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A FÉ TAMBÉM É CONHECIMENTO E KEMOVE MONTANHAS

No documento Um Habitante de Dois Planetas (páginas 60-70)

Existe um ditado cuja origem se perde na obscuridade do tempo e que diz "Conhecimento é poder". Dentro de limites bem definidos, isto é uma verdade. Se por trás do conhecimento está a energia necessária para efetivar seus benefícios, então e só então esse ditado é uma verdade.

Para o exercício do controle da natureza e suas forças, o operador em potencial deve ter perfeita compreensão das leis naturais pertinentes. É o grau de consecução inserido nesse conhecimento que marca a maior ou menor capacidade desse operador, e aqueles que adquiriram a compreensão mais profunda da Lei (Lex Magnum) são mestres cujos poderes parecem maravilhosos a ponto de parecerem mágicos. As mentes não-iniciadas ficam absolutamente alarmadas por suas incompreensíveis manifestações. Em todos os pontos para onde eu olhasse quando me vi em minha morada citadina ao chegar de meu lar nas montanhas, via inexplicá- veis maravilhas, mas a dignidade natural evitou que eu parecesse um ignorante. Pouco a pouco eu iria me familiarizar com meu ambiente e com isso adquirir o conhecimento das coisas a que me referi quando mencionei pela primeira vez a troca da vida no interior pela cidade. Mas essas consecuções relativas a uma conforta-dora autoridade sobre a natureza exigiam um curso especial. Esse curso de estudo ainda não tinha sido determinado por mim an-les de minha entrada na cidade, pois parecia-me que seria uma atitude inteligente concentrar minhas energias em especializações, sem dispersar forças com generalidades. Com base nessa idéia, resolvi passar um período mais ou menos extenso sem solicitar ad- missão ao Xioquithlon, período esse que seria aplicado à observação. Eu tinha sido um ávido leitor de livros obtidos na biblioteca pública do distrito onde ficava minha casa nas montanhas. Com essas leituras havia adquirido uma compreensão nada desprezível da organização do governo. O rato de haver apenas noventa e um cargos eletivos para o povo, enquanto havia quase trezentos milhões de Poseidanos na Atlântida e suas colônias e, segundo um censo recente que eu tinha visto, quase trinta e oito milhões de eleitores detentores de diplomas de Primeira Classe, indu-

ziu-me a achar extremamente improvável que tão elevado privilégio me fosse concedido. Ora, como eu dificilmente poderia esperar ter um cargo ministerial, então seria possível, caso eu me candidatasse a um diploma Superior, obter um elevado nível político e um cargo nomeado, entre os quais vários eram quase tão honrosos quanto os de conselheiro. Em quais matérias especiais deveria eu me concentrar? A pesquisa geológica me agradava muito e seus inúmeros ramos ofereciam amplos e atraentes campos de oportunidades. Mas a filologia era dotada de uma atração quase igual e minha capacidade de aprender idiomas estrangeiros não era pequena, como eu tinha constatado estudando um pequeno volume descritivo de uma terra conhecida pelo nome de Suernis, um país estranho de cuja língua muitos exemplos ali apareciam. Esses exemplos aprendi sem esforço e perfeitamente com uma só leitura.

Vários meses de residência na cidade finalmente me encontraram decidido a adquirir todo o conhecimento geológico que pudesse, pois eu acreditava que esse era um estudo que Incal me havia indicado, junto com o conhecimento de minas e mineralo-gia. Como matérias concomitantes resolvi me educar seriamente em literatura sintética e analítica, não só com relação a Poseid mas também às línguas dos Suerni e Necropânicos. Eis que acabo de dar os nomes das três maiores nações dos tempos pré- Noachios (pré-Nepthianos). Uma dessas nações foi varrida da face da Terra mas as outras duas conseguiram sobreviver apesar de terríveis vicissitudes. Destas falarei mais adiante.

