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Revisão Sistemática da Literatura Nacional sobre Marketing de Relacionamento entre 1997 e 2013

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Revisão Sistemática da Literatura Nacional sobre Marketing de Relacionamento entre 1997 e 2013

Autoria: Pedro Felipe da Costa Coelho, Hugo Osvaldo Acosta Reinaldo RESUMO

Este artigo tem o objetivo de analisar os estudos sobre o marketing de relacionamento entre 1997 e 2013 nas principais fontes acadêmicas brasileiras. Para tanto, realizou-se uma revisão sistemática da literatura baseada em um protocolo de cinco procedimentos. Foram analisados 95 artigos em função de nove variáveis, como o total de artigos publicados por ano, setor de aplicação, método de pesquisa, objetivo do artigo e as publicações mais citadas. Dentre os resultados, foi evidenciado a predominância de artigos empíricos com a utilização de métodos quantitativos e a replicação dos modelos teóricos ou instrumentos de coleta de autores internacionais.                                                                  

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1 INTRODUÇÃO

O marketing de relacionamento é um relevante campo de estudos diante da realidade competitiva das empresas contemporâneas. Ao adotar sua filosofia, as organizações passam a admitir a necessidade de gerar valor para os membros do sistema em que estão inseridas.

Além disso, é uma tendência mundial a busca das organizações em construir e manter relacionamentos duradouros e lucrativos com os clientes. Muitas empresas estão se afastando do marketing exclusivamente de transação, cuja ênfase é a venda, para praticar o marketing de relacionamento, devido à alta competitividade gerada a partir da enorme quantidade de novos produtos com tecnologia e preços parecidos que são introduzidos no mercado a cada ano (LEAL, 2005). De acordo com Gumesson (2002), a temática pode ser vinculada com diversos fenômenos contemporâneos, tais como a sociedade em rede, o foco em serviços, o novo papel do cliente, as tecnologias da informação, a globalização, a desregulamentação dos sistemas financeiros e o surgimento dos blocos econômicos.

Em relação à realização de revisões de literatura no contexto nacional, é possível listar diversos autores que conduziram tais estudos na área de marketing. Foi analisado o desenvolvimento da pesquisa e da teoria em marketing (ROSSI; FARIAS, 2006), as características da produção científica (VIEIRA, 1998; VIEIRA, 2000; SAMPAIO; PERIN, 2006), o discurso da academia e suas primeiras concepções filosóficas (PROENÇA; LOPES; MEUCCI, 2006), a produção de estudos críticos sobre marketing (VIEIRA et al., 2002; MARANHÃO; PAES DE PAULA, 2012), a co-autoria em marketing (ESPARTEL; BASSO; RECH, 2008) e a produção científica da última década (MAZZON; HERNANDEZ, 2013). Além disso, outros estudos revisaram as publicações de áreas específicas do marketing, como o comportamento do consumidor (PINTO; LARA, 2008), marketing público (FERREIRA et al., 2012), antecedentes e consequentes da satisfação e lealdade (MATOS; HENRIQUE, 2006), consumo e anticonsumo (GUSMÃO et al., 2013) e o Costumer Relationship Manager – CRM (FIUZA et al., 2011).

Diante da importância do marketing de relacionamento e da realização revisões de literatura, surgem os seguintes questionamentos de pesquisa: (1) como tem evoluído a pesquisa científica nacional em marketing de relacionamento; (2) em quais regiões e instituições os autores das publicações estão vinculados; (3) quais são as principais temáticas abordadas; (4) quais os segmentos econômicos de aplicação destes estudos; (5) quais métodos de pesquisa prevalecem; (6) em quais contextos são realizados os estudos; (7) quais são os seus objetivos; e (8) as publicações mais citadas.

Com isso, o objetivo principal deste trabalho é analisar as publicações nacionais sobre marketing de relacionamento entre 1997 e 2013. A busca por estas respostas foi feita por meio da revisão sistemática das publicações sobre a temática, que obedeceu a um protocolo de cinco procedimentos e analisou os artigos dos anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD) e das seguintes revistas: Revista Gestão e Produção (UFSCAR), Revista de Administração Contemporânea (ANPAD), Brazilian Business Review (Fucape), Revista de Administração (USP), Brazilian Administration Review (ANPAD) e Revista de Administração de Empresas (FGV). A pesquisa buscou responder a seguinte pergunta: qual o estado da arte do marketing de relacionamento no contexto de publicações acadêmicas nacionais?

