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A Evolução dos Modelos de Parques Científicos e Tecnológicos

2.2. Os Parques Científicos e Tecnológicos

2.2.3. A Evolução dos Modelos de Parques Científicos e Tecnológicos

Estudos recentes de modelos de parques científicos e tecnológicos apontam para uma terceira geração de modelos para os PCTs. O relatório produzido pelo

Manchester Science Park (MSP), coordenado por John Allen (2007), a partir de um

que um parque científico e tecnológico bem sucedido deve ter para ser considerado um PCT de terceira geração.

Assim, segundo Allen (2007), os Parques Científicos e Tecnológicos de Terceira Geração deverão ser capazes de desenvolver as seguintes características essenciais:

 Ser um agente global, com raízes em seu local de origem e ação estratégica global. Um parque tecnológico de sucesso não é um agente isolado na sociedade. Trata-se de um empreendimento organizado, conectado globalmente e envolvido com as políticas nacionais e regionais sem fronteiras geográficas para o mercado, e sem fronteiras para as empresas e negócios que dele fazem parte.

 O PCT é parte da comunidade, o parque se preocupa com as pessoas e com a comunidade que os cerca. A qualidade de vida do ambiente a que pertence é crítico. O parque encoraja as pessoas a desenvolverem as suas habilidades, a desenvolver novas tecnologias e a melhoria do ambiente de trabalho.

 Negócios promissores e oportunidades de investimento. A utilização de uma equipe de primeira linha na gestão do parque é considerada condição crucial para cobrir todos os aspectos fundamentais do empreendimento. O parque deve ter uma saúde financeira robusta e sustentável com investimentos significativos do setor privado.

 Elemento essencial das atividades da universidade. O parque tecnológico deve ser um componente essencial das atividades acadêmicas e científicas da universidade, atuando de forma a promover as oportunidades para o desenvolvimento de novas pesquisas, inovações e criação de novos projetos e empreendimentos que tem origem na própria universidade.

 Parte de uma rede multidisciplinar de cooperação. O parque deve necessariamente estar engajado em redes de cooperação em âmbito regional, nacional e internacional de forma a promover o sucesso das iniciativas ligadas a sua missão.

 Foco nas necessidades e anseios de seus clientes. A infra-estrutura física, de serviços e de governança do parque deve atender os seus clientes com

padrões de qualidade de excelência, promovendo assim um ambiente de confiança entre as empresas e organizações residentes no empreendimento. Cabe aqui chamar a atenção especial a dois itens de destaque no modelo de terceira geração de PCTs proposto por MSP - Allen: é fundamental que o parque utilize estratégias de gestão de alta qualidade, empregando executivos de primeira linha; e que o parque seja um negócio financeiramente sustentável, tendo proporção crescente de investimentos do setor privado, tornando-se alvo de atração de novas oportunidades para investimentos.

A Anprotec apresentou em 2008 o estudo “Parques Tecnológicos no Brasil - Estudo, Análise e Proposições” realizado em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI, onde foi proposta uma taxonomia para o tema parques científicos e tecnológicos. A taxonomia foi resultado de uma análise de mais de quinze diferentes variáveis que, potencialmente, poderiam ser utilizadas como eixos principais do sistema de classificação.

A taxonomia proposta pela Anprotec - ABDI (2008) foi estruturada a partir de dois eixos básicos:

i. Base de Ciência e Tecnologia (C&T) - que leva em conta os parâmetros, indicadores e características do parque tecnológico e da região onde se encontra, seu entorno no que diz respeito à base de conhecimento existente na região na forma de universidades, instituições de P&D, profissionais qualificados, projetos de pesquisa e de desenvolvimento, sistema educacional, investimentos públicos e privados em P&D, etc.;

ii. Base Empresarial - que leva em consideração os fatores relacionados à densidade de empresas inovadoras e à cultura de empreendedorismo e inovação existente na região, avaliada na forma de empresas de tecnologias estabelecidas, histórico e geração de start-ups, existência de organizações de

venture capital e seed capital, receitas geradas por empresas inovadoras,

Figura 6 - Taxonomia dos PCTs (Anprotec e ABDI, 2008)