Os motivos que me levaram a escolher o currículo que mencionei foram os de que, como geólogo e cientista, eu esperava fazer novas descobertas de valor e colocá-las diante do mundo em forma de livro, ou pelo menos diante do povo de Poseid que se considerava o melhor do mundo. Esse desejo dificilmente poderia ser realizado sem esses estudos de que falei. A influência que eu esperava conquistar através de minhas publicações poderia me conduzir ao cargo de Superintendente Geral de Minas, um cargo político não inferior a qualquer outro cargo nomeado. Certamente outros estudos seriam necessários, caso eu entrasse na disputa por um diploma superior, mas os que citei eram os mais agradáveis e constituiriam minha aspiração principal. De passagem eu poderia observar que os estudos que escolhi naquela oportunidade, e que depois dominei perfeitamente, fizeram minha natureza assumir uma tendência que me levou, não faz muitos anos, a tornar-me dono de minas no Estado da Califórnia; bem-sucedido, devo

dizer. Também fixou muito mais firmemente minhas inclinações lingüísticas, tanto que, enquanto era cidadão dos Estados Unidos (l.i América, dominei não só minha língua nativa mas igualmente ueze outras línguas modernas como francês, alemão, espanhol,

< hinês, vários dialetos do hindustani, e sânscrito, como uma espé-

< ir de relaxação mental. Não tomes estas palavras como auto-en-

giandecimento, pois não é este o caso. Só as formulei para te mostrar, amigo, que teus próprios poderes não são apenas uma questão de herança genética, mas de memórias de uma ou quem sabe de todas as tuas vidas passadas; também tive a intenção de lazer uma alusão proveitosa, qual seja a de que os estudos empreendidos hoje, não importa quão próximo estejas do ocaso de nus dias, certamente darão frutos, não só nesta tua vida terrena mas em encarnações subseqüentes. Vemos com a visão de tudo que vimos antes, agimos com base em tudo que já fizemos antes, pensamos através de tudo que já pensamos no passado. Verbum sul Sapienti.

No próximo capítulo pretendo dedicar algumas páginas a considerações sobre a ciência física, tal como era entendida pelos pose -idanos. Referir- me-ei mais especialmente aos princípios superiores em que essa ciência se baseava, visto que negligenciar essas explicações requereria muitas declarações ex cathedra posteriores que de outra forma poderiam ser clara e imediatamente compreendidas.

CAPITULO IV

"AXTE INCAL, AXTUCE MUN"

Considerando as leis naturais, os filósofos de Poseid tinham i-|icgado à hipótese final e à teoria prática de que o universo material não era uma entidade complexa mas, ao contrário, primordialmente muito simples. A gloriosa verdade ("Incal malixetho") era elara para eles, ou seja, que "Incal (Deus) é imanente na Natureza". A isso apuseram que "Axte Incal, axtuce mun" -"conhecer I )eus é conhecer todos os mundos". Após séculos de experimentarão, registros de fenômenos, deduções, análise e síntese, aqueles estudiosos haviam chegado à proposição final de que o universo < om todos os seus variados fenômenos -sem contar seu extraordinário conhecimento de astronomia -tinha sido criado e mantido em operação por duas forças -princípios primais. Falando resumidamente, esses fatores básicos eram que a matéria e a ener-RÍU dinâmica (que eram Incal

manifesto), poderiam facilmente explicar todas as outras coisas. Essa concepção partia do princípio de que só existia Uma Substância e Uma Energia, sendo uma In-i ;<1 externalizado e a outra Sua Vida em ação em Seu Corpo.* Essa Substância Única assumia muitas formas pela ação de graus variáveis de força dinâmica. O fato de que esse era o princípio bási- eo de todos os fenômenos naturais e psíquicos, mas não espiri-i nais, permite-me transmitir aqui um postulado que muitos de meus amigos reconhecerão ao menos parcialmente, ou quem sa-Ix; na íntegra. Começando com a energia dinâmica tal como primeiro se manifesta de forma sensível no exemplo dado pela vibra-ção simples, a posição poseidana pode ser esboçada da seguinte forma: uma freqüência muito baixa de vibração pode ser sentida; um aumento de freqüência pode ser ouvido. Por exemplo, sentimos primeiro o pulsar da corda da harpa e depois, se a freqüên-

