• Nenhum resultado encontrado

Gliossarcoma do sistema nervoso central : aspectos de neuroimagem

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Gliossarcoma do sistema nervoso central : aspectos de neuroimagem"

Copied!
53
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

AYA FUKUDA

GLIOSSARCOMA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: ASPECTOS DE

NEUROIMAGEM.

CENTRAL NERVOUS SYSTEM GLIOSARCOMA: NEUROIMAGING ASPECTS.

CAMPINAS

2019

(2)

GLIOSSARCOMA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: ASPECTOS DE

NEUROIMAGEM.

CENTRAL NERVOUS SYSTEM GLIOSARCOMA: NEUROIMAGING ASPECTS.

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Médicas da

Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos

exigidos para a obtenção do título de Mestra em Ciências, na

área de Oncologia.

Dissertation presented to the Faculty of Medical Sciences of the State

University of Campinas as part of the requirements required to obtain

the title of

Master in S

cience

s / O

ncology.

ORIENTADOR: PROF. DR. FABIANO REIS

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO

FINAL DA DISSERTAÇÃO DEFENDIDA PELA

ALUNA AYA FUKUDA, E ORIENTADA PELO

PROF. DR. FABIANO REIS.

CAMPINAS

2019

(3)

COMISSÃO EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO

AYA FUKUDA

ORIENTADOR: PROF. DR. FABIANO REIS

MEMBROS:

1. PROF. DR. FABIANO REIS

2. PROF. DR. SERGIO SAN JUAN DERTKIGIL

3. PROF. DR. VICTOR ANGELO MARTINS MONTALLI

Programa de Pós-Graduação em Assistência ao Paciente Oncológico da Faculdade

de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.

A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros encontra-se no

SIGA/Sistema de Fluxo de Dissertação/Tese e na Secretaria do Programa da FCM.

(4)

Introdução: Os gliossarcomas (GSM) são tumores raros do sistema nervoso central (SNC).

Correspondem a aproximadamente 2% dos tumores de alto grau (Grau IV), sendo

semelhantes ao glioblastoma (GBM), acometendo principalmente adultos do sexo

masculino, sendo estes dois tumores indistinguíveis apenas pelas características

radiológicas, de forma que o diagnóstico definitivo é feito pelo exame anatomopatológico.

São tumores classificados como neoplasias de grau IV pela Organização Mundial de Saúde

(OMS-2016) e possuem um prognóstico desfavorável, apesar dos recursos neurocirúrgicos,

neuro-oncológico e radioterapêuticos atualmente disponíveis. Objetivo: O presente estudo

teve como objetivo geral analisar as características de imagem do gliossarcoma na

Ressonância Magnética (RM). Método: Foram selecionados pacientes atendidos no

Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), cujos

exames de imagem também foram realizados neste serviço, os quais apresentaram

confirmação histológica do diagnóstico de GSM primário do SNC, sem prévia realização de

radioterapia. Foram realizadas as sequências convencionais (T1, T1 após injeção do meio

de contraste paramagnético/gadolínio, T2, FLAIR, SWI, DWI/mapa ADC) e também

sequências avançadas de RM (espectroscopia de prótons e perfusão). Resultados:

Aspecto irregular e necrótico da lesão, edema/infiltração peritumoral, aspecto isointenso do

componente sólido em T2, associado ao realce irregular pelo meio de contraste

paramagnético/gadolínio, pico de lípides e lactato e aumento dos níveis de colina e creatina

na espectroscopia de prótons, aumento do volume sanguíneo cerebral relativo (rCBV) no

componente captante na perfusão, multifocalidade e evolução com “drop metastasis”.

Discussão: A maioria dos resultados obtidos foram condizentes com achados habituamente

descritos como característicos do GSM na literatura. No entanto, em um dos casos, foram

observados achados raros, sendo eles: “drop metastasis” e multifocalidade. Também foi

realizada uma avaliação crítica das diversas informações coletadas em diferentes

referências, as quais por vezes eram incompletas, demonstrando lacunas no conhecimento

deste raro tumor, de maneira que ainda não há padronização de tratamento específico,

usualmente se adotando um manejo semelhante ao usado para GBM. Conclusão: Foi

reforçada a importância do uso de protocolos completos (com sequências avançadas de

RM) na avaliação de pacientes com suspeita de tumor do SNC, compatível com a conduta

atualmente preconizada no Departamento de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do

HC-UNICAMP. Também foi submetido um artigo de revisão, atualmente aguardando resposta.

(5)

Introduction: Gliosarcomas (GSM) are rare tumors of the central nervous system (CNS).

They correspond to approximately 2% of high grade tumors (Grade IV), being similar to

glioblastoma (GBM), mainly affecting male adults, these tumors being indistinguishable only

by radiological characteristics, so that the definitive diagnosis is made by

anatomopathological analysis. They are tumors classified as grade IV neoplasms by the

World Health Organization (WHO-2016) and have an unfavorable prognosis, despite the

neurosurgical, neuro-oncological and radiotherapeutic resources currently available.

Objective: To analyze the imaging characteristics of gliosarcoma in magnetic resonance

imaging (MRI). Method: Patients were evaluated at the Hospital das Clínicas (HC) of the

State University of Campinas (UNICAMP), whose imaging tests were also performed in this

service, which presented histological confirmation of the diagnosis of primary GSM of the

CNS, without previous radiotherapy. Standard sequences (T1, T1 after injection of the

paramagnetic / gadolinium contrast medium, T2, FLAIR, SWI, DWI / ADC map) and also

advanced MRI sequences (proton spectroscopy and perfusion) were performed. Results:

Irregular and necrotic aspect of the lesion, edema / peritumoral infiltration, isointense aspect

of the solid component in T2, associated to irregular enhancement by paramagnetic /

gadolinium contrast medium, lipid and lactate peak and elevated levels of choline and

creatine in proton spectroscopy, increased relative cerebral blood volume (rCBV) in the solid

component, multifocality and evolution with "drop metastasis". Discussion: Most of the

results obtained were consistent with findings commonly described as characteristic of GSM

in the literature. However, in one case, rare findings were observed ("drop metastasis" and

multifocality). A critical evaluation of the various information collected in different references

was also performed, which were sometimes incomplete, demonstrating gaps in the

knowledge of this rare tumor, so that there is still no standardization of specific treatment,

usually adopting a management similar to that used for GBM . Conclusion: The importance

of the use of complete protocols (with advanced MRI sequences) in the evaluation of patients

with suspected CNS tumor was reinforced, consistent with the current approach

recommended by the Department of Radiology and Diagnostic Imaging of HC-UNICAMP. A

review article has also been submitted and is currently awaiting for answer.

(6)

1. INTRODUÇÃO ... 07

2. OBJETIVOS ... 11

2.1 Objetivo geral ... 11

2.2 Objetivos específicos ... 11

3. METODOLOGIA ... 12

3.1 Aspectos técnicos ... 12

3.2 Critérios de Inclusão e Exclusão ... 13

4. RESULTADOS ... 14

4.1 Resultados gerais ... 14

4.2 Artigo na íntegra ... 19

5. DISCUSSÃO ... 20

6. CONCLUSÃO ... 22

7. REFERÊNCIAS ... 23

8. ANEXOS ... 26

(7)

1. INTRODUÇÃO

O gliossarcoma (GSM) foi primeiramente descrito em 1895 por Strobe, que na

sua época já observou um tumor composto pela combinação de glioblastoma (GBM) e

sarcoma.

1

Em 1955, Feigen e Gross novamente mencionaram o termo gliossarcoma,

sugerindo neste período que a origem do componente sarcomatoso corresponderia à

proliferação de vasos sanguíneos recém-formados.

