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AGILIZAÇÃO DO SISTEMA DE EMBARQUE E DESEMBARQUE O sistema atual

No documento A São Paulo Transporte SPTrans (páginas 46-52)

Agilização da Operação dos Corredores e Terminais de Ônibus em São Paulo

AGILIZAÇÃO DO SISTEMA DE EMBARQUE E DESEMBARQUE O sistema atual

Nos pontos mais sobrecarregados, que se encontrem dentro de terminais de passageiros, é implantado um pré- embarque que faz a cobrança da passagem desembarcada, agilizando a entrada dos usuários nos coletivo.

O funcionamento do Pré-embarque baseia-se na segregação de uma parte da plataforma com gradis, tendo uma linha de bloqueio com catracas e validadores para entrada dos passageiros e cobrança da passagem desembarcada, assim, quando os ônibus encostam na plataforma os passageiros podem embarcar pelas portas traseiras, sem retenção e sem retardamentos.

Esse modelo funciona perfeitamente para os terminais, agilizando a operação e evitando que a demora para o embarque ocasione filas de coletivos encostar na plataforma. Porém, como a segregação com gradis e as catracas são baixas, o modelo exige a presença de um fiscal em cada pré-embarque, para evitar que as pessoas pulem as catracas ou os gradis, fraudando assim o sistema.

No futuro, as catracas atuais podem ser modernizadas com o uso da tecnologia de portas de vidro e área de plataforma segregada com gradil alto ou fechamento em vidro, de maneira a dispensar a presença do fiscal permanente em cada pré-embarque e trazer ainda mais agilidade, conforto e segurança ao usuário.

O pré-embarque embora bastante eficiente para os terminais mostra-se inoperante para aplicação nos pontos de passagem do restante da cidade, inclusive para os corredores existentes hoje, uma vez que seus pontos de parada são abertos, mesmos os que dispõem de cobertura, inviabilizando a cobrança desembarcada.

Novo modelo de corredor – brt – projeto dos corredores leste – radial 1 e 2

O Corredor Radial Leste – Radial 1 e Radial 2, com 17 km, constitui a principal ligação viária para a Zona Leste, sendo de vital importância para a região tanto como complementação ao eixo Metrô-Trem CPTM quanto pelo seu perfil de pólo comercial e de serviços, tendo como destaques dois Shoppings Center de grande porte, dois cemitérios, vários hospitais, um centro esportivo, um centro cultural do SESC e inúmeras faculdades/

universidades.

Estes corredores localizam-se na Região Leste do Município, tendo início na região central, passando pela área das Subprefeituras da Sé, Mooca e Penha e compõe-se de uma sequência de vias desenvolvendo-se no sentido Leste a partir do centro da cidade. Iniciando com a Av. Alcântara Machado, entre a Rua da Figueira e a Av. Salim Farah Maluf, prossegue como Rua Melo Freire, Av. Conde de Frontin, Rua Luiz Ayres até a estação Artur Alvim do Metrô.

A implantação dos Corredores Leste – Radial deve possibilitar e promover conexões intermodais através de equipamentos que permitam e incentivem a integração com outros modos de transporte, incluindo os sistemas ferroviário, metroviário e o cicloviário.

Esses novos corredores, que estão sendo projetados pela São Paulo Transporte – SPTrans – empresa responsável pelo gerenciamento e operação do sistema de transporte por ônibus na cidade de São Paulo,

incorporam, em sua concepção, os conceitos do “Bus Rapid Transit (BRT)”

para agilizar a operação, além de trazer alguns diferenciais que possuem o potencial para transformá-los em um novo padrão a ser seguido pela cidade.

O conceito

O Corredor terá faixa exclusiva à esquerda com pavimento rígido em toda a extensão e pavimento flexível nas demais faixas, nos dois sentidos.

As plataformas terão altura de 28 cm ao longo de todo o Corredor, o número total de pontos de parada será de 19, sendo 8 paradas acessadas pela superfície, 11 paradas elevadas. Todas as paradas terão ultrapassagem.

As paradas serão a cada 600 metros e contarão com cobrança de tarifa desembarcada.

No viário e nas paradas, serão implantados rebaixamentos de calçada nas travessias de pedestres e, quando necessário, as calçadas serão recuperadas.

As travessias de pedestres receberão iluminação. Todo o Corredor receberá sinalização semafórica sincronizada.

Os diferenciais

O desenvolvimento dos projetos das paradas deverá considerar a tarifação externa ao veículo com cobrança no acesso ao sistema, prevendo o isolamento físico através de vedos transparentes que permitam uma ventilação adequada e propiciem o uso de iluminação natural.

Além dos módulos de embarque e desembarque e de passagem, em todas as paradas deverá ser prevista a implantação, entre outros, dos seguintes equipamentos atendendo completamente a todas as normas de acessibilidade e exigências da legislação trabalhista: bilheteria (de acordo com a demanda de cada parada), bloqueio através de catracas.

