• Nenhum resultado encontrado

Esquema 3: A ação didática

3 O QUADRO TEÓRICO DO ISD E SUAS INTERFACES PARA A

3.5 O DIÁLOGO COM AS DISCIPLINAS DO TRABALHO

3.5.1 A linguagem como elemento desvelador do trabalho

A linguagem, tal qual o trabalho, é uma atividade inerente à natureza humana. É justamente em função dessa semelhança que “a atividade de linguagem38

e a

atividade de trabalho39 estão estreitamente ligadas, pois ambas transformam o meio

social e permitem trocas e negociação entre os seres humanos” (SOUZA-E-SILVA, 2002, p. 61).

Ao longo da história do trabalho, a linguagem, durante muito tempo, negligenciada pelos estudiosos, surgiu como um fator importante para suprir a necessidade de comunicação entre os trabalhadores em situações laborais. De acordo com Engels (s.d.), "os homens atingiram um ponto em que tinham alguma coisa a dizer uns aos outros" (p. 11), isso porque, com o advento da Revolução Industrial, fomentou-se a necessidade de se desenvolver técnicas e meios de comunicação eficazes para melhor direcionar as tarefas dos trabalhadores nas indústrias e fábricas, expandir as relações comerciais e, por conseguinte, aumentar a produtividade e o lucro.

De lá pra cá, os processos de informatização e automatização dos meios de produção nas indústrias de médio e grande porte levaram as disciplinas do trabalho, como a Ergonomia, por exemplo, a, gradativamente, aperfeiçoarem seus métodos de investigação de forma a acompanhar essa evolução tecnológica do trabalho e, por conseguinte, compreender melhor o que a linguagem revela na análise das interações e do “dizer” dos trabalhadores nas e sobre as situações laborais. Recentemente, tal preocupação deve-se, sobretudo, ao fato de que “o funcionamento cotidiano e rotineiro nas diferentes organizações de trabalho baseiam-se cada vez mais nas atividades simbólicas” (SOUZA-E-SILVA, 2002, p. 61).

Assim, a linguagem emerge, no âmbito das relações e situações de trabalho, como um fenômeno social e de interação entre os homens, um instrumento

38

Grifos da autora.

39 Como atividade de trabalho, estaremos designando, de modo genérico, “aquilo que fazem” os trabalhadores (LACOSTE,

simbólico. De acordo com os estudos de Vygotsky (2008), a linguagem simbólica desenvolvida pela espécie humana tem um papel similar ao dos instrumentos: tanto os instrumentos de trabalho quanto os signos são construções da mente humana, constituindo-se, portanto, como um sistema simbólico fundamental para mediação entre o homem e a realidade. Por esta similaridade, Vygotsky denominava os signos de instrumentos simbólicos, com especial atenção à linguagem, que, para ele, configurava-se um sistema simbólico fundamental para a interação em todos os grupos humanos, o qual era elaborado no curso da evolução da espécie humana e sua história social. Desse modo, entendemos que é por meio da linguagem que o homem produz enunciados e significados sobre a atividade de trabalho, ressignificando-a conforme seus valores, crenças, conhecimentos, etc.

Entretanto, considerando o status atribuído à linguagem na história do trabalho, podemos afirmar que a relação dialética entre essas duas dimensões da atividade humana é relativamente recente, pois foi subjugada pelas formas de organização e estudo do trabalho até meados do século XIX. A esse respeito, Souza-e-Silva (2002) apresenta algumas razões que, talvez, possam explicar esse distanciamento.

A primeira diz respeito ao princípio da “transparência da linguagem”, segundo o qual a expressão linguística é produzida no interior da mente e sua exteriorização é apenas uma tradução ipsis litteris da organização do pensamento humano. Tal princípio, ancorado nos fundamentos linguístico-filosóficos do subjetivismo idealista, postulava que a linguagem era um ato de criação monológico, individual, elaborado na consciência do indivíduo. Por esse viés, não há qualquer relação da linguagem com as práticas ou atividades sociais desempenhadas pelos sujeitos. Outro aspecto estaria relacionado ao fato de que, ao incorporarem aspectos do contexto social, passando a investigar a língua em seus mais diferentes usos e manifestações, as pesquisas em linguagem, em especial no campo da Linguística Aplicada, se debruçaram durante muitos anos quase que exclusivamente sobre os processos educativos e as práticas de letramento no âmbito das instituições escolares (SOUZA-E-SILVA, 2002).

Lacoste (1998), ao discorrer sobre as possibilidades de estudo da relação linguagem e trabalho, sugere uma tripartição da relação trabalho/linguagem para fins de pesquisa. Assim, considerando o viés analítico e o enfoque do pesquisador em

relação ao objeto a ser pesquisado, propõe as seguintes subcategorias de análise: a linguagem sobre o trabalho, a linguagem no trabalho e a linguagem como trabalho.

É importante ressaltar que, para essa autora, a classificação acima apresentada não deve ser vista de forma estanque e isolada, uma vez que não objetiva estabelecer uma fragmentação dos estudos sobre o trabalho. Entretanto, essa tripartição se faz necessária para fins de análise, pois visa definir o espaço de investigação sobre esse fenômeno, “possibilitando evidenciar as ligações e as diferenças de funcionamento da linguagem no e sobre o trabalho” (NOUROUDINE, 2002, p. 18).

O trabalho pode ser considerado uma atividade complexa, pois, além de estar inscrito num conjunto de variáveis socioeconômicas, culturais e ideológicas, nele também estão imbricados valores, crenças e saberes diversos, os quais também (re) direcionam as ações dos trabalhadores. Sob essa ótica, entendemos que a linguagem no ambiente de trabalho é atravessada por tal complexidade, tornando-se um instrumento estratégico e consciente para e na consecução, por exemplo, de uma determinada tarefa40 ou objetivo. A esse respeito, Nouroudine (2002, p.20) ressalta que a linguagem como trabalho contempla dois níveis:

por um lado, os gestos, falas, que o protagonista utiliza ao se dirigir a seus colegas envolvidos em uma atividade executada coletivamente; por outro, as falas que o protagonista do trabalho dirige a si próprio para acompanhar e orientar seus próprios gestos no momento mesmo em que trabalha.

Com base no excerto acima, o primeiro nível diz respeito às verbalizações e gestos dos trabalhadores dirigidos a outros pares para regular ou direcionar a “execução” de tarefas e/ou procedimentos em situações coletivas de trabalho. É o que ocorre, por exemplo, quando, numa reunião pedagógica, um professor de Língua Portuguesa propõe aos demais colegas a realização de um Projeto Didático de Gênero, descrevendo, em detalhes, suas etapas de planejamento e execução. Considerando as especificidades do trabalho docente, ousaríamos ainda enquadrar nesse primeiro nível, as verbalizações que o professor dirige aos alunos em situações de ensino e aprendizagem na sala de aula.

Já o segundo nível envolve uma espécie de automonitoramento do trabalho, pois contempla palavras ou enunciados que o sujeito profere a si próprio para

nortear a realização de suas próprias demandas laborais. Em termos práticos, seria quando esse mesmo professor faz uso da linguagem retomando ou recapitulando, para si próprio, as ações que pretende realizar no projeto didático.

Tanto as reflexões feitas por Lacoste (1998) quanto por Nouroudine (2002) em relação aos dois primeiros níveis da linguagem como trabalho inscrevem-se no plano da linguagem oral. Entretanto, entendemos que o registro das verbalizações na linguagem como trabalho também pode se materializar por meio da escrita. Ou seja, ao propor a realização de um projeto didático aos demais colegas, o professor poderá entregar orientações escritas acerca das etapas de execução do planejamento. Do mesmo modo, ele poderá monitorar sua própria atividade tomando notas das ações que pretende realizar no projeto.

A esses dois níveis, Nouroudine (2002), tomando emprestado o termo de Bakhtin (2003), sugere um terceiro nível, o denominado “mínimo dialógico”. Este conceito, esclarece Bakhtin (op. cit.), está relacionado ao fato de que “o sentido é personalista; nele há sempre uma pergunta, um apelo e uma antecipação de resposta, nele há sempre dois (como mínimo dialógico)” (p. 410). Em outros termos, o que este autor defende é que, embora o sentido atribuído por cada indivíduo às suas próprias ações e/ou comportamentos seja único e pessoal, a relação com os fatos e/ou objetos do mundo físico e social não se estabelece de forma unilateral, uma vez que o sentido sempre é atravessado, e constituído, minimamente pelo discurso do outro, ou seja, com o já dito em determinado contexto sócio-histórico e cultural. Assim, Nouroudine (2002, p.20) explica que

esse terceiro nível da ‘linguagem como trabalho’ poderia ser confundido com o segundo, mas, no fundo, diferem por suas situações e modos de expressão: no segundo nível (falas dirigidas a si mesmo), a fala acompanha o fazer por um recurso a palavras relativamente explícitas, enquanto no terceiro nível o ‘mínimo dialógico’ expressa um pensamento ou um julgamento simultâneo ao fazer, sem necessariamente passar pelo recurso à palavra.

Nesta perspectiva, este terceiro nível corresponde à ação reflexiva do indivíduo sobre seu próprio trabalho por meio de uma linguagem ativa e operante, porém, não explicitada verbalmente. Na atividade docente, isso ocorreria quando, por exemplo, o professor reflete “em silêncio” sobre as possíveis implicações do projeto didático realizado no processo de aprendizagem dos alunos. Em termos de

análise, enquanto nos níveis um e dois o trabalho pode ser compreendido a partir da materialidade linguística, ou seja, dos enunciados proferidos pelos trabalhadores em situações laborais; no nível três, a verbalização requer a utilização de métodos e técnicas mais sofisticados que possibilitem ao pesquisador ter acesso, a posteriori, a esse “dizer” sobre o trabalho no âmbito do não observável41

.

Sob essa ótica, é possível afirmar que “o processo de exteriorização e de explicitação da linguagem e do pensamento implicados na atividade passa por um esforço necessário de distanciamento, de elaboração e de expressão” (NOUROUDINE, 2002, p. 20). Desse modo, compreender a linguagem como trabalho é, antes de tudo, reconhecê-la como uma prática constitutiva da própria atividade laboral, na qual estão implicados fatores de ordem subjetiva, cognitiva e social, decorrentes das nossas experiências enquanto sujeitos históricos.

Por outro lado, no âmbito das mais diversas situações de trabalho42, a linguagem nem sempre é utilizada com o intuito de direcionar a execução de uma determinada tarefa. Em alguns momentos, ela também é utilizada de maneira descomprometida ou até mesmo descontraída entre os trabalhadores, em conversas informais sobre os mais diversos assuntos: o capítulo da novela de ontem, a vitória do time de futebol, a piada para descontrair, uma fofoca, etc. Sob essa perspectiva, podemos falar de uma linguagem no trabalho.

Entretanto, é importante ressaltar que mesmo numa situação de “descontração” ou de “tensão” a linguagem pode interferir diretamente em alguma circunstância relacionada à atividade de trabalho, contribuindo de forma benéfica ou negativa para o desempenho das funções do trabalhador. Numa escola, por exemplo, onde os professores fazem uso da linguagem para manter entre si e com a comunidade escolar (diretor, aluno, pais de aluno, demais funcionários) uma relação respeitosa, a tendência é que se instaure um ambiente de trabalho agradável, otimizando, por conseguinte, o desempenho profissional do coletivo de trabalho. Entretanto, se a linguagem é utilizada como um instrumento para gerar intrigas e fofocas no coletivo de trabalho, fatalmente provocará uma desarmonia no grupo, comprometendo, por conseguinte, a atividade de trabalho.

41

Discutiremos mais sobre esse aspecto na seção destinada à Metodologia.

42 De acordo com Lacoste (1998) “ ‘a situação’ de trabalho integra o ambiente da atividade, as condições objetivas nas quais

ela se efetua, as contrantes de todo tipo que pesam sobre os atores. [...] A atividade se constrói sempre no quadro de uma situação, no duplo sentido desse termo.” (p.31)

Desse modo, Nouroudine (2002) reconhece que, em alguns momentos, é realmente difícil mesmo estabelecer uma distinção pacífica e ao mesmo tempo clara entre a linguagem no trabalho e a linguagem como trabalho. De acordo com esse autor,

Enquanto ‘a linguagem como trabalho’ é expressa pelo ator e/ou coletivo dentro da atividade, em tempo e lugares reais, a ‘linguagem no trabalho’ seria, antes, uma das realidades constitutivas da situação de trabalho global na qual se desenrola a atividade. É nesse ponto que os aspectos da linguagem são, simultaneamente, distintos e ligados ( p.22).

Assim, considerando que essas duas dimensões da linguagem ora estão imbricadas, ora se distanciam, o autor propõe que sejam observadas as circunstâncias em que a linguagem foi utilizada a fim de se estabelecer tal distinção. Ou seja, quando o uso da linguagem no ambiente de trabalho ocorre, por exemplo, em uma situação de conversação espontânea e descontraída, cujo conteúdo não tenha relação direta com a atividade, evidencia-se claramente “a linguagem no trabalho”. Por outro lado, quando os trabalhadores conversam sobre questões ou assuntos diretamente relacionados ao cotidiano de trabalho ou que, de alguma forma, possam interferir no coletivo de trabalho, faz-se necessário um olhar mais clínico por parte do pesquisador no sentido de verificar se naquela situação específica de interação há uma interface com a atividade de trabalho.

Em razão disso é que Lacoste (1998) propõe que as funções da linguagem

no e como trabalho sejam observadas em termos de um “continuum43, que vai das

situações em que a fala tem apenas um papel pontual e secundário até aquelas em que, ganhando consistência, ela passa a ser o elemento principal, às vezes único, da atividade” (p.16).

A linguagem também nos possibilita atribuir significações únicas sobre os acontecimentos e fenômenos da vida social. Nesta perspectiva, há situações no ambiente de trabalho em que os trabalhadores produzem saberes e interpretações sobre a atividade desempenhada. Ao discorrer sobre tal aspecto, Lacoste (1998) atenta para algumas condições e circunstâncias imprescindíveis para que “a linguagem sobre o trabalho” de fato se efetive. De acordo com a autora,

para que se desenvolva a fala sobre o trabalho, além de um universo de cumplicidade, de compartilhamento de experiências, de enraizamento na vivência, são também necessárias as ocasiões e os motivos (p.16).

Em outros termos, a relação de confiança, cumplicidade e cooperação entre os pares no ambiente de trabalho é uma condição essencial, embora não suficiente, para que os trabalhadores produzam interpretações sobre a atividade. Desse modo,

o quê dizer sobre o trabalho, como e quando dizer dependerá tanto de fatores de

ordem interna quanto externa. Ou seja, ao decidir falar sobre o seu trabalho, o trabalhador levará em consideração não só suas intenções e/ou seus objetivos, mas também o local, a situação ou a circunstância em que ele se encontra, além, é claro, a relação que possui com o seu interlocutor. A esse respeito, Nouroudine (2002, p.26) atenta para o fato de que existem algumas situações em que os trabalhadores falam sobre a atividade,

aquela na qual os saberes são transmitidos de uns aos outros em um coletivo de trabalho (no seio de uma equipe, de um serviço, de uma empresa, etc.), ou em relações pessoais (na família, entre amigos, etc.).

É o que ocorre, por exemplo, quando um professor “mais experiente” conversa com outro professor recém-formado ou que está chegando à escola sobre os seus modos de fazer em sala de aula, os conteúdos trabalhados, sua forma de avaliar etc., talvez sob a crença de que o saber prático é o que, de fato, o tornará um bom professor. Outra situação em que isso ocorre é quando o professor chega à casa e comenta com seus familiares e/ou amigos sobre o seu primeiro dia de aula ou a respeito do seu cansaço físico ou intelectual após inúmeras aulas ministradas naquele dia. Nessas circunstâncias, “a linguagem sobre o trabalho” encontra-se estreitamente ligada à “linguagem no trabalho” e à “linguagem como trabalho”, uma vez que a pauta das verbalizações proferidas poderá enfocar desde uma conversa que teve com um colega de trabalho sobre um suposto furto dentro da escola, até encaminhamentos que foram dados aos professores numa reunião pedagógica, por exemplo.

Contudo, considerando que uma das propriedades da linguagem é a de refletir, interpretar, reavaliar e redirecionar ações a partir de uma situação vivenciada, “a linguagem sobre o trabalho” não se resume a relatar as demandas ou

tarefas desempenhadas no cotidiano de um serviço, empresa ou instituição, isto porque ela

[...] é revelada do interior da atividade, em função de exigências da equipe ou da empresa: entre colegas, o trabalho é mencionado para ser comentado, avaliado, registrado na memória, para que as pessoas se justifiquem ou por mil outras razões que surgem no momento (LACOSTE, 1998, p. 16).

Assim, falar sobre o trabalho também exige um esforço cognitivo do trabalhador no sentido de revelar a interface e as nuances de conflitos entre os diferentes saberes que compõem a sua atividade. Neste sentido, discorrer acerca do trabalho “vai além do plano estrito das tarefas, articulando dimensões múltiplas da vida social” (LACOSTE, 1998, p.16). É justamente em razão desta complexidade que alguns pesquisadores encontram dificuldade, do ponto de vista metodológico, para tentar ter acesso “ao mínimo dialógico”, à dimensão do não observável44

, tão necessária à compreensão da atividade de trabalho. De acordo com Nouroudine (2002, p.26),

Se a atenção for dirigida apenas para a “linguagem como trabalho”, corre-se o risco de não se perceber a existência de uma “linguagem sobre o trabalho”, imperceptível no momento da realização da atividade. O saber que acompanha o gesto na atividade não é imediatamente visível ao se colocarem em ação as técnicas de observação do trabalho.

A partir dessa afirmação, entendemos que os saberes do sujeito emanam de uma cadeia dialógica mais ampla para a qual convergem diferentes vozes, no sentido bakhtiniano do termo. Portanto, a nosso ver, analisar o trabalho apenas a partir da observação do cotidiano dos sujeitos é negligenciar os saberes subjacentes à atividade laboral, os quais determinam, por exemplo, as escolhas e os modos de fazer do trabalhador.

No que concerne ao nosso estudo, de forma mais específica, deixaríamos, por exemplo, de compreender as opções metodológicas feitas pelo professor na sala de aula. Logo, compreender o trabalho “significa principalmente compreender atividades inseparáveis de seus atores cuja ‘voz’ não é dada, mas imposta realmente, em função das condições sociais” (NOUROUDINE, 2002, p. 29).

44 Partimos do pressuposto de que o trabalho não se resume ao que efetivamente se faz, mas também aquilo que o trabalhador

Na nossa pesquisa, duas dimensões da análise do trabalho apontadas por Lacoste (1998) e Nouroudine (2002) foram alvo de reflexão: a linguagem como trabalho (situações didáticas com gêneros na sala de aula) e a linguagem sobre o trabalho (as ressignificações do agir didático pelas professoras nas sessões de autoconfrontação).

A seguir, discutiremos um pouco sobre os princípios subjacentes a algumas disciplinas do trabalho, em especial, os oriundos da Psicologia do Trabalho, mais especificamente, da Clínica da Atividade.