Na taxonomia proposta pela Anprotec (Figura 6), o Nível de Relevância é que define a escala de graduação da importância dos PCTs através dos eixos: Relevância Nacional - Mundial, e Relevância Regional e Relevância Local. Assim, como apresentado, a taxonomia desenvolvida propõe quatro grandes categorias para a classificação dos PCTs:

i. Parque Tecnológico Consolidado - contempla empreendimentos que possuem “Base de C&T e Base Empresarial” de relevância nacional e internacional.

ii. Parque Científico-tecnológico - empreendimentos com destaque da base de C&T em relação à base empresarial;

iii. Parque Empresarial-tecnológico - empreendimentos com destaque da base empresarial em relação à base de C&T;

iv. Parque Tecnológico emergente - empreendimentos que apresentam base de C&T e empresarial de nível regional.

Em estudo similar publicado pela ABDI (2010), onde foram compilados dados de estudos anteriores, são definidas três gerações de parques tecnológicos no mundo.

As três “gerações” de parques são oriundas da época em que foram predominantes e dos elementos que os tornaram singulares.

Parques de 1ª Geração – Parques Pioneiros - Criados de forma espontânea ou natural, para promover o apoio à criação de empresas de base tecnológica e a interação com universidades fortes e dinâmicas. Neste tipo de parque é possível identificar claramente as condições favoráveis à inovação e ao desenvolvimento empresarial tais como: vocação regional, disponibilidade de recursos humanos e financeiros, infra-estrutura de qualidade, etc. De modo geral, tiveram apoio e/ou investimento estatal significativo e alcançaram alto grau de relevância estratégica para o país e/ou região. As iniciativas dos parques pioneiros, ou de 1ª geração, permitiram que nações/regiões pudessem assumir uma posição competitiva privilegiada no desenvolvimento tecnológico mundial. Um caso clássico de Parque Pioneiro é o Stanford Research Park da Universidade de Stanford, do qual se originou a região inovadora conhecida como Vale do Silício na Califórnia.

Parques de 2ª Geração – Parques Seguidores - Criados de forma planejada, formal e estruturada, para “seguir” os passos de uma “tendência de sucesso” estabelecida a partir dos Parques Pioneiros. Quase sempre, todos esses casos tiveram apoio e suporte sistemático estatal (nacional, regional ou local) e visavam, essencialmente, promover o processo de interação universidade-empresa e estimular um processo de “valorização” (financeira ou institucional) de áreas físicas ligadas aos campi de universidades criando espaços para implantação de empresas inovadoras no contexto de uma determinada região com pretensão de se tornar um pólo tecnológico e empresarial. Em geral, os resultados desta “geração” de parques tecnológicos são modestos, restringindo-se a impactos locais ou regionais. Este tipo de parque constituiu um verdadeiro “boom” que se espalhou por universidades e pólos tecnológicos de países desenvolvidos da América do Norte e Europa, ao longo das décadas de 70 a 90.

Parques de 3ª Geração – Parques Estruturantes - Este tipo de Parque acumulou as experiências dos parques de 1ª e 2ª geração e está fortemente associado ao processo de desenvolvimento econômico e tecnológico de países emergentes. Criados como fruto de uma política regional ou nacional, orientados para promover um processo de desenvolvimento sócio-econômico extremamente impactante, os

Parques Estruturantes contaram com apoio e investimento estatal forte e são extremamente orientados para o mercado globalizado. Em geral, estão integrados a outras políticas e estratégias de desenvolvimento urbano, regional e ambiental. Este tipo de parque é influenciado por fatores contemporâneos, tais como: facilidade de acesso ao conhecimento, formação de clusters de inovação, ganhos de escala motivados pela especialização, vantagens competitivas motivadas pela diversificação e necessidade de velocidade de desenvolvimento motivada pela globalização. Exemplos de Parques Estruturantes podem ser facilmente identificados em países como Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura, entre outros.

O relatório publicado pelo Conselho Nacional de Pesquisa da Academia Nacional de Ciências dos EUA (National Research Council of the National Academy of Sciences, 2009) apresenta uma série de painéis e discussões da conferência da AURP de 2008. Destacam-se no relatório: uma descrição da importância dos PCTs para a inovação e para a competitividade, além de uma descrição das melhores práticas utilizadas por estes empreendimentos ao redor do mundo. A conferência foi organizada pela AURP em conjunto com o Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA. O documento toma como base os testemunhos e apresentações de lideranças do governo, academia, especialistas no tema e pessoal de parques. O documento destaca ainda a importância da diversidade das características dos PCTs ao redor do mundo, incluído os parques liderados por universidades, por institutos governamentais de pesquisa e parques liderados por grandes conglomerados de empresas, inclusive multinacionais. Estão ali representados países como China, Cingapura, Índia, Reino Unido, França, México e Hungria. O relatório destaca também o fenômeno internacional de avanço de diversos países na criação de PCTs como uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento econômico regional e nacional destes países.

