• Nenhum resultado encontrado

CONIC-SEMESP

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CONIC-SEMESP"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

16°

TÍTULO: DRENAGEM URBANA - PLANEJAMENTO E MÉTODOS CONSTRUTIVOS CONVENCIONAIS E ALTERNATIVOS

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA ÁREA:

SUBÁREA: ENGENHARIAS SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE JAGUARIÚNA INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ANDERSON BARBOSA DE SOUSA, CARLOS EDUARDO PIRES DE GODOI, DOUGLAS LEITE FERREIRA, RAFAELA HIPOLITO CREMASCO

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LUCIANE SANDRINI DIAS ORIENTADOR(ES):

(2)

RESUMO

O trabalho apresenta a evolução histórica da urbanização e impactos causados por inundações nas grandes cidades, devido ao crescimento das cidades em ritmo desordenado. É necessário a busca de melhores e mais precisas medidas estruturais e não estruturais. A pesquisa baseia-se nas atuais técnicas construtivas para um sistema de drenagem urbana e a integração métodos alternativos, como pavimentos porosos, que podem ser implementadas em conjunto aos sistemas convencionais de construção. O método de pesquisa de trabalho foi realizado por meio de revisão de literatura. O trabalho tem por objetivo apresentar premissas para uma gestão e planejamento de um correto sistema de microdrenagem e macrodrenagem, no quais visam melhorar os procedimentos adotados pelos órgãos públicos em relação aos impactos gerado pelas as inundações na sociedade. Verifica-se que o correto planejamento e nos métodos construtivos da drenagem urbana, apresentam uma melhora significativa na qualidade de vida da população.

(3)

1. INTRODUÇÃO

A solução para problemas relacionados a drenagem urbana, tem como principal objetivo drenar as águas de precipitações o mais rápido possível através do fluxo normal da água, ou seja, de um ponto mais alto para um mais baixo. (VIRGILIIS, 2009).

O crescimento das áreas urbanas, e consequentemente, impermeabilizadas, ocorreu a partir de áreas mais baixas, próximas aos rios ou à beira mar, em direção às colinas e morros, com a necessidade da interação da população com corpos hídricos, utilizados como fonte de alimento e dessedenteção, além de via de transporte (CANHOLI, 2014).

Um sistema tradicional de drenagem urbana é composto por dois sistemas, microdrenagem e macrodrenagem, no qual devem ser planejadas e projetados sob diferentes critérios. (FCTH, 1999).

A ação antrópica no ciclo hidrológico e aumento das áreas impermeáveis nas cidades obriga o público procurar soluções através de medidas, visando eliminar os efeitos das chuvas intensas, efeitos erosivos e melhorias de condições de uso. (VIRGILIIS, 2009).

Devemos dar ênfase na solução em parte desses problemas, elaborando novos conceitos em técnicas construtivas, apresentando uma conceituação geral para um planejamento de drenagem urbana, benefícios e objetivos principais. (CANHOLI, 2014).

Os pavimentos permeáveis surgem como uma solução viável que pode ser implementada em áreas urbanas públicas e particulares, ruas, parques, quadras esportivas e calçadas, assim, auxiliando na drenagem urbana em diversas cidades que sofrem com as enchentes. (VIRGILIIS, 2009).

2. OBJETIVOS

O presente artigo tem como objetivo apresentar o correto planejamento de um sistema de drenagem urbana, adotando os conjuntos construtivos convencionais de dimensionamento de um sistema, junto com técnicas não estruturais e técnicas alternativas, no qual podem solucionar os problemas de inundações, compreendendo áreas que sofrem como o problema no território nacional.

(4)

3. METODOLOGIA

O estudo realizado consiste em pesquisa bibliográfica de fontes confiáveis realizadas em livros, artigos, revistas, buscando instruções técnicas para planejamento e elementos fundamentais para dimensionamento de um sistema de drenagem urbana.

4. EFEITOS DA URBANIZAÇÃO DESORDENADA

Segundo Zmitrowicz (1999), a urbanização gera diversas alterações no ciclo hidrológico na natureza devido a necessidade de água pelo crescimento populacional, aumento nos resíduos poluidores descarregados em corpos hídricos, aumento de bacias naturais o que pode ocorrer crescimento nos picos de enchentes devido à impermeabilização reduzido a capacidade de infiltração das águas da chuva no solo, rebaixamento nos aquíferos por conta da crescente utilização de águas subterrâneas, alterações no clima.

4.1. INUNDAÇÕES DEVIDO Á URBANIZAÇÃO

De acordo com Tucci (2005) a ocorrência e magnitude de inundações são decorrentes devido a impermeabilização do solo e à construção da rede pluvial. O desenvolvimento das cidades pode gerar obstruções de escoamento, como aterros, pontes, drenagens inadequadas, obstruções ao escoamento junto a condutos e assoreamentos.

4.2. CONCEITO DE DRENAGEM URBANA

Um sistema de drenagem urbana é um conjunto de melhorias públicas existentes na área urbana, tais como as redes de água, esgotos sanitários, cabeamentos elétricos e telefônico, iluminação pública, pavimentação, guias e passeios, parques, áreas de lazer, e outros. (FCTH,1999).

Segundo Tucci (2003) os sistemas de drenagem urbana são projetados afim de escoar a água precipitada o mais rápido, de um ponto mais alto para um ponto mais baixo. Tal planejamento e aumentos nas cidades, trouxe graves problemas para as grandes e médias cidades.

(5)

4.3. GESTÃO DE DRENAGEM URBANA

As secretárias de obras municipais são responsáveis pelo gerenciamento da drenagem urbana, no qual apresentam-se deslocadas das outras ações de planejamento de outros setores, como água, esgoto e resíduos sólidos. (TUCCI, 2007).

Uma gestão de drenagem urbana é uma compreensão de um conjunto de técnicas que pode ser descrita no conceito de 3P: Planejamento, Procedimento e Preparo. (MARTINS, 2012, p.5).

4.3.1. PLANEJAMENTO

Segundo Tucci (1997) os elementos de um princípio de planejamento parte para os seguintes conceitos:

i. Controlar as bacias hidrográficas urbanas e não haver o isolamento de pontos;

ii. Prever, analisar e criar ações futuras de desenvolvimento da bacia;

iii. Evitar que o aumento das enchentes devido a urbanização seja transferido para

jusante;

iv. Utilização de medidas não estruturais em áreas ribeirinhas como: zoneamento

de enchentes, seguro e previsão em tempo real;

v. O controle deverá ser realizado através de Planos Diretores de Drenagem

Urbana e administrados pelos municípios e auxiliados pelo Estado.

4.3.2. PROCEDIMENTO

Na gestão de drenagem urbana, os chamados procedimentos são as operações no qual visam as manutenções das estruturas, monitoramento, previsão de eventos, antecipação de extremos e campanhas de conscientização, capacitação e fortalecimento da instituição responsável pelo sistema. (MARTINS, 2012, p.6).

4.3.3. PREPARO

Entende-se a resposta às emergências em relação ao sistema de drenagem urbana, tais emergências exigem uma antecipação e treinamento apropriado. Deve-se levar em consideração os sistemas de previsão e alerta afim de antecipar impactos,

(6)

um mapeamento prévio de impactos e dimensionamento dos recursos para redução de perdas fatais e minimizar os dados materiais. (MARTINS, 2012).

4.3.4. PLANO DIRETOR

O plano diretor de drenagem urbana é a técnica no qual a gestão de da drenagem em um município possa ser realizada. Pode ser considerado estratégico, onde apresenta um conjunto de documentos contendo programas de ações, envolvendo medidas estruturais, não estruturais, medidas estruturais de controle de escoamento superficial, cronograma de implementação do plano e monitoramento. (SDMU, 2012, p.22).

Figura 1- Etapas do plano diretor de drenagem urbana.

Fonte: TUCCI (2003).

4.4. MEDIDAS ESTRUTURAIS E NÃO ESTRUTURAIS

As medidas de controle podem ser classificadas em: medidas estruturas e não estruturais. Um plano diretor de drenagem urbana deve conter obras para a condução das águas, tais medidas estruturais interferem na característica do escoamento, mudando a direção e controle do fluxo das águas pluviais, havendo uma modificação do sistema natural para retenção ou escoamento, por exemplo, a construção de reservatórios, diques e canalizações. (SDMU, 2012).

(7)

Figura 2- Elenco de medidas para gestão de drenagem urbana

Fonte: MARTINS, (2012).

4.5. OBRAS DE MICRODRENAGEM

O Sistema de microdrenagem compreende os pavimentos das ruas, guias e sarjetas e galerias de águas pluviais de menor porte, dimensionadas para chuvas que ocorram em média a cada 10 anos. (SDMU,2012, p.15).

4.6. PAVIMENTOS PERMEAVÉIS

Segundo Urbonas e Stahre (1993) citado por ARAÚJO, et. al. (2000) é um dispositivo capaz de infiltrar as águas provenientes do escoamento superficial para um reservatório sob a superfície do terreno.

O pavimento permeável atua como um complemento de um sistema de drenagem urbana, definido com uma técnica alternativa para aumento da permeabilidade da água no solo. (VIRGIGILIIS, 2009).

(8)

4.6.1. TIPO DE PAVIMENTOS PERMEAVÉIS

Segundo Fergunson (2005) citado por Virgiliis (2009) classifica os pavimentos permeáveis nas seguintes famílias de materiais:

I. Agregados

II. Gramíneos

III. Geocélulas plásticas

IV. Concreto poroso

V. Blocos vazados

VI. Blocos intertravados de concreto

VII. Concreto asfáltico poroso

Figura 3- Concreto poroso com drenagem de água infiltrada por tubulação.

Fonte: PINI (2011).

5. RESULTADOS

A partir dos dados analisados durante o processo de pesquisa, verificou-se que as técnicas construtivas convencionais e pavimentos permeáveis devem ser implementados e trabalhar em conjunto nas cidades brasileiras.

Segundo Araújo, et.al. (2000), nas simulações de chuvas sobre o pavimento permeável há um baixo escoamento superficial, mas ressaltam que o seu uso deve

(9)

ser utilizado em áreas de trafego de veículos leves. Os pavimentos permeáveis mostram capacidade para controle das águas escoadas.

Figura 4 – Escoamento superficial em diversos tipos de pavimentos

Fonte: ARAÚJO (2000).

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os problemas relacionados às inundações nas grandes cidades do Brasil têm aumentado consideravelmente, devido ao crescimento das cidades em ritmo desordenado. O poder público deve colocar em prática, as medidas estruturais e não estruturais, tal experiência nos mostra que os setores responsáveis estão defasados e sem a perspectiva fundamental para um planejamento adequado nas cidades.

Os atuais e futuros profissionais responsáveis por um sistema de drenagem urbana nas cidades devem adquirir novo conhecimentos e técnicas, de forma a planejar uma cidade mais estruturada e capaz de resistir aos problemas relacionados às inundações.

As técnicas construtivas convencionais devem continuar a ser implementadas e aprimoradas, pois desempenham um papel fundamental no sistema de uma drenagem urbana mas devem ser aliadas a novas técnicas. Os pavimentos porosos e áreas permeáveis surgem como alternativas e que desempenham papéis de forma satisfatória no escoamento pluvial.

(10)

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, et. al. Avaliação da eficiência dos pavimentos permeáveis na redução do escoamento superficial. v.5. Porto Alegre: RBRH, 2000.

CANHOLI, Aluísio Pardo. Drenagem Urbana e controles de enchentes. 2ª ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2014.

FCTH – Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica. Diretrizes básicas para

projetos de drenagem urbana no município de São Paulo. São Paulo: FCTH, 1999.

FERGUSON, Bruce K. Porous Pavements – Intregrative Studies in water

management and land development. United States of America: CRC Press, 2005.

MARTINS, José Rodolfo Scarati. Gestão da drenagem urbana: só tecnologia será suficiente. 2012. Disponível em:

http://www.daee.sp.gov.br/outorgatreinamento/Obras_Hidr%C3%A1ulic/gestaodrena gem.pdf. Acesso em: 07 maio 2016.

PINI, Infraestrutura Urbana. Concreto permeável. Disponível em: URL: http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/13/artigo254488-2.aspx. Acesso em: 26 agosto 2016.

SDMU – Secretária Municipal de Desenvolvimento Urbano. Manual de drenagem e manejo de águas pluviais: aspectos tecnológicos: diretrizes para projetos. V.3. São Paulo: SDMU, 2012.

SDMU – Secretária Municipal de Desenvolvimento Urbano. Manual de drenagem e manejo de águas pluviais: Gerenciamento do sistema de drenagem urbana. V.1. São Paulo: SDMU, 2012.

(11)

TUCCI, et. al. Controle da drenagem urbano no Brasil: avanços e mecanismos para sua sustentabilidade. In: XVII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, 17., 2007, São Paulo. Anais... São Paulo, ABRH – Associação Brasileira de Recursos Hídricos, 2007.

TUCCI, Carlos E. M. Gestão de Águas Pluviais Urbanas. Ministério das cidades. Unesco, 2005.

TUCCI, Carlos E. M. Drenagem urbana sustentáveis no Brasil. In: WORKSHOP EM GOIÂNIA, 1., Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2003.

TUCCI, Carlos E. M. Plano diretor de drenagem urbana: princípios e concepção. RBRH – Revista Brasileira de Recursos Hídricos. v.2, n.2, p.5 – 12, 1997.

URBONAS, B. e STAHRE, P. Stormwater best management practices and detention. Prentice Hall, Englewood Cliff, New Jersey, 1993.

VIRGILIIS, Afonso Luís Corrêa de. Procedimentos de projeto e execução de pavimentos permeáveis visando retenção e amortecimento de picos de cheias.

2009. 213 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da

Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

ZMITROWICZ, Maria de Sampaio Bonafé Ostrowsky Witold. Urbanização e controle de enchentes: o caso de São Paulo seus conflitos e inter-relações. 1991. 16 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1991.

Referências

Documentos relacionados

- Se o estagiário, ou alguém com contacto direto, tiver sintomas sugestivos de infeção respiratória (febre, tosse, expetoração e/ou falta de ar) NÃO DEVE frequentar

O software PcModel pode ser uma ferramenta bastante útil, quando aplicado na previsão e estimativa do cálculo de energia envolvendo as conformações mais e menos estáveis do

BARHAM, 1982 (2), define as diferenças conceituais e campos de ação, tanto para en­ sino como investigação, entre Biomecânica e Cinesiologia Mecânica. Não trataremos

Se você vai para o mundo da fantasia e não está consciente de que está lá, você está se alienando da realidade (fugindo da realidade), você não está no aqui e

No entanto, não podemos deixar de comentar, como foi anteriormente abor- dado, que em relação aos Festivais de Viña del Mar e Mérida dos anos 1960, os Encontros ocorridos na

Caso a resposta seja SIM, complete a demonstrações afetivas observadas de acordo com a intensidade, utilizando os seguintes códigos A=abraços, PA=palavras amáveis, EP= expressões

Note on the occurrence of the crebeater seal, Lobodon carcinophagus (Hombron & Jacquinot, 1842) (Mammalia: Pinnipedia), in Rio de Janeiro State, Brazil.. On May 12, 2003,

et al., (2012), nos estudos realizados sobre o PCK, são propostas algumas estratégias para reconhecê-lo, como entrevistas, observações de aulas, análise de planejamentos de ensino