• Nenhum resultado encontrado

INTERDISCIPLINARIDADE, ESTILO DE VIDA E DOENÇA

15 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A implementação de programas de rastreamento permitirão a prevenção e o diag-nóstico precoce com considerável redução de custos, mas os cuidados com estilo de vida e adoção de comportamentos saudáveis, com utilização de alimentos protetivos, redução de alimentos de risco, além do combate ao tabagismo e ao etilismo terão reflexos fundamentais e mais perenes no controle do CCR. Não podemos esquecer que a prática rotineira de atividades físicas, controle da diabetes mellitus e da obesidade são pontos chaves, não só da redução do CCR, como de outras patologias, devendo ser estimuladas pelas equipes interdisciplinares de promoção e de atenção primária em saúde.

REFERÊNCIAS

ANDERSON, A. S. et al. The impact of a bodyweight and physical activity intervention (BeWEL) initiated through a national colorectal cancer screening programme: randomised controlled trial. British Medical Journal, v. 348, p. 1823, 2014.

ASHKTORAB, H. et al. Role of life events in the presence of colon polyps among African Ame-ricans. BioMed Central Gastroenterology, v. 13, n. 1, p. 101, 2013.

BINEFA, G. et al. Colorectal cancer: from prevention to personalized medicine. World journal of gastroenterology, v. 20, n. 22, p. 6786, 2014.

BRENNER, H.; KLOOR, M.; POX, C.P. Colorectal cancer. Lancet, v. 383. p. 1490-502, 2014.

CAI, S. R. et al. Gender disparities in dietary status and its risk factors in underserved popula-tions. Public Health, v. 126, n. 4, p. 324-331, 2012.

CAMPOS, F.G.C.M.; REGADAS, F. S. P.; PINHO, M. Tratado de coloproctologia. São Paulo: Atheneu, 2012.

FUNG, T. et al. A dietary pattern that is associated with C-peptide and risk of colorectal cancer in women. Cancer Causes & Control, v. 23, n. 6, p. 959-965, 2012.

GIBSON, T. M. et al. Body mass index and risk of second obesity-associated cancers after colorectal cancer: a pooled analysis of prospective cohort studies. Journal of Clinical Oncology, v. 32, n.

35, p. 4004-4011, 2014.

INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER – INCA. Estimativa 2014 para o câncer no Brasil. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/estimativa/2014/> Acesso em: 5 Maio 2015.

JOSHU, C. E. et al. Opportunities for the primary prevention of colorectal cancer in the United States. Cancer Prevention Research, v. 5, n. 1, p. 138-145, 2012.

NEVES, F. J.; KOIFMAN, R. J.; MATTOS, I. E. Mortalidade por câncer de cólon e reto e consumo alimentar em capitais brasileiras selecionadas. Revista Brasileira Epidemiologia, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 112-120, 2006.

NICOLUSSI, A. C.; SAWADA, N. O. Fatores que influenciam a qualidade de vida de pacientes com câncer de cólon e reto. Acta Paulista Enfermagem, São Paulo, v. 23, n. 1, p. 125-30, 2010.

ORTIZ, A. P. et al. Insulin resistance, central obesity, and risk of colorectal adenomas. Cancer, v.

118, n. 7, p. 1774-1781, 2012.

REEDY, J. et al. Comparing 3 dietary pattern methods—Cluster analysis, factor analysis, and index analysis—With colorectal cancer risk the NIH–AARP diet and health study. American Journal of Epidemiology, v. 171, n. 4, p. 479-487, 2010.

SANCHEZ, N. F. et al. Physical activity reduces risk for colon polyps in a multiethnic colorectal cancer screening population. BioMed Central Research Notes, v. 5, n. 1, p. 312, 2012.

SANDLER, Robert. Dietary and lifestyle measures to lower colorectal cancer risk. Clinical Gas-troenterology and Hepatology, v. 8, n. 4, p. 329-332, 2010.

