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A Avaliação Proposta pelo Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE

O Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE provocou uma série de reflexões e manifestações quanto à sua concepção, originalidade e validade, sobretudo no tocante aos resultados que serão efetivamente alcançados e os reais benefícios para os brasileiros.

Recentemente, entidades representativas de alguns setores da sociedade – como sindicatos e associações acadêmicas e de docentes – manifestaram publicamente suas reflexões e posições críticas ao PDE, com o intuito de apresentar contribuições para o plano que, como tudo indica, definirá os próximos passos e rumos da educação pública no Brasil.

É nesse contexto, onde se inserem as razões, os princípios e as propostas do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, com as reflexões e apontamentos de críticos dos mais variados segmentos da sociedade, que se desenvolve uma análise do referido plano oficial com as práticas avaliativas. Considera-se, nesse sentido, uma análise estrutural da educação

brasileira, com base na Constituição Federal de 1988, no Plano Nacional de Educação - PNE1 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB2, além de outros instrumentos, como portarias e projetos oriundos do Ministério da Educação – MEC.

De acordo com a Lei n. 10.172, de 09/01/2001, o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE sustenta-se em seis pilares: visão sistêmica da educação, territorialidade, desenvolvimento, regime de colaboração, responsabilização e mobilização social. Esses elementos são considerados resultantes dos desdobramentos de princípios e objetivos constitucionais que, por sua vez, regem o plano proposto.

De acordo com o documento intitulado “O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas”, para Fernando Haddad, ministro da Educação no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que articulou a construção e o lançamento do PDE, o plano encontra-se amparado em uma concepção de educação que reconhece uma face do processo dialético, estabelecendo-se entre a individualização e a socialização da pessoa. Num esforço social amplo, a educação deve ter lugar garantido não só na escola, mas também na família, na comunidade e em todo lugar que possibilite a integração e a interação social, além da autonomia do indivíduo.

Certo é que os princípios do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE devem se harmonizar com os fundamentos da própria República, fixados na Constituição Federal de 1988. A carta magna brasileira, em seu artigo 3º, propõe

[...] construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização; reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem estar de todos, sem preconceitos de origem, de raça, de sexo, de cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (BRASIL, 1999).

Aqui, deve-se consentir que a construção de uma sociedade “livre, justa e solidária”, com a educação pautada na autonomia, só será possível na condição de elevação da política nacional de educação ao nível do eixo estruturante da ação do Estado para a potencialização de seus efeitos e a garantia do desenvolvimento nacional.

Uma característica marcante do PDE está na concepção substantiva de educação que perpassa todos os níveis e modalidades educacionais. O modelo predominante até

1 Lei n. 10.172, de 09/01/2001. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L101.

Acesso em 09/04/2008.

2 Lei n. 9.394, de 20/12/96. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf.

recentemente era de uma visão fragmentada da educação, em que níveis, etapas e modalidades eram tidos como independentes, com objetivos desarticulados.

O PDE, com uma proposta de visão integrada da educação, considerou, por exemplo, os danos causados pela falta de recursos à Rede Federal de Educação Superior, que – consequentemente – ocasionou a má qualidade na formação docente ou a falta de professores com licenciatura para o exercício do magistério, sobretudo no campo das ciências exatas, como matemática, física e biologia.

Num efeito extensivo, a educação básica também fora afetada. Uma atenção quase exclusiva ao ensino fundamental resultou em descaso com a educação infantil e com o ensino médio. Entretanto, faz-se necessário ressaltar que a educação infantil e o ensino médio são sustentáculos do ensino fundamental. A desestruturação dos dois primeiros afeta o terceiro.

De acordo com Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – INEP, a aprendizagem dos educandos do ensino fundamental depende do acesso à educação infantil. Para esse mesmo órgão, as chances de uma criança concluir o ensino médio aumentam em 32%, se ela tiver acesso à educação infantil.

No tocante à educação profissional, o PDE propôs o restabelecimento de uma articulação com o ensino médio. Até recentemente, a expansão da educação profissional esteve prejudicada por instrumentos legais, como a Lei n. 8.948, de 08/12/1994 (redação dada pela Lei n. 9.649, de 27/05/1998). De acordo com esse instrumento jurídico, novas unidades de educação profissional só poderiam ser criadas em parceria com Estados, Distrito Federal e Municípios.

