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Percepção de desconforto no uso de palmilhas em indivíduos adultos com alterações ortopédicas e

No documento Ebook TA pesquisa1 (páginas 129-139)

degenerativas

RESUMO

As palmilhas ortopédicas podem aliviar o desconforto dos pés. Este estudo teve como objetivo avaliar a percepção de desconforto em pacientes com doença ortopédica e degenerativa e, para tal fim, foram aplicados diversos protocolos com cinco mulheres que utilizam palmilhas. Concluímos que pacientes com doenças ortopédicas degenerativas apresentam diversos pontos de dores nos pés e que as palmilhas ortopédicas podem trazer qualidade de vida, melhorando a distribuição de carga nos pés, diminuindo os pontos de dor, favorecendo a maior participação dos indivíduos nas atividades diárias.

Palavras-chave: pé, tecnologia assistiva, palmilhas.

ABSTRACT

The orthopedic insoles can relieve discomfort of the feet. This study aimed to evaluate the perception of discomfort in patients with orthopedic and degenerative disease and for this, several protocols were applied with five women using insoles. We conclude that patients with degenerative orthopedic present several points of pain in the feet and that orthopedic insoles can bring quality of life, improving the load distribution during foot support, reducing pain points, favoring their greater participation in the activities of daily living.

Martins, Rafaela Yara Soares*1; da Silva, Luciana Marçal2; Antoniucci, Juliana Marinho3; Rodrigues, Ana Cláudia Tavares4

1 – Universidade Paulista, UNIP, ry_smartins@hotmail.com 2 – Centro Especializado em Reabilitação SORRI-BAURU, lucianamarcaldasilva@gmail.com 3 – Centro Especializado em Reabilitação SORRI-BAURU, julianaantoniucci_fisio@yahoo.com.br 4 – Centro Especializado em Reabilitação SORRI-BAURU, cacaautavares@gmail.com * – Av. Nações Unidas,53-40, Bairro Presidente Geisel, Bauru, São Paulo, Brasil, 17033-260

1. INTRODUÇÃO

Diferente das demais articulações do corpo humano que realizam mobilidade ou estabilidade somente, a articulação do pé e tornozelo é um complexo articular que realiza ambos os movimentos, por vezes, móvel, por vezes, dando estabilidade (RIEGGER, 1988).

Uma das patologias que podem afetar os pés do indivíduo humano é a osteo- artrite, que é uma doença degenerativa articular, sendo uma afecção dolorosa das articulações ocasionada pela insuficiência da cartilagem.

Os indivíduos acometidos por uma patologia degenerativa tendem a desenvol- ver uma marcha antálgica. Isso ocorre por conta do acometimento das amplitudes de movimento nos planos de abdução, flexão de quadril e rotação interna do qua- dril, sendo que a rotação interna é o mais afetado com o progredir da patologia. Em alguns casos pode-se ter a crepitação da articulação sendo esta audível e não palpável (DIEPPE, 1998; DA SILVA, 2008).

A Tecnologia Assistiva (TA), segundo a lei 1.346 de 06 de julho de 2015, define como produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à ati- vidade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. A TA refere-se a vários tipos de dispositivos auxiliares, que tem uma estratégia de reduzir o impacto das disfunções físicas do indivíduo com o meio físico que ele está inserido (ALVES, 2012; CARVALHO, 2013).

Segundo Carvalho (2013), um dispositivo de TA bastante utilizado para aliviar as dores nos pés decorrentes a patologias degenerativas, são as palmilhas ortopé- dicas e cada vez mais estudadas no alívio da dor dos pacientes com algum tipo de doença degenerativa, tendo em vista que estas diminuem a absorção do impacto, que são impostos a articulações durante o ato de caminhar.

Existem diversos tipos de palmilhas, de contato total, com cunha externa em calcâneo, com cunha pronadora, com elevação do retro capital central, com barra retro capital, em formato da letra ”U”, com ¼ de esfera, todas confeccionadas com material termomoldável (CARVALHO, 2013), dependendo das características e necessidades de cada usuário.

O design ergonômico tem como objetivo adequar os produtos e processos tec- nológicos a capacidade, limites e anseios dos humanos. Os tributos ergonômicos aumentam a qualidade deste produto, como conforto, produtividade, adaptação, segurança e facilidade de uso. Sendo percebidos como necessários pelos usuários, facilitando sua usabilidade e também cumprindo com sua indicação e necessida- de.