Sabendo que a revisão sistemática da literatura possibilita a organização da produção científica sobre uma temática, outros dois aspectos justificam a condução desse estudo: a identificação de lacunas nas pesquisas atuais sobre marketing de relacionamento e a comparação do estado da arte das publicações com o cenário da produção acadêmica nacional entre 1990 e 2004, apresentado por Almeida, Lopes e Pereira (2006). Ao término da presente pesquisa, foi identificada a publicação de Faria et al. (2014) que também objetiva a análise

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das publicações nacionais sobre marketing de relacionamento. Contudo, o presente estudo traz diferentes conclusões sobre o estado da arte da temática e novas discussões acerca de sua evolução, além da análise de outras cinco variáveis - setor de aplicação dos estudos; método de pesquisa; produção científica por região do país; objetivo do artigo e publicações mais citadas – não avaliadas anteriormente.

2 MARKETING DE RELACIONAMENTO

O marketing de relacionamento é considerado uma mudança de paradigma dos conceitos de marketing desenvolvidos desde 1960 e propõe uma substituição da orientação da conquista de clientes (transacional) para o foco na retenção ou lealdade dos mesmos (relacional) (GRÖNROOS 1994).

Os estudos realizados por Edmund McCarthy na década de 1950 contribuíram não somente para a introdução do conceito de mix de marketing (BORDEN, 1964), mas também apresentaram as primeiras incursões teóricas para o estudo do marketing de relacionamento (SHETH; PARVATIYAR, 2000). Nas décadas seguintes, a expressão “marketing de relacionamento” foi cunhada por Leonardo Berry na literatura de marketing de serviços e uma série de estudos foi realizada para construir o arcabouço teórico da temática. Diversos esforços foram feitos para reconhecer a importância desse enfoque, mudar o escopo de estudos do marketing e para a criação de uma nova “teoria geral de marketing”, que substituiria a visão limitada de transações específicas (SHARMA; SHETH, 1997). Em contrapartida, atualmente os conceitos e constructos do marketing de relacionamento integraram-se à abordagem tradicional, complementando-a sem substituí-la (ROCHA; LUCE, 2006).

Healy et al. (2001) defendem que o conceito de marketing de relacionamento deve ser entendido com um conceito “guarda-chuvas” que enfatiza a necessidade de olhar para as trocas a partir de uma perspectiva de longo prazo e não de curto prazo. Baseia-se no estreitamento das relações com o objetivo de atrair, manter e aumentar o relacionamento com clientes. Nesse sentido, a atração de novos clientes passa a ser uma etapa, tendo como objetivo final à solidificação de relacionamentos, transformando clientes indiferentes em leais (MCKENNA, 1992; GORDON, 1999). Sheth e Parvatiyar (2000) adotam uma visão similar, afirmando que o marketing de relacionamento objetiva o aumento da produtividade de marketing e a melhoria do valor mútuo entre as partes envolvidas no relacionamento. No entanto, há visões mais restritas sobre o campo de estudos, como a de Vavra (1993) e Las Casas (2008), que limitam os estudos às atividades de marketing de pós-venda destinada a manter clientes.

No contexto empresarial, observou-se que os relacionamentos ganharam um patamar estratégico no processo de gestão em virtude da competição global e devido à migração do poder de barganha para as mãos dos clientes finais. Isso faz com que organizações busquem relacionamentos mais duradouros e vantajosos que possam trazer benefícios mútuos (ABBADE; NORO, 2012). Griffin (2001, p. 57), por sua vez, afirma que “uma empresa perde, a cada ano, entre 20% e 40% dos seus clientes. O antídoto para isso é ter clientes fiéis e leais. Mas para se atingir esse comportamento é imprescindível tempo, recursos e dedicação de todos”. Vários estrategistas de marketing também defendem que é mais barato trabalhar na retenção de clientes do que buscar novos e consideram que a lealdade baseada em satisfação é um ativo incalculável para as organizações (MARIN; PAJARES, 2012).