Num contexto similar, encontrava-se a dissociação entre a alfabetização e a Educação de Jovens e Adultos – EJA. A caracterização da responsabilidade do poder público apenas em nível de programas, a falta de sua continuidade e a exclusão no rol das possibilidades de aportes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF representaram o repúdio do poder público em relação à dívida social com aqueles que não exerceram em tempo adequado seu direito de aprender.

No documento intitulado PDE3, publicado pelo Ministério da Educação – MEC apresenta-se uma preocupação com articulação entre as políticas especialmente orientadas para cada nível, etapa ou modalidade de ensino, com o compartilhamento de competências

3 O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas. Disponível em

políticas, técnicas e financeiras para a execução e a manutenção dos programas de educação, sem ferir a autonomia dos entes federados.

Inicialmente, ao analisar as características e ações que compõe o PDE, percebe-se que o plano abarca outros programas e ações que já existiam no âmbito do MEC, criados em governos anteriores. A diferença percebida está na nomenclatura e nas iniciativas compartilhadas com outros ministérios. Nesse compartilhamento interministerial de tarefas pode-se prever uma dificuldade de operacionalização.

O Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE pode ser considerado como uma tentativa do poder público em dar resposta às exigências e demandas da sociedade, no que tange aos problemas agravantes da educação pública brasileira. A tentativa parece ser válida. Na opinião de críticos, como o professor Demerval Saviani (2007) 4, há um foco na qualidade, com ações desencadeadas a partir de indicadores de avaliação, como é o caso do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB.

De forma geral, a análise das razões, dos princípios e da proposta do PDE, além de outros instrumentos como a LDB e o PNE, possibilitou debates e a geração de críticas favoráveis e contrárias, além de apontamentos e reflexões que deveriam permitir a revisão do plano.

Pode-se destacar que o PDE, ao tratar da formação de docentes, recorre à Universidade Aberta do Brasil – UAB5. Com a oferta de cursos caracteristicamente à distância, o governo propõe a formação inicial e continuada dos professores da rede pública. Nesse contexto, busca ainda o estabelecimento de uma relação permanente entre educação superior e educação básica, com ofertas de cursos de licenciatura e de especialização, especialmente onde não haja cursos presenciais. Outra proposta do PDE, na tentativa de suprir a ausência de professores nas escolas, foi a criação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID, com a distribuição de bolsas de estágio para os licenciandos atuarem nas escolas públicas.

Com ressalvas, podem-se destacar críticas, como a do professor Demerval Saviani (2007), quando ele aponta que a proposta desse tipo de curso de formação poderá representar um mecanismo de certificação, antes mesmo que se cumpra a tão desejada qualificação para o trabalho docente. Segundo posição da professora Maria Malta Campos6, da Pontifícia

4 Uma análise crítica do PDE. Disponível em http://www.alb.com.br/revistas/revista_06/entrev_06.asp. Acessado

em 09/06/2008.

5

Decreto n. 5.800, de 08/06/2006. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004- 2006/2006/Decreto/D5800.htm. Acessado em 09/06/2008.

Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, ao formular as políticas para a formação de professores, o PDE deveria ter como referência os resultados de ações já existentes, para subsidiar as novas propostas. Ainda para a referida docente, que também é presidente da Ação Educativa, o PDE apresenta objetivos inovadores ao lançar a união como responsável pelo ensino fundamental. Nota-se, entretanto, que desse mesmo mérito deriva uma fragilidade no plano proposto: ainda há uma dependência política da União, em relação aos Estados, Distrito Federal e Municípios, para adesão às estratégias definidas.

Uma posição recorrente entre vários profissionais da educação é a de que não houve uma consulta ampla à sociedade no processo de elaboração do plano. As metas, em princípio, parecem ser resultantes de uma articulação com empresários, a partir do Movimento Todos pela Educação.

Para Juçara Dutra Vieira (2007)7, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, o governo não considerou a posição dos professores da rede pública ao formular as propostas do PDE. A presidente do CNTE afirma, ainda, que, recentemente, foram realizadas 22 conferências promovidas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nessas conferências foram abordadas temáticas relativas ao meio ambiente, às cidades, à tecnologia, à saúde e a outros assuntos. No entanto, a educação e o PDE não compuseram a pauta de debates.

Para o Professor Abraham Zakon8, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, a não abertura de espaço para uma discussão ampla sobre o PDE representa mais do que um desrespeito com professores e trabalhadores da educação. Significa um conservadorismo, um temor sobre a mutação do que as cátedras representavam, em sua originalidade, e aquilo que os departamentos representam hoje.

Uma questão presente nas reflexões e que merece atenção especial é a forma de aplicação das dotações orçamentárias. O PDE estará fadado ao fracasso se não houver uma distribuição racional de recursos nos municípios. Deve-se garantir a real complementação de fundos estaduais, uma vez que os valores destinados atualmente são mínimos, estando abaixo da dotação orçamentária ideal para as necessidades de gasto aluno/ano, evitando uma redistribuição de verbas já existentes, como ocorria com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF.

7 CNTE Critica falta de diálogo para formar plano para a educação. Disponível em

http://www.cut.org.br/site/start.php?infoid=11002&sid=22. Acessado em 09/06/2008.

8

Observatório da Universidade: uma visão crítica. Disponível em http://www.observatoriodauniversidade.blogspot.com/2007/06/pde-o-professor-luiz-felipeif-ufrj.html. Acessado em 09/06/2008.

Ainda no tocante à destinação de recursos e previsão orçamentária, mais especificamente para o ensino superior, questionam-se os motivos que levam o governo brasileiro a destinar apenas 3,5% do Produto Interno Bruto – PIB, quando o Plano Nacional de Educação – PNE prevê até 10% do produto referenciado. Nesse sentido, conforme posição expressa pelo Grupo de Trabalho Políticas Educacionais e pela Assessoria de Comunicação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES9, não será possível chegar a uma solução real, que garanta a ampliação da oferta de vagas com a qualidade no ensino superior público.

Mas, para alguns críticos, ao tratar dos métodos e sistemas de avaliação, em todos os níveis, o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE trouxe avanços significativos. Até 2005, o Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB era um exame aplicado a cada dois anos, que trabalhava apenas com amostragem. Para Maria Malta Campos (2008) e para Demerval Saviani (1998), um ponto positivo pode ser percebido na utilização de dados do IDEB, que trará o composto de uma medida entre o resultado da avaliação de alunos, fornecido pela Prova Brasil, e por um índice de inclusão que considera repetências e evasões. Essa fórmula enfrenta uma das principais críticas ao SAEB, que não levava em conta os dados de exclusão dentro e fora da escola.

Com a reformulação do SAEB, a avaliação da educação básica pública passou a ser universal, por meio da Prova Brasil. No entanto, deve-se registrar que o sucesso dessa fórmula requer que os governos, em todas as esferas, integrem os estabelecimentos do ensino fundamental ao sistema nacional de avaliação do rendimento escolar.

A relação dos resultados da Prova Brasil (desempenho) com o Censo Escolar (rendimento) originou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB. Esse índice permitirá o acompanhamento de resultados por aluno, e não mais por escola. Com esse tipo de avaliação têm-se menos erros e fraudes nos dados apurados, possibilitando a aplicação mais justa e precisa de recursos públicos.

Ainda no tocante à avaliação, outro ponto positivo detectado está na forma de apresentação dos dados do IDEB, cujas notas compreendem uma escala de 0 (zero) a 10 (dez). Essa sistemática torna as informações mais acessíveis e compreensíveis. Também, o Censo Escolar passou a ser um banco de dados on-line, ampliando consideravelmente a base de dados coletados através do Educacenso.

9 “PDE – O plano de desestruturação da educação superior”. Disponível em http://andes.org.br. Acessado em

A nova versão do IDEB, com a Prova Brasil e o Educacenso, permite superar algumas dificuldades do PNE, como – por exemplo - uma maior precisão na interpretação dos dados e informações relacionadas à qualidade da educação. Com um sistema de avaliação que informa dados mais precisos, será possível fixar metas mais realistas, como a que pretende elevar o índice do IDEB dos atuais 3,810 para 6,011. Ainda, a precisão dos dados no sistema de avaliação possibilitará a definição de estratégias e a formulação de outras políticas para o atendimento de regiões mais desfavorecidas, através de um regime de colaboração.

Uma fragilidade detectada em um dos componentes do IDEB está na Provinha Brasil, uma vez que se propõe a avaliar alunos bastante jovens, em processo de alfabetização, sem considerar o contexto em que são alfabetizados. Internacionalmente, há uma recomendação para que a avaliação desse público considere as condições em que se dá o atendimento (tamanho das turmas, preparo do professor, materiais didáticos e outros).

Quanto às propostas do PDE para a educação superior, destacam-se, nos documentos oficiais, algumas mudanças no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior – FIES12. As alterações referem-se, essencialmente, às bolsas de estudos do Programa Universidade para Todos – PROUNI13.

Até 2004, a concessão de bolsas nas instituições privadas atendia regras próprias. Percebia-se que as bolsas integrais eram raramente concedidas. Também, quase nunca ocorriam concessões de benefícios nos cursos de alta demanda. Como resultado, não se percebia uma relação democrática, que possibilitasse o acesso de jovens ao ensino superior e a ampliação de vagas na Rede Federal de Educação Superior.

De acordo com a proposta do PDE, o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM passou a ser mais um instrumento de avaliação e de suporte para a concessão de benefícios, ampliando o acesso ao ensino superior. As bolsas do PROUNI passaram a ser concedidas de acordo com a proporção de alunos pagantes por curso, tornando o processo mais transparente e justo.

Outro fato relevante é que o desempenho dos bolsistas do PROUNI, no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE, um dos componentes do Sistema

10 O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas (conforme dados do ano de 2005).

Disponível em http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/livromiolov4.pdf. Acessado em 10/05/2008.

11

O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas (conforme previsão para o ano de 2021). Disponível em http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/livromiolov4.pdf. Acessado em 10/05/2008.

12 Mudanças propostas conforme Projeto de Lei n. 920/2007. Disponível em

http://portal.mec.gov.br/sesu/index.php?option=content&task=view&id=376&Itemid=303. Acessado em 10/05/2008.

13 Instituído pela Lei n. 11.096, de 13/01/2005. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-

Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES, mostra-se significativamente superior ao desempenho dos alunos pagantes, o que significa que as medidas corretivas - em relação ao acesso - têm gerado efeitos positivos. Também, no mesmo Projeto de Lei n. 920/2007, o PDE propõe uma maior articulação com o FIES, buscando uma adequação para a ampliação do prazo de amortização do financiamento, a ampliação do percentual de financiamento e a redução dos juros.

Para alguns críticos, quanto à autonomia universitária, o PDE significa uma ameaça. Conforme documento que resultou da análise do Grupo de Trabalho Políticas Educacionais e da Assessoria de Comunicação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES/SN, denominado “PDE – O Plano de Desestruturação da Educação Superior” 14, a proposta do MEC significa um ataque aos preceitos constitucionais e ferem a autonomia universitária, pois os dirigentes universitários, ao assumirem os compromissos, de acordo com as metas propostas, inserem-se num processo de submissão para o atendimento de interesses políticos. Ressalta-se ainda que, na maioria das vezes, essa submissão ocorre com o aceite dos conselhos universitários. Isso indica a necessidade de um debate amplo, com mais tempo para reflexão.

A ANDES afirma ainda que, por causa do PDE, as Instituições de Ensino Superior – IES se submeterão ao controle tecnocrático, atendendo à lógica de metas essencialmente quantitativas, caracterizando o funcionamento de empresas multinacionais.

Assim, as discussões e reflexões sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, sobretudo quando realizadas num paralelo a projetos de gestões anteriores, possibilitou, de um lado, a constatação de aspectos positivos e relevantes e, de outro, a apresentação de falhas e erros.

A União, como já referenciado, adequou instrumentos de avaliação, tornando-os mais eficazes e úteis na implementação de políticas que permitam ações mais setorizadas e pontuais. A proposta apresentada permitiu, em parte, constatar a sobreposição de atenções relacionadas à quantidade, em detrimento à qualidade, devendo ser esta última a linha mestra que delimitará os horizontes e rumos da educação no Brasil.

Ainda, outros pontos apresentam dúvidas quanto à exequibilidade, provocando críticas e reações nos mais variados segmentos sociais. Pode-se citar aqui a exclusão de temas polêmicos e importantes da pauta de debates, durante a elaboração do PDE, como a

14 PDE – O Plano de Desestruturação da Educação Superior (Sindicato ANDES Nacional – Filiado à Conlutas).

superlotação das classes, a formação continuada de professores e a estendida jornada de trabalho dos docentes.

Como mencionado anteriormente, para a concepção de um plano que atenda aos reclames da sociedade brasileira, há necessidade da realização de um debate mais amplo, envolvendo atores dos mais variados segmentos sociais, inclusive os do campo educacional.