2,3,4

Histologicamente, o GSM é descrito como uma neoplasia primária do SNC que

possui tanto elementos gliais como sarcomatosos. Ressalta-se que o seu componente

glial é indistinguível daquele encontrado no GBM típico.

5,6

Já o componente

sarcomatoso, apresenta-se em sua maioria como fibrossarcoma.

7

A seguir, os achados anatomopatológicos são ilustrados por meio de imagens

gentilmente cedidas pelo Prof. Dr. Luciano de Souza Queiroz, retiradas do arquivo

digital do Departamento de Anatomia Patológica da UNICAMP (Disponível em:

http://anatpat.unicamp.br/).

Figura 1. Lâmina escaneada, utilizando a técnica de Tricômio de Masson, evidencia

área central azulada (corada pelo azul de anilina), com riqueza de fibras colágenas

(8)

depositadas no interstício, compatível com o componente sarcomatoso do

gliossarcoma.

Figura 2. Imagem microscópica com a técnica de hematoxilina-eosina (HE). O

componente gliomatoso (glioblastoma) é caracterizado por células estreladas, com

arranjo reticulado, padrão fibrilar de fundo (devido prolongamentos citoplasmáticos

entrecruzados), apresentando vasos proliferados de permeio (não raro com luzes

irregulares e amplas, além de paredes espessadas).

(9)

Figura 3. Imagem microscópica com a técnica de hematoxilina-eosina (HE). O

componente sarcomatoso é caracterizado por células alongadas/fusiformes, núcleos

ovalados, citoplasma comumente individualizado e com limites nítidos, distribuídas em

feixes multidirecionais, associados a fibras colágenas de permeio, as quais são em

geral grossas, retilíneas e intensamente eosinófilas.

Admitem-se como possibilidades para a ocorrência de GSM: a origem comum

dos componentes malignos glial e sarcomatoso, que derivariam de uma mesma célula

clone precursora

8

; a transformação metaplásica de um GBM; a transformação maligna

das células gliais (astrócitos) que existem na adjacência de um sarcoma pré-existente;

e a coexistência de dois tumores separados.

1,9

A classificação definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2016

caracteriza o GSM como um tumor de alto grau (Grau IV), semelhante à classificação

atribuída ao GBM.

9,10

Atualmente, estima-se que os casos de GSM correspondam a

aproximadamente 2% dos tumores de alto grau (Grau IV),

1,4,9,11

diferente do GBM, que

(10)

tumor excepcionalmente raro

5,6

, e o conhecimento atualmente disponível na literatura,

referente à descrição deste tumor, ainda é limitado.

13

Tanto a epidemiologia quanto a história natural do GSM têm sido descritas

como semelhantes àquelas relacionadas ao GBM

5,13-19

, até o momento não tendo sido

descrito nenhum achado morfológico, radiológico ou clínico que os distinguisse com

precisão. Assim, a confirmação diagnóstica deve ser realizada apenas por meio de

exame histopatológico.

6,9,15,20

Clinicamente, o GBM tem sido descrito na literatura como um tumor que

acomete predominantemente os adultos (pico entre 65 e 75 anos)

21

, do sexo

masculino

22

e caucasianos

23

, sendo as manifestações clínicas dependentes da

localização e da destruição/invasão tumoral diretamente ou do efeito expansivo

realizado pelo edema, podendo ocorrer na forma de déficits neurológicos focais, crises

convulsivas, sintomas semelhantes a acidente vascular encefálico, cefaleia e

alterações de comportamento.

24

O tratamento mais comumente usado para os GSM e GBM consiste em

ressecção cirúrgica seguida de quimioterapia e radioterapia

24-26

. Apesar dos recursos

neurocirúrgicos, neuro-oncológico e radioterapêuticos atualmente disponíveis, a cura

completa do GBM é rara, sendo a expectativa de vida, a partir do diagnóstico, de

aproximadamente 16 a 18 meses (em pacientes submetidos a cirurgia, quimioterapia e

radioterapia)

27

e de 6 meses (em paciente que não são tratados).

22

Da mesma forma, o

GSM possui um prognóstico reservado, tendo sido descrito como ligeiramente pior em

comparação com o do GBM.

6

Nos exames de imagem, alguns autores observaram que o GSM possui uma

predileção pelo lobo temporal

13,18

. O GBM demonstra predileção pelos hemisférios

cerebrais, sendo raro no cerebelo e na medula.

28

Quanto ao tamanho do tumor, foi

descrito que não há diferenças significativas entre o GSM e o GBM.

13

A tomografia computadorizada sem contraste caracteriza o GSM como lesão

tumoral hiperatenuante, que corresponde à porção tumoral viável (componente

fibroso), sendo a hipoatenuação observada nos componentes de necrose.

24

Em relação à imagem por ressonância magnética (RM), em sequências

ponderadas em T1 e T2, observa-se um tumor irregular e heterogêneo (podendo

apresentar correlação com hemorragia em diferentes estágios evolutivos), de forma

que o componente sólido pode ser descrito como hipo a isointenso em T1 e um

conjunto de hipo/iso/hiperintenso em T2.

29

Já o componente de necrose, pode ser

descrito como hipointenso em T1 e hiperintenso em T2.

7

Na sequência de inversão recuperação (FLAIR), o GSM pode ser descrito

como usualmente hiperintenso, porém relatos de iso a hipointensidade existem na

(11)

literatura.

30

A sequência em SWI ou T2* caracteriza áreas com variação de

susceptibilidade magnética (alta heterogeneidade) com hipossinal no interior do tumor,

o qual pode se correlacionar com produtos hemorrágicos ou com vasos

neoformados/flow voids.

31, 32

As sequências em difusão/DWI e mapa ADC, capazes de fornecer informações

microscópicas (comportamento de difusão das moléculas de água em determinado

ambiente, inferindo o estado de neurônios, axônios e mielina)

32

, em geral demonstram

um hipersinal em DWI e um hipossinal no componente sólido em ADC (compatível

com restrição da difusão).

33

Adicionalmente, tanto a espectroscopia como a perfusão são úteis na avaliação

do grau tumoral, uma vez que, na espectroscopia, é possível avaliar de forma não

invasiva as características metabólicas, tais como necrose/hipoxemia pelos valores de

lactato e a proliferação celular pelos valores de colina.

34,35

Já nas imagens em

perfusão, pode-se caracterizar o volume sanguíneo cerebral relativo (rCBV), o qual

costuma ser aumentado em astrocitomas de alto grau.

7,36,37

Assim, considerando a raridade e a agressividade do GSM, é considerável a

importância de consolidar o conhecimento a cerca desta neoplasia, o que futuramente

poderia contribuir com a evolução da assistência médica deste grupo de pacientes,

considerando as possibilidades de diagnóstico precoce, orientação específica do

manejo terapêutico e melhora na qualidade de vida.

Dada a raridade do tumor e o pequeno número (três) de pacientes que se

encaixavam nos critérios de inclusão deste estudo, foi optado pelo desenvolvimento de

uma revisão narrativa da literatura, a qual é caracterizada por análise de publicações

recentes, permitindo uma descrição atualizada do determinado tema.

38

2. OBJETIVOS

2.1. Geral

Caracterização dos aspectos de imagem de RM de casos de gliossarcoma.

2.2. Específico

Conforme a análise dos casos selecionados, descrever os achados de imagem

por ressonância magnética, tanto em sequências convencionais como nas avançadas,

(12)

encontrados para os casos de gliossarcoma, com diagnóstico confirmado por estudo

anátomo-patológico.

Avaliar a importância das sequências avançadas em RM na realização do

diagnóstico diferencial de tumores do SNC.

Produzir um artigo de revisão narrativa sobre os principais aspectos dos

gliossarcomas, destacando-se achados de neuroimagem.

