• Nenhum resultado encontrado

Ainda hoje, em pleno século 21,grande parte dos nordestinos vive em casas de taipas, por

No documento Do falar NORDESTINO (páginas 25-40)

culpa da incapacidade moral de alguns

governantes, gananciosos e irresponsáveis, em

todos os níveis de governo, seja municipal,

estadual ou federal.

C

CABAÇA – Fruto da cabaceira que quando limpo por dentro serve de vasilha para água ou outras bebidas.

CABAÇO – Virgindade. “Quem tirou o cabaço de Nice foi Deda”.

CABAÚ – Cachaça feita do melaço.

CABEÇADA – Conjunto completo de rédea para usar em animais.

CABEÇA-DE-FRADE – Obstáculo de cimento em forma de meia bola para impedir o trânsito.

CABEÇA-DE-PREGO – Furúnculo, erupção cutânea.

CABEÇUDO – Pessoa de cabeça dura, teimoso.

CABELO DE FUÁ – Cabelo encaracolado, enrolado, arrepiado.

CABELUDO – Pão-doce feito com coco ralado.

CABIDO – Cabra intrometido.

CABOÊTA (CAGUÊTA) – Dedo duro, entregão, fuxiqueiro, traidor.

CABOETAR (CABUETAR) – Dedurar, entregar, fuxicar.

CABORÉ – Homem esquisito.

CABOSSE – Acabou, findou, se acabou.

CABRA – Pessoa, qualquer Indivíduo.

CABRA DA PESTE (CABA DA PESTE) – Indivíduo destemido, provocador ou valentão, brigador.

CABRA ERRADO – Desordeiro, arruaceiro, pessoa que vive fazendo o mal feito.

CABRA MACHO – Indivíduo destemido, provocador ou valentão.

CABRA SAFADO – Indivíduo de atitudes incorretas.

CABREIRO – Cismado, desconfiado.

CABRESTO – Domínio, controle sobre alguém.

CABRITO BOM NÃO BERRA – A expressão quer dizer que:

”Sujeito bom, de confiança, não dedura, não entrega, não fuxica.

CABROEIRA – Mundiça, gente amundiçada, grupo de pessoas sem qualificação.

CABRUNCO – Carbúnculo. Coisa ruim, satanás.

CABRUNQUENTO – Coisa ou pessoa ruim.

CABUÊTA – Dedo duro, traidor, fuxiqueiro, babão, bajulador.

CACARECO – Coisa velha. Objetos velhos e sem valor.

CAÇADOR DE ANDRÓIDE – Indivíduo que tem relações sexuais com homossexuais.

CAÇAR CONVERSA – Provocar, se meter onde não é chamado, perturbar alguém.

CACETE-ARMADO – Bar ou restaurante pequeno com pouco asseio e de baixíssima qualidade.

CACETINHO – Biscoito de forma cilíndrica como um dedo.

CACHADO – Cacheado. Cabelo ondulado.

CACHETE¹ – Carretel com linha de costura. Retrós.

CACHETE² – Pílula amargosa, comprimido grande, ruim de engolir.

CACHIMBEIRA – Parteira

CACHIMBLEMA – Doença que provoca infarto, derrame e até a morte em cornos e cachaceiros. É a junção perigosa de

Cachaça, chifre e problema.

CACHIMBO – Mistura de cachaça com mel que se bebe para comemorar o nascimento de crianças.

CACHOLA – Cabeça, memória, crânio.

CACHORRO DA MOLESTA – Cabra danado, macho disposto e trabalhador, cabra muito sabido, sujeito pernicioso.

CACO – Pedaço de objeto quebrado, taco, coisa que não presta.

CACOETE – Mania, tique nervoso.

CAÇOAR – Zombar, zoar.

CAÇUÁ – Cesto grande feito de bambu, cipó ou vime usado no transporte alimentos, ou animais pequenos, colocado no lombo de animal de carga.

CAÇULETA – Tapa na orelha com dedo, no sentido vertical.

CACÚLO – Prato com comida demais. Algo demasiadamente cheio.

CACUMBI – Grupo folclórico formado só por homens que

dançam em homenagem aos santos padroeiros dos negros, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário.

CACUNDA – Costas, dorso, parte traseira do corpo entre os quadris e a nuca.

CADEIRAS – Quadris, quartos.

CAFÉ PEQUENO – Problema fácil de se resolver, coisa sem complicação.

CAFUÇÚ – Pessoa desajeitada, mal vestida, mala, pessoa insignificante, reles.

CAFUNDÓS DO JUDAS – Lugar distante.

CAGADO – Sortudo, pessoa que tem muita sorte.