Diante desse cenário, a produção acadêmica sobre o marketing de relacionamento das últimas décadas está buscando desenvolver o constructo “relacionamento” considerando suas características e benefícios. Além disso, os estudiosos buscam associá-lo a antecedentes e consequentes, validando constructos como confiança e comprometimento e estabelecer

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relação desses constructos com outros temas de marketing (ALMEIDA; LOPES; PEREIRA 2006). Nesse sentido, o quadro 1 apresenta uma relação desses artigos e seus respectivos autores:

Quadro 1 – Publicações sobre os constructos de marketing de relacionamento

Constructo Publicações

Relacionamento

Benefícios Palmer (2001) e Ganesan

(1994) Características e fases de seu

processo de desenvolvimento Dwyer et al. (1987)

Motivações Madhavan et al. (1994)

Fatores de sucesso Mohr e Spekman (1994) Associação aos antecedentes e

consequentes Ganesan (1994)

Confiança Morgan e Hunt (1994) e Mohr

e Spekman (1994)

Comprometimento Morgan e Hunt (1994) e

Dwyer et al. (1987) Satisfação

Wulf et al. (2001), Ganesan (1994) Garbarino e Johnson (1999)

Fonte – Adaptado de Almeida, Lopes e Pereira (2006).

Além dos constructos mencionados no quadro 1, acima, outro constructo analisado com frequência pelos pesquisadores internacionais e relacionado ao campo de estudos do marketing de relacionamento é a lealdade (DICK; BASU, 1994; OLIVER, 1999; DAY, 2001; SIRDESHMUKH; SINGH; SABOL, 2002). No cenário nacional das publicações o constructo também foi abordado em diversos estudos (KLEIN, 2003; MARQUES; BRASIL, 2008; FRANCISCO-MAFFEZZOLLI et al., 2013). Contudo, devido a um erro de tradução da expressão “loyalty”, o constructo “fidelidade” foi utilizado de forma equivocada no lugar de “lealdade” em algumas publicações nacionais. Romero (2012) ressalta que o termo “fidelidade” representa um cliente que é realmente fiel a uma marca e não a troca por nenhuma outra da mesma categoria de produto. O que é visto na prática corporativa relaciona-se ao conceito de “preferência”, cujos clientes conhecem outras marcas, mas escolhem uma para compra continuada, ou seja, a preferência está para a conquista antes mesmo da fidelização.

A pesquisa acadêmica em marketing de relacionamento também aborda com frequência o CRM, por ser “um processo interativo que transforma informações sobre os clientes em relacionamentos positivos com os mesmos” (SWIFT, 2001, p. 13). Para Payne (2006), o CRM provê oportunidades para utilizar informações, conhecer melhor os clientes, oferecer valor por meio de ofertas customizadas e desenvolver relacionamentos duradouros.

Sobre o contexto dos estudos sobre marketing de relacionamento, as publicações podem ser divididas em duas subáreas: o relacionamento entre organizações e clientes individuais e o relacionamento entre organizações, incluídos nesse último tanto o relacionamento entre membros de canais de distribuição quanto o relacionamento entre

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empresas no marketing business-to-business (ROCHA; LUCE, 2006). 3 METODOLOGIA

O estudo é caracterizado como uma revisão sistemática da literatura (Systematic Literature Review – SLR), uma vez que se realizou uma revisão planejada de artigos para responder uma pergunta específica, sendo utilizados métodos sistemáticos para identificar, selecionar e avaliar criticamente os estudos (TRANFIELD; DENYER; SMART, 2003), além de ser utilizado um protocolo para reduzir a ocorrência de vieses e minimizara parcialidade na análise dos estudos (WEBSTER; WATSON, 2002).

Na condução dessa pesquisa, o protocolo definido incluiu os seguintes procedimentos: (1) seleção dos periódicos e anais de eventos; (2) definição da base de dados inicial de artigos; (3) seleção da base de dados definitiva; (4) sistematização da base de dados; (5) análise das publicações. Desse modo, os três primeiros procedimentos serão abordados nessa seção, enquanto que o quarto e o quinto procedimento serão discorridos nas seções de resultados e conclusões, respectivamente.

A presente pesquisa foi construída a partir da análise das publicações dos anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnANPAD) e das seguintes revistas: Revista Gestão e Produção (UFSCAR), Revista de Administração Contemporânea (ANPAD), Brazilian Business Review (Fucape), Revista de Administração (USP), Brazilian Administration Review (ANPAD) e Revista de Administração de Empresas (FGV). O período delimitado compreende os anos de 1997 e 2013, pois, a partir desse ano, os artigos passaram a ser disponibilizados em meio eletrônico.