O bem estar desses pacientes deve ser considerado para o design ergonômico, um conhecimento tecnológico para o desenvolvimento de dispositivos confortá- veis, seguros e eficazes. A avaliação de percepção de conforto e desconforto se faz

1. INTRODUÇÃO

Diferente das demais articulações do corpo humano que realizam mobilidade ou estabilidade somente, a articulação do pé e tornozelo é um complexo articular que realiza ambos os movimentos, por vezes, móvel, por vezes, dando estabilidade (RIEGGER, 1988).

Uma das patologias que podem afetar os pés do indivíduo humano é a osteo- artrite, que é uma doença degenerativa articular, sendo uma afecção dolorosa das articulações ocasionada pela insuficiência da cartilagem.

Os indivíduos acometidos por uma patologia degenerativa tendem a desenvol- ver uma marcha antálgica. Isso ocorre por conta do acometimento das amplitudes de movimento nos planos de abdução, flexão de quadril e rotação interna do qua- dril, sendo que a rotação interna é o mais afetado com o progredir da patologia. Em alguns casos pode-se ter a crepitação da articulação sendo esta audível e não palpável (DIEPPE, 1998; DA SILVA, 2008).

A Tecnologia Assistiva (TA), segundo a lei 1.346 de 06 de julho de 2015, define como produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à ati- vidade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. A TA refere-se a vários tipos de dispositivos auxiliares, que tem uma estratégia de reduzir o impacto das disfunções físicas do indivíduo com o meio físico que ele está inserido (ALVES, 2012; CARVALHO, 2013).

Segundo Carvalho (2013), um dispositivo de TA bastante utilizado para aliviar as dores nos pés decorrentes a patologias degenerativas, são as palmilhas ortopé- dicas e cada vez mais estudadas no alívio da dor dos pacientes com algum tipo de doença degenerativa, tendo em vista que estas diminuem a absorção do impacto, que são impostos a articulações durante o ato de caminhar.

Existem diversos tipos de palmilhas, de contato total, com cunha externa em calcâneo, com cunha pronadora, com elevação do retro capital central, com barra retro capital, em formato da letra ”U”, com ¼ de esfera, todas confeccionadas com material termomoldável (CARVALHO, 2013), dependendo das características e necessidades de cada usuário.

O design ergonômico tem como objetivo adequar os produtos e processos tec- nológicos a capacidade, limites e anseios dos humanos. Os tributos ergonômicos aumentam a qualidade deste produto, como conforto, produtividade, adaptação, segurança e facilidade de uso. Sendo percebidos como necessários pelos usuários, facilitando sua usabilidade e também cumprindo com sua indicação e necessida- de.

O bem estar desses pacientes deve ser considerado para o design ergonômico, um conhecimento tecnológico para o desenvolvimento de dispositivos confortá- veis, seguros e eficazes. A avaliação de percepção de conforto e desconforto se faz

necessária, sendo positiva e negativa em muitos momentos. O conforto é a qua- lidade mais apreciada pelos usuários (LINDEN, 2004; PASCHOARELLI, 2010; ALVES, 2012).

O objetivo desse trabalho é avaliar a percepção de desconforto no uso de pal- milhas ortopédicas em pacientes com diagnóstico médico de doenças degenera- tivas que afetam o pé.

Trata-se de um estudo transversal, submetido ao Comitê de Ética em Seres Humanos pela Plataforma Brasil, aprovado através do parecer nº 1.784.660.

Todos os sujeitos participantes foram informados dos procedimentos, tendo concordado, preenchido e assinado seus respectivos Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Campo de Pesquisa

Realizado no Centro Especializado em Reabilitação SORRI-BAURU (CER); localizado no município de Bauru - SP.

A SORRI - BAURU realiza acompanhamento especializado em reabilitação às pessoas com deficiência física, mental, auditiva e múltipla promovendo os di- reitos humanos a seus usuários, acesso pleno, imediato e a participação ativa na comunidade; reconhecendo competências para autonomia e independência. In- tegra este serviço o ambulatório de TA onde os usuários possuem condições de acesso a recursos que possibilitam superar barreiras da comunicação, locomoção, mobilidade, acessibilidade, controle do ambiente e habilidades do aprendizado; proporcionando maior independência e autonomia para realização das atividades cotidianas. E englobando a dispensação de diferentes equipamentos como cadei- ras de rodas, de banho, andadores, coletes, muletas, órteses e próteses, palmilhas entre outros.

Participantes

Participaram do estudo 05 indivíduos adultos, do sexo feminino, com históri- co de doenças degenerativas do pé, com alterações nas estruturas do pé e dor, que utilizam palmilhas ortopédicas.