* Nota - Como, em seu impulso de emanação, o Criado sempre se afasta

do (riador, ele olha para sua origem e nota seus marcos de progresso, ou seja, as multiplicadas percepções de sua crescente separação da Fonte. Quanto maior essa separação, maior é o campo (Matéria) em que esses pontos aparecem, porque o elemento do Criado que se distancia notou mais pontos ou, cm outras palavras, mais coisas, mais objetos materiais entre ele e sua Fonte. Só quando olhamos para trás, para essas coisas que sentimos, para essas for-mas-mentais de Deus, percebemos a matéria, pois, quando olhamos para a frente, para a reunião com Ele, a matéria desaparece e dá lugar ao Espirito.

cia da vibração aumenta, ouvimos seu som. Mas substâncias de outras espécies, capazes de suportar impulsos vibratórios maiores, manifestam-se por uma ação mais intensa, seguindo-se ao som o calor, e depois a luz. Pois bem, a luz varia de cor. A primeira cor produzida é o vermelho e, a partir daí, aumentando-se constantemente a energia vibrátil, o alaranjado, o amarelo, o verde, o azul, o índigo, o violeta, cada faixa do espectro devendo-se a um aumento exato e definido no número de vibrações. Sucedendo-se ao violeta, o aumento de freqüência nos dá o branco puro, depois o cinza; além desse ponto a luz se extingue e dá lugar à ele- tricidade, e assim por diante, através de uma voltagem crescente, até que se alcance o reino da força psíquica ou força vital. Podemos verdadeiramente considerar isso como uma interiorização a partir das manifestações da natureza, de Incal ou Deus, ou do Criador, que são externas; como um movimento para o interno, a partir do externo. Um breve estudo mostrará que as leis do mundo físico seguem para dentro em busca de sua fonte espiritual; que elas verdadeiramente são prolongamentos uma da outra. Mas, entrando no reino da vibração, cujo guardião do umbral é o som, vemos que a Substância Única vibra em grau dinâmico variante mas definido, e que disso resultam todos os diversos tipos de matéria; em suma, a diferença entre determinadas substâncias, como ouro e prata, ferro e chumbo, açúcar e areia, não é uma diferença de substância mas de grau dinâmico. Estarei te entedian-do, meu amigo? Tem paciência um pouco mais, pois este é um ponto importante. Nessa tendência dinâmica, a gradação não é mais uma limitação vaga, pois se a freqüência vibratória variar ligeiramente, tornando-se mais elevada ou menor em qualquer material especial que possa estar sendo observado, a variação será diferente em aparência e em sua natureza química-, assim, específicas mas poderosas vibrações por segundo podem ser conferidas a entidades substanciais apropriadas e a substância resultante (pois a luz é substancial) é, digamos, vermelha*; mas, se a vibra-

* Nota - Diz-se que a luz vermelha ocorre a 395 trilhões de vibrações do

"éter" que Phylos chama de a última forma de matéria abaixo da qual a maté- ria deixa de existir e a mente começa. E a mais alta vibração de luz visível é situada a 790 trilhões. É o que diz a ciência. Mas Phylos diz: "Muitíssimo mais alto do que a elevada faixa púrpura em que a luz deixa de ser ordinaria- mente visível, a Substância Una vibra novamente de modo visível. Assim co- mo uma corda síncrona de harpa que responde a um Dó grave, por exemplo, tocado numa outra harpa, responde também a todas as notas Dó da escala total, sejam graves, médias ou agudas, assim a Substância Una responde a 831 trilhões e novamente na oitava seguinte, depois na seguinte, tomando-se então visível como a fatal Luz Não-nutrida, chamada em Atla "Maxin" e em Tchin "Vis Mortuus".

i.áo for um oitavo maior, ela será laranja e, se for mais ou menos elevada, então a substância resultante será inevitavelmente um laranja avermelhado ou amarelado, respectivamente. Ao que pare-• e, portanto, há certas gradações definidas, tão claras quanto mar-<os de quilometragem, e essas gradações são absolutas. Em outras palavras, a Substância Una não é mantida entre essas defini-i,t>es maiores e sim sobre elas, fato que explica a tendência dos eompostos, ou propriedades intermediárias, de se decomporem cm elementos definidos ou simples-, os compostos químicos

não N;IO tão estáveis quanto as substâncias químicas básicas ou primárias.

