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Adaptação às Necessidades dos Usuários

No documento Ebook TA pesquisa1 (páginas 73-79)

Dormitórios domésticos e os riscos para idosos com Alzheimer: diretrizes assistivas para adequação do

3.4. Adaptação às Necessidades dos Usuários

Ao término das análises, foi possível estabelecer uma lista de proposições as- sistivas, a saber:

• Organizar o layout do ambiente, a composição do mobiliário deve deman- dar apenas móveis mais essenciais para evitar excessos e esses serão distribuídos procurando aproveitar ao máximo o espaço disponível sem comprometer a cir- culação;

• Demolir a paredes que possam estar dividindo o quarto do closet, transfor- mando em um único ambiente amplo e funcional;

• Substituir portas de acesso ao dormitório de 0.80 cm, por outra mais leve, com puxador que irá facilitar a tarefa e com um vão maior 0.90 cm, instalando também na nova porta um sistema corrediço para ganhar espaço no ambiente (desde que o usuário já possua familiaridade com o sistema);

• Substituir a atual cama de casal, por uma de solteirão, mais alta e com apoios laterais, para facilitar o sentar, levantar e proporcionar maior segurança ao dor- mir; Instalar um corrimão ao lado da cama facilitando a hora de levantar-se;

• O cobertor e o travesseiro devem ser presos à cama para trazer mais conforto no frio e evitar sufocamentos;

• Inserir no local uma poltrona reclinável para auxiliar em algumas atividades diárias e também servir de descanso;

• Inserir um criado-mudo multifuncional, que possa ser utilizado para portar objetos facilitadores como: campainha, controle remoto da televisão e lanterna para casos de emergência;

• Substituir os potes de vidro, destinados ao armazenamento de perfumes e hidratantes, por outros de plástico;

• Eliminar mobiliário excessivo no ambiente, por exemplo: o closet, a cômoda e o roupeiro, que serão substituídos por apenas um guarda-roupas;

• Oferecer uma ampla área de circulação no ambiente principalmente em volta dos móveis. Isso será possível, após a retirada do excesso de mobília;

• Substituir o piso por outro que seja antiderrapante;

• Substituir o tapete, por outro modelo totalmente fixado ao piso.

• Redimensionar a iluminação, oferecer uma iluminação de 300 Lux à 500 Lux. Evitar superfícies reflexivas e ofuscamento. A iluminação deve ser do tipo dire- ta-indireta, com intuito de provocar um efeito mais informe no ambiente, alguns pontos específicos do mobiliário devem receber iluminação direta, devido à ne- cessidade de mais luz sobre suas superfícies;

• Utilizar persianas fixas para controlar a entrada de ar e iluminação no am- biente.

• Aplicar cores no ambiente de forma equilibrada, através de tons que con- sigam estimular e ao mesmo tempo trazer sensação de aconchego e paz para o espaço;

• Projetar o roupeiro de maneira acessível para idoso, tanto nos compartimen- tos superiores como nos inferiores;

• As gavetas devem ser leves, com travas e puxadores para facilitar o uso (com sistema familiar ao usuário). Selecionar puxadores sem quinas vivas;

• Organizar o layout do ambiente, a composição do mobiliário deve deman- dar apenas móveis mais essenciais para evitar excessos e esses serão distribuídos procurando aproveitar ao máximo o espaço disponível sem comprometer a cir- culação;

• Demolir a paredes que possam estar dividindo o quarto do closet, transfor- mando em um único ambiente amplo e funcional;

• Substituir portas de acesso ao dormitório de 0.80 cm, por outra mais leve, com puxador que irá facilitar a tarefa e com um vão maior 0.90 cm, instalando também na nova porta um sistema corrediço para ganhar espaço no ambiente (desde que o usuário já possua familiaridade com o sistema);

• Substituir a atual cama de casal, por uma de solteirão, mais alta e com apoios laterais, para facilitar o sentar, levantar e proporcionar maior segurança ao dor- mir; Instalar um corrimão ao lado da cama facilitando a hora de levantar-se;

• O cobertor e o travesseiro devem ser presos à cama para trazer mais conforto no frio e evitar sufocamentos;

• Inserir no local uma poltrona reclinável para auxiliar em algumas atividades diárias e também servir de descanso;

• Inserir um criado-mudo multifuncional, que possa ser utilizado para portar objetos facilitadores como: campainha, controle remoto da televisão e lanterna para casos de emergência;

• Substituir os potes de vidro, destinados ao armazenamento de perfumes e hidratantes, por outros de plástico;

• Eliminar mobiliário excessivo no ambiente, por exemplo: o closet, a cômoda e o roupeiro, que serão substituídos por apenas um guarda-roupas;

• Oferecer uma ampla área de circulação no ambiente principalmente em volta dos móveis. Isso será possível, após a retirada do excesso de mobília;

• Substituir o piso por outro que seja antiderrapante;

• Substituir o tapete, por outro modelo totalmente fixado ao piso.

