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A SUDENE e a promessa de desenvolvimento através da industrialização do Nordeste

No documento Flavio Jose Rocha da Silva (páginas 103-110)

Taxa de mortalidade infantil

3 DESENVOLVIMENTO PARA O NORDESTE: DO QUÊ, PARA QUÊ E PARA QUEM?

3.2 A SUDENE e a promessa de desenvolvimento através da industrialização do Nordeste

Ao contrário do que foi propagado ao longo das últimas décadas, a criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE112– foi mais uma resposta às

derrotas eleitorais sofridas pelo Presidente Juscelino Kubitschek nas eleições de 1958,113 do que uma ação com foco no desenvolvimento do NE. Em resposta a uma grande estiagem na segunda metade dos anos 1950 e à derrota política de seu partido nas eleições do ano citado acima, o Presidente Kubitscheck, aproveitando-se da repercussão de um encontro dos bispos do Nordeste liderados por Dom Helder Câmara,114 realizado na cidade de Campina Grande em 1956, lançou as bases para o que viria a ser a SUDENE, com a criação do Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste – GTDN. Kubistchek encarregou o paraibano Celso Furtado115 de coordenar a Operação Nordeste – OPENO – e organizar o Conselho de Desenvolvimento do Nordeste – CODENO. A Igreja Católica, que estava preocupada com o avanço da esquerda no NE (PILETTI e PRAXEDES, 1997), deu total apoio a esta iniciativa,

112 Uma série de reportagens publicadas no jornal Correio da Manhã pelo jornalista Antônio Callado, depois de uma viagem acompanhado pelo irmão de Celso Furtado (VILLA, 2001), fortaleceu a criação da SUDENE. 113 Segundo Sarmento (2005, p. 28), o então governador da Paraíba em 1958, Pedro Gondim, teria solicitado ajuda aos Estados Unidos, e o jornal parisiense Aurore noticiou que a Organização das Nações Unidas – ONU – propôs intervenção no Nordeste.

114 Dom Helder Câmara (1909-1999) foi uma das figuras mais importantes da Igreja Católica do século XX. Foi dele a ideia de articular uma reunião com os bispos do Nordeste, em 1956, para propor soluções ao Presidente Juscelino Kubitschek para a “região problema”. (SILVA, 2008A).

115 Sobre Celso Furtado e sua obra, confira o site do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento em http://www.centrocelsofurtado.org.br/index.php.

pois via sinais de uma possível revolução comunista com a organização entre trabalhadores rurais e as Ligas Camponesas.

A SUDENE, criada sob a influência do desenvolvimentismo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – CEPAL116 –, além de propor a industrialização117 com

financiamento subsidiado para que empresários118 investissem no NE, tinha como um de seus principais focos o planejamento e a transferência de parte da população do Semiárido para regiões úmidas do Maranhão119 e Goiás e para as terras amazônicas (FURTADO, 2009). Sobre a industrialização, ela não obedeceu, na grande maioria dos casos, a uma linha de raciocínio com base na realidade local. Muitas das indústrias instaladas no NE, como a têxtil, necessitam de grande quantidade de água para a lavagem de peças de vestimentas, por exemplo.120 Uma ironia, se observarmos que Furtado afirmava que no Semiárido havia um divórcio entre homem e natureza, dada a insistência em produzir alimentos em um lugar com imprevisibilidade pluviométrica. A industrialização também era sinal de ruptura com o atraso e a entrada do Brasil na modernidade, algo bem ao gosto do Presidente Juscelino.

O discurso oficial da Ditadura Civil-Militar afirmava que levaria os sertanejos de “um lugar com muita gente e pouca terra para um lugar com muita terra e pouca gente”. Essa foi uma das justificativas para a construção da Rodovia Transamazônica121 nos anos 1970. A rodovia nunca foi concluída, mas converteu-se em um escoador de corrupção e de morte para muitos nordestinos que mudaram para a Amazônia e nunca se adaptaram àquela região. Negava-se, então, como ainda hoje se negam, as possibilidades para uma região diversa e com potenciais para além dos modelos convencionais da economia moderna.