Instrumentos de Coleta de Dados e Interpretação

Foram utilizadas questões referentes a dados sócio demográficos a fim de clas- sificar a amostra protocolo este, elaborado pelas próprias pesquisadoras, conten- do caracterização da amostra como gênero, idade, tempo do desenvolvimento da patologia, tipo de palmilhas ortopédica utilizada, tempo de uso da palmilha, entre outros.

Foi aplicado o protocolo de Percepção de Conforto dos Pés, que consta de um Mapa (desenho do pé), onde o indivíduo pinta a região que refere desconforto. No mapa original as fotos do pé continham imagem da região dorsal e planta do pé, neste estudo foi realizado uma adaptação, incluindo também as regiões medial e lateral do pé, pois pela prática clínica, verificamos que são as regiões que podem ser atingidas no que se diz respeito ao conforto do uso de palmilhas (MENIN, 2010).

Foram utilizadas, ainda, a Escala Visual Analógica da Dor, que é um instru- mento de aferição da intensidade da dor, sendo uma escala que vai de 0 a 10, sendo 0, ausência total de dor e 10, o nível de dor máxima (MARTINEZ e MARQUES, 2011) e a Avaliação Subjetiva de Percepção do Desconforto no Uso das Palmilhas, que consiste em uma escala que avalia o eixo conforto/desconforto, como uma escala de pontos que apresentam os extremos entre extremamente desconfortável até ausência de desconforto, divididas em 7 pontos, assim quanto maior a pontu- ação, menor o desconforto apresentado (LINDEN, 2004).

Por fim, foi utilizada a escala Quest 2.0 analisando a prestação dos serviços associados e a característica especifica dos recursos de TA, possuindo 12 itens em uma escala de 0 a 5 que pontua o grau de satisfação para cada área, avaliando a satisfação dos usuários de vários tipos de TA. Criado primeiramente nas línguas francesa e inglesa O Quebec User Evaluation of Satisfaction with Assistive Tech- nology (Quest 2.0) foi traduzido para o português com a finalidade de auxiliar diversas áreas (CARVALHO, 2013).

Análise dos Dados

Os protocolos foram submetidos à tabulação e análise estatística descritiva.

3. RESULTADOS

Os cinco participantes da pesquisa foram do sexo feminino (100%), com idade média de 78 anos, sendo 40% diagnóstico médico de artrite e 60% de artrose, dois quais 100% utilizam palmilhas ortopédicas. O tempo do diagnóstico em média foi de 175,2 meses e o tempo de uso da palmilha em média foi de 12,6 meses, confor- me ilustrado na Tabela 1.

Quanto à avaliação da percepção a soma das respostas dos pacientes variou de 5,1 a 7,0 de um total de 7,0 pontos. Já em relação aos adjetivos das palmilhas ortopédicas utilizadas a média da menor pontuação foi 5,6 e a maior pontuação foi 6,8, conforme ilustrado na Tabela 2.

A Escala de Quest a soma total das perguntas referente Recursos de Tecnologia Assistiva e Serviços foi de 52 a 60 pontos, com média entre 86,6% a 100%, confor- me ilustra a tabela 3.

Foi aplicado o protocolo de Percepção de Conforto dos Pés, que consta de um Mapa (desenho do pé), onde o indivíduo pinta a região que refere desconforto. No mapa original as fotos do pé continham imagem da região dorsal e planta do pé, neste estudo foi realizado uma adaptação, incluindo também as regiões medial e lateral do pé, pois pela prática clínica, verificamos que são as regiões que podem ser atingidas no que se diz respeito ao conforto do uso de palmilhas (MENIN, 2010).

Foram utilizadas, ainda, a Escala Visual Analógica da Dor, que é um instru- mento de aferição da intensidade da dor, sendo uma escala que vai de 0 a 10, sendo 0, ausência total de dor e 10, o nível de dor máxima (MARTINEZ e MARQUES, 2011) e a Avaliação Subjetiva de Percepção do Desconforto no Uso das Palmilhas, que consiste em uma escala que avalia o eixo conforto/desconforto, como uma escala de pontos que apresentam os extremos entre extremamente desconfortável até ausência de desconforto, divididas em 7 pontos, assim quanto maior a pontu- ação, menor o desconforto apresentado (LINDEN, 2004).