CAGADO E CUSPIDO – Igual, idêntico, encarnado e esculpido, muito parecido.

CAGA FINO (CAGÃO) – Covarde, medroso, assombrado.

CAGA FOGO – Vagalume. Dependendo do contexto – Pedra errada jogada no dominó.

CAGA LONA – Trabalhador de caminhão, chapa, calunga.

CAGA PAU – Cabra que só diz besteira, que não sabe agir ou se posicionar diante dos acontecimentos.

CAGANEIRA – Diarreia, desarrumação intestinal.

CAGÃO¹ – Medroso, cabra sem coragem.

CAGÃO² – Cabra sujão, que faz mal feito e suja muito o ambiente quando está fazendo qualquer coisa.

CAGAR FINO – Acovardar-se, fugir da raia.

CAGAR GOMA – Contar vantagem, contar pabulagem, fanfarrice, farofeiro, elogiar feitos próprios ou dos seus.

CAI DE PAU – Diz-se para aquele que acusa (ameaça, chantageia), para mostrar a prova

CAIADOR – Aquele que não dá mais no couro, brocha.

CAIM – Invejoso

CAIPORA – Azarento, azarado, lazarento. Diz-se, também, de quem fuma muito.

CAIR CACAU . Expressão baiana pra dizer que vai chover.

CAIR DO CAVALO – Entregar-se, ser pego na mentira, denunciar-se.

CAIR PRA TRÁS – Assustar-se, surpreender-se, morrer de susto.

CAIXA ALTA – Pessoa endinheirada, sujeito e rico.

CAIXA DE CATARRO – Peito, tórax, caixa torácica.

CAIXA DO PEITO – Tórax, caixa torácica onde ficam os pulmões e o coração.

CAIXA-PREGO – Lugar afastado, distante, de acesso difícil.

CAIXÃO¹ – Batente. Peça de madeira onde a porta ou janela se encaixa ao fechar.

CAIXÃO² – Algo perigoso que pode causar problemas, ação que pode ser prejudicial a quem vai cometê-la e a outrem.

CAJUÍNA – Bebida típica nordestina, suco de caju filtrado e cosido, sem açúcar e de cor amarelada.

CAJURANA – Homem vestido de mulher em festa pré-carnavalesca.

CALABÔCA – Propina, gratificação irregular e sem merecimento, ato de corrupção.

CALANGO – Lagartixa grande e esverdeada, lagarto pequeno típico do Nordeste.

CALÇA CURTA – Bermuda . CALÇOLA – Calcinha grande.

CALIBRADO – Bêbado, meio tonto.

CALIFON – Sutiã.

CALUNDUM – Mau humor, lundum.

CALOMBO – Galo na cabeça, inchaço na pele, Caroço na cabeça ou no corpo.

CALUNGA¹ – Camundongo, rato muito pequeno.

CALUNGA² – Chapa, trabalhador de caminhão.

CAMA DE LONA – Cama cujos pés são cruzados e sustentam uma lona que serve de coxão, cama de vento.

CAMADA DE PAU – Pisa, surra, sova, cacete em cabra safado.

CAMALEÃO – Diz-se da pessoa falsa, sujeito que não merece confiança.

CAMBADA – Grupo de pessoas desprezíveis, grupo de malandros., gente sem vergonha.

CAMBAIO – Que tem as pernas arqueadas para dentro.

CAMBALAFOICE – Amante, ou namorado, normalmente de mulher comprometida.

CAMBAPÉ – Rasteira, arrasteira.

CAMBITO – Perna fina.

CAMBOTA – Pés separado (10 para 3), pernas tortas.

CAMINHÃO DE FEIRA – Pau-de-arara. Caminhão com bancos de madeiras na carroceria, para transporte de pessoas.

CAMINHO DE RATO – Caminhos e brechas feitas no cabelo mal cortado. Cabelo cortado por barbeiro de um cruzeiro.

CANDINHEIRO – Lamparina, pequeno lampião de vidro, com camisa e pavio umedecido no querosene, fifó.

CANA DO BRAÇO – Antebraço.

CANECO – Copo pequeno, com ou sem asa.

CANELAU – gente pobre, plebe rude.

CANGA – Peça de madeira que une um grupo de bois para o trabalho.

CANGACEIROS – Grupo folclórico que canta e dança representando os antigos parceiros de Lampião.

CANGALHA – Suporte colocado no lombo dos animais para transporte de carga.

CANGAPÉ – Capotagem, ataque com os dois pés após um salto solto, golpe com os pés no peito de outrem.

CANGOTE – Nuca, parte posterior do pescoço.

CANGUINHAS – Avaro, mão-de-vaca, avarento, mão de figa.

