• Nenhum resultado encontrado

A T RADIÇÃO RADIÇÃO A A POCALÍPTICA POCALÍPTICA

1. A TRADIÇÃORADIÇÃO AAPOCALÍPTICAPOCALÍPTICA

A literatura apocalíptica judaica que floresceu de 165 A literatura apocalíptica judaica que floresceu de 165 a.C. a 90 d.C, deve muito à preparação dos profetas do a.C. a 90 d.C, deve muito à preparação dos profetas do Antigo Testamento e à influência de idéias estrangeiras, Antigo Testamento e à influência de idéias estrangeiras, especialmente as relacionadas à escatologia do especialmente as relacionadas à escatologia do Zoroastrismo do Império Persa. Mas é verdadeiro dizer Zoroastrismo do Império Persa. Mas é verdadeiro dizer que ela tomou raízes no tempo da perseguição sob Antíoco que ela tomou raízes no tempo da perseguição sob Antíoco IV (Epifânio) e prosperou na atmosfera da opressão, IV (Epifânio) e prosperou na atmosfera da opressão, tortura e ameaça de morte que prevalecia na Palestina ao tortura e ameaça de morte que prevalecia na Palestina ao longo de todo o reinado desse monarca. A semente já havia longo de todo o reinado desse monarca. A semente já havia sido lançada, por assim dizer, em passagens tais como sido lançada, por assim dizer, em passagens tais como Ezequiel 38-39, Zacarias 9-14, certas partes de Joel e Isaías Ezequiel 38-39, Zacarias 9-14, certas partes de Joel e Isaías 24-27, que, de forma muito interessante,

24-27, que, de forma muito interessante, estão elas própriasestão elas próprias embutidas na profecia; mas nos eventos que conduziram à embutidas na profecia; mas nos eventos que conduziram à Revolta dos Macabeus, essa semente chegou ao pleno Revolta dos Macabeus, essa semente chegou ao pleno florescimento. O primeiro, e indubitavelmente o maior dos florescimento. O primeiro, e indubitavelmente o maior dos escritos apocalípticos, é o Livro de Daniel, escrito sobre um escritos apocalípticos, é o Livro de Daniel, escrito sobre um fundo de perseguição, terror e morte. Desde o início ele fundo de perseguição, terror e morte. Desde o início ele deve ter conquistado um lugar de honra entre aqueles para deve ter conquistado um lugar de honra entre aqueles para quem foi escrito e deve ter causado uma profunda quem foi escrito e deve ter causado uma profunda impressão no povo judeu como um todo; apenas o Livro de impressão no povo judeu como um todo; apenas o Livro de Daniel, dentre todos aqueles que se seguiram, conquistou Daniel, dentre todos aqueles que se seguiram, conquistou para si um lugar no Cânon hebraico das Escrituras.

para si um lugar no Cânon hebraico das Escrituras.

81 

 A, O Segredo Oculto  A, O Segredo Oculto

Praticamente em toda essa literatura, um padrão Praticamente em toda essa literatura, um padrão definido pode ser traçado que, embora os detalhes definido pode ser traçado que, embora os detalhes possamvariar, quase sempre é o mesmo em linhas gerais. possamvariar, quase sempre é o mesmo em linhas gerais. Os vários escritos reivindicam ser revelações dos segredos Os vários escritos reivindicam ser revelações dos segredos divinos, os quais Deus tornou conhecidos a certos divinos, os quais Deus tornou conhecidos a certos indivíduos eleitos (de Adão a Esdras) que pretendem ser os indivíduos eleitos (de Adão a Esdras) que pretendem ser os escritores dos livros. Esses homens, por meio de visões e escritores dos livros. Esses homens, por meio de visões e coisas semelhantes, haviam sido iniciados em uma coisas semelhantes, haviam sido iniciados em uma compreensão dos segredos dos céus e subseqüentemente compreensão dos segredos dos céus e subseqüentemente os registraram em seus livros "ocultos", como instrução os registraram em seus livros "ocultos", como instrução para os justos. A natureza dessa iniciação varia em para os justos. A natureza dessa iniciação varia em diferentes partes da literatura. Freqüentemente ela assume diferentes partes da literatura. Freqüentemente ela assume a forma de uma translado, seja no espírito,

a forma de uma translado, seja no espírito, 2626   seja no  seja no

corpo,

corpo,2727 ao próprio céu. Lá o vidente antigo é iniciado nos ao próprio céu. Lá o vidente antigo é iniciado nos

segredos eternos do propósito divino ou mesmo na própria segredos eternos do propósito divino ou mesmo na própria presença de Deus.