Por fim, foi utilizada a escala Quest 2.0 analisando a prestação dos serviços associados e a característica especifica dos recursos de TA, possuindo 12 itens em uma escala de 0 a 5 que pontua o grau de satisfação para cada área, avaliando a satisfação dos usuários de vários tipos de TA. Criado primeiramente nas línguas francesa e inglesa O Quebec User Evaluation of Satisfaction with Assistive Tech- nology (Quest 2.0) foi traduzido para o português com a finalidade de auxiliar diversas áreas (CARVALHO, 2013).

Análise dos Dados

Os protocolos foram submetidos à tabulação e análise estatística descritiva.

3. RESULTADOS

Os cinco participantes da pesquisa foram do sexo feminino (100%), com idade média de 78 anos, sendo 40% diagnóstico médico de artrite e 60% de artrose, dois quais 100% utilizam palmilhas ortopédicas. O tempo do diagnóstico em média foi de 175,2 meses e o tempo de uso da palmilha em média foi de 12,6 meses, confor- me ilustrado na Tabela 1.

Quanto à avaliação da percepção a soma das respostas dos pacientes variou de 5,1 a 7,0 de um total de 7,0 pontos. Já em relação aos adjetivos das palmilhas ortopédicas utilizadas a média da menor pontuação foi 5,6 e a maior pontuação foi 6,8, conforme ilustrado na Tabela 2.

A Escala de Quest a soma total das perguntas referente Recursos de Tecnologia Assistiva e Serviços foi de 52 a 60 pontos, com média entre 86,6% a 100%, confor- me ilustra a tabela 3.

Os pontos de dor e a intensidade da dor dos pacientes foram relatados da se-

guinte maneira:

• Paciente 1 apresentava um único ponto doloroso em planta de pé, logo a baixo do 4º metatarso com uma intensidade 9 em uma escala de 0 a 10, conforme ilustra figura 1;

• Paciente 2 apresentava oito pontos dolorosos, sendo 3 logo abaixo dos meta- tarsos, 1 no bordo lateral, 1 no calcâneo e 3 em dorso de pé acima da articulação metatarso falangeanas, com uma intensidade 7, conforme ilustra a figura 1;

• Paciente 3 apresentava pontos dolorosos em toda a articulação dos metatar- sos em planta de pé, em toda a extensão do bordo lateral e calcâneo, em dorso do dos pés sobre a articulações das falanges distais do 1ºe 2º metatarso, com uma intensidade 10, assim como ilustra a figura 2;

• Paciente 4 apresentava pontos dolorosos em planta de pés próximo a articu- lação de 2º a 5º metatarsos, bordo medial e lateral de calcâneo, em região dorsal do pé em toda a extensão do hálux, com uma intensidade 8, conforme ilustra a figura 3;

• Paciente 5 apresentava pontos dolorosos em toda a extensão do dorso do pé, com uma intensidade 10, assim conforme ilustra a figura 4.

Tabela 2: Avaliação Subjetiva de Percepção do Desconforto de usuários

que utilizam de palmilhas ortopédicas , Fonte: SORRI BAURU, 2016

OBS.: O paciente pinta o círculo enumerado de 1 a 7, que mais se aproxima dos adjetivos da palmilha ortopédica utilizada descritos acima, quanto menor a pontuação, maior é o desconforto.

Tabela 3: A Escala de Quest 2.0. Fonte: SORRI BAURU, 2016

OBS.: O paciente seleciona entre 1 e 5, sendo que 1 é insatisfeito e 5 é totalmente satisfeito, ou seja, quanto maior a pontuação, maior a satisfação com o equipamento e serviço.

Tabela 2: Avaliação Subjetiva de Percepção do Desconforto de usuários

que utilizam de palmilhas ortopédicas , Fonte: SORRI BAURU, 2016

OBS.: O paciente pinta o círculo enumerado de 1 a 7, que mais se aproxima dos adjetivos da palmilha ortopédica utilizada descritos acima, quanto menor a pontuação, maior é o desconforto.

Tabela 3: A Escala de Quest 2.0. Fonte: SORRI BAURU, 2016

OBS.: O paciente seleciona entre 1 e 5, sendo que 1 é insatisfeito e 5 é totalmente satisfeito, ou seja, quanto maior a pontuação, maior a satisfação com o equipamento e serviço.

Figuras 1 e 2: Mapa dos pés, pacientes 1, 2 e 3. Fonte: SORRI BAURU, 2016

4. DISCUSSÃO

O objetivo desse trabalho foi avaliar a percepção de desconforto no uso de palmilhas ortopédicas em pacientes com diagnóstico médico de doenças degene- rativas que afetam os pés.