Nos Estados Unidos, os parques são concebidos e estruturados para: facilitar a cooperação com vistas a se obter retornos elevados nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, retornos expressivos nos investimentos de infra-estrutura de pesquisa; atender as necessidades especiais da indústria de alta tecnologia em infra-estrutura e para os serviços associados; alcançar uma massa crítica de pessoal e infra-estrutura física de pesquisa no país.

Ainda segundo o relatório do Conselho Nacional de Pesquisa da Academia de Ciências dos EUA (2009), nos Estados Unidos os PCTs possuem características bastante variadas e complexas. Sabe-se, entretanto, que existem algumas características comuns nos parques considerados de sucesso. São elas:

 Liderança: lideranças efetivas e gestão profissional no parque de forma a facilitar uma rede de relacionamento entre empresários, pesquisadores, inventores, investidores, e outros agentes pertencentes ao ecossistema de inovação do PCT;

 Financiamento: os parques de sucesso, quando públicos são modelados como um investimento público sustentável capaz de atrair a participação efetiva do setor privado, combinado com uma efetiva lista de políticas públicas destinadas a dar apoio às empresas de base tecnológica, capazes de converter idéias em inovação, e inovação em produtos para o mercado;  Instituições Ponte: o parque deve estar associado a instituições capazes de

fazer a ponte entre o presente e o futuro, preservando a visão e missão do parque no longo prazo, de forma a tornar o parque uma organização madura e de sucesso;

 Infra-estrutura de Recursos Humanos: o parque deve ser capaz de formar e atrair capital humano ao longo dos investimentos efetuados em educação, treinamento, em especial àqueles oriundos dos investimentos públicos em capacitação de pessoal, e o desenvolvimento de políticas públicas que estimulem a cultura do empreendedorismo e da inovação, e a presença de redes de cooperação profissional;

 Apoio de Agentes Campeões: o parque deve ser capaz de atrair e captar o apoio de pessoas e organizações consideradas campeões na sociedade, ou seja, o crescimento e desenvolvimento do parque devem ser suportados por políticas de relacionamento com pessoas chave e organizações respeitadas na sociedade capazes de efetivamente apoiar as iniciativas do parque.

 Métricas para se Avaliar o Sucesso: o parque deve adotar um sistema de métricas (sistema de medidas objetivas) para se avaliar o alcance de metas e objetivos pré-estabelecidos para o parque ao longo do tempo. Essas medidas de avaliação de desempenho do PCT devem ser claras e fundamentadas em um modelo de gestão profissional.

O relatório elaborado pelo Instituto Battelle (Battelle Memorial Institute) em conjunto com a AURP (2007) apresenta um diagnóstico dos parques nos Estados Unidos e Canadá, diagnóstico este baseado em pesquisa feitas junto aos diretores dos PCTs onde foram fornecidas informações relativas às características destes parques, impacto econômico gerado pelos empreendimentos, e tendências relacionadas ao desenvolvimento das pesquisas junto às universidades presentes nos parques. A pesquisa aponta para a importância dos PCTs para a manutenção da atividade empreendedora e competitividade das regiões onde os parques estão instalados, descrevendo dados onde existem mais de 300.000 trabalhadores atuando nestes parques, instalados em aproximadamente 26 milhões de metros quadrados de edificações e laboratórios, onde cada emprego direto nestes parques representa aproximadamente 2,57 empregos indiretos na economia destas regiões.

De acordo com o documento do Instituto Battelle-AURP (2007), os parques científicos e tecnológicos se tornaram um elemento chave da infra-estrutura que suportam e alavancam a economia da inovação, ou seja, a economia baseada no conhecimento científico e tecnológico. Os parques são capazes de prover uma moderna infra-estrutura onde abriga pesquisadores e empresas num ambiente próximo, onde se fomenta a colaboração entre os agentes, a colaboração entre pesquisadores e empresas, a inovação, promovendo o desenvolvimento, a transferência e a comercialização de tecnologia.

