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ações para melhorar o tratamento e a reutilização de água reduziram

a geração de efluentes em 9%

Nossas práticas de gestão de efluentes envolvem ações para melhorar o tratamento e reduzir a geração nas nossas opera- ções – o que também é impactado pelas metas de consumo de água. Temos como compromisso fazer o descarte preservando a qualidade do corpo d’água utilizado, em consonância com nor- mas nacionais de meio ambiente.

Considerando todas as operações da Unilever no Brasil, a ge- ração de efluentes é uma questão mais importante para a cate- goria de alimentos. Por isso, Goiânia, Pouso Alegre, Jaboatão dos Guararapes e Valinhos estão entre as plantas que mais in- fluenciam esse indicador.

Além de monitorarmos a quantidade de efluentes descartada em todas as nossas operações, também acompanhamos os mé- todos e a qualidade de tratamento de cada unidade, e estende- mos esse controle para as empresas que também contratamos para tratar nossos efluentes.

Em 2012, reduzimos em 9% a geração de efluentes, resultado decorrente, principalmente, de melhorias adotadas nas fábricas de Goiânia e Valinhos. Na primeira, modificamos o processo de drenagem e tornamos possível retirar substâncias que antes se diluíam no corpo líquido, encaminhando-as para o coprocessa- mento. Em Valinhos, o resultado foi influenciado pela implemen- tação do reúso de água em processos da Estação de Tratamento de Efluentes, na produção de sabonetes e na retrolavagem de filtros e homogeneizadores de sorvetes. A instalação de um tan- que de equalização melhorou a estabilidade dos processos bio- lógicos e também contribuiu para os resultados positivos.

Outras operações que tiveram reduções significativas em re- lação à geração de efluentes foram Garanhuns, onde adotamos diversas ações para reduzir o consumo (leia mais em Água), e Ipojuca, que diminuiu a produção, padronizou o processo de la- vagem e aprimorou o monitoramento diário da geração.

As únicas operações que aumentaram significativamente o volume de efluentes foram Indaiatuba e Igarassu. Na primeira, ti- vemos problemas de infiltração de água de chuva nas redes cole- toras, que se misturava com o efluente a ser tratado. Em Igaras- su, instalamos uma ETE e passamos a controlar os efluentes que antes eram enviados para uma fossa séptica e infiltrados no solo.

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métodos de tratamento

  2010 2011 2012

  dEscARTAdA* (M³)QuAnTIdAdE ETEs ExTERnAs dEscARTEs EM (M³/Ano) QuAnTIdAdE dEscARTAdA (M³) dEscARTEs EM ETEs ExTERnAs (M³/Ano) QuAnTIdAdE dEscARTAdA (M³) dEscARTEs EM ETEs ExTERnAs M³/Ano Garanhuns (1) 7.245 - 7.381 70 5.107,70 49

1 - tratamento interno: tratamento anaeróbio em fossas sépticas e posterior lançamento no solo através de um sistema de valas de infiltração. 2 - tratamento externo: lodo tratado por ete externa e posteriormente compostado.

Goiânia 1.399.443 - 552.057 - 447.358,83 - ete: tratamento primário e secundário com lagoas biológicas. igarassu (2) - 956 - 1.472 8.540,00 558,68 lodo ativado.

indaiatuba 21.070 - 23.019 - 30.664,00 - tratamento físico-químico e biológico. Pouso alegre 378.979 586 401.686 315,85 395.646,53 - tratamento químico e biológico.

Jaboatão dos

Guararapes 242.500 - 280.199 - 293.767,00 6.615 tratamento físico-químico, seguido de lodos ativados por aeração prolongada. ipojuca 17.307 - 15.642 - 8.565,10 - tratamento primário, físico-químico e biológico.

Valinhos 283.502 21.605 210.434 19.837 147.719,00 16044 tratamento físico-químico e biológico. Vinhedo (3) 41.000 - 33.153 608 34.312,00 210 tratamento industrial: tratamento físico-químico e tratamento biológico. total 2.391.046 23.147 1.523.571 22.303 1.371.680 23.477  

(1) o volume de efluente externo de 2011 foi revisado, pois o lodo tratado em ete estava sendo gerido como resíduo e não efluente. (2) o volume de igarassu foi mensurado através da média de m3/dia de efluente tratados na ete. o hidrômetro será instalado em 2013.

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Para assegurar a qualidade do efluente tratado, monitora- mos alguns padrões de qualidade, como a demanda química de oxigênio (DQO). Considerando todas as operações no Brasil, re- gistramos uma redução de cerca de 60% da DQO, influenciada, sobretudo, por Jaboatão e Valinhos.