116 Para Araújo (2009, p. 34), “No pensamento cepalino, há a valorização da industrialização como uma forma de articular países como o Brasil à nova dinâmica de internacionalização industrial.” Já Bielschowsky (2009, p. 22), referindo-se ao Brasil, afirmou que “Este foi o país onde talvez as ideias originais da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal) tiveram mais ampla aceitação.”

117A industrialização era vista como a grande catalisadora para o desenvolvimento do Nordeste. “Por pensar assim, Furtado buscou construir uma aliança com parte do empresariado do Sudeste.” (ARAÚJO, 2009, p. 38). 118 Em 1957, uma missão da FIESP-CIESP visitou o Nordeste a convite da Federação das Indústrias dos estados da região e da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF, e lançou um documento afirmando que o Nordeste era uma das regiões mais promissoras do país. (COHN, 1978).

119 A proposta de transferência dos sertanejos para o Maranhão já era defendida pelo Ministro José Américo de Almeida nos anos 1930 (VILLA, 2001). Entretanto, esta era uma prática recorrente já durante o império.

120 Como explicar a lógica para o incentivo de polos têxteis em Pernambuco e no Ceará, onde supostamente há escassez de água? A produção de uma única camiseta de algodão de 250 gramas tingida com alguma cor pode utilizar uma média de 2.495 litros de água. Disponível em: < http://www.waterfootprint.org/?page=files/productgallery>. Acesso em: 06 jun. 2015.

121 A Rodovia Transamazônica tem o seu Km 0 em Cabedelo, na Paraíba, e deveria percorrer toda a parte Norte do país para interligar e “desenvolver” aquela área. Para uma visão cinematográfica ficcional da construção da rodovia e seus impactos, confira o documentário Iracema: uma transa amazônica. (BODANZKY e SENNA, 1976).

Sobre o planejamento, mola mestra da propaganda da SUDENE, ele era tão centralizado e monológico em sua essência que este órgão estava diretamente ligado à Presidência da República até 1964. Pretendia, também, centralizar as ações de outros órgãos, a exemplo do DNOCS e da CODEVASF (à época ainda chamada de Comissão do Vale do São Francisco). O planejamento das ações da SUDENE não abarcava as demandas das populações indígenas ou quilombolas, por exemplo. Partindo-se do pressuposto de que são os grupos econômicos mais organizados que têm um maior poder político de influenciar as entranhas governamentais, imagine-se o poder de barganha que tinham os agrupamentos humanos que ainda hoje estão à margem das atenções governamentais com o seu emaranhado de discursos e práticas, como é o caso dos povos indígenas e as comunidades de remanescentes quilombolas do Semiárido. Mesmo os trabalhadores rurais nordestinos, ainda que alguns estivessem organizados nas Ligas Camponesas, não encontravam espaço para influenciar a tecnocracia daquele órgão. Ainda mais levando-se em consideração que um dos objetivos do referido planejamento era transferi-los para outras terras, dada a fixação malthusiana de Furtado.

O planejamento era a grande peça de marketing da SUDENE. No entanto, em uma avalição mais meticulosa, percebe-se que este planejamento não abarcava os atores locais. Não era um planejamento com, era um planejamento para. Ora, tratava-se mesmo de impor um modelo importado de outros países.122 De fato concreto, podemos afirmar que o planejamento propagado pela SUDENE não abarcou e ainda não abarca, na grande maioria das vezes, os conhecimentos locais, já que traz em seu germe a ideia de que uma industrialização aos moldes dos países do norte do planeta resolveria todas as questões julgadas problemáticas no NE.