Os artigos dos anais do EnANPAD e as revistas científicas mencionadas foram escolhidos por serem reconhecidamente importantes publicações para a comunidade acadêmica da Administração. As revistas acadêmicas citadas possuem classificação A no sistema Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES.

Após a seleção dos periódicos e anais de eventos a serem analisados, dois procedimentos foram adotados para identificar os artigos referentes à temática do marketing de relacionamento ou aos seus constructos e definir a base de dados inicial a ser analisada: (1) definição dos objetos de análise: nos Anais do EnANPAD foi considerada a área de marketing e nas revistas acadêmicas todos os artigos foram considerados, ambos do período de 1997 a 2013; (2) leitura dos títulos e resumos dos trabalhos, quando se utilizou como critério de seleção a presença do termo “relacionamento” , “trocas relacionais”, “marketing de relacionamento”, “atendimento”, “confiança”, “encantamento”, “fidelização”, “insatisfação”, “lealdade”, “relacionamento interorganizacional”, “business-to-business”,“business-to-consumer”, “Costumer Relationship Manager”, “CRM” ou “satisfação” no título ou resumo do artigo.

Ao final do segundo procedimento, 240 artigos foram selecionados, como expõe a tabela 1 abaixo:

Tabela 1 –Base de Dados Inicial

Base de Dados Número de artigos

Anais do ENANPAD 192

RAC 20 RAE 13 Revista Gestão e Produção 10

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RAUSP 1

Total 240

Fonte: Elaborado pelos autores.

Para selecionar a base de dados definitiva, foram excluídos os artigos da base que não tratavam do marketing de relacionamento em seus referenciais teóricos e abordavam apenas os seus constructos. A introdução e o referencial dos 240 artigos foram lidos e, dentro de tais critérios, foram selecionados 95 artigos, de acordo com a tabela 2:

Tabela 2 - Base de Dados Definitiva

Base de Dados Número de artigos

Anais do ENANPAD 74

RAC 8 RAE 4 Revista Gestão e Produção 3

Brazilian Business Review 5

RAUSP 1

Total 95

Fonte: Elaborada pelos autores.

É ressaltado que as publicações da Brazilian Administration Review (BAR) também foram analisadas, porém nenhum estudo foi selecionado para análise. Dessa maneira, a base de dados foi definida e os artigos sistematizados a partir da adaptação da classificação de dados desenvolvida por Almeida, Lopes e Pereira (2006). Desse modo, a amostra foi categorizada em função das seguintes variáveis: (1) total de artigos publicados por ano; (2) produção científica por Instituições de Ensino Superior (IES); (3) produção científica por região do país; (4) palavras do título utilizadas na categorização dos trabalhos; (5) contexto dos estudos; (6) setor de aplicação; (7) método de pesquisa; (8) objetivo do artigo e (9) publicações mais citadas.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Nesta seção, os resultados do estudo são expostos e analisados. A sistematização da base de dados sobre marketing de relacionamento foi feita em função da análise das nove variáveis mencionadas.

4.1 Total de Artigos Publicados por Ano  

A análise da quantidade de artigos publicados por ano é relevante para a compreensão da evolução das publicações sobre o marketing de relacionamento no Brasil. A partir de 2002 houve um aumento do número de publicações sobre a temática, sendo significativa a produção de 24 artigos nos anos 2005 e 2006. Os 12 artigos elaborados em cada ano correspondem a 25% das publicações. A figura 1 apresenta, graficamente, a evolução histórica das publicações no período analisado.

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Figura 1 - Total de Artigos Publicados por Ano

 

 

Fonte: elaborado pelos autores. 

Ao analisar a distribuição das publicações, no cenário nacional, percebe-se uma tendência de esfriamento na discussão do tema marketing de relacionamento por parte da comunidade acadêmica, apesar do crescimento da comunidade estudantil e docente fomentada pelo MEC e da importância que na prática de mercado se dá ao tema.