• Redimensionar a iluminação, oferecer uma iluminação de 300 Lux à 500 Lux. Evitar superfícies reflexivas e ofuscamento. A iluminação deve ser do tipo dire- ta-indireta, com intuito de provocar um efeito mais informe no ambiente, alguns pontos específicos do mobiliário devem receber iluminação direta, devido à ne- cessidade de mais luz sobre suas superfícies;

• Utilizar persianas fixas para controlar a entrada de ar e iluminação no am- biente.

• Aplicar cores no ambiente de forma equilibrada, através de tons que con- sigam estimular e ao mesmo tempo trazer sensação de aconchego e paz para o espaço;

• Projetar o roupeiro de maneira acessível para idoso, tanto nos compartimen- tos superiores como nos inferiores;

• As gavetas devem ser leves, com travas e puxadores para facilitar o uso (com sistema familiar ao usuário). Selecionar puxadores sem quinas vivas;

• Diferenciar, através das cores, portas de maçanetas, uma vez a redução na acuidade visual dificulta a visualização de contrastes;

• Manter alguns objetos e roupas expostos em arara no roupeiro, facilitando na visualização das peças;

• Instalar luzes internas no interior do roupeiro, para facilitar a visualização das roupas e objetos de uso pessoal;

• Instalar, no criado mudo, interruptor de iluminação geral do espaço, além do tradicional ao lado da porta de acesso ao ambiente.

As recomendações ora tecidas podem trazer inúmeros benefícios para o usu- ário idoso portador de Alzheimer, desse estudo de caso, tais como a adaptação do mobiliário para atender as suas necessidades específicas, substituição da ilu- minação por outra adequada para o ambiente (otimizando a percepção visual do idoso), substituição do piso por outro de material antiderrapante (promovendo a mobilidade no local e prevenindo acidentes), alteração das cores do ambiente por outras que sejam estimulantes e transmitam sensação de tranquilidade e paz.

As proposições também focaram benefícios relacionados à antropometria, recomendando o uso de dados dimensionais direcionados às necessidades espe- cificas do usuário idoso. Neste contexto, a linha de mobiliário deve ter suas di- mensões acessíveis ao longevo, considerando a estatura do usuário e seus níveis de alcance, conservando posturas corporais neutras e de baixo risco ao utilizar determinado mobiliário, o que promove maior autonomia na realização das ativi- dades desenvolvidas no local.

Ao considerar as recomendações ergonômicas estabelecidas, tornou-se pos- sível elaborar um projeto conceitual como modelo de orientação para alterações necessárias ao ambiente, apresentado através da figura a seguir:

4. DISCUSSÃO

5. CONCLUSÕES

O estudo trouxe à tona diversas limitações físicas inerentes ao público ido- so, tanto decorrentes do avanço natural da idade, quanto pelo agravante do mal de Alzheimer, notou-se principalmente uma dificuldade para lembrar de fatos recentes e um déficit de concentração por parte do longevo, além de problemas articulares e dificuldade de locomoção. Neste sentido, a pesquisa pôde verificar a importância de identificar as limitações características do usuário para, a partir de então, estabelecer parâmetros assistivos.

Esta pesquisa sugere o fato de que, com uma análise aprofundada, é possível estabelecer recomendações assistivas para o dormitório direcionado ao público idoso. O estabelecimento de tais proposições pode não somente auxiliar na adap- tação e reforma de um ambiente já edificado, como também servir de guia pro- cedimental para a elaboração de projetos situados neste mesmo contexto social.

O estudo nos fez perceber que é imprescindível que Designers, Arquitetos ou Projetistas busquem aliar ao seu conhecimento profissional princípios assistivos de adaptação e projetação de espaços, para que desenvolvam ambientes saudáveis e adequados às limitações e necessidades especificas dos usuários, essencialmente o usuário idoso. De fato, com o passar da idade, o ser humano começa a enfrentar a redução de diversas das suas capacidades orgânicas, restringindo cada vez mais o seu leque de atividades. Muitos destes idosos se veem na infeliz situação cotidia- na de conviver em um dormitório cotidianamente, sob a ajuda de cuidadores ou membros da família. A adaptação de espaços deve ser considerada como elemen- to fundamental para a promoção da autonomia de idosos, trazendo-os de volta à realização de atividades e, consequentemente, melhorando sua autoestima.

