• Nenhum resultado encontrado

4 AÇÕES DE INTERVENÇÃO PARA PROMOÇÃO DA QUALIDADE DO SONO EM CRIAN- CRIAN-ÇAS E ADOLESCENTES

HÁBITOS NUTRICIONAIS, VITAMINA D, OBESIDADE E

4 AÇÕES DE INTERVENÇÃO PARA PROMOÇÃO DA QUALIDADE DO SONO EM CRIAN- CRIAN-ÇAS E ADOLESCENTES

Para melhorar a qualidade do sono em crianças e adolescentes se fazem necessárias ações interdisciplinares, de forma que todas as estratégias usadas sejam incorporadas por todos os indivíduos (CRISPIM et al., 2007). Segundo as Orientações da União Europeia para a Promoção da Atividade Física (2008), a atividade física regular traz diversos benefícios para o corpo humano, entre eles a diminuição do nível de stress e melhoria da qualidade do sono.

Uma de suas orientações é a recomendação de, no mínimo, 60 minutos diários de atividade física de intensidade moderada para as crianças e os jovens.

Brook et al. (2013), além de apontarem como estratégia a atividade física, ressaltam que é de suma importância se concentrar no incentivo ao aumento e melhora do sono, apri-morando a qualidade de vida desses indivíduos. Diante de novas perspectivas de estudo, pesquisadores vêm utilizando acelerômetros que medem o sono para investigar se crianças e adolescentes realmente dormem o tempo recomendado, além de desvendarem quantas vezes estes acordam e saem da cama, durante o sono (WONG et al., 2013).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vários fatores interferem na qualidade de sono, dentre os quais podemos citar altera-ções no ciclo circadiano, alteraaltera-ções hormonais e inatividade física.

Poucos estudos relacionam a obesidade como a causa ou como a consequência da má qualidade do sono, há uma dificuldade de encontrar, na literatura, estudos que abordem a qualidade do sono em crianças com obesidade.

Independentemente desse fator, há a necessidade de um trabalho multi e interdiscipli-nar para conscientização, prevenção e tratamento da obesidade, associando nesse contexto a qualidade do sono de crianças e adolescentes. Para tanto, profissionais da saúde como médicos pediatras e otorrinolaringologistas, dentistas, nutricionistas, fisioterapeutas e profissionais da Educação Física têm papel fundamental na avaliação e orientação dos indivíduos, contribuindo para a melhora da sua qualidade de vida.

REFERÊNCIAS

ANSTEAD, M. Pediatric sleep disorders: new developments and envolving understanding. Current Opinion Pulmonary Medicine, v.6, n. 6, p. 501-506, 2000.

ANUNTASEREE, W. et al. Snoring and obstructive sleep apnea in Thai school-age children:

prevalence and predisposing factors. Prevalence and predisposing factors. Pediatric pulmonology, v. 32, n. 3, p. 222-227, 2001.

AKERSTEDT, T. Altered sleep/wake patterns and mental performance. Physiology & Behavior, v.90, n.2-3, p.209-18, 2007.

ARENDT, J. Melatonin and human rhythms. Chronobiology International, v.23, n.1-2, p.21-37, 2006.

BOWER, C.; BUCKMILLER, L. What´s new in pediatric obstructive sleep apnea. Current Opinion in Otolaryngology & Head and Neck Surgery, v. 9, n. 6, p.352-358, 2001.

BROOK, J. S. et al. Physical Factors, Personal Characteristics, and Substance Use: Associations with Obesity. Journal of Substance Abuse Treatment, v. 34, n.3, p. 273–276, 2013.

CAO, M. et al. Association between sleep duration and obesity is age- and gender-dependent in Chinese urban children aged 6–18 years: a cross-sectional study. BMC Public Health, v. 15, p.

1-10, 2015.

COLLINGS, P. J. et al. Prospective associations between sedentary time, sleep duration and adiposity in adolescents. Sleep Medicine, v. 16, n. 6, p. 717-722, 2015.