O principal mentor da Superintendência de Desenvolvimentos do Nordeste foi Celso Furtado,123 um economista nascido na Paraíba e que saiu do NE aos dezenove anos para retornar décadas depois como coordenador deste órgão. No campo ideológico, ele era

122 Escobar (1995, p. 122) assegura que “Planners are notorious for not seeing themselves as part of the system for which they plan.” Planejadores são notórios por não verem a eles mesmos como parte do sistema que eles planejam. (Tradução do autor).

123 Furtado era filho de um desembargador na Paraíba. Formou-se em Direito no Rio de Janeiro e tornou-se doutor em Economia pela Universidade de Paris. Além de superintendente da SUDENE, foi Ministro do Planejamento nos anos 1960 e Ministro da Cultura nos anos 1980. Sua capacidade política fez com que ficasse à frente da SUDENE com três presidentes da república, fato não muito comum no Brasil. Confira o documentário O Longo amanhecer: cinebiografia de Celso Furtado (MARIANI, 2007).

nacional-desenvolvimentista124 e, por isso mesmo, um grande defensor da implantação do capitalismo industrial moderno no país através da intervenção do Estado como mediador e planejador, somando a esta implantação o conteúdo social (BIELCHOWSKY, 2009). A Economia do Desenvolvimento era vista como a “bola de cristal” que daria a resposta para todos os problemas a serem enfrentados pelos países atrasados. As respostas quase sempre passavam por consumir o modelo dos países “desenvolvidos” no campo da agricultura mecanizada e da industrialização. Seus representantes vinham dos países do Norte ou eram jovens dos países do Sul que tinham aperfeiçoado os conhecimentos acadêmicos nos Estados Unidos e/ou na Europa, como é o caso do ex-superintendente da SUDENE. Furtado foi, por exemplo, contra a reforma agrária no Semiárido, e em seu discurso de posse não fez menção alguma sobre este que é um dos principais motivos das desigualdades socioeconômicas daquela região. Ele acreditava que um dos principais problemas do sertão era que este estava superpovoado e dependente da agricultura de subsistência (no que em parte estava correto), e, por isso mesmo, a sua população estava à mercê das estiagens, revelando sua visão malthusiana. Em debate em 1959, Furtado (2009, p. 62) afirmou que,

Na economia da caatinga, a divisão de terra seria o tiro de misericórdia, inclusive com a possível liquidação da pecuária. Reforma agrária, para o homem da rua significa divisão de terra, eliminação do proprietário do latifúndio. Eliminação da renda da terra. Se fizéssemos isso na caatinga, nós a despovoaríamos, desorganizando completamente a economia da região, o que seria um grave erro.

Furtado era até mesmo contra a pequena propriedade no Semiárido, pois afirmava que esta causava a exaustão dos recursos naturais da mesma. Ele propôs primeiro a industrialização e a mudança no processo de produção agrícola e depois a relocação do “excedente populacional” do Semiárido, já que ele acreditava que era o aumento da população sertaneja que causava todos os problemas com a chegada das estiagens prolongadas. Sendo assim, era urgente transferir esta população para outras áreas do país, segundo ele. No mesmo debate de 1959, já mencionado, ele chegou a afirmar que “O Nordeste poderá ir mordendo cada vez mais a orla da Floresta Amazônia, à medida que for incorporando ao seu processo de expansão econômica os vales, por exemplo, do Maranhão, de Goiás e do Pará.” (FURTADO,

124 Segundo Bielchowsky (2009, p. 38), “O grande encontro dos nacionalistas desenvolvimentistas ocorreu em meados dos anos 1950, quando Celso Furtado e Américo de Oliveira criaram o Clube dos Economistas, entidade que reuniu algumas dezenas de técnicos do governo federal e alguns desenvolvimentistas do setor privado.”

2009, p. 57). O seu discurso, proferido em nossos dias, causaria uma feroz oposição dos ambientalistas, visto que a sua intenção era tornar a Amazônia “produtiva”, já que a denominou certa vez de “deserto econômico”. O sonho de Furtado de redimensionar a propriedade da terra no litoral nordestino, como estava previsto no documento elaborado pelo GTDN, foi abortado por Juscelino, numa clara demonstração de que a SUDENE tinha mais o papel de jogo eleitoral do que de transformadora da realidade nordestina.