presença de Deus.2828 Vários dos escritos apocalípticos fazemVários dos escritos apocalípticos fazem

referência às "tábuas celestes", nas quais estão registrados referência às "tábuas celestes", nas quais estão registrados os segredos dos séculos. Em I Enoque, elas registram os segredos dos séculos. Em I Enoque, elas registram "todas as ações dos seres humanos... desde

"todas as ações dos seres humanos... desde as mais remotasas mais remotas gerações" (81.2, cf. 93.2) e prediz a injustiça que surgirá na gerações" (81.2, cf. 93.2) e prediz a injustiça que surgirá na face da terra (106.19; 107.1). Em outro lugar elas são face da terra (106.19; 107.1). Em outro lugar elas são chamados de "os livros dos santos"; nelas, os anjos sabem chamados de "os livros dos santos"; nelas, os anjos sabem do futuro e assim estão aptos a preparar a recompensa dos do futuro e assim estão aptos a preparar a recompensa dos  justos e dos ímpios (cf. 103.2; 106.19; 108.7).

 justos e dos ímpios (cf. 103.2; 106.19; 108.7).

82

82Cf. I Enoque 71.1. Cf. I Enoque 71.1. As palavras "subi para aqui", em Ap 11.12, ditas ajoão na ilha de Patmos,As palavras "subi para aqui", em Ap 11.12, ditas ajoão na ilha de Patmos, provavelmente se refere a um translado do espírito. Cf. também Ap 17.3; 21.10.

provavelmente se refere a um translado do espírito. Cf. também Ap 17.3; 21.10. 83

83Cf. I Enoque 39.3,4; II Enoque 3.1; 36.1,2; 38.1; Testamento de Abraão 7B, 8B; Apocalipse deCf. I Enoque 39.3,4; II Enoque 3.1; 36.1,2; 38.1; Testamento de Abraão 7B, 8B; Apocalipse de Baruque 6.3; II Esdras 14.9. Isso nos lembra das palavras de Paulo em II Co 12.2-4, onde ele relata Baruque 6.3; II Esdras 14.9. Isso nos lembra das palavras de Paulo em II Co 12.2-4, onde ele relata como foi arrebatado para o terceiro céu, "se no corpo ou fora do corpo, não sei".

como foi arrebatado para o terceiro céu, "se no corpo ou fora do corpo, não sei". 84

84Cf. I Enoque 14.9-17; 71.7-9; II Enoque 20.3; 22.1, etc. Há muitas histórias lendárias,Cf. I Enoque 14.9-17; 71.7-9; II Enoque 20.3; 22.1, etc. Há muitas histórias lendárias, especialmente na literatura grega, da alma do homem viajando

especialmente na literatura grega, da alma do homem viajando pelo Hades ou pelo céu, pelo Hades ou pelo céu, seja após aseja após a morte, seja em um estado de transe. Os apocalípticos, contudo, podem ter sido mais

morte, seja em um estado de transe. Os apocalípticos, contudo, podem ter sido mais

profundamente'influenciados pela idéia do Antigo Testamento de um Conselho Celestial presidido profundamente'influenciados pela idéia do Antigo Testamento de um Conselho Celestial presidido por Deus e assistido por anjos e às vezes por homens. Cf. I Reis 22.19 ss; Jó 1.6 ss; Is 6.6 ss; SI por Deus e assistido por anjos e às vezes por homens. Cf. I Reis 22.19 ss; Jó 1.6 ss; Is 6.6 ss; SI 89.7;89.7;  Jr 23.18

 Jr 23.18 ss. Essa mesma ss. Essa mesma idéia é idéia é desenvolvida a desenvolvida a um grau exum grau extravagante no travagante no Judaísmo mais Judaísmo mais recente (cf.recente (cf.