A moderna "teoria das ondas" segundo a qual som, calor, luz e correlatos são apenas formas de força, está só 50% correta, |x>is eles são isso, é verdade, mas também são algo mais. Em suma, são tendências da Substância Una por graus específicos da Knergia Una, e a não ser pelo fato de que a freqüência dessa propriedade é muito maior no caso da

eletricidade do que no chum-IK) OU no ouro, não há diferença entre essas

coisas de aparências lao diversas. Essa é a energia que os rosacruzes denominavam "Fogo" e que permite a entrada naquele misterioso reino da natureza só penetrado pelo taumaturgo, pelo mago adepto. Podes chamar esses estudantes a cuja vontade a natureza se curva obediente- pelo nome que mais te agrade, mas tem em mente que o verdadeiro Mago nunca fala do Eu ou de sua obra, nem seus amigos e conhecidos sabem o que ele é, a não ser que o segredo seja revelado por acidente. A essa sociedade pertenceu Aquele cujo comando fez parar o vento e as ondas na tempestuosa Galiléia. Mas Ele não falava de Si Mesmo. Falarei daquela sublime fraternidade em breve. Não é necessário melhor prova de que todas as manifestações variantes são simplesmente variantes da força ódica, o "Fogo" rosacruz, do que esta: ofereça-se resistência a uma corrente elétrica, dessa forma reduzindo-a ou desviando-a contra uma for- ça contrária, e se fará a luz; oponha-se a esta luz (arco) uma obstrução inflamável, e disso resultará uma chama. Assim poderá chegar em breve a descoberta a ser feita pelo mundo científico de que a luz, qualquer luz, do Sol ou de outra fonte, pode ser leva-tla a produzir som-, nessa descoberta repousam algumas das mais espantosas invenções que tua era poderá sonhar em suas visões. Mas a descoberta básica e primai desse maravilhoso elo, o primeiro da seqüência, será a maior de todas e como tal anunciada. Isto será correto, pois o fato de ser apenas um desenvolvimento tecnológico reencarnado não diminuirá sua importância para a humanidade nem o crédito de seu descobridor. Ou seja, as verdades do Reino do Pai são eternas; sempre existiram e existirão, e só os descobridores serão algo novo em relação aos fatos, que não

serão novos em si, nem novos inclusive para o mundo, mas inéditos apenas para esta época. Poseid sabia que a luz gera o som quando a ela se opõe uma resistência adequada. Sabia que o magnetismo gera a eletricidade da mesma maneira e pela mesma razão. Assim, a magnetita tem magnetismo; girando-a no campo de um dínamo, cortando a corrente e empilhando-a so- bre si mesma, por assim dizer, eis que se desenvolve a eletricidade. Portanto: oponha-se resistência a isso e a luz surge; resista-se mais e vem o calor; e com mais resistência adequada, surge o som, e a energia seguinte aparece como movimento pulsante. No entanto, esses vários processos podem ser objeto de um "curto-circuito" e então todos os fenômenos intermediários serão eliminados.

Terei sido cansativo com este discurso? Se o fui, como desconfio, a recompensa está próxima. Os poseidanos descobriram que no reino além do magnetismo existiam outras forças, superiores e mais intensas em pulsação, forças operadas pela mente. A Mente é do Pai, é a fonte que constantemente cria todas as coisas. Se a perpétua vis a tergo da divina criação parasse por um só instante, nesse mesmo instante o Universo deixaria de existir. Eis que agora verás a sublime beleza do postulado atlante que não faz muito tempo expressei: "Incal malixetho, Axte Incal, axtuce mun". Pois de Suas alturas, marcando a descida com "cascatas de força" como o rio marca as declividades de seu leito com cataratas, provém esse supremo poder; oh! ele vem por uma longa distância, em seu curso descendente até as cascatas do magnetismo, da eletricidade, da luz, do calor, do som, do movimento -e muito além, onde o leito de Sua divina torrente se torna quase plano -e mostra as pequeninas ondas de diferenciação material que chamas de elementos químicos, insistindo em que existem sessenta e três, quando há apenas Um. Desse conhecimento vieram todos os maravilhosos triunfos daquela prisca era, e um por um estão emergindo após um longo esquecimento, e no amanhã acordarão em grande número, pedindo para serem descobertos primeiro em número de três ou quatro, e depois em pelotões e companhias e legiões, até que todos os tesouros de Poseid estejam de volta na terra, no ar e no mar. Ó radioso amanhã do tempo e tu, afortunado, que abrirás teus olhos para contemplá- los com todas as suas maravilhas! E não obstante seres tão afortunado, descobrirás que é bem melhor temperar todas as coisas com o espírito e não permitir que a marcha da descoberta física sobrepuje o progresso da alma. Ah, triste será o dia em que o homem se aproxime do arcano tesouro de seu Pai só com seu cego olho físico, pois se