Ao fim da pesquisa, o projeto conceitual foi detalhado e entregue em modo impresso à família, juntamente com a oferta de apoio gratuito no acompanha- mento da realização das adequações. A proposta de reforma foi aceita pela família e o processo de reestruturação está em fase inicial. Ao término das alterações no espaço, uma nova avaliação no ambiente será realizada, sob o foco de verificação do índice de adequação assistiva do projeto executado.

A pesquisa analisou apenas um estudo de caso, desta forma, ainda que as re- comendações tecidas sejam direcionadas e aplicáveis a este caso, podem não re- presentar a totalidade de elementos a serem considerados dentro do ambiente de dormitório doméstico de forma geral. Sendo assim, novas investigações fazem-se necessárias para a verificação de demandas assistivas complementares para este tipo de espaço domiciliar.

5. CONCLUSÕES

O estudo trouxe à tona diversas limitações físicas inerentes ao público ido- so, tanto decorrentes do avanço natural da idade, quanto pelo agravante do mal de Alzheimer, notou-se principalmente uma dificuldade para lembrar de fatos recentes e um déficit de concentração por parte do longevo, além de problemas articulares e dificuldade de locomoção. Neste sentido, a pesquisa pôde verificar a importância de identificar as limitações características do usuário para, a partir de então, estabelecer parâmetros assistivos.

Esta pesquisa sugere o fato de que, com uma análise aprofundada, é possível estabelecer recomendações assistivas para o dormitório direcionado ao público idoso. O estabelecimento de tais proposições pode não somente auxiliar na adap- tação e reforma de um ambiente já edificado, como também servir de guia pro- cedimental para a elaboração de projetos situados neste mesmo contexto social.

O estudo nos fez perceber que é imprescindível que Designers, Arquitetos ou Projetistas busquem aliar ao seu conhecimento profissional princípios assistivos de adaptação e projetação de espaços, para que desenvolvam ambientes saudáveis e adequados às limitações e necessidades especificas dos usuários, essencialmente o usuário idoso. De fato, com o passar da idade, o ser humano começa a enfrentar a redução de diversas das suas capacidades orgânicas, restringindo cada vez mais o seu leque de atividades. Muitos destes idosos se veem na infeliz situação cotidia- na de conviver em um dormitório cotidianamente, sob a ajuda de cuidadores ou membros da família. A adaptação de espaços deve ser considerada como elemen- to fundamental para a promoção da autonomia de idosos, trazendo-os de volta à realização de atividades e, consequentemente, melhorando sua autoestima.

Ao fim da pesquisa, o projeto conceitual foi detalhado e entregue em modo impresso à família, juntamente com a oferta de apoio gratuito no acompanha- mento da realização das adequações. A proposta de reforma foi aceita pela família e o processo de reestruturação está em fase inicial. Ao término das alterações no espaço, uma nova avaliação no ambiente será realizada, sob o foco de verificação do índice de adequação assistiva do projeto executado.

A pesquisa analisou apenas um estudo de caso, desta forma, ainda que as re- comendações tecidas sejam direcionadas e aplicáveis a este caso, podem não re- presentar a totalidade de elementos a serem considerados dentro do ambiente de dormitório doméstico de forma geral. Sendo assim, novas investigações fazem-se necessárias para a verificação de demandas assistivas complementares para este tipo de espaço domiciliar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 5413: Iluminância de Interiores. Rio de Janeiro, 1992. 13 p.

ALZHEIMERMED. Quais são os sintomas da doença de Alzheimer? Online, 2017. Disponível em: www.alzheimermed.com.br

ATTAIANESE Erminia; DUCA, Gabriella. Human factors and ergonomic principles in building design for life and work activities: an applied methodology. Special Issue: Ergonomics in Design - Part II. Theoretical Issues in Ergonomics Science. Volume 13, Issue 2, 2012. p 187-202.

NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-17 - Ergonomia. 2009.

PANERO, Julius; MARTIN, Zelnik. Dimensionamento humano para espaços interiores. Editora G. Gili, Ltda, 2013.

PEREIRA, J. Projeto de Indicação n° 22/06. 2006.

RIBEIRO, C. F. Doença de Alzheimer: A principal causa de demência nos idosos e seus impactos na vida dos familiares e cuidadores. Monografia de conclusão de curso de especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. UFMG. Minas Gerais, 2010.

Avaliação de Usabilidade e Acessibilidade do Portal

No documento Ebook TA pesquisa1 (páginas 73-79)