Sanhedrin

Essa mesma idéia está presente no Livro de Jubileus Essa mesma idéia está presente no Livro de Jubileus (cf. 1.29; 5.13; 23.30-32; 30.21-22, etc.) e

(cf. 1.29; 5.13; 23.30-32; 30.21-22, etc.) e nos Testamentos dosnos Testamentos dos Doze Patriarcas, nos quais acredita-se que as tábuas Doze Patriarcas, nos quais acredita-se que as tábuas celestes prevêem os eventos futuros (cf. Testamento de celestes prevêem os eventos futuros (cf. Testamento de Aser 7.5) e coloca-se ênfase sobre o determinismo dos Aser 7.5) e coloca-se ênfase sobre o determinismo dos eventos futuros

eventos futuros2929 (cf. Testamento de Aser (cf. Testamento de Aser 2.10; Test2.10; Testamentoamento

de Levi 5.4). de Levi 5.4).

Tais segredos, embora não se relacionem particular- Tais segredos, embora não se relacionem particular- mente às "últimas coisas", relatam todo o propósito de mente às "últimas coisas", relatam todo o propósito de Deus para o universo desde a criação até o final dos Deus para o universo desde a criação até o final dos tempos. A compreensão de tais segredos ajuda os justos a tempos. A compreensão de tais segredos ajuda os justos a discernir os sinais da aproximação do fim e os estabelece discernir os sinais da aproximação do fim e os estabelece em sua santa fé.

em sua santa fé.8686  Muito freqüentemente a revelação  Muito freqüentemente a revelação

concedida ao eleitos antigos consiste em um relato da concedida ao eleitos antigos consiste em um relato da história do mundo, culminando no Reino do Messias e a história do mundo, culminando no Reino do Messias e a Era Vindoura. Falando em termos gerais, o relato dado é Era Vindoura. Falando em termos gerais, o relato dado é muito claro, sob os aspectos simbólicos, bem ajustado à muito claro, sob os aspectos simbólicos, bem ajustado à época na qual o próprio autor estava vivendo; e então, época na qual o próprio autor estava vivendo; e então, inevitavelmente, o relato se torna obscuro, porque embora inevitavelmente, o relato se torna obscuro, porque embora o relato todo pareça ser uma predição em nome dos o relato todo pareça ser uma predição em nome dos videntes antigos, a predição, propriamente dita, começa, de videntes antigos, a predição, propriamente dita, começa, de fato, a partir dos dias do próprio autor. Desse ponto em fato, a partir dos dias do próprio autor. Desse ponto em diante, o tempo dos eventos é rapidamente precipitado, diante, o tempo dos eventos é rapidamente precipitado, porque o fim está próximo. A nature

porque o fim está próximo. A natureza do fim e os detalhesza do fim e os detalhes de sua vinda demonstram uma grande diversidade de de sua vinda demonstram uma grande diversidade de pensamento, mas normalmente o escritor retrata a ruína pensamento, mas normalmente o escritor retrata a ruína dos ímpios e o triunfo dos justos, seja neste mundo ou na dos ímpios e o triunfo dos justos, seja neste mundo ou na vida vindoura, seja num reino terreno ou num celestial, em vida vindoura, seja num reino terreno ou num celestial, em corpo físico ou em corpo "espiritual" renovado; o Reino corpo físico ou em corpo "espiritual" renovado; o Reino Messiânico, temporal ou eterno, é anunciado e proclama Messiânico, temporal ou eterno, é anunciado e proclama ou inaugura a Era Vindoura, quando os propósitos de ou inaugura a Era Vindoura, quando os propósitos de Deus vão triunfar e Ele vai viver com seu povo para Deus vão triunfar e Ele vai viver com seu povo para