As paradas com acesso por passarela deverão ter: bilheteria (de acordo com a demanda de cada parada, sanitários para funcionários (bilheteiros, fiscais, seguranças, etc.), sala de atendimento de emergência e segurança, depósito de materiais de limpeza).

O Projeto de Informação ao Usuário de cada parada deverá contemplar todas as informações sobre as possibilidades de transferência, bem como orientações sobre os melhores trajetos no deslocamento entre as paradas.

Coletivo - Revista Técnica da SPTrans - Edição nº 1 / dezembro de 2012

Serão implantadas 8 paradas à esquerda na Radial Leste, junto ao canteiro central.

Os acessos para essas paradas serão em nível e serão alcançadas por meio de faixas de travessia de pedestres. Será atendido o disposto nas normas NBR-9050, com o rebaixamento de guias nas travessias para garantir acessibilidade aos usuários com mobilidade reduzida.

As paradas terão plataformas elevadas a h=0,28m, piso em ladrilho hidráulico, piso podotátil de alerta e direcional, abrigos em estrutura metálica, pavimento rígido tanto na faixa de aproximação como na de ultrapassagem, iluminação, drenagem, sinalização, PMV’s.

seção pretendida – parada em nível à esquerda

b) Paradas à esquerda com acesso por meio de passarelas Serão implantadas 11 novas paradas à esquerda com acesso por meio de passarelas metálicas.

O acesso para essas paradas será por elevadores, escadas rolantes e escadas fixas. Serão atendidos os dispostos nas normas NBR-9050 / NBR 13.994.

As paradas terão plataformas elevadas a h=0,28m, piso em ladrilho hidráulico, piso podotátil de alerta e direcional, abrigos em estrutura metálica, pavimento rígido tanto na faixa de aproximação como na de ultrapassagem, iluminação, drenagem, sinalização, PMV’s.

a) Paradas em nível à esquerda na Radial Leste

seção pretendida – parada com acesso por passarela – 2 sentidos c) Matriz energética

Todas as paradas serão providas de uma central de captação de energia fotovoltaica, instalada em sua cobertura que deverá abastecer a iluminação, complementar á iluminação natural, por lâmpadas de led.

Além desta, também será captada energia cinética, através do movimento dos veículos no pavimento defronte às paradas.

d) Portas das plataformas

Em vidro temperado, as portas deslizantes, funcionarão mediante sistema de radiofrequência entre as portas dos ônibus e as portas de plataforma da estação. A abertura das portas se verificará de forma controlada.

Este sistema incluirá: equipamento emissor de radiofrequência instalado no ônibus; equipamento receptor de radiofrequência instalado na plataforma;

sinal luminoso de aviso para passageiros na abertura e fechamento de portas, sinal sonoro de aviso para passageiros na abertura e fechamento de portas; monitorização de abertura e fechamento das portas; botão de emergência para abertura individual de cada porta; semáforo verde-vermelho de sinalização de parada para o ônibus que indicará quando as portas de plataforma estão fechadas e consequentemente o ônibus pode partir com os passageiros em segurança.

Coletivo - Revista Técnica da SPTrans - Edição nº 1 / dezembro de 2012

Modelo de porta da Wolpac, que poderá ser utilizado

Esquemático de transmissão de dados porta

CONCLUSÃO

O pré-embarque resolve bem o gargalo embarque-desembarque nos terminais e nos corredores de ônibus o modelo do Corredor Leste Radial 1 e 2 também é bastante eficiente trazendo mais conforto, segurança e agilidade ao sistema, resta agora uma estudar uma solução que se mostre eficiente para aplicação nos pontos de passagem que se encontrem fora de terminais e corredores mas, isto será objeto de um outro estudo.

INTRODUÇÃO

A Cidade de São Paulo está administrativamente dividida em trinta e uma subprefeituras, que são responsáveis por zelar pelos noventa e seis distritos que compõem o município.

A população de São Paulo, estimada pelo INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE em 2011, é de 10,6 milhões de habitantes, com uma densidade demográfica de 7,43 mil habitantes por quilômetro quadrado.

Em 2010, a cidade foi apontada por aquele instituto como sendo a mais populosa do Estado e do Brasil, com 10,4 milhões.

De acordo, ainda, com o IBGE, a área total do município é de 1,522 mil km², nono maior em extensão territorial do país, e a sua área urbana, de 0,96 mil km², é a maior do país.

A Zona Leste é composta por 11 subprefeituras, tem 329 km² de área, e cerca de 3,8 milhões de habitantes.

A Radial Leste é a principal via de ligação de toda a região, iniciando-se no Centro, nas proximidades do Parque Dom Pedro II, e se estendendo até a Estação Guaianases, da CPTM, no extremo leste.

Radial Leste – Composição das Matrizes de Origem e

No documento A São Paulo Transporte SPTrans (páginas 46-52)