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AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC – SAR 1 Apresentação dos dados

Como é possível verificar na Figura 22 abaixo, os Estados visitados foram São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DE PESQUISA

4.1 AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL – ANAC – SAR 1 Apresentação dos dados

Apresentam-se os resultados da pesquisa realizada com a finalidade de identificar as barreiras e os facilitadores, relativos a pessoas, processos, tecnologias e liderança, identificados pelos respondentes das organizações durante o processo de implantação do Programa de Gestão de Conhecimento.

Quadro 15: Questionário ANAC PESSOAS

BARREIRAS FACILITADORES

QUESTIONÁRIO Em algumas áreas, que já entenderam os propósitos da GC, ela é prioridade; porém, em outras, a GC é entendida como algo mais a ser feito.

No que tange a servidores, na SAR optou-se por ter uma área específica para gerenciar a GC, entretanto, foram organizados Comitês de conhe- cimento, conforme as ações e práticas adotadas, especificamente com servidores voluntários.

Continuação

BARREIRAS FACILITADORES

PROCESSOS Apesar da SAR poder contar com os equipamentos de informática necessários, tais como: computadores, impressoras, para que algumas ações possam ser concluídas, faz-se necessária a instalação de softwares e desenvolvimento de sistemas específicos. A SAR estava suficientemente madura para a implantação da GC, porém, devido a diversas culturas organizacionais, entende-se que houve, e ainda há pequenas resistências quanto à implantação e aceitação do processo.

Na SAR temos a possibilidade de fazer o benchmarking com instituições que já avançaram em relação ao assunto, o IPEA propiciou um Seminário visando

apresentar os órgãos que adotam a metodologia, o que nos permitiu um contato maior com os mais diversos estágios de GC.

O assessoramento do IPEA foi essencial para que a GC pudesse deslanchar na SAR, fazíamos a GC sem saber que fazíamos, e a metodologia, assim como o apoio

constante do Dr. Fábio, proporcionou um direcionamento mais adequado e eficaz das ações a serem empreendidas.

TECNOLOGIAS Falta infraestrutura computacional visando ao desenvolvimento

específico para a GC.

Foi iniciado um processo para investir em tecnologias, porém ainda falta muito a ser feito.

O plano de comunicação foi elaborado e as ações são desenvolvidas visando à

divulgação das atividades, na intranet da ANAC, por intermédio de mensagens eletrônicas enviadas aos servidores, reuniões e oficinas de trabalho.

Infelizmente, faltam sistemas específicos para o gerenciamento de trilhas, páginas amarelas e outros.

Conclusão

BARREIRAS FACILITADORES

LIDERANÇA

Os servidores são incentivados a compartilhar o conhecimento depois que participam em eventos de capacitação, e também quando detêm certos conhecimentos necessários ao desenvolvimento das atividades. Até o momento não foi

estabelecida uma política de incentivo, tendo em vista as dificuldades legais encontradas para tal quesito.

A ANAC, por intermédio da Superintendência de

Aeronavegabilidade, procura investir no desenvolvimento dos servidores que integram os Comitês de conhecimento propiciando participação em Congressos, Seminários, Simpósios e em Cursos de curta duração.

O Superintendente de

Aeronavegabilidade reconhece a necessidade e incentiva a

implantação da GC na SAR em todas as suas áreas de atuação.

Fonte: ANAC (2012).

4.1.2 Análise e identificação dos Fatores Críticos de Sucesso

O resultado de maturidade inicial, alcançado pela ANAC, foi de 96 pontos, e isso significa que a organização está no nível de maturidade de iniciação. O que se percebe, é que neste estágio os aspectos centrais do processo de GC ainda estão aquém do necessário para a efetivação da implementação do processo de GC. Conforme o Gráfico 1, na página 148, de um total possível de 30 pontos para cada um dos critérios analisados, apresentou-se da seguinte forma: Processos de GC e Liderança obtiveram pontuação 12; o critério Pessoas obteve 14 pontos, e Aprendizagem e Inovação 15; o critério Processo obteve 18 e Tecnologia 19. Por fim, o critério Resultados de GC que mede o resultado de entrega de práticas de GC, obteve 6 pontos.

Gráfico 1: Gráfico radar: pontuação por critério de avaliação da GC

Fonte: ANAC (2014)

Quando se analisa os resultados da maturidade inicial de GC em relação às barreiras e facilitadores, fruto da análise apresentada nas respostas do questionário pela organização, e observação da pesquisadora durante a implantação do modelo IPEA, se pode considerar, abaixo, no Quadro 16 abaixo.

Quadro 16: Facilitadores e Barreiras

Fonte: Elaborado pela Autora (2015).