3. METODOLOGIA

3.1 Aspectos técnicos

Este estudo possui aprovação do Comitê de Ética da UNICAMP, em

conformidade com aprovação realizada via Plataforma Brasil, conforme consta no

parecer de número 2.038.041 (Anexo 1).

Os pacientes com diagnóstico histopatológico confirmado de gliossarcoma

tiveram seus exames de RM de crânio (realizadas no Hospital das Clínicas da

UNICAMP) analisados.

Foram realizadas as sequências convencionais (T1, T1 após injeção do meio de

contraste paramagnético/gadolínio, T2, FLAIR, SWI, DWI/mapa ADC) e também

sequências avançadas de RM (espectroscopia de prótons e perfusão).

A administração do contraste paramagnético (gadolínio) só é realizada em nosso

serviço conforme a prévia avaliação clínica do paciente, sendo contra-indicada em

casos de função renal comprometida, por exemplo, o que não ocorreu em nenhum dos

pacientes deste estudo. A dose habitual utilizada é de 0.1 ml/kg.

Os protocolos de imagem foram realizados em um aparelho PHILIPS, operando

em campo magnético de 1,5T, com aquisições nos planos axial, sagital e coronal.

Os detalhes de protocolos utilizados para as aquisições de imagem de RM são

descritos a seguir:

• Imagens sagitais e axiais pesadas em T1 spin echo com espessura de 1mm, TR

(tempo de relaxação)/TE (tempo de eco) de 7,1/3,2 ms, matriz de 256x232 e field of

view (FOV) de 256 x 232 x 180 mm (RL x AP x FH).

• T2 spin echo axial com espessura de 5,5mm, TR de 6174 ms, TE de 120ms, matriz

de 340 x 198 e FOV de 220 x 181 x 142mm (RL x AP x FH).

• FLAIR com espessura de 4mm ou 6mm, TR/TI (tempo de inversão) de

11000/2800ms, TE de 140ms, matriz de 256 x 159 e FOV de 230 x 183 x 149mm

(13)

(RL x AP x FH).

• SWI axial, com espessura de 5.5mm, TR/TE de 33/48ms, matriz de 212x170 e FOV

de 210 x 170 x 140 mm (RL x AP x FH).

• DWI / ADC axial, com espessura de 5mm, TE baixo (81ms), TR alto (4245ms),

matriz de 184x110 e FOV de 240 x 240 x 150mm (RL x AP x FH).

• As sequências avançadas em RM foram realizadas também, incluindo perfusão e

espectroscopia.

• Na perfusão, realizou-se uma sequência de gradiente (T2*), com TR/TE de 19/27ms,

FOV de 210 x 177 x 140 mm (RL x AP x FH), espessura de 3,5mm, sendo realizadas

três fases iniciais pré-contraste, de forma que as imagens adquiridas a partir da

quarta fase eram todas após a injeção de contraste endovenoso (Gadolínio na dose

típica de 20mL, com velocidade de injeção de 4mL/s, seguido por uma infusão em

bôlus de 30mL de soro fisiológico). O número total das imagens adquiridas ficou em

torno de 30-40 imagens.

• Os parâmetros da espectroscopia se deram todos na fase pós-contraste onde se

posicionou um único voxel (8 cm

3

) com a técnica de espectroscopia espacialmente

localizada (PRESS), caracterizada por TR/TE de 818/38 ms.

3.2 Critérios de Inclusão e Exclusão

Os pacientes incluídos no estudo possuíam exames de RM realizados no

Hospital das Clínicas da UNICAMP, com sequências convencionais e avançadas,

assim como confirmação diagnóstica histopatológica de gliossarcoma e ausência de

realização de radioterapia prévia do SNC.

Foram excluídos os pacientes que não realizaram pelo menos uma das

sequências avançadas de RM (perfusão e espectroscopia). Conforme a raridade do

tumor estudado, foram encontrados apenas 11 casos atendidos no Hospital de

Clínicas da UNICAMP, sendo que destes, somente três se encaixavam nos critérios de

inclusão propostos por este estudo.

Os pacientes 1 e 2 possuíam imagens de RM com o protocolo convencional e

avançado completos.

O paciente 3, apesar de não possuir dados de espectroscopia,

possuía o protocolo convencional completo e também imagens de perfusão, e por isso

foi incluído na pesquisa. Já os pacientes de 4 a 11, apesar de possuírem a

confirmação histopatológica, não apresentavam exames de imagem realizados no

(14)

protocolo de RM, e por isso foram excluídos da pesquisa.

RESULTADOS

4.1 Resultados gerais

Analisando os casos selecionados, foi possível destacar características de

imagem que se repetiam, sugerindo um possível padrão neste estudo, o qual foi

compatível com dados presentes em outros relatos já publicados na literatura.

Destacam-se os seguintes resultados:

• Aspecto irregular da lesão

• Necrose interna

• Edema/infiltração perilesional

• Aspecto isointenso do componente sólido em T2

• Realce irregular pelo meio de contraste paramagnético/gadolínio

• Pico de lípides e lactato e aumento de colina e de creatina na espectroscopia de

prótons

• Aumento do volume sanguíneo cerebral relativo (rCBV) na perfusão no

componente sólido da lesão

Outros dois achados, mais raros e com menos informações atualmente

disponíveis na literatura, também foram encontrados em um dos casos analisados,

sendo estes:

• Multifocalidade da lesão

• “Drop metastasis”

A seguinte tabela (Tabela 1) resume os principais achados de RM encontrados

na análise dos casos selecionados:

(15)

Tabela 1: Achados de RM

Sequência de RM

Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3 T1 Porção sólida isointensa;

Componente central (necrose) hipointenso

Porção sólida isointensa; Componente central (necrose) hipointenso

Porção sólida isointensa; Componente central (necrose) hipointenso T1 C+ Realce heterogêneo da

porção sólida e realce subependimário

Realce heterogêneo da porção sólida

Realce heterogêneo da porção sólida

T2 Porção sólida isointensa Componente central (necrose) hiperintenso

Porção sólida isointensa Componente central (necrose) hiperintenso

Porção sólida isointensa Componente central (necrose) hiperintenso FLAIR Porção sólida isointensa

Componente central (necrose) hipointenso

Porção sólida isointensa Componente central (necrose) hipointenso

Porção sólida isointensa Componente central (necrose) hipointenso SWI Não apresentou focos de

baixo sinal

Focos de baixo sinal (hemorrágicos/vasos neoformados), inclusive na lesão do esplênio do corpo caloso

Focos de baixo sinal (hemorrágicos/vasos neoformados)

DWI/mapa ADC

Há restrição à difusão das moléculas de água nos componentes sólidos

Há restrição à difusão das moléculas de água nos componentes sólidos

Há restrição à difusão das moléculas de água nos componentes sólidos Espectroscopia

(área sólida)

Pico de lípides e lactato Pico de creatina Aumento da colina

Pico de lípides e lactato Pico de creatina Aumento da colina

- Perfusão rCBV aumentado na área

sólida

rCBV aumentado na área sólida, inclusive na lesão do esplênio do corpo caloso e na região peritumoral rCBV aumentado na área sólida Achados Adicionais

Axial SPIR C+: área captante na medula espinhal (níveis de T8 e T10), consistente com "drop

metastasis"

Multifocalidade evidenciada (presença de uma segunda lesão na região parietal esquerda)

Dois meses após a ressecção cirúrgica parcial: Axial T1 C+ evidencia o surgimento de lesão no esplênio à direita, caracterizando progressão da doença -

(16)

As seguintes figuras ilustram os achados supracitados:

Figura 4

Figura 4.A. Imagem axial T1 sem gadolínio, evidenciando uma lesão irregular,

com componente central hipointenso (correspondente à área de necrose),

associada a intenso edema perilesional.

Figura 4.B. Imagem coronal T2, demonstrando isossinal do componente sólido

e captante, e hipersinal do componente interno (necrose) bem como hipersinal

na substância branca peritumoral.

Figura 4.C. Imagem axial T1 após a administração de gadolínio, mostrando

realce irregular, periférico, pelo meio de contraste.

Figura 4.D. Imagem axial de mapa ADC, mostrando hipossinal intenso na

periferia, coincidindo com a área captante da lesão (área não necrótica),

indicando restrição à difusão das moléculas de água em decorrência da alta

celularidade.

(17)

Figuras 4.E. Mapa de cores de perfusão, demonstrando volume sanguíneo

cerebral relativo (rCBV) aumentado na área tumoral.

Figura 4.F. Imagem axial SPIR, após contraste, mostrando área captante (seta)

na medula espinhal, nos níveis de T8 e T10, consistente com "drop

metastasis".

Figura 5

Figura 5.A. Axial T1, demostrando tumor em hemisfério cerebral esquerdo (lobo

temporal), sendo o componente sólido isointenso e o de necrose hipointenso,

havendo predomínio de componente sólido na região tumoral anterior.

Figura 5.B. Axial T2, sendo o componente sólido mais isointenso, associado a

necrose interna (hipersinal).

(18)

Figura 5.C. Exame realizado 2 meses após as figuras 5.A e 5.B (após

ressecção cirúrgica parcial). Axial T1 após gadolínio, mostrando o surgimento

de lesão no esplênio à direita, caracterizando progressão da doença.

Figura 5.D. Controle evolutivo após 6 meses das imagens retratadas nas

figuras 5.A e 5.B, evidenciando a progressão das lesões (evidente crescimento

dos componentes sólidos e captantes).

Figura 5.E Estudo de MRI com espectroscopia de prótons, com voxel

posicionado em componente sólido, medial, posterior, e tempo de eco de 35

ms, evidencia pico de lípides e lactato, além de aumento da creatina e da

colina.

Figura 6

Figura 6.A. Imagem axial em SWI mostrando zonas multifocais de baixo sinal

intralesionais que são consistentes com neovascularização/flow voids.

Figura 6.B. Imagem axial FLAIR mostrando lesão com tendência a iso e

hipersinal, associado a focos hipointensos esparsos (sugestivos de necrose)

com componente de edema peritumoral.

(19)

4.2 Artigo na íntegra

Artigo de revisão submetido para publicação, atualmente aguardando resposta

(Anexos 2 e 3).

(20)

DISCUSSÃO

Conforme evidenciado nas diversas fontes expostas anteriormente, o GSM

consiste em um tumor do sistema nervoso central de considerável agressividade e

raridade

5,6,13

, sendo possivelmente devido a isto que ainda existam algumas lacunas

na literatura científica a cerca de sua caracterização.

Até o momento, não há consolidação de achados morfológico, radiológicos ou

clínicos que sejam capazes de diferenciar com precisão o GSM de outros tumores,

como o GBM, levando à necessidade da confirmação diagnóstica por meio de exame

histopatológico.

6,9,15,20

Conforme a análise dos casos selecionados, observando-se características de

imagem que se repetiam, podemos sugerir um possível padrão neste presente estudo,

como o aspecto irregular e necrótico da lesão, o edema/infiltração perilesional, a

isointensidade de sinal do componente sólido em T2, o realce irregular pelo meio de

contraste paramagnético/gadolínio, o pico de lípides e lactato na espectroscopia de

prótons e também o aumento do rCBV na perfusão.

Metástases secundárias ao GSM ocorrem principalmente por via hematogênica

(via de disseminação frequentemente associada a tumores com componentes

sarcomatosos), de maneira a determinar focos metastáticos extraneurais (sendo os

sítios mais comuns os pulmões, o fígado e os linfonodos), ocorrendo mais

frequentemente em pacientes submetidos à radioterapia adjuvante.

39

No presente

estudo, foi evidenciada a presença de “drop metastasis” em um dos pacientes, sendo

esta caracterizada por um tipo menos frequente de via de disseminação (via

subaracnóide ou leptomeníngea), de maneira a se instalar no compartimento

intra-raquiano

40

, sendo que o exame de RM pode caracterizá-la por meio de lesões

nodulares.

39

Outra rara característica do GSM, que também foi encontrada em um dos

pacientes avaliados neste estudo, é a multifocalidade. O GSM apresenta

predominância pela localização supratentorial, comumente acometendo o lobo

temporal, porém, raras são as descrições de tumores multifocais, apesar desta

característica poder ser atribuída a outros gliomas malignos.

41

Além da análise dos casos selecionados no HC da UNICAMP, também foi

realizada uma análise crítica das informações coletadas nas diferentes referências que

fizeram parte da base de dados deste estudo, uma vez que algumas informações

eram incompletas. Destacam-se a seguir as principais:

(21)

• Quanto à origem do GSM, é descrita a relação deste com prévia exposição do

SNC à radiação/radioterapia (GSM secundário), porém a exata patogênese do

GSM primário ainda não está completamente esclarecida, segundo Zhang et al.

(2016). Ainda, ressalta-se que o GSM primário é ainda mais raro do que o GSM

secundário, segundo Romero-Rojas et al. (2013), de forma que estes foram o foco

deste estudo, uma vez que os critérios de inclusão englobavam a ausência de

radioterapia prévia do SNC.

• Quanto aos locais de acometimento do GSM, há descrição no lobo temporal,

segundo Meis et al. (1991) e Perry et al. (1995) e também no lobo frontal, segundo

Han et al. (2010), complementando a informação presente na publicação de Pakos

et al. (2005), que sugere a localização mais frequente nos lobos temporal, parietal,

frontal e occipital (em ordem decrescente).

• O GSM tem sido descrito como um tumor com preferência por adultos, acima dos

50 anos, segundo Castelli et al. (2016). No entanto, este tumor foi relatado na faixa

pediátrica (paciente de 12 anos de idade) no estudo publicado por Meena et al

(2016), o que é concordante com a descrição do aspecto muito raro nesta faixa

etária, descrito por Zhang et al (2016), o qual ainda descreve que, neste grupo,

uma possível média de idade seria de 11 anos.

• Meena et al (2016) também descreve que o aspecto de RM do GSM nas

sequências T1 e T2 consiste em massa heterogênea, o que pode ser

complementado com a informação publicada por Romero-Rojas et al. (2013),

sugerindo o aspecto hipointenso em T1 e hiperintenso em T2, quando comparado

com a substância branca.

(22)

CONCLUSÃO

Além da análise dos casos selecionados no HC da UNICAMP, considerando a

análise crítica das informações coletadas nas diferentes referências que fizeram parte

da base de dados deste estudo, foi possível identificar algumas lacunas, uma vez que

alguns autores apresentavam informações incompletas, que em conjunto se

complementavam, assim, podendo caminhar juntas em busca pela evolução do

conhecimento.

O presente estudo foi capaz de unificar as informações mais recentes

disponíveis a respeito de GSM, sintetizando os principais dados de maneira didática e

discutindo as informações ainda em construção na literatura científica, além de, apesar

do pequeno número de casos analisados no serviço (devido raridade do tumor), terem

sido encontradas formas raras de apresentação deste tumor (multifocalidade e “drop

metastasis”).

Assim, foi reforçada a importância do uso de protocolos completos (com

sequências convencionais e avançadas de RM) na avaliação de pacientes com

suspeita de tumor do SNC, compatível com a conduta atualmente preconizada no

Departamento de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do HC-UNICAMP.

E finalmente, foi produzido um artigo de revisão, submetido para publicação,

atualmente aguardando resposta.

(23)

REFERÊNCIAS

1. Rodriguez FJ, Scheithauer BW, Jenkins R, Burger PC, Rudzinskiy P, Vlodavsky E,

Schooley A, Landolfi J.Gliosarcoma arising in oligodendroglial tumors (Oligosarcoma):

a clinicopathologic study. Am J Surg Pathol. 2007; 31 (3): 351-362.

