.

- Postos

De acordo com, um posto é definido como um contrato explícito ou implícito pelo qual uma pessoa se obriga a fornecer o seu trabalho mediante uma remuneração a uma unidade institucional residente, por um determinado período ou até nova ordem. Inclui, assim, os vários empregos de um mesmo indivíduo. Nesta definição, são abrangidos tanto os empregos por conta de outrem como por conta própria, pelo que “remuneração”, aqui, deve ser interpretada em sentido amplo, de forma a abranger o rendimento misto dos trabalhadores por conta própria.

- Emprego Equivalente a Tempo Completo (ETC) - Volume

O emprego equivalente a tempo completo, ou volume, que é igual ao número de empregos equivalentes a tempo completo, é definido como o total de horas trabalhadas dividido pela média anual de horas trabalhadas em empregos a tempo completo no território económico.”

- Remunerações

As remunerações dos empregados definem-se como o total das remunerações, em dinheiro ou espécie, a pagar pelos empregadores aos empregados como retribuição dos pelo trabalho prestado por estes últimos no período de referência.

As estimativas para o Emprego das Actividades Características do Turismo foram efectuadas mediante diferentes níveis de desagregação: situação na profissão (trabalhador por conta de outrem ou por conta própria), tipo de trabalho (tempo completo e parcial), género, nível etário e nível de educação.

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