De acordo com os resultados, embora os participantes referissem pontos de dor, todos demonstraram-se satisfeitos com a palmilha utilizada. A Avaliação Subjetiva de Percepção do Desconforto no Uso das Palmilhas pontuou bons ín- dices em categorias como conforto, leveza e segurança, sendo a menor média de 5,1 para um dos participantes e 7,0 a média de dois participantes, sendo a nota máxima.

Segundo Hodge, Bach e Carter (1999), que investigaram a eficácia do uso de órteses plantares, em pacientes com artrite reumatoide e/ou metatarsalgia, apon- tam uma redução da algia e pressão nos dois primeiros segmentos metatársicos. Neste estudo ficou evidente, que houve relatos de melhora no quadro sintomático dos pacientes após a utilização das palmilhas, levando a uma melhor qualidade de vida.

Segundo Jannink et al. (2006) que avaliou o uso da palmilha customizada nos pacientes com doença degenerativa crônica nos pés, conclui-se que esse tipo de palmilha alivia, gera uma redução dos sintomas de pressão plantar. Também Sha- bat et al. (2005) refere que encontram-se efeitos positivos ao uso de palmilhas no alívio da algia lombar em indivíduos que o trabalho exija grandes distâncias a pé, porém Sahar (2007) ainda diz que há necessidade de melhorar os ensaios para assim melhor classificar a associação do uso das palmilhas com a melhora e a prevenção das algias lombares. Neste estudo, apesar do número reduzido de pacientes, foi verificado que a utilização das palmilhas melhora o índice de dor e que o recurso traz uma melhor sensação de conforto aos pés.

Não existem, ainda, muitos estudos sobre a utilização de recursos de Tecno- logia Assistiva como as palmilhas e de que maneira essas interagem com os pa- cientes. Em nosso estudo, foi verificado, através da aplicação da Escala Quest 2.0, que os pacientes apresentaram-se satisfeitos com o recurso adquirido e totalmen- te satisfeitos com o serviço prestado desde a avaliação até a entrega do recurso, porém, ainda não é totalmente eficiente, pois, na maioria das vezes, é importante que a palmilha venha acompanhada de um calçado ortopédico para aumentar sua eficácia e, segundo os usuários, por vezes, este pode não apresentar uma estética favorável ou aceitável, e em alguns casos apresentou um certo desconforto devido à temperatura. Assim como no estudo de Guimarães (2006) foi observado que mesmo este recurso trazendo grandes benefícios aos seus usuários, uma vez que este venha lhe trazer qualquer tipo de desconforto seu uso é imediatamente sus- pendido pelo usuário, sem que este informe ao médico ou terapeuta que lhe tenha prescrito. Estes desconfortos podem, além dos motivos descritos acima, pode ser mal confeccionado, ficar muito grande, gerar pontos de alta pressão na planta dos

4. DISCUSSÃO

O objetivo desse trabalho foi avaliar a percepção de desconforto no uso de palmilhas ortopédicas em pacientes com diagnóstico médico de doenças degene- rativas que afetam os pés.

De acordo com os resultados, embora os participantes referissem pontos de dor, todos demonstraram-se satisfeitos com a palmilha utilizada. A Avaliação Subjetiva de Percepção do Desconforto no Uso das Palmilhas pontuou bons ín- dices em categorias como conforto, leveza e segurança, sendo a menor média de 5,1 para um dos participantes e 7,0 a média de dois participantes, sendo a nota máxima.

Segundo Hodge, Bach e Carter (1999), que investigaram a eficácia do uso de órteses plantares, em pacientes com artrite reumatoide e/ou metatarsalgia, apon- tam uma redução da algia e pressão nos dois primeiros segmentos metatársicos. Neste estudo ficou evidente, que houve relatos de melhora no quadro sintomático dos pacientes após a utilização das palmilhas, levando a uma melhor qualidade de vida.

Segundo Jannink et al. (2006) que avaliou o uso da palmilha customizada nos pacientes com doença degenerativa crônica nos pés, conclui-se que esse tipo de palmilha alivia, gera uma redução dos sintomas de pressão plantar. Também Sha- bat et al. (2005) refere que encontram-se efeitos positivos ao uso de palmilhas no alívio da algia lombar em indivíduos que o trabalho exija grandes distâncias a pé, porém Sahar (2007) ainda diz que há necessidade de melhorar os ensaios para assim melhor classificar a associação do uso das palmilhas com a melhora e a prevenção das algias lombares. Neste estudo, apesar do número reduzido de

No documento Ebook TA pesquisa1 (páginas 129-139)