O relatório informa ainda que os PCTs se tornaram direcionadores chaves para o desenvolvimento regional, se importando menos com o recrutamento de pessoas e empresas, e mais com o apoio ao processo de incubação de novos negócios e ao empreendedorismo tecnológico de forma a montar uma base sólida para o futuro da região onde este está instalado.

Sobre o futuro dos parques, o relatório Battelle-AURP aponta para um modelo onde o uso misto dos espaços é fator determinante para os PCTs. O uso misto dos espaços envolve necessariamente os espaços de pesquisa, os espaços da academia, os espaços empresariais estrategicamente planejados e expansíveis, onde os usos acadêmicos e industriais possam conviver em harmonia, criando um ambiente inovador e favorável à cooperação entre a academia e o setor industrial. Neste contexto, são apontados ainda pelo relatório, a necessidade da expansão dos

espaços para abrigar o crescimento das pesquisas futuras, oriundas da evolução dos parques, planejamento da instalação de espaços do tipo multi-usuários para pesquisadores e empresas, espaços habitacionais de qualidade para pesquisadores, estudantes, postdocs, etc., além de alternativas flexíveis para universidades, institutos de pesquisa e outros stakeholders pertencentes a cadeia de inovação e ao desenvolvimento tecnológico.

O documento Battelle-AURP aponta para uma visão de futuro onde o parque científico e tecnológico será um importante componente da infra-estrutura de inovação, necessária para apoiar a chamada economia do conhecimento, tal qual foram as estradas, rodovias, pontes, e ferrovias foram para apoiar a economia industrial do passado.

Finalizando, o relatório menciona os desafios e oportunidades que serão cruciais para um modelo de parque tecnológico no Século 21: expansão das parcerias entre universidades e empresas; financiamento para suportar os processos de comercialização de propriedade intelectual; uma política para retenção e atração de talentos; espaços subvencionados por estratégias associadas às políticas públicas de desenvolvimento; colaboração entre empresas e outros parceiros tais como redes de cooperação em tecnologias, etc.; segurança física e patrimonial; oferta de financiamentos para diferentes finalidades amparados por políticas de desenvolvimento; revitalização de comunidades urbanas degradadas; desempenho e responsabilidade pelos resultados gerados tanto para o setor público como pelas organizações privadas; e provimento de serviços de alto valor agregado.

Koh, Koh e Tschang (2006) desenvolveram uma estrutura analítica (analytical

framework) para explicar os fatores relacionados à gestação, crescimento, evolução

e sustentabilidade dos parques científicos e tecnológicos. A pesquisa tomou como base uma análise dedutiva dos seguintes empreendimentos: a região do Vale do Silício na Califórnia, o Parque Científico de Cambridge e o Parque Tecnológico do Distrito de Hsinchu. O modelo desenvolvido pelos autores considera três aspectos fundamentais para o desenvolvimento e sustentabilidade dos parques: os mecanismos de crescimento, o nível de sofisticação de suas capacidades tecnológicas, e o grau de integração do parque na cadeia de valor no âmbito

nacional e internacional (Figura 7). A estrutura analítica foi aplicada para avaliar as estratégias adotadas pelo Parque Tecnológico de Cingapura.

Figura 7 - Framework analítico da evolução dos Parques Científicos e Tecnológicos (Koh, Koh e Tschang, 2006)

A qualificação dos atores envolvidos nos PCTs é também condição importante na viabilização dos parques. Segundo Steiner, Cassim e Robazzi (2006), os mais importantes atores que participam de um PCT são:

 O Parque Tecnológico - A entidade de C&T - entidade central e definidora do parque tecnológico, tendo como principal responsabilidade a implementação do projeto de C&T do parque visando atrair empresas de base tecnológica e geração de riqueza. É o agente de articulação com os governos, centros de pesquisa, instituições de ensino superior, incubadoras, empreendedores, empresas de base tecnológica, etc.

 Poder Público – são as Prefeituras, Governos dos Estados e da União, assim como agências governamentais de fomento a financiamento.

 Incorporador Master e Incorporadores em Geral – responsáveis pelo empreendimento imobiliário. Atuam na construção de espaços físicos e infra- estrutura urbana do parque. O incorporador master atua como líder de outros incorporadores.