2. Stroebe H. Uber Entstehung und Bau der Gehirngliome. Beitr Pathol Anat Allg

Pathol. 1895;18:405–486.

3. Feigen IH, Gross SW. Sarcoma arising in glioblastoma of the brain. Am J Pathol.

1955;31:633–653.

4. Schittenhelm J, Erdmann T, Maennlin S, Will BE, Beschorner R, Bornemann A,

Meyermann R, Mittelbronn M. Gliosarcoma with chondroid and osseous differentiation.

Neuropathology. 2007; 27 (1): 90-94.

5. Morantz RA, Feigin I, Ransohoff J 3rd. Clinical and pathological study of 24 cases of

gliosarcoma. J Neurosurg 1976; 45: 398-408

6. Kevin R. Kozak, Anand Mahadevan, John S. Moody; Adult gliosarcoma:

epidemiology, natural history, and factors associated with outcome. Neuro Oncol 2009;

11 (2): 183-191. doi: 10.1215/15228517-2008-076.

7. Lin JN, Chiang IC, Tsai TC, Hsieh FC. 3T-Magnetic Resonance Imaging and

Proton Magnetic Resonance Spectroscopy Findings in Gliosarcoma: a case report.

Chin J Radiol 2007; 32: 81-85

8. Actor B, Cobbers JM, Buschges R, Wolter M, Knobbe CB, Lichter P, Reifenberger

G, Weber RG. Comprehensive analysis of genomic alterations in gliosarcoma and its

two tissue components. Genes Chromosomes Cancer. 2002;34:416–427.

9. Miller CR, Perry A. Glioblastoma. Arch Pathol Lab Med. 2007; 131 (3): 397-406.

10. Louis DN, Perry A, Reifenberger G, et al. The 2016 World Health Organization

Classification of Tumors of the Central Nervous System: a summary. Acta Neuropathol.

2016 Jun;131(6):803-20.

11. Barresi V, Cerasoli S, Morigi F, Cremonini AM, Volpini M, Tuccari G. Gliosarcoma

with features of osteoblastic osteosarcoma: a review. Arch Pathol Lab Med. 2006; 130

(8): 1208-1211.

12. Kleihues P, Burger PC, Collins VP, Newcomb EW, Ohgaki H, Cavenee WK.

Glioblastoma. In: Kleihues P, Cavenee WK, eds. Pathology and genetics of tumors of

the nervous system.

13. Meis JM, Martz KL, Nelson JS. Mixed glioblastoma multiforme and sarcoma. A

clinicopathologic study of 26 Radiation Therapy Oncology Group cases. Cancer.

1991;67:2342–2349.

(24)

Analysis of 11 cases do two subtypes exist? J Neuroon- col. 2005;74:59–63.

15. Lutterbach J, Guttenberger R, Pagenstecher A. Gliosarcoma: a clinical study.

Radiother Oncol. 2001;61:57–64. 


16. Galanis E, Buckner JC, Dinapoli RP, Scheithauer BW, Jenkins RB, Wang CH,

O’Fallon JR, Farr Jr G. Clinical outcome of gliosar- coma compared with glioblastoma

multiforme: North Central Cancer Treatment Group results. J Neurosurg. 1998;89:425–

430.

17. Sarkar M, Sharma MC, Sudha K, Gaikwad S, Varma A. A clinico-pathological study

of 29 cases of gliosarcoma with special reference to two unique variants. Indian J Med

Res. 1997;106:229–235.

18. Perry JR, Ang LC, Bilbao JM, Muller PJ. Clinicopathologic features of primary and

postirradiation cerebral gliosarcoma. Cancer. 1995;75: 2910 –2918. 


19. Parekh HC, O’Donovan DG, Sharma RR, Keogh AJ. Primary cerebral gliosarcoma:

report of 17 cases. Br J Neurosurg. 1995;9:171–178.

20. Fukuda T, Yasumichi K, Suzuki T. Immunohistochemistry of gliosarcoma with

liposarcomatous differentiation. Pathol Int. 2008; 58 (6): 396-401.

21. Mao Y, Desmeules M, Semenciw RM, et al. Increasing brain cancer rates in

Canada. Can Med Assoc J1991; 145:1583-1591.

22. Trouillas P, Menaud G, De The G, Aimard G, Devic M. Etude epidemilogique des

tumeurs primitives du neuraxe dans le region Rhone-Alpes. Rev Neurol 1975;

131:691-708.

23. Radhakrishnan K, Bohnen NI, Kurland LT. Epidemiology of brain tumors. In

Morantz RA, Walsh JW, eds. Brain tumors. New York, NY: Dekker, 1994; 1-19.

24. Rees JH, Smirniotopoulos JG, Jones RV, Wong K. Glioblastoma multiforme:

radiologic-pathologic correlation. RadioGraphics 1996;16(6):1413–1438; quiz 1462–

1463

25. Moon SK, Kim EJ, Choi WS, Ryu CW, Park BJ, Lee J. Gliosarcoma of the

cerebellar hemisphere: a case report and review of the literature. Korean J Radiol.

2010; 11 (5): 566-570.

26. Romeike BF, Chen Y, Walter J, Petersen I. Diagnostic utility of IDH1- and

p53-mutation analysis in secondary gliosarcoma. Clin Neuropathol. 2011; 30 (5): 231-234.

27. Salcman M. Survival in glioblastoma: historical perspective. Neurosurgery 1980;

7:435-439.

28. Jack CR Jr, Bhansali DT, Chason JL, et al. Angiographic features of gliosarcoma.

AJNR 1987; 8: 117-122.

(25)

cases. Eur Radiol. 2019;29:429.

30. Han L, Zhang X, Qiu S, et al. Magnetic Resonance Imaging of Primary Cerebral

Gliosarcoma: A Report of 15 Cases. Acta Radiologica. 2008;49:9, 1058-1067.

31. Peckham ME, Osborn AG, Palmer CA, et al. Gliosarcoma: Neuroimaging and

Immunohistochemical Findings. J Neuroimaging. 2018;00:1-7.

32. Leite CC, Amaro Junior E, Lucato LT. Neurorradiologia: Diagnóstico por Imagem

das Alterações Encefálicas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008: 11-39;

33. Sampaio

L, Linhares P, Fonseca J. Detailed magnetic resonance imaging features

of a case series of primary gliosarcoma. The Neuroradiology Journal.
2017;30(6):546–

553.


34. Raab P, Pilatus U, Hattingen E, et al. Spectroscopic Characterization of

Gliosarcomas-Do They Differ From Glioblastomas and Metastases? J Comput Assist

Tomogr. 2016;40(5):815-819.

35. Reis F, Schwingel R, Nascimento FBP. Linfoma do sistema nervoso central: ensaio

iconográfico. Radiol Bras. 2013;46(2):110-116.

36. Law M, Yang S, Wang H, et al. Glioma grading: sensitivity, specificity, and

predictive values of perfusion MR imaging and proton MR spectroscopic imaging

compared with conventional MR imaging. AJNR Am J Neuroradiol.

2003;24(10):1989-1998.

37. Stadlbauer A, Gruber S, Nimsky C, et al. Preoperative grading of gliomas by using

metabolite quantification with high-spatial-resolution proton MR spectroscopic imaging.

Radiology. 2006;238(3):958–969.


38. Bernardo WM, Nobre MRC, Jatene FB. A prática clinica baseada em evidências.

Parte II: buscando as evidências em fontes de informação. Rev Assoc Med Bras.

2004; 50(1):1-9.

39. Ramos R, Morais N, Silva AI, et al. Gliosarcoma with neuroaxis metastases. BMJ

Case Rep. 2015; 2015:bcr2015212970.