4.2 Produção Científica por IES 

A produção científica por IES é uma variável relevante para o estudo, pois orienta pesquisadores de marketing de relacionamento e profissionais da área sobre instituições de referência na área. Seguindo a metodologia de Almeida, Lopes e Pereira (2006), um mesmo artigo pôde participar de mais de uma instituição devido à origem diferente dos seus autores. Além disso, os programas de pós-graduação distintos dentro de uma mesma universidade não foram divididos, sendo consideradas apenas as publicações por IES.

Tabela 3 - Produção científica por IES

Instituição Frequência Instituição Frequência

UFRGS 46 Universidade de Coimbra 2

UFMG 22 UNIMEP 2

PUC-MG 13 ESPM 1

UFRJ 11 FABAVI 1

UFPE 10 INDG 1

PUCRS 10 Instituto Politécnico de Leiria 1 UCS 7 UECE 1 USP 7 UFPB 1 FGV 6 UnB 1 UFPR 5 UNISINOS 1 UFSM 3 UNIVASF 1 0 2 4 6 8 10 12 14 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013

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FUMEC 2 Universidade do Minho 1

UFCG 2 Universidade

Presbiteriana Mackenzie 1

UFLA 2 TOTAL 161

Fonte: Elaborado pelos autores.

A base de dados de 95 artigos do presente artigo é fruto das publicações dos pesquisadores das 27 instituições listadas na tabela 2. A análise da tabela demonstra a importância dos autores de artigos acadêmicos sobre a temática vinculados à UFRGS, que publicaram 46 artigos e apresentam mais que o dobro de publicações do segundo lugar, a UFMG. Outro aspecto relevante é a presença de publicações de três universidades portuguesas (Universidade de Coimbra, Instituto Politécnico de Leira e Universidade do Minho) que juntas somam cinco artigos. Além disso, um artigo foi publicado por três autores não vinculados a uma IES, embora tenha sido contabilizado. Os autores afirmaram que estavam filiados ao INDG, empresa de consultoria de um docente universitário. Por fim, outro fator a ser considerado é o número de IES que aparecem com apenas uma citação, o que pode apontar a entrada de novas instituições no rol de publicações acadêmicas.

Faz-se necessário também a análise da concentração da produção científica em poucas instituições. Apesar da valiosa contribuição para o desenvolvimento da pesquisa em marketing de relacionamento, a maior diversidade epistemológica e metodológica das pesquisas passa pelo aumento da diversidade de origem da produção sobre a temática.

4.3 Produção Científica por Região do País 

A análise das publicações em função da localização regional da IES é importante, pois expõe as regiões do país com maior número de pesquisadores sobre a temática. É ressaltado que a amostra de 140 publicações é resultado do critério adotado onde um mesmo artigo pôde participar de mais de uma instituição devido às autorias diferentes dos seus autores. No entanto, o total de artigos é divergente da tabela anterior, uma vez que os artigos elaborados pelas IES de Portugal e do INDG não foram considerados.

Tabela 4 - Produção científica por Região do País

Região Frequência Sul 72 Sudeste 68 Nordeste 15 Norte e Centro-Oeste 1 TOTAL 156

Fonte: Elaborado pelos autores.

Os resultados da tabela 4 comprovam a predominância das regiões sul e sudeste no contexto das publicações acadêmicas. Apesar de não ser exposto na tabela, destaca-se a importância da região sudeste na produção científica nacional, pois, apesar de ser a segunda colocada, apresenta um maior número de IES (11) diferentes com publicações em comparação com a região sul (6).

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4.4 Palavras do Título Usadas na Categorização dos Trabalhos 

A categorização dos trabalhos pelas palavras do título é um critério relevante para o estudo, pois orienta os leitores sobre quais palavras dos títulos podem estar relacionadas ao marketing de relacionamento. Como já foi mencionado na metodologia, a amostra inicial de 240 artigos foi reduzida para 95, pois os trabalhos que não tratavam do marketing de relacionamento em seus referenciais teóricos e abordavam apenas os seus constructos não foram considerados.

Tabela 5 - Palavras do título usadas na categorização dos trabalhos

Palavras do Título Frequência

Relacionamento 36

Marketing de Relacionamento 22

Confiança, Lealdade, Satisfação Comprometimento e/ou Fidelização

10 Trocas relacionais 8 Construção/gestão de relacionamentos/CRM 7 Estratégias de relacionamento 5 Práticas relacionais 4 Estratégia de pós-venda 3 TOTAL 95

Fonte: Elaborado pelos autores com base em Almeida, Lopes e Pereira (2006).