 Universidades, Centros de Pesquisas, Incubadoras – representados pelas instituições de ensino superior, agentes de geração de conhecimento e de recursos humanos para o parque.

 Empresas e Mercado – são os principais clientes internos do parque. Fazem parte deste grupo as empresas de base tecnológica, as empresas âncoras e incubadas em geral.

Oh (2009) estudou o modelo de desenvolvimento do Parque Tecnológico Daedeok da República da Coréia do Sul. O estudo envolveu uma descrição da estrutura funcional do parque tecnológico nos diferentes estágios de desenvolvimento. Segundo o autor, a infra-estrutura de tecnologia do parque é o que determina as atividades relacionadas ao seu capital social. As atividades voltadas para a inovação são desenvolvidas por intermédio da infra-estrutura tecnológica que está presente no parque, que acabam por estabelecer um Sistema Regional de Inovação.

No primeiro estágio do modelo desenvolvido por Oh (2009), o autor menciona três grandes objetivos para o empreendimento: (i) construção de infra-estrutura para o desenvolvimento de atividade de base tecnológica, envolvendo definição dos espaços construídos, edificações, etc.; (ii) gestão e operação do parque tecnológico: gestão da infra-estrutra de P&D, infra-estrutura complementar, etc.; (iii) a construção de uma infra-estrutura institucional conveniente e de apoio para as operações do parque tecnológico (Figura 8).

Figura 8 - Framework do Parque Tecnológico Daedeok (Oh, 2009)

A Tabela 3 a seguir apresenta uma síntese da análise comparativa dos principais modelos de parques tecnológicos estudados na literatura. A tabela sintetiza a análise em cinco dimensões estabelecidas como clusters de significado: infra- estrutura do parque; ambiente de inovação; modelo de gestão; modelo de financiamento e viabilidade econômica e financeira do parque; e uma visão geral do empreendimento. Uma versão mais detalhada desta tabela é apresentada no Apêndice B ao final desta tese.

Tabela 3 - Comparação entre os principais Modelos de Parques Científicos e Tecnológicos da literatura Dimensões

Modelo

Infra-estrutura do Parque

Ambiente de Inovação Modelo de Gestão Financiamento e Viabilidade do Parque

Visão Geral do Parque

Bolton (1997) Parques Estáticos e Dinâmicos Infra-estrutura para negócios baseados em conhecimento (P&D&I) Presença de Políticas de Cooperação entre Stakeholders Não contemplado no

Modelo Não contemplado no Modelo Modelo Conceitual Básico baseado no Sistema de Inovação OCDE (1997) Modelo Conceitual Básico Infra-estrutura para EBTs - empresas de base tecnológica Presença de IES e agentes transferência tecnologia. Não contemplado no

Modelo Não contemplado no Modelo Modelo Conceitual Básico

Zouain (2003)

Parque em Ambiente Urbano

Uso de áreas urbanas degradadas para P&D&I

Similar ao Modelo de Bolton (2007) com adição P&D cooperativo

Não contemplado no Modelo Não contemplado no Modelo Modelo Conceitual Básico baseado no Sistema de Inovação Kang (2004) Modelo de Desenvolvimento Descreve a origem de

um parque tecnológico Centrado em redes de cooperação Aborda a figura dos Empreendedores do PCT em negócios e gestão

Não contempla uma modelagem das variáveis (framework) Desejável presença de Venture Capital e Capital Semente Allen (2007) Manchester Science Park Empreendimento organizado com infraestrutura moderna Conectado globalmente e envolvido com políticas nacionais

O parque deve adotar um modelo de atenção a comunidade

O modelo não estabelece uma arquitetura de componentes estruturais Redes de cooperação em âmbito regional, nacional e internacional Battelle-AURP (2007) Desafios e Oportunidades Promover um ambiente físico do tipo “life-work- play”

Ambiente de colaboração entre empresas

Gestão profissional do parque - modelo privado de gestão

Estabelece premissas e

não modelagem Programas para retenção e atração de talentos

National

Research Council - NAS (2009)

Modelo de ambiente voltado para a qualidade de vida Os parques devem estimular o fluxo do conhecimento Liderança - presença de lideranças na equipe de gestão do parque Estabelece premissas e