Alguns fatores que contribuíram para esse desempenho em Jaboatão foram o treinamento do time responsável pelo trata- mento, o cumprimento do plano de manutenção dos equipamen- tos da ETE, a modernização nos sopradores de ar e os trabalhos de conscientização dos funcionários da manufatura. Em Vali- nhos, também realizamos treinamento com a equipe que opera a estação de tratamento e implementamos um tanque de equa- lização que melhorou a estabilidade do processo biológico, além de estabelecermos controles operacionais como testes de ban- cadas e automação da ETE.

Outras operações que tiveram redução significativa na DQO foram Igarassu, Goiânia e Pouso Alegre. Nesta última, a queda é decorrente da alteração de destinação do efluente, que antes ia para a ETE, e agora é transformado em ração animal – uma destinação de resíduos. Em Goiânia, o resultado é reflexo da re- dução no volume de efluentes.

Os dois aumentos importantes nesse indicador ocorreram nas fábricas de Indaiatuba e Vinhedo. Na primeira, houve aumento no volume de efluente; na segunda, executamos obras de expansão da ETE, concluídas na metade do ano, o que também permitiu maior eficiência no tratamento dos efluentes industriais.

dQo (kG/T pRod) 2011 2012 Garanhuns 0,46 0,526 Goiânia 0,31 0,286 igarassu 0,01 0,002 indaiatuba 0,00 0,003 Pouso alegre 0,21 0,098 Jaboatão 6,54 2,137 ipojuca 0,02 0,023 Valinhos 0,48 0,181 Vinhedo 0,01 0,008 total 0,34 0,13

corpos hídricos

De acordo com os critérios da GRI, todas as nossas opera- ções, com exceção de Garanhuns e Igarassu, impactam signifi- cativamente os corpos d’água porque lançam seus descartes em rios. Esse descarte não representa 5% da vazão do corpo d’água – com exceção de Ipojuca, que utiliza um riacho que não é perene – e segue o que é determinado em outorga pelo órgão ambiental. Os efluentes gerados pelas atividades da Unilever também obedecem parâmetros superiores aos previstos pela resolução Conama 430/2011, que regula esse aspecto. De acordo com a classificação do órgão ambiental, apenas o Córrego Ribeirão Pi- nheiro e o Rio Capivari, onde Valinhos e Vinhedo fazem seus des- cartes, são considerados sensíveis. O primeiro é um rio que tem como função a proteção de comunidades aquáticas e o consumo humano após tratamento; o segundo tem a função de abasteci- mento humano após tratamento. Já os demais corpos hídricos utilizados em nossos descartes podem ter funções apenas de navegação e paisagística, sendo considerados menos sensíveis.

Com base nessas informações e nas opiniões de especialis- tas, é possível afirmar que apenas os corpos d’água onde Vali- nhos e Vinhedo despejam seus efluentes têm alto e médio valor de biodiversidade, respectivamente.

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descarte de efluentes em corpos d’áGua coRpos d’áGuA AfETAdos dEscARTEs dE 5% ou MAIs do voluME MédIo AnuAl do coRpo d’áGuA coRpos d’áGuA consIdERAdos sEnsívEIs IdEnTIfIcAção do coRpo d’áGuA REcEpToR voluME MédIo do coRpo REcEpToR (M³/H) voluME dEscARTAdo (M³) vAloR dA bIodIvERsIdAdE

Goiânia 0,01% não – Classe 4 rio Meia Ponte 565.200 56

baixo valor pela

classificação e pesquisas realizadas com a ana e uFG

indaiatuba 0,07% não – Classe 4 rio Jundiaí 3.340,80 2,225 baixo valor pela classificação

Pouso alegre 0,37% não – Classe 4 Córrego Patinho, afluente do rio sapucaí-

mirim 12.672,00 47

baixo valor pela

classificação e pesquisas realizadas com a ana Jaboatão dos Guararapes nd não – Classe 4 rio tejipió nd 35 baixo valor pela classificação

ipojuca sim recurso hídrico sensível com vazão insuficiente e

sem classificação. riacho tabatinga nd 1,625 baixo valor Valinhos 0,04% sim – Classe 2 Córrego ribeirão Pinheiro 43.560 17 alto valor pela classificação

Vinhedo 0,08% sim – Classe 3 rio Capivari 5.279,40 4

Médio Valor, porque as condições de oxigênio são relativamente maiores que as de classe 4 obs.: Garanhuns e igarassu não lançam efluente em corpo hídrico.

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