Na tabela 6, acima, é possível perceber que a amostra seria bastante reduzida se fossem considerados apenas artigos que apresentassem a expressão “marketing de relacionamento” nos seus títulos. Diversas expressões estão relacionadas à temática e foram consideradas, tais como “trocas relacionais” e “estratégias de relacionamento”. Além dessas expressões, outros constructos também foram considerados por serem variáveis formadoras do relacionamento, como “confiança” e “lealdade”. A palavra “relacionamento” foi utilizada pelos autores com maior frequência, sendo utilizada no contexto do business-to-business ou business-to-consumer, como expõe a próxima tabela.

É salientado que os constructos confiança, lealdade, satisfação comprometimento efidelização foram agrupados por serem considerados antecedentes e consequentes do relacionamento.

4.5 Contexto do Estudo

O contexto dos estudos é uma importante variável, pois categoriza os artigos de acordo com o seu objeto de análise. A amostra analisada apresenta estudos empíricos e somente teóricos e, dentre os estudos empíricos, dividiu-se os artigos em três categorias em função dos seus objetos de análise: business-to-consumer, business-to-business e pesquisa com executivos das empresas. Fez-se necessário a utilização da última categoria, pois algumas pesquisas foram realizadas com executivos internos das organizações, e não com seus clientes.

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Tabela 6 - Contexto do estudo

Contexto do Estudo Frequência

Business-to-consumer 40

Business-to-business 22

Pesquisa com executivos das empresas 8

Revisão ou ensaio teórico 8

TOTAL 78

Fonte:Elaborado pelos autores com base em Almeida, Lopes e Pereira (2006). A análise da tabela acima apresenta resultados similares aos encontrados no estudo de Almeida, Lopes e Pereira (2006), onde as pesquisas que apresentam o business-to-consumer como objeto de análise, ou seja, focadas no consumidor final, aparecem com maior frequência, indicando a permanência da linha de pesquisa no Brasil.

4.6 Setor de Aplicação

Considerou-se relevante a categorização dos artigos pelos setores empresariais em que os estudos foram realizados, pois, nos estudos empíricos, alguns setores foram pouco analisados em comparação com outras, tais como o varejo e o setor bancário. Salienta-se que algumas pesquisas foram realizadas em empresas de mais de um setor empresarial e também foram listadas.

Tabela 7 - Setor de aplicação

Setor de Aplicação Frequência

Varejo 33

Bancos 17

Revisão ou Ensaio Teórico 12

Educação 11 Pesquisas com empresas de mais de um setor 10

Operadoras de planos de saúdes 5

Seguros 5 Indústrias 2

TOTAL 95

Fonte: Elaborado pelos autores com base emAlmeida, Lopes e Pereira (2006).

O setor bancário merece destaque, pois, apesar da segunda colocação, se trata de um setor frequentemente estudado pelos autores nacionais desde 1994, como o estudo de Almeida, Lopes e Pereira (2006) corrobora. No entanto, fica evidente que as publicações são realizadas em poucos setores empresariais e desconsideram a construção de relacionamentos em outros diversos tipos de organizações, como as organizações sociais (ARNETT; GERMAN; HUNT, 2003).

4.7 Método de pesquisa

O método de pesquisa é o critério da análise de que apresenta a classificação dos artigos da amostra quanto às suas abordagens. Trata-se de uma relevante variável, pois

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evidencia a preferência dos autores nacionais em conduzir estudos quantitativos.

Tabela 8 - Método de pesquisa

Método de pesquisa Frequência

Estudo quantitativo 61

Estudo qualitativo 23

Revisão ou ensaio teórico 11

TOTAL 95

Fonte: Elaborado pelos autores com base em Almeida, Lopes e Pereira (2006).

Os dados apresentados na Tabela 8também evidenciam a carência de revisão e ensaios teóricos sobre o marketing de relacionamento. De maneira similar a outros campos de estudos de marketing, há uma tendência dos pesquisadores em adotar o paradigma positivista e conduzir suas pesquisas com a adoção de técnicas estatísticas.