Que o critério Tecnologia - funcionou como um elemento facilitador para a implantação de GC, porque a organização utiliza a TI como fundamento e base para a gestão, e por isso há a possibilidade da constante evolução e integração dos sistemas. Mas, como ainda há a

DIMENSÃO BARREIRAS FACILITADORES

PESSOAS Base de conhecimento. Governança – base de conhecimento. PROCESSOS DE

GC Cultura organizacional. Cultura organizacional. TECNOLOGIA Falta de integração. Possibilidade de investimento na área.

LIDERANÇA Política de pessoal. Visão holística de diretor com formação na área de GC.

necessidade de integração dos sistemas de TI às necessidades da GC, a pontuação 19 demonstra que ainda existem lacunas a serem trabalhadas;

Que o critério Processos - obteve 18 pontos, porque já há um mapeamento dos processos críticos da Superintendência, como projeto- piloto. Entretanto, ainda existe dificuldade para estabelecer prioridades e indicadores de avaliação para cada fase desses processos;

Que o critério Aprendizagem e Inovação - obteve 15 pontos, porque ainda não há uma cultura de compartilhamento institucionalizada. As pessoas são comprometidas, possuem consciência da importância da GC, mas as práticas ainda são executadas de maneira voluntária;

Que o critério Pessoas - obteve 14 pontos, porque a organização ainda é gerenciada de maneira muito departamentalizada, o que coloca a área de recursos humanos e a área responsável pela implantação de GC, como projeto-piloto, como duas estruturas a parte, que não se comunicam de maneira adequada. Isso leva ao fato de que as necessidades da área de GC não são ainda atendidas pelos programas de educação desenvolvidos;

Que o critério Processos de GC - apresenta uma pontuação baixa, porque ainda não há uma cultura de GC institucionalizada na organização. Algumas pessoas entendem a importância de GC, outras consideram um trabalho a mais a ser feito, mas ainda não há uma prática sistematizada de identificação, criação, armazenamento, compartilhamento e utilização do conhecimento;

Que o critério Liderança - possui uma pontuação baixa, 12 pontos, mas reconhece a importância de GC e incentiva sua prática; porém, ainda, não instituiu uma política de incentivo para o compartilhamento de conhecimento na organização; e,

Que o critério Resultados de GC - ficou com 6 pontos, porque a GC ainda não está institucionalizada na Superintendência, o que reflete esse baixo nível de avaliação. Acredita-se que, com a implantação que está ocorrendo, essa avaliação deve já estar em outro patamar.

Procurando-se analisar todos esses critérios, percebe-se que a maior barreira para a implementação do modelo foi o não alinhamento da política de Recursos Humanos aos objetivos da Gestão do Conhecimento. Essa falta de alinhamento provocou uma lacuna na formação de base de conhecimento para a aplicação do modelo e, consequentemente, para a institucionalização do processo de GC.

Ainda nas barreiras e nos facilitadores, percebeu-se que a inexistência de uma base de dados ordenada sobre a organização, dificultou a implantação do processo de GC, pois na necessidade de

atender as demandas legais, a organização teve dificuldade de dar andamento ao cronograma previsto para 2013. Isso mostra a importância da TI na organização, armazenamento e compartilhamento de dados e informações, já que as organizações públicas estão sujeitas ao critério da legalidade, que as obriga a prestação constante de contas a diversos órgãos de fiscalização, o que exige um esforço de organização.

Com base na análise acima, tornou-se possível a identificação dos fatores críticos de sucesso, conforme Quadro 17, abaixo.

Quadro 17: ANAC

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO

Base de conhecimento Memória organizacional Arcabouço Legal Fonte: Elaborado pela Autora (2015).

Esses fatores críticos de sucesso são assim conceituados:

BASE DE CONHECIMENTO - uma biblioteca de solução de problemas, ou seja, um repositório contendo os problemas e dúvidas apresentados pelos usuários, bem como as soluções anteriormente utilizadas. Seu uso se faz por meio de uma "busca" dentro da base, possibilitando aos técnicos agilidade na solução dos chamados.

MEMÓRIA ORGANIZACIONAL - o meio pelo qual organizações armazenam conhecimentos para uso futuro. Esses conhecimentos podem ser armazenados em um conjunto de repositórios, a partir dos quais podem ser recuperados, e novos conhecimentos serem adquiridos. Huber (1991).

ARCABOUÇO LEGAL - é um atributo jurídico de qualquer ato humano ou pessoa jurídica que indica se é, ou não, contrário à lei, se está, ou não, dentro do permitido pelo sistema jurídico, seja expressamente ou implicitamente. Se este atributo for positivo, diz-se que é legal, caso contrário é ilegal.

4.2 EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS –