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1.6) A resposta da SATA às boas práticas de Corporate Governance

No documento 2011 Relatório de Governo (páginas 42-47)

Inserida num contexto de elevada competitividade, exposição externa, exigência e rigor, a SATA tem assumido uma crescente preocupação em permanecer alinhada com as boas práticas de Corporate Governance.

Contudo, importa referir que a mesma se assume como uma empresa bastante particular nesta matéria, uma vez que não se encontra cotada na bolsa de valores, e portanto não lhe é exigida qualquer obrigatoriedade no cumprimento das recomendações contidas nas principais fontes de Boas Práticas. Desta forma, esta realidade torna evidente o peso e a importância dadas pela SATA relativamente à temática de Corporate Governance, decidindo acolher determinadas

recomendações por considerar que são uma mais-valia quer na sua dinâmica interna de funcionamento, quer junto dos seus stakeholders externos e principais pares.

Para aferir o cumprimento da SATA relativamente às boas práticas de Corporate Governance foram tidas em conta as seguintes fontes de recomendações:

Recomendações da CMVM;

Código das Sociedades Comerciais;

Recomendações da OCDE; Nome Remuneração base Despesas de representação Subsídio de férias Subsídio de Natal Subsídio de alimentação

Prof. Doutor António José de

Menezes 47.196

14.904 3.933 3.933 2.695

Dra. Luísa Maria Schanderl 42.433 11.165 3.536 3.536 2.695

Dra. Isabel Maria dos Santos

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Normas Internacionais de Auditoria Interna;

Boas práticas internacionais

Desta forma, na tabela seguinte serão referidas apenas as Boas Práticas que, de acordo com a realidade da SATA, assumem expressão.

Figura 14: A resposta da SATA às boas práticas de Corporate Governance

Tema Descrição Obs.

Princípio de governo: Transparência

Deve ser promovida uma cultura que promova a divulgação de informação de forma clara, fiável e completa.

Capítulo 1.1

Princípio de governo: Controlo

A sociedade deve garantir a existência de mecanismos de controlo interno e externo transversais a todos os stakeholders em questões de ética, compliance e gestão de risco.

Capítulo 1.1

Princípio de governo:

Responsabilização

As autoridades da sociedade devem dispor dos poderes, integridade e recursos necessários para desempenharem adequadamente os seus deveres bem como tomadas de decisão.

Capítulo 1.1

Princípio de governo: Adaptabilidade

Promoção de uma filosofia de resposta corporativa aos stakeholders da organização face a alterações nos requisitos económicos, sociais, industriais e competitivos.

Capítulo 1.1

Princípio de governo: Respeito

Os direitos dos sujeitos cujos interesses relevantes nas sociedades estejam legalmente consagrados, ou estabelecidos devem ser respeitados, tendo a oportunidade de obter reparação no caso de violação dos seus direitos. Capítulo 1.1 Princípio de governo: Integridade com o mercado

O governo das sociedades deve ter em conta o respectivo impacte sobre o desempenho económico, a integridade do mercado, os incentivos criados e a promoção de mercados transparentes e eficientes.

Capítulo 1.1

Princípio de governo: Segregação de funções

A sociedade deve assegurar a correcta segregação de funções entre os seus órgãos de gestão e restantes departamentos organizacionais.

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Tema Descrição Obs.

Estrutura de governo

O Modelo Latino prevê a existência de um Conselho de Administração e conselho fiscal. Nos casos previstos na lei, em vez de Conselho de Administração ou de conselho de administração executivo, poderá haver um só administrador e em vez de conselho fiscal um fiscal único.

Capítulo 1.2

Órgãos de gestão: Accionistas

Os accionistas devem ter a oportunidade de participar e deliberar em assembleia-geral sobre as matérias que lhes são especialmente atribuídas pela lei ou pelo contrato e sobre as que não estejam compreendidas nas atribuições de outros órgãos da sociedade.

Desta forma, têm direito a: receber informações suficientes e atempadas sobre a assembleia-geral, colocar questões ao órgão de administração, participar em decisões fundamentais do governo das empresas e da política de remunerações e votar pessoalmente ou através de um representante.

Capítulo 1.2 e 1.3

Órgãos de gestão: Assembleia Geral

A mesa da assembleia-geral é constituída no mínimo por um presidente e respectivo secretário. É convocada pelo Presidente da mesa ou, nos casos especiais previstos na lei, por outros órgãos da sociedade e deve ser publicada.

Entre a última divulgação e a data da reunião deve mediar, pelo menos, um mês, devendo mediar, entre a expedição das cartas registadas ou mensagens de correio electrónico e a data da reunião, pelo menos, 21 dias.

Deve ser lavrada uma acta de cada reunião, devendo ser redigidas e assinadas por quem nelas tenha servido como Presidente e Secretário.

Capítulo 1.3

Órgãos de gestão: Órgão de

Fiscalização

Cabe ao órgão de fiscalização a responsabilidade pela avaliação do funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos, e propor o respectivo ajustamento às necessidades da sociedade.

Capítulo 1.3

Remuneração dos órgãos de gestão

A remuneração dos membros do Conselho de Administração deve permitir o alinhamento dos seus interesses com os da sociedade, bem como basear-se na avaliação de desempenho e desincentivar a assunção excessiva de riscos.

A fixação das remunerações é competência do conselho geral e de supervisão ou a uma sua comissão de remuneração ou à Assembleia Geral de accionistas ou a uma comissão por esta nomeada.

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Tema Descrição Obs.

Auditoria Interna e Gestão de Risco

O auditor externo deve verificar a aplicação das políticas e sistemas de remunerações, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno.

Capítulo 2

As sociedades devem criar sistemas internos de controlo e gestão de

riscos que permitam identificar e gerir o risco. Capítulo 2

A sociedade deve definir uma política adequada de gestão de risco da qual conste a identificação do perfil de risco, o comprometimento da gestão e a definição de um plano de acção.

Capítulo 2

A gestão de risco deve identificar e avaliar, periodicamente, os riscos a que a sociedade está exposta, em todas as vertentes organizacionais (económica, ambiental e social) com o total apoio e colaboração dos órgãos de gestão.

Capítulo 2

A sociedade deve dispor de um plano estruturado de carácter preventivo que identifica potenciais situações de crise com impacte significativo a nível financeiro, operacional, reputacional, social e ambiental.

Capítulo 2

A sociedade deve dispor de um responsável pela gestão de risco que defina a política de gestão de risco e principais linhas orientadoras, assegure o processo de avaliação de risco, defina os planos de acção e ajuste os recursos existentes e o enquadramento da restante organização no processo.

Capítulo 2

Compliance A informação financeira deve ser preparada, auditada e divulgada de acordo com as normas contabilísticas e de relato financeiro e não financeiro.

A sociedade deve possuir um processo de revisão que assegure que a informação financeira disponibilizada espelha de forma correcta, verdadeira e apropriada a sua actividade.

Capítulo 3

A organização deve criar uma função que assegure a monitorização das leis, regulamentos e normas a que está sujeita, evitando o não cumprimento das disposições legais.

Capítulo 3

A sociedade deve assegurar o cumprimento das normas regulatórias a que está sujeita, garantindo que toda sua actuação está alinhada com o exigido (e.g.: INAC, ISOs e IATA).

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Tema Descrição Obs.

Comunicação A sociedade deve dispor de procedimentos formais de comunicação de processos de mudança de carácter estrutural.

Capítulo 4

A sociedade deve dispor de um plano de comunicação devidamente alinhado com as acções a desenvolver pela gestão e com informação estratégica a divulgar.

Capítulo 4

A sociedade deve dispor de um Relatório de Governo da Sociedade no qual estejam identificados os principais riscos e o sistema de gestão dos mesmos. Deve igualmente constar a divulgação das remunerações dos órgãos de gestão, a política de rotação de pelouros do Conselho de Administração e as linhas gerais das políticas de comunicação de irregularidades.

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2) Gestão de Risco

2.1) A importância da Gestão de Risco na SATA

No documento 2011 Relatório de Governo (páginas 42-47)

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