SANTOS JR, Julio Cesar. Câncer ano-reto-cólico: aspectos atuais IV-câncer de colón-fatores clínicos, epidemiológicos e preventivos. Revista Brasileira de Coloproctologia, Rio de Janeiro, v.

28, n. 3, p. 378-85, 2007.

SENE, R.F.; PORTO, M.M. Qualidade de vida: conceitos e perspectivas. Lecturas, Educacion Fisica y Deportes, Buenos Aires, v. 14, n. 142, 2010.

SHRUBSOLE, M. J. et al. Alcohol drinking, cigarette smoking, and risk of colorectal adenomatous and hyperplastic polyps. American Journal of Epidemiology, v. 167, n. 9, p. 1050-1058, 2008.

SILVA, E. J.; PELOSI, A.; ALMEIDA, E.C. Índice de massa corpórea, obesidade abdominal e risco de neoplasia de cólon: estudo prospectivo. Revista Brasileira Coloproctologia, Rio de Janeiro, v.

30, n. 2, p. 199-202, 2010.

TARR, G.P. et al. Do high risk patients alter their lifestyle to reduce risk of colorectal cancer? BioMed Central Gastroenterology, v. 14, n. 1, p. 22, 2014.

THUNE, I.; LUND, E. Physical activity and risk of colorectal cancer in men and women. British

Journal of Cancer, v. 73, n. 9, p. 1134, 1996.

TRABULO, D. et al. Metabolic syndrome and colorectal neoplasms: An ominous association. World journal of gastroenterology, v. 21, n. 17, p. 5320, 2015.

WOLIN, K. Y. et al. Physical activity and colon cancer prevention: a meta-analysis. British journal of cancer, v. 100, n. 4, p. 611-616, 2009.

Lia Gonçalves Possuelo 3

1 INTRODUÇÃO

Doenças pulmonares são, atualmente, a terceira maior causa de morte no mundo e são caracterizadas por comprometer o trato respiratório de forma agressiva e debilitante. Podem apresentar inúmeras causas, dentre elas a mais significante é o tabagismo, seguido da poluição ambiental, exposição ocupacional e fatores genéticos, além da debilidade do sistema imunoló-gico (INCA, 2014; OMS, 2015).

O câncer de pulmão é uma patologia grave, caracterizada pelo comprometimento dos tecidos do pulmão, podendo ser de pequenas (15%) e não pequenas células (85%). Esta patologia pertence ao grupo de doenças respiratórias e tem 90% dos casos relacionados ao tabagismo, sendo que os outros 10% dividem-se em fatores ocupacionais, ambientais e ge-néticos. No mundo, atualmente cerca de 1,8 milhões de pessoas ao ano morrem por câncer de pulmão, sendo a maioria homens com idades entre 20 e 40 anos (ALGRANTI; BUCHINELLI;

CAPITANI, 2010; KUMAR; ABBAS; ASTER, 2015).

Países industrialmente desenvolvidos têm deixado para trás um legado de inúmeros casos de câncer de pulmão ocupacional, além de outros problemas relacionados à saúde física e mental. O processo de industrialização expôs o trabalhador a fatores nano ocupacionais tais como o tabagismo e doenças infecciosas que, em países menos desenvolvidos, são mais acentuadas e representam maior índice de mortalidade por neoplasias pulmonares. Ao longo das últimas décadas, tem havido um declínio nos cânceres atribuíveis a agentes ambientais e ocupacionais relacionados ao amianto, arsênico e poluição do ar em países de alta renda. Para países de média e baixa renda, a exposição tem aumentado à medida que estes se desenvol-vem e se expandem economicamente (HASHIM, 2014).

Neste sentido, objetiva-se revisar as relações entre o estilo de vida e o desenvolvimento do câncer de pulmão, a fim de elucidar os fatores causais que podem interferir no desenvolvi-mento da patologia, contribuindo assim, para a prevenção da exposição desses pacientes aos agentes causadores.