85

sempre.

sempre.8787  Esse padrão de revelação tendia a se  Esse padrão de revelação tendia a se

tornarestereotipado e formai, mas em sua origem, de tornarestereotipado e formai, mas em sua origem, de qualquer modo, como no Livro de Daniel, seu propósito qualquer modo, como no Livro de Daniel, seu propósito era muito prático — inspirar a nação com uma nova era muito prático — inspirar a nação com uma nova coragem e com renovada esperança na vitória final do bem coragem e com renovada esperança na vitória final do bem sobre o mal, e no triunfo de Deus e seu Reino sobre todos sobre o mal, e no triunfo de Deus e seu Reino sobre todos os poderes das trevas.

os poderes das trevas.

B. A Linguagem do Simbolismo B. A Linguagem do Simbolismo

Toda essa literatura é abundante em imaginação de Toda essa literatura é abundante em imaginação de gênero fantástico e estranho, a tal ponto que o simbolismo gênero fantástico e estranho, a tal ponto que o simbolismo pode ser considerado como a linguagem apocalíptica. Parte pode ser considerado como a linguagem apocalíptica. Parte desse simbolismo é originado diretamente do Antigo desse simbolismo é originado diretamente do Antigo Testamento, cujas figuras e metáforas são adaptadas e Testamento, cujas figuras e metáforas são adaptadas e usadas como material para representação figurativa. usadas como material para representação figurativa. Porém, grande parte dela tem origem na mitologia antiga. Porém, grande parte dela tem origem na mitologia antiga. Essa influência pode ser traçada mesmo no próprio Antigo Essa influência pode ser traçada mesmo no próprio Antigo Testamento, mas nos apocalípticos é muito mais Testamento, mas nos apocalípticos é muito mais plenamente desenvolvida. Alguns desses quadros e plenamente desenvolvida. Alguns desses quadros e alusões, sem dúvida, surgiram juntamente com os própr alusões, sem dúvida, surgiram juntamente com os própriosios escritores apocalípticos sob a influência de idéias escritores apocalípticos sob a influência de idéias estrangeiras e tornaram-se parte de seu repertório comum. estrangeiras e tornaram-se parte de seu repertório comum. De particular interesse é o antigo mito babilónico de De particular interesse é o antigo mito babilónico de um combate entre o divino Criador e um grande monstro um combate entre o divino Criador e um grande monstro marinho. Esse mito encontra eco em diversas passagens do marinho. Esse mito encontra eco em diversas passagens do Antigo Testamento, nas quais o monstro é muitas vezes Antigo Testamento, nas quais o monstro é muitas vezes descrito como Dragão, Leviatã, Raabe ou Serpente.

descrito como Dragão, Leviatã, Raabe ou Serpente.3030 EmEm

forma babilónica e hebraica igualmente simboliza o abismo forma babilónica e hebraica igualmente simboliza o abismo caótico ou oceano cósmico (do hebraico

caótico ou oceano cósmico (do hebraico Tehôm;Tehôm; dodo babilónico

babilónico TiâmatfTiâmatf que é considerado como um lugar deque é considerado como um lugar de

88

88Dragão (Jó 7.12; SI 74.13; Is 51.9; Ez 29.3; 32.2), LeviatãDragão (Jó 7.12; SI 74.13; Is 51.9; Ez 29.3; 32.2), Leviatã Qó Qó41.1; SI 74.14; 104.26; Is 27.1), Raabe41.1; SI 74.14; 104.26; Is 27.1), Raabe

 Qó

 Qó 9.13; 26.12; SI 89.10; Is 30.7; 51.9), Serpente (Jó 26.13; Is 27.1; Amós 9.3).9.13; 26.12; SI 89.10; Is 30.7; 51.9), Serpente (Jó 26.13; Is 27.1; Amós 9.3).