Há que se reconhecer que Furtado teceu críticas sobre a multiplicidade das ações no Semiárido feitas pelos diversos órgãos criados ao longo das primeiras seis décadas do século XX. Defendia uma reforma agrária na zona canavieira e era um feroz crítico da monocultura do açúcar. Além disso, Furtado já dizia abertamente que o problema da região não seria solucionado apenas armazenando a água em grandes açudes e criando campos de irrigação em uma região com grande evaporação e “tendência à rápida salinização” (FURTADO, 2009). Furtado teria repensado suas próprias ideias nos anos de exílio forçado.125 Em 1984, Furtado (2009, p. 24) afirmaria que “Ninguém duvida que o impacto das secas seria menos negativo se a economia nordestina fosse mais bem adaptada à realidade ecológica regional, particularmente se a estrutura agrária não tornasse tão vulnerável a produção de alimentos populares.” Há uma clara mudança de sua percepção sobre a interação homem-natureza ausente no momento em que chefiou a SUDENE.

A liderança de Furtado possibilitou a grande novidade de aglomerar técnicos de fora do mundo burocrático governamental, já que considerava a SUDENE não como “[...] um órgão do Estado tradicional prestador de serviços, e sim do Estado moderno promotor de desenvolvimento...” (FURTADO, 2009, p. 168). Porém, para Andrade (1964), Furtado não valorizou os técnicos locais que tão bem conheciam a realidade da região à época de sua criação.

A SUDENE sofreu oposição dos latifundiários nordestinos, que taxavam Furtado de comunista, e por parte da esquerda que via nas ações deste órgão uma forma de desmobilizar as organizações camponesas nascentes no NE, especialmente as Ligas Camponesas. Direita e Esquerda viam Furtado como um inimigo. Para acalmar os anticomunistas, Furtado teve até mesmo um encontro com o Presidente Kennedy, em 14 de julho de 1961, para dirimir qualquer dúvida de que não estava a serviço do comunismo (FURTADO, 2009).

Em seu livro Elegia para uma re(li)gião (1977), o sociólogo Francisco de Oliveira faz uma profunda reflexão sobre a SUDENE e os anos em que assessorou Furtado. Oliveira (1977, p. 37), ao referir-se a uma das características na criação da SUDENE, afirma que ela

[...] incorpora elementos do falso conflito inter-regional: para ganhar força e dar maior dimensão ao conflito, a própria definição da “região” Nordeste da SUDENE estende-se agora do Maranhão à Bahia, incorporando inclusive uma pequena faixa do território mineiro, cujas características climáticas assemelham-se às do sertão nordestino.

Vale ressaltar que a divisão geográfica, como a conhecemos hoje, não estava em voga à época da criação da SUDENE e que as vultosas somas para os financiamentos das indústrias na região fizeram com que os políticos conseguissem que a área de atuação deste órgão abrangesse até mesmo parte do estado do Espírito Santo.

A criação desta autarquia foi uma forma de contrapor-se ao fortalecimento das Ligas Camponesas, bem como foi o resultado de uma crescente desigualdade econômica e suas possíveis consequências com a inserção de novos atores na configuração política do NE, a exemplo dos trabalhadores rurais organizados. Isto porque a elite vinda do campo mostrava sinais de enfraquecimento e a elite industrial ainda não estava forte o suficiente para tomar o comando político na região, fato que seria consumado nos anos 1980, a partir do Ceará. Nas palavras de Lima (2009, p. 264),

A Sudene e o histórico de sua criação não se justificam somente como uma tentativa de expansão do capital dominante, industrial e financeiro, do Sudeste, mas também e muito fortemente, pelas pressões no interior do Nordeste por parte das camadas populares, fossem elas bem ou mal organizadas. Serviu também, num primeiro período, até meados de 1961, antes da ruptura da maioria dos governadores com Celso Furtado, para retirar a hegemonia do latifúndio ligado ao gado e ao algodão, transferindo-o ao grupo industrial na região.

A SUDENE sofreu grandes mudanças durante a Ditadura Civil-Militar e foi utilizada como mecanismo para o financiamento de grupos empresariais e para grandes obras. Como era um dos órgãos responsáveis por definir os munícipios em “estado crítico” durante as estiagens (COELHO, 1985), ela tinha grande poder político.

Durante o governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, a SUDENE passou a ser chamada de Agência de Desenvolvimento do Nordeste – ADENE –, tendo seu prestígio e poder político enfraquecidos neste período. Teve seu orçamento diminuído, mas continuou com o mesmo foco de atuação financiando grandes projetos.

Com a posse do Presidente Lula, em 2003, foi criado um Grupo Interministerial para a Recriação da SUDENE e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – Sudam. A SUDENE ressurgiu em 2007 e voltou a ser chamada de Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. A princípio houve uma tentativa de mudar seu foco de ação, o que não logrou êxito e frustrou aqueles que acreditaram que novos ventos soprariam com uma SUDENE mais alinhada com os princípios da convivência com a região de forma dialógica.

Atualmente, a SUDENE tem entre seus projetos o financiamento da construção da Ferrovia Transnordestina,126 projetada para escoar a produção do agronegócio do Semiárido e do Cerrado nordestino através do Porto de Pecém, no Ceará, e do Porto de Suape, em Pernambuco. Este fato demonstra que a SUDENE continua seguindo uma lógica de financiar grandes obras para o desenvolvimento do NE e ainda não vislumbra outras potencialidades para aquela região, dado o montante que é destinado para este megaprojeto. O sítio eletrônico da SUDENE informa que “A Ferrovia Transnordestina conta com investimentos totais de R$ 5,3 bilhões, com participação de R$ 2,67 bilhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste – FNDE (50% do empreendimento)”.

Os grandes ganhadores com a criação da SUDENE foram os industriais de Sul/Sudeste. A promessa de isenção em grande parte do imposto de renda para indústrias de capital nacional que se instalassem na região levou muitos destes industriais a criarem filiais no NE. Mais tarde, já durante a Ditadura Civil-Militar, este benefício foi estendido para empresas estrangeiras. Muitas empresas sequer funcionaram depois de ganharem os empréstimos e os subsídios do governo.

A SUDENE impôs um modelo de planejamento regional de produção agrícola que não se coadunava com a realidade da grande maioria da população. Esta autarquia nasceu de

126 Segundo Guerra (1981), a ideia da Transnordestina nasceu com o inglês João Urich Graf, morador do Rio Grande do Norte, que pretendia levar o sal produzido em Mossoró para o interior do Nordeste e de lá trazer vários produtos como couro e grãos. Sobre o financiamento da SUDENE para esta ferrovia através do FDNE, confira <http://www.sudene.gov.br/transnordestina-e-viabilizada-atraves-de-recursos-da-sudene>. Acesso em: 06 jun. 2015. Sobre o percurso ligando o Porto de Suape ao Porte de Pecém e algumas das características da

Ferrovia Transnordestina, confira

<http://www.csn.com.br/irj/portal/anonymous?NavigationTarget=navurl://63e31e34e4f8128443ad7dc59764146 6>. Acesso em: 06 jun. 2015.

interesses políticos eleitorais fazendo parte do fio da espiral de órgãos que prometem mudar uma situação que de fato só ajudam a perpetuar, justamente por alimentar o modelo que dizem combater. Não seria o momento de criar mecanismos de mudar da Indústria da Seca para a uma Indústria Seca?127 Uma industrialização que respeite os limites da região e dialogue com os conhecimentos locais e suas possibilidades. Um planejamento que abarque o potencial econômico reprimido por décadas de imposição de um modelo industrial importado e conivente com a degradação ambiental.

No documento Flavio Jose Rocha da Silva (páginas 103-110)