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Os valores da confecção com a Impressão 3D

No documento Ebook TA pesquisa1 (páginas 185-189)

Adaptação Universal: Análise do custo-benefício da utilização e confecção em diferentes materiais

3.6. Os valores da confecção com a Impressão 3D

Os filamentos para impressão em 3D são comumente encontrados em rolos contendo 400 metros do material, sendo o ABS (plástico utilizado na impressão da adaptação universal), custando o valor de R$ 145. Para a impressão da adap- tação, foram requisitados 11,3 metros. Com a realização da regra de três, o valor final do dispositivo foi de R$ 4,09.

Tabela 1: Valores da confecção com diferentes materiais. Fonte: o Autor

Material Preço da adaptação

4. DISCUSSÃO

De acordo com os resultados encontrados, é possível verificar diferenças con- sideráveis nos valores para a produção da Adaptação Universal em diferentes ma- teriais. A apresentação de valores diferentes se dá por questões de comércio dos materiais utilizados, que mudam os preços de venda de acordo com o processo de produção dos mesmos.

A confecção do dispositivo em fibra de carbono foi a mais cara, seguida pela fibra de vidro, custando R$ 70,86 e R$ 43,07, respectivamente. Apesar do alto valor aplicado, a confecção com a utilização de fibras sintéticas pode apresentar vantagens em relação a outros materiais como alta resistência e baixo peso, estabi- lidade e relativa facilidade no manuseio do material. Outro ponto a ser destacado em relação à fibra de vidro é a característica física desse material que, em contato com a pele, ocasionar reações dermatológicas ligadas à vermelhidão e prurido (BARCELLOS et al, 2009, p. 156).

O terceiro material analisado com maior custo para a confecção é o Ezeform, com R$ 17,80. A utilização desse termoplástico se apresenta viável, já que o Eze- form é um material voltado para a confecção de órteses e adaptações e, no caso da A.U., o valor do desenvolvimento do dispositivo é acessível. Apesar desse aspecto, o manuseio desse termoplástico necessita de aplicação de alta técnica, a fim de proporcionar o conforto necessário ao paciente, evitando gastos desnecessários e realizando a modelagem de acordo com o caso específico. Além disso, os termo- plásticos de baixa temperatura são de difícil acesso, com burocracias e barreiras para a aquisição desse material (AGNELLI; TOYODA, 2003, p. 90).

Dentre os materiais pesquisados, o ABS foi o segundo mais rentável, custando somente R$ 4,09. O baixo custo do material se mostra como uma possível alterna- tiva a nível global para a utilização do dispositivo de tecnologia assistiva, já que a difusão da tecnologia 3D no ramo da saúde é crescente. Entretanto, a modelagem do objeto em 3D exige um conhecimento técnico de utilização dos softwares es- pecíficos para essa função. Outro aspecto a ser destacado é que apesar da difusão da tecnologia, a população de baixa renda e de países subdesenvolvidos ou em

Tabela 1: Valores da confecção com diferentes materiais. Fonte: o Autor

Material Preço da adaptação

4. DISCUSSÃO

De acordo com os resultados encontrados, é possível verificar diferenças con- sideráveis nos valores para a produção da Adaptação Universal em diferentes ma- teriais. A apresentação de valores diferentes se dá por questões de comércio dos materiais utilizados, que mudam os preços de venda de acordo com o processo de produção dos mesmos.

A confecção do dispositivo em fibra de carbono foi a mais cara, seguida pela fibra de vidro, custando R$ 70,86 e R$ 43,07, respectivamente. Apesar do alto valor aplicado, a confecção com a utilização de fibras sintéticas pode apresentar vantagens em relação a outros materiais como alta resistência e baixo peso, estabi- lidade e relativa facilidade no manuseio do material. Outro ponto a ser destacado em relação à fibra de vidro é a característica física desse material que, em contato com a pele, ocasionar reações dermatológicas ligadas à vermelhidão e prurido (BARCELLOS et al, 2009, p. 156).