mm isso ele ganhar o mundo inteiro, de que lhe servirá se perder sua alma? Tendo obtido essa percepção de um novo reino, se é que o reino que descrevi é novo para ti, permite-me perguntar e pedir tua nsposta: como explicas estes dois fenômenos, luz e calor? Eles são difíceis de explicar, pois frio e trevas não são apenas a ausên-«ia de luz e calor.

Tendo dado a base disso, exponho agora uma nova filosofia:

Eu disse que os atlantes reconheciam a Natureza em sua totalidade como a Divindade externalizada. A filosofia atlante afirmava i|ue a força se movia, não em linha reta mas em círculos, para sempre voltar para ela mesma. Se a dinâmica que opera o universo atua em progressão circular, segue-se que um aumento infinito na vibração possível para a Substância Una seria um conceito insustentável. Deve haver um ponto no círculo onde os extremos se tocam e novamente percorrem o mesmo circuito, o que confirmamos existir entre a catodicidade e o magnetismo. Assim como a vibração trouxe a substância até o campo da luz, assim também deve levá- la de volta. É o que ela faz. E a leva para o que os pose idanos denominaram "Navaz, o Lado-Noite da Natureza", onde a dualidade se torna manifesta, com o frio se opondo ao calor, a obscuridade à luz, e onde a polaridade positiva se contrapõe à negativa, e todas as coisas são antípodas. O frio é uma entidade substancial como é o calor, as trevas como é a luz. Existe um prisma de sete cores em cada raio de luz branca; também há um prisma sétuplo de entidades negras na mais negra escuridão -a noite é tão prolífica quanto o dia.

O pesquisador poseidano tornou-se, pois, conhecedor de espantosas forças da natureza que ele poderia adaptar aos usos da humanidade. O segredo tinha sido revelado, sendo a grande desco-lierta a de que a atração da gravidade, a lei do peso, era contra-ixjsta pela "repulsão pela levitação"; que a primeira pertencia ao Lado-Luz da Natureza, e a segunda a Navaz, o Lado-Noite; que a vibração regia a obscuridade e o frio. Assim Poseid, como o antigo Jó, conhecia o caminho para a morada das trevas e para os tesouros do granizo (frio). Por meio dessa sabedoria a Atlântida aprendeu que era possível ajustar o peso (condição positiva) à ausência de peso (condição negativa) com tanto equilíbrio que não se manifestava qualquer repulsão. Essa conquista significou muito. Ela tornou viável a navegação aérea sem asas e sem pesados

reservatórios de combustível, pelo uso da repulsão pela levitação opondo- se poderosamente à atração da gravidade. Que a vibração da Substância Una regia e compunha todos os reinos, foi uma descoberta que resolveu o problema da transmissão de imagens de luz, formas e também som e calor, como o telefone que, como sabes, transmite imagens de som; só que em Poseid não se requeriam cabos, fios ou outra ligação material para esse uso, por maior que fosse a distância, nem aparelhos telefônicos, ou dispositivos para a transmissão de imagens ou condução de calor.

Para fazer uma digressão, eu gostaria de dizer que graças ao emprego dessas e outras forças do Lado-Noite os feitos aparentemente mágicos e

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