40. Ferreira NF, Barbosa M, Amaral LLF, et al. Estudo através da ressonância

magnética de 67 casos de glioblastoma multiforme e a ocorrência de metástases. Arq

Neuropsiquiatr. 2004;62(3-A):695-700.

41. Pakos EE, Goussia AC, Zina VP, et al. Multi-focal gliosarcoma: a case report and

review of the literature. Journal of Neuro-Oncology. 2005;74: 301–304.

(26)

ANEXOS

Anexo 1. Aprovação no Comitê de Ética da Unicamp.

Anexo 2. Artigo na íntegra, já submetido e atualmente aguardando resposta.

Anexo 3. Permissão/autorização junto à editora para a inclusão do artigo na

dissertação, em atendimento à legislação que rege o direito autoral, declarando que

não há infração ao direito autoral transferido à editora.

Anexo 4. Ficha catalográfica (Biblioteca da Faculdade de Ciências Médicas da

Unicamp).

(27)

ANEXO 1

UNICAMP - CAMPUS

CAMPINAS

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

Pesquisador: Título da Pesquisa:

Instituição Proponente: Versão:

CAAE:

GLIOSSARCOMAS: UM ESTUDO RETROSPECTIVO ANALISANDO ASPECTOS DE IMAGEM À RESSONÂNCIA MAGNÉTICA.

AYA FUKUDA

Hospital de Clínicas da UNICAMP 1

66742317.1.0000.5404

Área Temática:

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Número do Parecer: 2.038.041 DADOS DO PARECER

Os gliossarcomas são tumores primários raros do sistema nervoso central (SNC) e correspondem até cerca de 8% de todos os gliomas malignos, e, assim como os glioblastomas multiformes, acometem principalmente adultos do sexo masculino, sendo indistinguíveis apenas com características clinicas e radiológicas atualmente, de forma que a confirmação diagnostica requer o exame anatomopatológico. São tumores classificados como

neoplasias de grau IV pela Organização Mundial de Saúde (WHO) e possuem um prognóstico reservado, apesar dos recursos neurocirúrgicos, neuro-oncológico e radioterapeuticos atualmente disponiveis, tendo sido descrito como ligeiramente pior em comparação com o prognóstico do GBM. O presente estudo tem como objetivo analisar as características de imagem do gliossarcoma na Ressonância Magnética (RM) e possíveis implicações de um diagnostico pré-operatório mais correto por meio de elemento que os diagnosticassem com confiabilidade. Os pacientes analisados foram atendidos e realizaram seus exames de imagem no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Como o GSM é considerado um tumor de alto grau e de prognóstico reservado, o conhecimento e reconhecimento dos padrões de imagem podem auxiliar na caracterização, e, possivelmente, acrescentar novos dados à literatura já existente deste raro glioma maligno. Outro ponto que pretendemos debater é se existe algum achado de ressonância Apresentação do Projeto: Financiamento Próprio Patrocinador Principal: 13.083-887 (19)3521-8936 E-mail: cep@fcm.unicamp.br Endereço: Bairro: CEP: Telefone:

Rua Tessália Vieira de Camargo, 126 Barão Geraldo

UF:SP Município: CAMPINAS

Fax: (19)3521-7187

(28)
(29)
(30)
(31)
(32)

ANEXO 2

For Review Only

Gliosarcomas: magnetic resonance imaging findings

Journal: Arquivos de Neuro-Psiquiatria Manuscript ID Draft

Manuscript Type: View and Review Articles Date Submitted by the

Author: n/a

Complete List of Authors: Fukuda, Aya; UNICAMP, ;

Queiroz, Luciano; UNICAMP, RADIOLOGY Reis, Fabiano; Unicamp, Radiology

Keyword: Brain neoplasms, Gliosarcoma, Immunohistochemistry, Spectroscopy

https://mc04.manuscriptcentral.com/anp-scielo

(33)

For Review Only

1

ABSTRACT

Central nervous system gliosarcoma (GSM) is a rare primary neoplasm characterized by the presence of glial and sarcomatous components. In this report, we describe the clinical and neuroradiological aspects of three cases of GSM and correlate these with pathological findings. We also provide a brief review of the relevant literature. Three patients were evaluated by magnetic resonance imaging and biopsies confirmed the diagnosis of primary GSM, without previous radiotherapy. The analysis of conventional (T1, T1 after contrast injection, T2, FLAIR, SWI and DWI/ADC map) and advanced (proton 1H MR spectroscopy and perfusion) sequences revealed an irregular, necrotic aspect of the lesion, peritumoral edema/infiltration and isointensity of the solid component on a T2-weighted image. These features were associated with irregular and peripheral contrast enhancement, lipid and lactate peaks and increased choline and creatine levels in proton spectroscopy, increased relative cerebral blood volume (rCBV) in perfusion, multifocality and "drop metastasis" in one of the cases. These findings are discussed in relation to the general characteristics of GSM reported in the literature.

KEY WORDS: Brain neoplasms, Gliosarcoma, Immunohistochemistry,

Spectroscopy.

RESUMO

O gliossarcoma (GSM) do sistema nervoso central (SNC) é uma neoplasia primária rara do sistema nervoso central (SNC) caracterizada pela presença de componentes gliais e também sarcomatosos. Nosso objetivo é descrever os aspectos clínicos e neurorradiológicos dessas lesões e

correlacionar com os achados patológicos. Três pacientes foram avaliados por ressonância magnética (RM), e biópsias confirmaram o diagnóstico de GSM primário, sem radioterapia prévia. Foram analisadas as seqüências

convencionais (T1, T1 após injeção de contraste, T2, FLAIR, SWI, DWI/mapa ADC) e as sequências avançadas (espectroscopia de prótons 1H e perfusão), observando-se aspecto necrótico e irregular da lesão, edema

peritumoral/infiltração, isointensidade do componente sólido em T2, associada a realce irregular e periférico pelo meio de contraste, pico de lípides e de Page 1 of 19 https://mc04.manuscriptcentral.com/anp-scielo Arquivos de Neuro-Psiquiatria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

(34)

For Review Only

2

lactato e aumento dos níveis de colina e creatina na espectroscopia de prótons, aumento do volume sangüíneo cerebral relativo (rCBV) na perfusão,

multifocalidade e "drop metastasis" em um dos casos. O presente estudo descreve características do GSM, discutindo as informações na literatura científica, ilustrando algumas particularidades desses tumores.

PALAVRAS-CHAVE: Neoplasias cerebrais, Gliossarcoma, Imunohistoquímica,

Espectroscopia.

BACKGROUND

The first description of central nervous system gliosarcoma (GSM) was reported by Strobe (1895), who characterized GSM as a tumor composed of glial and sarcomatous components.1 Sixty years later, Feigen and Gross (1955)

and Rubinstein (1956) again mentioned the term gliosarcoma, suggesting that the sarcomatous component originated with the proliferation of newly formed blood vessels.2-4 Histological analysis has shown that GSM consists of a

primary central nervous system neoplasm containing glial and mesenchymal elements, with the glial component being considered indistinguishable from that found in typical glioblastoma (GBM).5,6 Most of the mesenchymal component

presents as fibrosarcoma.7

Several hypotheses have sought to explain the origin of this

dysmorphic tumor, including the following: (1) a common origin of the glial and sarcomatous malignant components, with both originating from the same precursor clone cell8, (2) a GBM metaplastic transformation (with GSM being an

unusual histological variant of GBM)9, the monoclonal origin of which is based

on molecular and cytogenetic studies, with particular reference to changes in chromosomes 7, 10 and 3.10,11 The presence of similar mutations in the p53

gene of both histological components corroborates the hypothesis that the sarcomatous area results from de-differentiation of the previously glial region that loses expression of the glial fibrillary acidic protein (GFAP) to become sarcomatous12, (3) malignant transformation of astrocytes adjacent to a

pre-existing sarcoma and (4) coexistence of two distinct tumors.1,13

The World Health Organization (WHO-2016) defines GSM as a high-grade tumor (Grade IV) that accounts for ~2% of tumors in this class.1,4,13,14.