89

89Cf. Jó 7.12; 26.12; 38.8; SI 74.13; Is 51.10; Hc 3.8; Amós 7.4. Para o poder de Deus sobre oCf. Jó 7.12; 26.12; 38.8; SI 74.13; Is 51.10; Hc 3.8; Amós 7.4. Para o poder de Deus sobre o abismo, ver também SI 33.7 s; 93.1 ss; 107.23-32; Jonas 2.5-9, etc. Em Gn 1.2, 6 ss, Deus o C

abismo, ver também SI 33.7 s; 93.1 ss; 107.23-32; Jonas 2.5-9, etc. Em Gn 1.2, 6 ss, Deus o Criadorriador salva o mundo do poder

mistério e mal. Em outro lugar eleé identificado com o mistério e mal. Em outro lugar eleé identificado com o Egito (cf. Salmos 87.4), que em vários lugares é descrito sob Egito (cf. Salmos 87.4), que em vários lugares é descrito sob a figura de um grande monstro marinho (cf. Salmos a figura de um grande monstro marinho (cf. Salmos 74.13ss; Ezequiel 29.3; 32.2).

74.13ss; Ezequiel 29.3; 32.2).

Esse mesmo monstro reaparece nos apocalípticos em Esse mesmo monstro reaparece nos apocalípticos em vários escritos de diversas datas. No Testamento de Aser, vários escritos de diversas datas. No Testamento de Aser, por exemplo, o escritor fala sobre a vinda do Altíssimo à por exemplo, o escritor fala sobre a vinda do Altíssimo à terra e que ele "rompeu a cabeça do dragão na água" (7.3; terra e que ele "rompeu a cabeça do dragão na água" (7.3; cf. Salmos 74.13). Há uma tradição de que esse dragão, cf. Salmos 74.13). Há uma tradição de que esse dragão, descrito como Behemoth e Leviatã, será devorado no descrito como Behemoth e Leviatã, será devorado no Banquete do Messias por aqueles que permanecerem na Banquete do Messias por aqueles que permanecerem na Era Messiânica (II Esdras 6.52; II Baruque 29.4)

Era Messiânica (II Esdras 6.52; II Baruque 29.4) 3131  Nos  Nos

Fragmentos de Zadoque, a mesma figura é usada para Fragmentos de Zadoque, a mesma figura é usada para descrever "os reis dos gentios" (9.19-20), enquanto que em descrever "os reis dos gentios" (9.19-20), enquanto que em Salmos de Salomão a referência é ao general romano Salmos de Salomão a referência é ao general romano Pompeu (2.29), sem dúvida, sob a influência de Jeremias Pompeu (2.29), sem dúvida, sob a influência de Jeremias 51.34, onde se faz referência a Nabucodonosor, rei de 51.34, onde se faz referência a Nabucodonosor, rei de Babilônia, em termos semelhantes.

Babilônia, em termos semelhantes.

Toda a literatura apocalíptica emprega extensamente Toda a literatura apocalíptica emprega extensamente figuras de animais de todas as espécies para simbolizar figuras de animais de todas as espécies para simbolizar homens e nações. A figura do touro, por exemplo, já homens e nações. A figura do touro, por exemplo, já familiar no Antigo Testamento como símbolo da presença e familiar no Antigo Testamento como símbolo da presença e do poder de Deus,

do poder de Deus,3232 aparece particularmente em I Enoqueaparece particularmente em I Enoque

85-86 como símbolo dos patriarcas de Adão a Isaque. Em 85-86 como símbolo dos patriarcas de Adão a Isaque. Em uma passagem, ele representa o Messias humano e os uma passagem, ele representa o Messias humano e os membros de seu reino que se tornam touros brancos, assim membros de seu reino que se tornam touros brancos, assim como Adão (I Enoque 90.37-38). Os justos que seguem os como Adão (I Enoque 90.37-38). Os justos que seguem os patriarcas são descritos sob a figura de ovelhas ou patriarcas são descritos sob a figura de ovelhas ou cordeiros, sem dúvida sob a influência de Ezequiel 34.3,6,8, cordeiros, sem dúvida sob a influência de Ezequiel 34.3,6,8,