O terceiro material analisado com maior custo para a confecção é o Ezeform, com R$ 17,80. A utilização desse termoplástico se apresenta viável, já que o Eze- form é um material voltado para a confecção de órteses e adaptações e, no caso da A.U., o valor do desenvolvimento do dispositivo é acessível. Apesar desse aspecto, o manuseio desse termoplástico necessita de aplicação de alta técnica, a fim de proporcionar o conforto necessário ao paciente, evitando gastos desnecessários e realizando a modelagem de acordo com o caso específico. Além disso, os termo- plásticos de baixa temperatura são de difícil acesso, com burocracias e barreiras para a aquisição desse material (AGNELLI; TOYODA, 2003, p. 90).

Dentre os materiais pesquisados, o ABS foi o segundo mais rentável, custando somente R$ 4,09. O baixo custo do material se mostra como uma possível alterna- tiva a nível global para a utilização do dispositivo de tecnologia assistiva, já que a difusão da tecnologia 3D no ramo da saúde é crescente. Entretanto, a modelagem do objeto em 3D exige um conhecimento técnico de utilização dos softwares es- pecíficos para essa função. Outro aspecto a ser destacado é que apesar da difusão da tecnologia, a população de baixa renda e de países subdesenvolvidos ou em

desenvolvimento ainda é parca, sendo uma limitação encontrada na utilização da tecnologia em 3D (NETO et al., 2018).

Por fim, o material de menor custo dentre os citados é o PVC, com um valor de confecção de R$ 1,02. O uso do PVC é descrito por Rodrigues Junior (2013) e Gal- vão (2014), como um material alternativo para a confecção de órteses e adapta- ções, barateando o processo e sendo economicamente acessível, tendo um equilí- brio satisfatório na relação entre o peso, resistência e conforto. Além disso, o PVC é encontrado em escala global, sendo um polímero de fácil acesso. Entretanto, o processo de confecção e manuseio do PVC para a adaptação exige conhecimentos técnicos avançados, bem como requer a aplicação de força física para tal.

Tabela 2: Análise e observações sobre os materiais utilizados. Fonte: o Autor

Material Análises e Observações

5. CONCLUSÕES

Dessa forma, verifica-se que cada material possui pontos positivos e negativos em sua utilização, cabendo a uma relação entre usuário e profissional que confec- cionará o dispositivo, a fim de verificar qual opção é mais viável para a situação

específica.

Assim, esse artigo procurou auxiliar na literatura com a análise de diferentes materiais para confecção de uma adaptação, porém, os mesmos dados podem ser aplicados a outros dispositivos, a exemplo das órteses.

Vale ressaltar que os materiais aqui analisados são limitados à utilização e co- nhecimento dos autores, não explorando outras alternativas disponíveis no mer- cado, sugerindo a continuidade dessa pesquisa com diferentes produtos.

AGNELLI, L.B.; TOYODA, C.Y. Estudo de materiais para confecção de órteses e sua utilização prática por terapeutas ocupacionais no Brasil. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, São Carlos v. 11, n. 2, p.83-94, 2003.

BARCELLOS, I. O. et al. Incorporação de lodo industrial em compósitos de resina poliéster. Polímeros, São Carlos, v. 19, n. 2, p. 155-159, 2009.

BERSCH, R. Introdução à tecnologia assistiva. ASSISTIVA - TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO, Porto Alegre - RS, p. 1 - 20. 2017

BRASIL. Secretaria especial dos direitos humanos. Dispõe sobre Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Portaria n° 142, de 16 de novembro de 2006.

GARCÍA, J. C. D. FILHO T. A. G. Pesquisa Nacional de Tecnologia Assistiva. São Paulo: ITS BRASIL/MCTI-SECIS, 2012.

LEBRÃO, G. W. Fibra de carbono. Revista Plástico Sul, Porto Alegre, v. 91, p. 34 - 35, 2008. LOPES, J. A. L; ALMEIDA, L. C. Metodologia para concepção de prótese ativa de mão

utilizando impressora 3D. 2013. p. 68 l. Monografia (Bacharelado em Engenharia Eletrônica) —Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

NETO, C. L. B. G. et al. Tecnologia 3D na saúde: Uma visão sobre órteses e próteses, tecnologias assistivas e modelagem 3D. Natal: SEDISUFRN, 2018.