Page 2 of 19 https://mc04.manuscriptcentral.com/anp-scielo Arquivos de Neuro-Psiquiatria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

(35)

For Review Only

3 This classification is similar to that for GBM,13 the most common primary brain

tumor that accounts for ~54% of all malignant brain tumors.15 GSM is an

exceptionally rare tumor, corresponding to 1-5% of all GBM diagnoses15 and

may have a secondary origin (diagnosed after radiotherapy of the central nervous system).16 Some authors have suggested that GSM has a higher

frequency as a primary tumor and appears "de novo".17 The detection of

primary central nervous system sarcomas is extremely rare, as are metastatic sarcomas (although they are more common than primary tumors)18. Overall, our

knowledge of these tumors is still very limited. The epidemiology and natural history of GSM are similar to those of GBM6,19-25, and none of the clinical or

radiological findings described so far can accurately distinguish between them. For this reason, diagnostic confirmation is achieved only by histopathological examination.5,13,19,26

Little has been established regarding specific treatment for GSM, which is usually treated using the same therapeutic strategy as used for GBM27

(surgical resection followed by chemotherapy – usually temozolamide27, and

radiotherapy).28-31 Although GSM is considered to be a chemoresistant tumor,

survival may be slightly increased by concomitant radiotherapy and treatment with temozolamide (75 mg/m2/day 1 h prior to radiotherapy and at the

weekends, and 150 mg/m2 for five cycles after completion of the radiotherapy

treatment).32 Complete cure of GBM is rare, with a life expectancy of 16-18

months (in patients undergoing surgery, chemotherapy and radiotherapy)33 and

six months in untreated patients.29 GSM has an even more restricted prognosis

and has been described as being worse than GBM.4 Page 3 of 19 https://mc04.manuscriptcentral.com/anp-scielo Arquivos de Neuro-Psiquiatria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

(36)

For Review Only

4

METHODS

This retrospective study was approved by the institutional Ethics Committee at UNICAMP (protocol no. 2.038.041). We reviewed the medical records and magnetic resonance imaging (MRI) results of three patients with GSM treated at the University Hospital/UNICAMP from 2000 to 2018. We analyzed the conventional MRI sequences (T1, T1 C + after injection of paramagnetic contrast medium/gadolinium, T2, FLAIR, SWI and DWI/ADC map) and the advanced MRI sequences (proton spectroscopy and perfusion). The imaging protocols were done in a PHILIPS imager operating in a magnetic field of 1.5T, with acquisitions in the axial, sagittal and coronal planes.

The inclusion criteria for the patients were the existence of MRI exams, with conventional sequences and at least one of the advanced sequences (as indicated above), as well as a histopathological confirmation of gliosarcoma and the absence of previous CNS radiotherapy.

In agreement with the rarity of this tumor, only 11 cases of GSM were identified in the hospital records from 2000 to 2018, of which only three fulfilled the inclusion criteria indicated above (patient 3, despite having no spectroscopy data, had the complete conventional protocol and also perfusion images). Patients 4 to 11 did not have advanced sequences in the MRI protocol.

RESULTS Patient 1

A 68-year-old female patient with a history of non-Hodgkin's lymphoma of the splenic marginal zone diagnosed seven years previously and in clinical follow-up since then sought medical attention with complaints of memory and visual field loss, associated with behavioral changes, emotional lability and tinnitus. The patient had no record of treatment to date. Fifteen days after the onset of symptoms, the patient underwent radiological evaluation by MRIthat showed a left temporo-parieto-occipital lesion and a second left parietal lesion, both of them with a similar image, which suggested multifocality. The specific findings for each MRI sequence are listed in Table 1 and the main features are shown in Figure 1.

Image examination guided the surgical procedure that involved partial resection and histopathological analysis confirmed the diagnosis of GSM. MRI

Page 4 of 19 https://mc04.manuscriptcentral.com/anp-scielo Arquivos de Neuro-Psiquiatria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

(37)

For Review Only

5 of the neuroaxis was also done and revealed areas with gadolinium

enhancement in the spinal cord (T8 and T10 levels), consistent with "drop metastasis" (arrow in Figure 1F). Despite complementary treatment with radiotherapy and chemotherapy, the patient´s neurological symptoms worsened and she required hospitalization, evolving with superior vena cava syndrome and cardiopulmonary arrest. She died five months after the diagnosis of GSM.

Patient 2

A 50-year-old male patient with a history of systemic arterial hypertension, varicose veins of the lower limbs (that had already undergone surgical treatment without complications) and polyglobulia sought medical attention with a complaint of holocranial headache for about 3-4 months that evolved with motor aphasia and mental confusion. The preoperative radiological examination was done in another service. In the postoperative period after partial resection, the diagnosis of GSM was confirmed histopathologically and another MRI showed a new lesion in the left cerebral hemisphere (temporal lobe). Two months after partial surgical resection, MRI revealed a lesion in the right splenium of the corpus callosum, indicating progression of the disease that evolved with growth of the solid/contrast enhanced components of the lesion. The specific findings for each MRI sequence are listed in Table 1 and illustrated in Figure 2. The patient died eight months after the diagnosis of GSM.

Patient 3

A 63-year-old female patient with a history of epilepsy, systemic arterial hypertension and deep venous thrombosis sought medical attention with a focal convulsive crisis on the left that evolved with left hemiparesis over a two-month period.The patient underwent cranial MRI that showed an expansive lesion in the right frontal lobe. The specific findings for each MRI sequence are listed in Table 1 and the main ones are illustrated in Figure 3. Analysis of the image guided the surgical management, with GSM being confirmed

histopathologically. The patient was referred to follow-up in neurosurgery, oncology and radiotherapy outpatient clinics with palliative care and died three months after the diagnosis.

Page 5 of 19 https://mc04.manuscriptcentral.com/anp-scielo Arquivos de Neuro-Psiquiatria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

(38)

For Review Only

6 The main MRI findings in these cases were:

• Irregular appearance of the lesion • Internal necrosis

• Perilesional edema/infiltration

• Isointense aspect of the solid component on T2-weighted

• Irregular enhancement by paramagnetic/gadolinium contrast medium • Peaks for lipids and lactate and an increase for creatine and choline in

proton spectroscopy

• Increase in relative cerebral blood volume (rCBV) during perfusion of the enhanced component of the lesion

• Multifocality of the lesion in one case • "Drop metastasis" in one case

DISCUSSION Clinical Findings

Gliosarcomas are rare CNS primary tumors that occur in ~4% of all malignant gliomas and affect mainly adults (especially in the fifth and sixth decades of life)34 and males (male:female frequency ratio of 1.8:1)35. The

clinical course is frequently associated with a poor prognosis, including a survival of less than three months in more than half of the cases36 (a faster

evolution compared to that observed in the present study, in which the survival varied from 3 to 8 months after diagnosis). GSM is indistinguishable from GBM when diagnosis is based only on clinical and neuroimaging characteristics.