90

90No livro do Apocalipse o dragão aparece como Satanás e é inimigo dNo livro do Apocalipse o dragão aparece como Satanás e é inimigo do Messiaso Messias

e de seus santos (cf. 12.9,20.2). Na literatura rabínica é feita uma referência ao banquete messiânico; e de seus santos (cf. 12.9,20.2). Na literatura rabínica é feita uma referência ao banquete messiânico; na literatura de Qumran a "Norma da Congregação" descreve alguns preparativos para um

na literatura de Qumran a "Norma da Congregação" descreve alguns preparativos para um banquete que será presumivelmente preparado na nova era (ver p.129).

banquete que será presumivelmente preparado na nova era (ver p.129). MMCf. Ex 32.4 ss; I ReisCf. Ex 32.4 ss; I Reis 12.26 ss; Oséias 10.5, etc.

onde o mesmo simbolismo é usado.

onde o mesmo simbolismo é usado.3333  Moisése Aarão, e  Moisése Aarão, e

muitos outros depois deles, são descritos desse modo (I muitos outros depois deles, são descritos desse modo (I Enoque 89.16, é). Davi e Salomão, por exemplo, são Enoque 89.16, é). Davi e Salomão, por exemplo, são retratados como ovelhas até que assumem o trono, quando retratados como ovelhas até que assumem o trono, quando então se tornam carneiros (I Enoque 89.45, 48). O Messias, então se tornam carneiros (I Enoque 89.45, 48). O Messias, como já vimos, é um touro branco mas, ao entrar em seu como já vimos, é um touro branco mas, ao entrar em seu reino, ele se torna um cordeiro (I Enoque 90.38) Judas reino, ele se torna um cordeiro (I Enoque 90.38) Judas Macabeus é descrito como um carneiro (90.14) e em outro Macabeus é descrito como um carneiro (90.14) e em outro lugar como um grande chifre (90.9). O carneiro é, lugar como um grande chifre (90.9). O carneiro é, naturalmente, um símbolo bem conhecido de poder e naturalmente, um símbolo bem conhecido de poder e dominação (cf. Ezequiel 34.17; 39.18) e é encontrado dominação (cf. Ezequiel 34.17; 39.18) e é encontrado também em outros escritos apocalípticos (cf. Daniel 8.3s, também em outros escritos apocalípticos (cf. Daniel 8.3s, etc).

etc).

Os apocalípticos fazem uso freqüente de bestas Os apocalípticos fazem uso freqüente de bestas selvagens e aves de rapina para simbolizar as nações dos selvagens e aves de rapina para simbolizar as nações dos gentios. Sem dúvida, eles foram influenciados por gentios. Sem dúvida, eles foram influenciados por passagens tais como Ezequiel 39.17 ss e

passagens tais como Ezequiel 39.17 ss e talvez também pelotalvez também pelo Livro de Jó e o Livro de Provérbios, os quais demonstram Livro de Jó e o Livro de Provérbios, os quais demonstram grande interesse pela natureza e fazem referência grande interesse pela natureza e fazem referência freqüente a figuras de animais de muitas espécies. A lista freqüente a figuras de animais de muitas espécies. A lista mais extensa se encontra em I Enoque 89.10 ss onde as mais extensa se encontra em I Enoque 89.10 ss onde as várias nações gentílicas são descritas sob a figura de leões, várias nações gentílicas são descritas sob a figura de leões, tigres, lobos, cachorros, hienas, javalis selvagens, raposas, tigres, lobos, cachorros, hienas, javalis selvagens, raposas, esquilos, porcos, falcões, urubus, milhanos, águias e esquilos, porcos, falcões, urubus, milhanos, águias e corvos. No Testamento de José 19.8, porém, o leão é usado corvos. No Testamento de José 19.8, porém, o leão é usado para representar Judá, e em U Esdras 11.37 ele simboliza o para representar Judá, e em U Esdras 11.37 ele simboliza o Messias.

Messias.3434 Neste último caso, Neste último caso, o leão, falando com o leão, falando com uma vozuma voz