4.8 Objetivo do artigo

O critério de análise dos resultados que trata do objetivo do artigo é de extrema relevância, pois apresenta as finalidades dos artigos, segundo os próprios autores.

Tabela 9 - Objetivo de pesquisa

Objetivo de pesquisa Frequência

Replicação e/ou uso de modelos/instrumentos desenvolvidos

anteriormente por autores internacionais no contexto empresarial. 26 Analisar os constructos do relacionamento através de pesquisas

empíricas baseadas em modelos ou instrumentos desenhados pelos próprios autores.

19

Identificar/analisar ações de Marketing de Relacionamento nas empresas

e expor a relevância e oportunidade para a organização 17 Analisar os constructos do relacionamento através de ensaio teórico e/ou

desenvolvimento de modelo teórico sem teste empírico.

11 Identificar/analisar ações de Marketing de Relacionamento nas empresas

e suas relações com outras dimensões do marketing (marketing de serviços e B2B)

8

Estudar/avaliar a relação entre orientação para mercado e Marketing de

Relacionamento. 8

Avaliar a relação entre Marketing de Relacionamento e estratégia empresarial.

6

TOTAL 95

Fonte: Elaborado pelos autores com base em Almeida, Lopes e Pereira (2006).

Na tabela 9 não consta a categorização dos métodos de coleta, nem dos resultados das pesquisas, mas dos principais objetivos dos estudos.É ressaltado que, em diversos artigos, mais de um objetivo é apontado. No entanto, são listados acima os principais objetivos que nortearam a realização dos 95 artigos, organizados em sete grupos. De maneira similar ao estudo de Almeida, Lopes e Pereira (2006), verificou-se que os pesquisadores nacionais estão

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objetivando a solidificação do conhecimento já construído por outros autores, através da replicação dos modelos/instrumentos desenvolvidos anteriormente por autores internacionais. 

Ainda de acordo com a tabela 9, é perceptível a importância das publicações estrangeiras no contexto nacional de pesquisa científica sobre o marketing relacionamento, uma vez que a maioria das publicações da amostra são replicações de pesquisas de autores internacionais. Tal constatação também é percebida na tabela 10 a seguir.

4.9 Publicações mais citadas

As publicações mais citadas sobre o marketing de relacionamento instruem os profissionais da área e, principalmente, os pesquisadores acadêmicos sobre quais artigos e livros são tidos como referências pelos pesquisadores brasileiros que desenvolvem estudos sobre a temática. Desse modo, os resultados da tabela 10 apresentam quais publicações foram citadas com maior frequência na base de dados. Ressalta-se que os resultados da análise das publicações mais citadas foram obtidos com o auxílio do software Microsoft Office Excel 2010 e que os títulos de diferentes edições e traduções foram listados como uma única publicação.

Tabela 10 - As 10 publicações mais citadas

Estudos mais citados Frequência

MORGAN, R.; HUNT, S. The Commitment-Trust Theory of Relationship Marketing.

Journal of Marketing, 58., 1994. 41

DWYER, R.; SCHURR, P.; OH, S. Developing Buyer-Seller Relationships. Journal of

Marketing, 51., 1987. 26

BERRY, L. Relationship Marketing of Services Growing Interest, Emerging Perspectives.

Journal of the Academy of Marketing Science, 23., 1995. 23

MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing: Uma Orientação Aplicada. 3. ed. Porto

Alegre: Bookman, 2001. 22

GARBARINO, E., JOHNSON, M. The Different Roles of Satisfaction, trust and Commitment in Customer Relationships. Journal of Marketing, 63., 1999.

20 GRÖNROOS, C. Service Management and Marketing. Inglaterra: Wiley, 2000. 18 BERRY L. L. Relationship Marketing. In: Emerging perspectives on services marketing,

L. L. BERRY; G. L. SHOSTACK; G.D. UPAH, Chicago: American Marketing Association, 1983.

17

DONEY, P.; CANNON, J. An Examination of the Nature of Trust in Buyer-Seller Relationships. Journal of Marketing, 61., 1997.

17 OLIVER, R. L. A cognitive model of the antecedents and consequences of satisfaction

decisions. Journal of Marketing Research, 19., 1980. 15

MOORMAN, C., ZALTMAN, G., DESHPANDÉ, R. Relationships between Providers and Users of Market Research: The Dynamics of trust within and between organizations. In

Journal of Marketing Research, 29., 1992.