The pathophysiology of the neurological signs and symptoms of GSM has not yet been fully clarified, although the focal manifestations vary according to the site of the tumor (the most affected regions are supratentorial and in the left hemisphere, especially the frontal and temporal lobes).36 The general signs

and symptoms are often characterized by changes in the level of

consciousness, nausea, vomiting and headache (intracranial hypertension) that reflect the compressive aspect resulting from rapid tumor growth; this may be associated with perilesional edema, as well as the toxic effects of tumor necrosis itself.36 Page 6 of 19 https://mc04.manuscriptcentral.com/anp-scielo Arquivos de Neuro-Psiquiatria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

(39)

For Review Only

7

Histopathological and immunohistochemical findings

The histopathological criteria that define GSM consist of the detection of a biphasic tumor consisting of two distinct populations of malignant cells, namely, (1) glial cells with an astrocytic and anaplastic appearance that fulfill the criteria for GBM, and (2) highly variably mesenchymal cells represented mainly by a fibrosarcomatous component. This component was characterized by elongated/spindle-like cells arranged in bundles, associated with necrosis, mitosis and atypia. However, components of a liposarcomatous, muscular, melanocytic or chondromatous type have also been described, although they are considerably rarer.16,24,37,38

Immunohistochemically, glial and sarcomatous components can also be differentiated by their expression of glial fibrillary acidic protein (GFAP) that is frequent in the glial component and absent in the sarcomatous component.39

Another important marker is reticulin that is typically present in the sarcomatous components. Thus, glial components are typically GFAP-positive and reticulin-negative, whereas the opposite is true of sarcomatous components, i.e., GFAP-negative and reticulin-positive.40

Other molecular markers have also gained prominence, such as mutations in the p53 gene, studies of which are ongoing. These mutations are rare in GSM, but were detected in most cases in one of the largest studies that correlated image findings with histopathological/molecular characteristics; these mutations may have a monoclonal origin and appear to influence the tumor pathogenetics.35,41

Isocitrate dehydrogenase (IDH) has been studied as a possible marker in immunohistochemistry, particularly because of its important role in the

development of gliomas. For example, IDH1 mutation-positive gliomas usually show enhanced survival compared to tumors with wild-type IDH1, although the role of IDH1 in the evolution of GSM is unknown.42 Some data suggest that

GSM is universally associated with wild-type IDH41,43, with the IDH1 mutation

being a rare event in this tumor (no IDH2 mutation was found in other studies)44. It is unclear whether IDH mutations are harbored in primary GSM.42

Radiological findings Page 7 of 19 https://mc04.manuscriptcentral.com/anp-scielo Arquivos de Neuro-Psiquiatria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

(40)

For Review Only

8 Topographically, GSM is mostly supratentorial, with the temporal lobes being most frequently affected, followed by the frontal, parietal and occipital regions; intraventricular locations are rare.12 GSM cannot be differentiated from

GBM using currently available imaging methods.16 In the present study, we

focused on MRI, using both conventional and advanced MRI sequences. In computed tomography (CT) and MRI, GSM is typically described as an expansive lesion with well delimited and irregular contours, associated with perilesional edema.16,19,28,35,45 However, the CT findings are extremely variable

and frequently demonstrate hyperattenuation of the solid component, with a mean attenuation of 15 to 28 UH27 (that corresponds to the viable tumor

portion/fibrous component); there may also be hypoattenuation (typical of the central portions of necrosis), in addition to the presence of thick, peripheral ring enhancement.19,28,35,45,46 Although calcification (possibly corresponding to

chondroid or osteoid metaplasia) has been described in the literature47, this

phenomenon was not observed in the three patients described here.

In the T1 and T2-weighted sequences of MRI, GSM is characterized as an irregular, heterogeneous tumor that may be correlated with bleeding at different stages. Consequently, the solid component can be described as hypo-isointense on T1 and as hypo/iso/hyperintense on T2.27 Similarly, the necrotic

component can be described as hypointense on T1 and hyperintense on T27

(as shown in Figures 1A,B and 2A,B). Contact with the meninges and frequently “dural tail” has also been described in association with GSM such that

anaplastic meningioma can be a differential diagnosis if a dural tail is observed. In the inversion recovery sequence (FLAIR), GSM is usually

hyperintense, but there are reports of iso- to hypointensity,48 in agreement with

the finding shown in Figure 3.B. Irregular enhancement of the solid components may occur after the injection of paramagnetic contrast medium (gadolinium).45

Such enhancement may be located peripherally in cases of central necrosis7,

as shown in Figure 1.C. The SWI or T2* sequence may also provide additional information since areas of variable magnetic susceptibility (high heterogeneity) demonstrate hypointensity within the tumor and may correlate with bleeding or neoformed vessels/flow voids (Figure 3.A).41

In DWI/ADC mapping sequences, GSM has previously been associated with hyperintensity on DWI and hypointensity in the solid component on the

Page 8 of 19 https://mc04.manuscriptcentral.com/anp-scielo Arquivos de Neuro-Psiquiatria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

(41)

For Review Only

9 ADC map (compatible with restricted diffusion)49, with the latter possibly

extending to regions of "peritumoral edema" that would suggest neoplastic infiltration.7 In the present study, DWI/ADC mapping revealed restricted

diffusion in the solid component of the tumor, primarily because of the high degree of cellularity (Figure 1.D); this restriction was not seen in the peritumoral region.

Although these typical MRI findings (central necrosis associated with irregular peripheral enhancement) cannot differentiate GSM from GBM, two characteristic that may allow the differential diagnosis of GSM have been described, namely, (1) the presence of predominantly necrotic lesions

associated with dural nodular thickening and (2) the presence of predominantly solid lesions.41

Other techniques related to unconventional MRI can provide additional diagnostic information, but are still not well-established in the literature. Two of these techniques are perfusion and proton spectroscopy. In the perfusion image, rCBV is typically increased in high-grade astrocytomas (including GSM and other high-grade gliomas) in both tumoral and peritumoral regions7,50,51 ,

also observed in case 1 described above (Figure 1.E). In cases of metastasis, there may be reduced rCBV in peritumoral regions compared to normal brain tissue, with this reduction probably being related to vasogenic edema, abnormal capillary extravasation and reduced blood flow secondary to compression of the microcirculation by this extravascular fluid.7

Spectroscopy provides a noninvasive means of assessing the metabolic characteristics of a specifically selected area of brain tissue and may aid in determining the tumor grade and differentiation, with the corresponding values usually being expressed in parts per million (ppm).52 Various

metabolites have been suggested as possible markers for GBM and metastasis and spectroscopic analyses have indicated possible similarities in the levels of such markers between GSM and other high-grade gliomas. Lipids are common metabolites in necrotic tissue characteristic of high-grade tumors and in intracellular lipid droplets in areas of hypoxic tissue.52 Creatine has been found

to increase in concentration to a similar extent in GSM and GBM, in contrast to metastasis in which the creatine concentraton is low.7,46,52

Page 9 of 19 https://mc04.manuscriptcentral.com/anp-scielo Arquivos de Neuro-Psiquiatria 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

Referências

Documentos relacionados

Para o sistema piloto em causa, o sistema de armazenamento de combustível será constituido por uma tremonha simples, que permita a sua carga mecânica através

Como se deve tomar o banho f Depois de des- pido, é bom ficar em toilette de banho alguns minu- tos sobre a areia da praia ; durante este tempo, o ar ambiente acha-se em contacto

Nas mediações da igreja de Nossa Senhora da Oliveira feitas em 12 de março de 1682 podemos ler: “Item debaixo d’esta torre está uma capella e dois moimentos fechada com grades

The main objective of the present study is to present a proposal for an observatory based on the impact of Curricular Internships in business organizations,

(15) observed a direct correlation between prolactin secretion and disease stage, with serum prolactin concen- tration progressively increasing from stage I to stage IV, a pattern

Seven metabolite groups (lactate, lipids, N-acetyl-aspartate, glutamate and glutamine group, total creatine, total choline, myo-inositol) were evaluated in all spectra by two

We report here a potential mechanistic role for altered choline and tryptophan metabolism in the efects associated with undernutrition and a potential role for increased nicotinamide

Plasma glucose, lactate and free fatty acids (FFA) levels, liver and muscle glycogen and total lipid contents and rates of FFA release from mesenteric adipose tissue (MAT)