COPINSCHI, G.; SPIEGEL, K.; LEPROULT, R.; VAN CAUTER, E. Pathophysiology of human circadian rhythms. Novartis Foundation symposium, v. 227, discussion 157-62, p.143-57, 2000.

CRISPIM, C. A. et al. Relação entre Sono e Obesidade: uma Revisão da Literatura. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, São Paulo, v. 51, n. 7, p.1041-1049, 2007.

DE MARTINO, M. M. F. Estudo da variabilidade circadiana da temperatura oral, do ciclo vigília-sono e de testes psicofisiológicos de enfermeiras em diferentes turnos de trabalho [tese]. Campinas:

Universidade Estadual de Campinas; 1996.

DE MARTINO, M. M. F. Estudo comparativo de padrões de sono em trabalhadores de enfermagem nos turnos diurno e noturno. Revista Panaman Salud Publica, v.12, n.2, p. 95-100, 2002.

DE MARTINO, M. M. F. Arquitetura do sono diurno e ciclo vigília-sono em enfermeiros no turno de trabalho. Revista da Escola de Enfermagem USP, São Paulo, v. 43, n. 1, p. 194-9, 2009.

DE ONIS, M., BLO¨SSNER, M., BORGHI, E. Global prevalence and trends of overweight and obesity among preschool children. The American Journal of Clinical Nutrition, v.92, p. 1257–64, 2010.

FERNANDES, R. M. F. O sono normal. Medicina, Ribeirão Preto-SP, v. 39, n. 2, p. 157-168, 2006.

FLIER, J. S.; ELMQUIST, J. K. A good night’s sleep: future antidote to the obesity epidemic? Annals of Internal Medicine, v. 141, n. 11, p. 885-6, 2004.

FRANCO, M. et al. Prevention of childhood obesity in Spain: a focus on policies outside the health sector. SESPAS report 2010. Gaceta Sanitaria, v. 24 (Suppl 1), p. 49–55, 2010.

FRIEDMAN, J. M.; HALAAS, J. L. Leptin and the regulation of body weight in mammals. Nature, v. 22, p.763-70, 1998.

GRANDIN, L. D.; ALLOY, L. B.; ABRAMSON, L. Y. The social zeitgeber theory, circadian rhythms, and mood disorders: review and evaluation. Clinical Psychology Review, v. 26, n.6, p.679-94, 2006.

HASLER, G. et al. The association between short sleep duration and obesity in young adults: a 13-year prospective study. Sleep v. 27, p.661-6, 2004.

HOFMAN, M. A. The human circadian clock and aging. Chronobiology International, v. 17, n.3, p.245-59, 2000.

KLEIN, J. M.; GONÇALVES, A. Problemas de sono-vigília em crianças: um estudo de prevalência.

Psico-USF, Itatiaba, v. 13, n.1, p. 51-58, 2008.

KNUTSON, K. L. et al. The Metabolic Consequences of Sleep Deprivation. Sleep Medicine Reviews, v.11, n.3, p. 163–178, 2007.

KOREN, D. et al. Interrelationships between obesity, obstructive sleep apnea syndrome and cardiovascular risk in obese adolescents. International Journal of Obesity, v. 39, n. 7, p. 1086-1093, 2015.

LEAL, V. S. et al. Excesso de peso em crianças e adolescentes no Estado de Pernambuco, Brasil:

prevalência e determinantes. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 6, p.1175-1182, 2012.

MARTINEZ, D.; LENZ, M. C. S.; MENNA-BARRETO, L. Diagnóstico dos transtornos do sono rela-cionados ao ritmo circadiano. Jornal Brasileiro de Pneumologia, Brasília, v.34, n.3, p.173-180, 2008.

MASUDA, Y. et al. Ghrelin stimulates gastric acid secretion and motility in rats. Biochemical and Biophysical Research Communications, v.276, n. 3, p. 905-8, 2000.

