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3. Experiências de ensino e aprendizagem

3.3. Experiências de ensino e aprendizagem, desenvolvidas no 1.º CEB

3.3.3. Área do Estudo do Meio

A área do estudo do meio é caraterizada pelo Programa do 1.º CEB, como uma área transversal e abrangente pois relaciona-se com as restantes áreas de conteúdo e com a sociedade,

podendo ser motivo e motor para a aprendizagem nessas áreas (ME, 2004, p. 101).

As atividades realizadas no decorrer do nosso estágio, referentes a esta área, ocorreram através de estratégias diversificadas, partindo sempre das conceções alternativas de cada aluno para que as mesmas se tornassem cada vez mais complexas.

A organização da área de estudo do meio no Programa do 1.º CEB encontra-se subdividida em 6 blocos de conteúdos, sendo: à descoberta de si mesmo; à descoberta dos outros e das instituições; à descoberta do ambiente natural; à descoberta das inter-relações entre espaços; à descoberta dos materiais e objetos e à descoberta das inter-relações entre a natureza e a sociedade. Este último é dirigido apenas para o 3.º e 4.º ano de escolaridade.

No que diz respeito ao primeiro bloco – à descoberta de si mesmo, pretende-se que os

alunos estruturem o conhecimento de si próprios, desenvolvendo, ao mesmo tempo, atitudes de auto-estima e auto-confiança e de valorização da sua identidade e das suas raízes (ME, 2004, p.

105). Trabalhámos este bloco com os alunos através de temas como: a sua identificação, os seus gostos e preferências, o seu corpo, a saúde do seu corpo e o seu passado próximo.

Para o ensino dos diferentes conteúdos partimos de histórias ou canções que, depois, eram interpretadas através de questões que nos permitiam compreender as conceções alternativas de cada aluno. Nesta sequência, e após o ensino de um determinado conteúdo, eram realizados jogos

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ou elaboração de cartazes para que fosse possível verificar se os objetivos tinham sido atingidos e as aprendizagens alcançadas.

Para este bloco foram realizados desenhos de família e de si próprio para que pudéssemos ver como cada um se caraterizava (destacando-se nestas atividades a utilização correta de cores para representar o cabelo e os olhos); a realização de cartazes referentes às normas de prevenção de acidentes domésticos e a realização de um percurso, sobre a segurança rodoviária, onde a cada aluno era distribuído um elemento (carro, peão, sinais de trânsito, etc.) a fim de recriarem um dia- a-dia na estrada, tendo sempre em atenção as normas (figura 33).

No que respeita ao segundo bloco – à descoberta dos outros e das instituições, os alunos

iniciar-se-ão no modo de funcionamento e nas regras dos grupos sociais, ao mesmo tempo que deverão desenvolver atitudes e valores relacionados com a responsabilidade, tolerância, solidariedade, cooperação, respeito pelas diferenças comportamento não sexista, etc... (ME,

2004, p. 110). Relativamente a este bloco trabalhámos com a turma conteúdos como: os membros da família, as pessoas que não sendo da família são próximas e a escola.

Realizámos também atividades como a realização de uma árvore genealógica, elaborada, em casa, com o auxílio dos pais, uma vez que consideramos ser de extrema importância a inclusão da família nas aprendizagens dos alunos; pequenos diálogos sobre amigos que cada um tem para além da família, mostrando que podemos contar com outras pessoas para além daquelas que nos pertencem desde que nascemos, e que de alguma forma são importantes na nossa vida (neste caso mencionamos algumas profissões). Neste contexto, foi planeada uma visita de estudo ao Quartel dos Bombeiros da Guarda, onde a turma teve oportunidade de conhecer um pouco mais do dia-a- dia de um bombeiro.

Relativamente ao terceiro bloco – à descoberta do ambiente natural, pretendeu-se que a turma adquirisse conhecimentos relativos aos elementos básicos do meio ambiente: o ar, a água,

Figura 33: Percurso de prevenção rodoviária Fonte: Própria

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o solo e as rochas, pois, de acordo com o Programa do 1.º CEB (ME, 2004, p. 115) a curiosidade

infantil pelos fenómenos naturais deve ser estimulada e os alunos encorajados a levantar questões e a procurar respostas para eles através de experiências e pesquisas simples, tendo estes

estudos, como base, a observação direta e a recolha de amostras. Já no que concerne ao quarto bloco – à descoberta das inter-relações entre espaços espera-se que os alunos representem os

espaços que conhecem ou vão explorando, através de desenhos, plantas, maquetas, traçando itinerários (ME, 2004, p. 119), embora a noção de espaço já tivesse sido por muitos alunos

adquirida através da relação que estabeleceram com os objetos, ao longo da sua vida.

Os terceiro e quarto blocos não foram por nós abordados uma vez que foram iniciados aquando o término do nosso estágio. Relativamente ao manual adotado pela escola, os blocos estavam apresentados de acordo com o Programa do 1.º CEB, respeitando a sua ordem, contudo e após o pedido feito pela professora cooperante, passámos do segundo para o quinto bloco – à descoberta dos materiais e objetos, que tem por objetivo a exploração de materiais utilizados no dia-a-dia, essencialmente na observação das suas propriedades” através de experiências (ME, 2004, p.123)

Os conteúdos apresentados pelo Programa, para este bloco, centraram-se na realização de experiências com alguns objetos e materiais do dia-a-dia, com água e com o som e a manipulação de objetos em situações concretas, contudo, e uma vez que o período de estágio terminou, acabámos por abordar apenas o primeiro conteúdo através da visualização de objetos de uso corrente e realização de experiências com os mesmos objetos, para que a turma, em conjunto, pudesse verificar as propriedades dos mesmos como a forma, a textura, o sabor e o cheiro.

As atividades desta área prenderam-se muito com o diálogo e com o lúdico com a finalidade de aprofundar as conceções, que cada aluno já tinha adquirido, sobre os diferentes assuntos.

Podemos desde já referir que a turma tinha já adquirido conceitos inerentes a esta área, através da interação com a sociedade, bem como na educação pré-escolar, uma vez que esta é um ponto de partida para as aprendizagens, que se vão tornando cada vez mais complexas.

Nas aulas de estudo do meio verificámos, ainda, que a maior parte dos alunos se mostravam empenhados e participativos, questionando-nos, de forma a obterem respostas a todas as suas curiosidades, naturais da idade.

Relativamente ao aproveitamento dos alunos, nesta área curricular, podemos referir que mais uma vez a média se manteve na classificação de Bom, sendo a área onde se verificou menor número de Suficientes, como se pode verificar na tabela 7.

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Tabela 7: Aproveitamento dos alunos na Área do Estudo do Meio Fonte: Própria

Uma das atividades realizadas (anexo 11), neste domínio, foi a realização de um jogo cujo objetivo era escolher de entre algumas imagens aquelas que representavam comportamentos corretos ao nível das regras a ter nos diferentes locais da escola. Esta atividade foi motivante, porque aliou o jogo às novas tecnologias, tornando estas aprendizagens diversificadas e significativas.