RODRIGUES JÚNIOR, J. L. Mão em garra: uma proposta de intervenção terapêutica ocupacional para hansenianos. 2013. p. 115. Trabalho de conclusão do programa de pós-graduação em Doenças Tropicais do Núcleo de Medicina Tropical. Universidade Federal do Pará, Belém, 2013.

SILVA, J. V. L; MAIA, I. A. Desenvolvimento de dispositivos de tecnologia assisitiva utilizando a impressão 3D. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA ASSISTIVA, 1., 2014, Campinas: CTI Renato Archer, 2014.

SILVA, L. G. da. Órteses em PVC para membro superior: utilização por terapeutas ocupacionais brasileiros, propriedades físicomecânicas e de toxicidade e desempenhos funcional e mioelétrico. 2014. p. 164. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2013.

TROMBLY, C. A. Terapia Ocupacional Para Disfunções Físicas. São Paulo: Santos Editora, 2013.

específica.

Assim, esse artigo procurou auxiliar na literatura com a análise de diferentes materiais para confecção de uma adaptação, porém, os mesmos dados podem ser aplicados a outros dispositivos, a exemplo das órteses.

Vale ressaltar que os materiais aqui analisados são limitados à utilização e co- nhecimento dos autores, não explorando outras alternativas disponíveis no mer- cado, sugerindo a continuidade dessa pesquisa com diferentes produtos.

AGNELLI, L.B.; TOYODA, C.Y. Estudo de materiais para confecção de órteses e sua utilização prática por terapeutas ocupacionais no Brasil. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, São Carlos v. 11, n. 2, p.83-94, 2003.

BARCELLOS, I. O. et al. Incorporação de lodo industrial em compósitos de resina poliéster. Polímeros, São Carlos, v. 19, n. 2, p. 155-159, 2009.

BERSCH, R. Introdução à tecnologia assistiva. ASSISTIVA - TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO, Porto Alegre - RS, p. 1 - 20. 2017

BRASIL. Secretaria especial dos direitos humanos. Dispõe sobre Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Portaria n° 142, de 16 de novembro de 2006.

GARCÍA, J. C. D. FILHO T. A. G. Pesquisa Nacional de Tecnologia Assistiva. São Paulo: ITS BRASIL/MCTI-SECIS, 2012.

LEBRÃO, G. W. Fibra de carbono. Revista Plástico Sul, Porto Alegre, v. 91, p. 34 - 35, 2008. LOPES, J. A. L; ALMEIDA, L. C. Metodologia para concepção de prótese ativa de mão

utilizando impressora 3D. 2013. p. 68 l. Monografia (Bacharelado em Engenharia Eletrônica) —Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

NETO, C. L. B. G. et al. Tecnologia 3D na saúde: Uma visão sobre órteses e próteses, tecnologias assistivas e modelagem 3D. Natal: SEDISUFRN, 2018.

RODRIGUES JÚNIOR, J. L. Mão em garra: uma proposta de intervenção terapêutica ocupacional para hansenianos. 2013. p. 115. Trabalho de conclusão do programa de pós-graduação em Doenças Tropicais do Núcleo de Medicina Tropical. Universidade Federal do Pará, Belém, 2013.

SILVA, J. V. L; MAIA, I. A. Desenvolvimento de dispositivos de tecnologia assisitiva utilizando a impressão 3D. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA ASSISTIVA, 1., 2014, Campinas: CTI Renato Archer, 2014.

SILVA, L. G. da. Órteses em PVC para membro superior: utilização por terapeutas ocupacionais brasileiros, propriedades físicomecânicas e de toxicidade e desempenhos funcional e mioelétrico. 2014. p. 164. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2013.

TROMBLY, C. A. Terapia Ocupacional Para Disfunções Físicas. São Paulo: Santos Editora, 2013.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Smartvest: tecnologia assistiva para percepção e

No documento Ebook TA pesquisa1 (páginas 185-189)