13

Fonte: Elaborado pelos autores.

De acordo com a tabela 10, percebeu-se que há uma predominância das publicações internacionais mais citadas em comparação com as publicações brasileiras. A revista com maior número de publicações citadas é o Journal of Marketing, periódico norte americano de referência internacional que publica artigos científicos sobre marketing há 77 anos.

Outro aspecto a ser ressaltadoé o predomínio das publicações da década de 1990 e início dos anos 2000. Em meados da década de 1990, o reconhecimento do novo campo de estudos se concretizava pela publicação de quatro edições especiais de revistas científicas de marketing sobre o tema: a edição especial sobre marketing de relacionamento do Journal of the Academy of Marketing Science, em 1995; como do Journal of Marketing Management e do European Journal of Marketing, em 1996; e a da revista Industrial Marketing

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Management, em 1997 (ROCHA; LUCE, 2006). Nesse sentido, o arcabouço teórico da temática foi construído nesse período e carece de novas contribuições em sua teoria.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos resultados obtidos na seção anterior, alguns pontos merecem ser destacados. Em primeiro lugar, o número de artigos publicados não aumentou nos últimos dezessete anos, embora o marketing de relacionamento tenha sido adotado como um tema específico de marketing para submissão de artigos no EnANPAD desde 2009. Tal constatação possui possíveis justificativas, como a preferência da academia nacional em analisar constructos específicos do campo de estudos e a mudança da linha de pesquisa dos pesquisadores para outras temáticas.

Seguindo a tendência das publicações nacionais sobre CRM (FIUZA et al., 2011) e comportamento do consumidor (PINTO; LARA, 2008), o marketing de relacionamento está sendo analisado, em sua maioria, por estudos de base empírica, com abordagem positivista e utilização de métodos e técnicas quantitativas de pesquisa e coleta de dados. Nesse sentido, o cenário das publicações sobre a temática é preocupante, uma vez que é similar ao encontrado entre 1997 e 2004 e demonstrado por Almeida, Lopes e Pereira (2006). É evidente a tendência de estagnação da construção teórica nacional sobre a temática; a desconsideração das abordagens de cunho fenomenológico ou interpretativista e a repetição das opções metodológicas tradicionais. Em virtude do desconhecimento metodológico ou devido à rejeição dos artigos pelo mainstream acadêmico, a adoção de técnicas qualitativas, como a etnografia, a netnografia e o grounded theory, não vem sendo considerada. Outra possível justificativa para o cenário apresentado é o predomínio da utilização das técnicas quantitativas nas dissertações e teses de marketing nas duas instituições que mais contribuem para o marketing de relacionamento - UFRGS e UFMG.

No que diz respeito aos objetos de análise das publicações, a categorização pelo contexto dos estudos demonstrou que as pesquisas que apresentam o business-to-consumer aparecem com maior frequência, indicando a permanência da linha de pesquisa no Brasil, que realiza com menor frequência estudos com clientes organizacionais. Apesar das primeiras incursões teóricas sobre o marketing de relacionamento ter sidos realizados no contexto do business-to-business, uma das possíveis razões para a diminuição dos estudos é a dificuldade de acesso aos detalhes dos acordos comerciais que envolvem relacionamentos organizacionais de longo prazo. Deste modo, a maior aproximação dos pesquisadores às organizações é fundamental para a condução de tais estudos.

Quanto à classificação dos artigos pelos seus objetivos, agrupou-se a amostra em sete categorias e foi constatado que a maioria das publicações são replicações de pesquisas de autores internacionais. Em contrapartida, alguns autores também analisaram os constructos do relacionamento com pesquisas empíricas através dos seus próprios modelos teóricos ou instrumentos de coleta. Dito isto, os resultados deste critério de classificação refletem outra característica da atual cenário da pesquisa em marketing do Brasil: o estabelecimento com menor frequência de modelos teóricos em relação à replicação de instrumentos e modelos teóricos de autores internacionais.

Recomenda-se para futuras investigações que a amostra de artigos seja direcionada às publicações de menor classificação da Capes, visando à comparação dos resultados com a amostra obtida na presente pesquisa. Também é sugerida a realização de estudos que comparem as publicações nacionais e internacionais sobre a temática.

   

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