MOREIRA, M. A. et al. Overweight and associated factors in children from northeastern Brazil.

Journal of Pediatrics, v.88, n. 4, p. 347-352, 2012.

MORSELLI, L. et al. Role of sleep duration in the regulation of glucose metabolism and appetite.

Best Practice e Research: Clinical Endocrinology e Metabolism, v. 24, n.5, p. 687–702, 2010.

NELINA RUIZ, M. D. et al. Relationship among nocturnal sleep deficit, excess weight and metabolic alterations in adolescents. Archivos Argentinos de Pediatria, v. 112, n. 6, p. 511-518, 2015.

NOVAK, R. D.; AUVIL, N. S. E. Focus group evaluation on night nurse shiftwork dificulties and coping strategies. Chronobiology International, v. 13, n.6, p.457-463, 1996.

Orientações da União Europeia para a promoção da atividade física. Ações recomendadas para apoiar a atividade física benéfica para a saúde - Aprovadas pelo Grupo de Trabalho da UE

«Desporto & Saúde» na reunião de 25 de Setembro de 2008 Confirmadas pelos Ministros do Desporto dos Estados-Membros da UE na reunião realizada em Biarritz em 27-28 Novembro de 2008, p. 1-40, 2008.

PILEGGI, C. et al. Relationship between Chronic Short Sleep Duration and Childhood Body Mass Index: A School-Based Cross- Sectional Study. PLOS ONE, v. 8, n. 6, p. 1-6, 2013.

RANGEL, M.A. et al. Qualidade do sono e prevalência das perturbações do sono em crianças saudáveis em Gaia: um estudo transversal. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, v.

31, n. 4, 2015.

SEKINE, M. et al. A dose-response relationship between short sleeping hours and childhood obesity: results of the Toyama Birth. Child: care, health and development, v. 28, n 2, p. 163-70, 2002.

SIVERTSEN, B. et al. Sleep and body mass index in adolescence: results from a large population--based study of Norwegian adolescents aged 16 to 19 years. BMC Pediatrics, v. 14, n. 204, p.

1-11, 2014.

SOCIEDADE BRASILEIRA DO SONO. I Consenso Brasileiro de Insônia. Hypnos – Revista da Sociedade Brasileira de Sono, São Paulo, v. 17, n.9, p. 3-45, 2003.

SPIEGEL, K. et al. Brief communication: Sleep curtailment in healthy young men is associated with decreased leptin levels, elevated ghrelin levels, and increased hunger and appetite. Annals of Internal Medicine, v.141, p.846-50, 2004.

TAHERI, Saeid. The link between short sleep duration and obesity: we should recommend more sleep to prevent obesity. Archives of Disease in Childhood, v. 91, n. 11, p. 881-4, 2006.

TSCHOP, M.; SMILEY, D. L.; HEIMAN, M. L. Ghrelin induces adiposity in rodents. Nature, v. 407, p.908-13, 2000.

VAN DER LELY, A. J.; TSCHOP, M.; HEIMAN, M. L.; GHIGO, E. Biological, physiological, pathophy-siological, and pharmacological aspects of ghrelin. Endocrine Reviews, v. 25, n. 3, p.426-57, 2004.

VIOQUE, J.; TORRES, A.; QUILES, J. Time spent watching television, sleep duration and obesity in adults living in Valencia, Spain. International Journal of Obesity and Related Metabolic Disorders, v. 24, n. 12, p.1683-8, 2000.

WALKER, M. P.; STICKGOLD, R. Sleep, memory and plasticity. Annual Review of Psychology, v. 57, p.139-166, 2005.

WONG, W. W. et al. Sleep duration of underserved minority children in a cross-sectional study.

BMC Public Health, v. 13, n. 648, p. 1-7, 2013.

III

CÂNCER,

INTERDISCIPLINARIDADE,