CANHENGA – Mesquinho, avarento, sovina, mão de figa, mão de vaca.

CANINÃ – Mulher braba, brigona.

CANINGAR – Chatear, incomodar, perturbar., insistir, persistir.

CANINGUENTA – Pessoa chata, pegajosa.

CANJA – Diz-se de coisa fácil de fazer, fácil de conseguir CANJERÊ – Tumulto.

CANJICA – Curau. Mingau feito com o suco do milho, água e sal ou com leite e açúcar.

CANTIGA DE GRILO – Conversa repetitiva, algo repetitivo.

CANTILENA – Conversa constante e enfadonha, conversa que se escuta todo dia.

CÃO CHUPANDO MANGA – Depende do contexto, a expressão designar pessoa Corajosa, competente, braba ou muito feia.

CAPA-DE-SELA – Amante.

CAPÃO – Frango capado.

CAPAR O GATO – Ir embora, fugir, dar no pé.

CAPILÉ – Estalo (batida) na orelha com o dedo.

CAPIONGO – Tristonho CAPITÃO – Penico.

CAPOTA – Lona que cobre caminhão e caminhonete.

CAPOTARIA – Oficina para conserto de estofados de carro.

CAPOTE – Casaco.

CAPSULANA – Tampa do pito do pneu.

CAPUCHO – Sabugo de milho. Espiga de milho sem os grãos.

CARÃO – Bronca, repreensão, advertência.

CARECER – Necessitar, precisar. “Carece se preocupar comigo não, visse, eu sei me cuidar”.

CARGA IMPENADA – Pessoa de ombro arreado.

CARITÓ – Solteirona. “Fala-se que a mulher está no caritó quando envelhece sem conseguir casar”.

CARNE-DE-SOL – Carne de vaca, levemente salgada e seca ao sol. Não é prensada, é mais avermelhada que a carne-seca.

CARNE DE CHARQUE – Jabá. Carne de vaca, sem ossos, salgada, comprimida e seca ao sol em mantas. É menos avermelhada do que a carne-de-sol.

CARNEGÃO (CARNIGÃO) – Furúnculo, cabeça de prego, erupção cutânea.

CARNE MIJADA – Vagina, xoxota.

CARNE MOQUEADA – Carne defumada e salgada.

CARNE SECA – Carne de charque mais seca.

CARNE VERDE – Carne ao natural, o mesmo que carne vermelha.

CARNIÇA – Pessoa imprestável, desclassificada, alma sebosa.

CAROCA – Caduca, velha, mulher senil. Decrépita.

CAROLA – Rezador, frequentador constante de igreja, (rato de igreja).

CARRADA – Grande quantidade. Uma carrada de areia equivale a caminhão de areia.

CARRAPATO – Pessoa que vive grudada nos outros, cabra que gosta de andar colado nos amigos, sujeito pegajoso.

CARRAPICHO – Pão doce coberto com pequenos pedaços de coco.

CARREGADO – Pessoa complicada.

CARRÊGO¹ – Carga, frete.

CARRÊGO² – Pilha, carregador, pilha elétrica, bateria.

CARREIRA¹ – Correria, corrida veloz.

CARREIRA ²– Fila, fileira de objetos.

CARROCEIRO – Condutor de carroça puxada por cavalos.

Pejorativamente, diz-se da pessoa que não estudou.

CARTA – Habilitação. Carteira Nacional de Habilitação. Carteira de motorista.

CARTEIRA DE CIGARRO – Maço de cigarro.

CARURU – Creme ou pasta feita com quiabo, camarão, castanha, leite de coco, amendoim, peixe, azeite-de-dendê, pimenta.

CASA-DA-PESTE – Lugar afastado, distante, de acesso difícil.

CASA-DE-ANDAR – Sobrado. Casa de dois ou mais pavimentos.

CASA DE MÃE JOANA – Lugar onde todo mundo manda, lugar onde ninguém se entende.

CASA DE RECURSO – Prostíbulo, bordel, puteiro, quengueiro.

CASADINHO – Biscoito pequeno recheado com goiabada.

CASA-DO-CHAPÉU – Lugar muito distante ou desconhecido.

CASAMENTO DA RAPOSA – Chuva com sol. (Chuva e sol ao mesmo tempo).

CASAR NA IGREJA VERDE – Amasiar-se, amigar-se, passar a viver junto.

CASCAVIAR – Remexer, procurar cuidadosamente, pesquisar fundo.

CASCO – Vasilhame, garrafa de vidro.

CASCUDO – Cocorote, croque. Pancada na cabeça, de cima para baixo, com a mão fechada.

CASINHA – Banheiro, aparelho sanitário.

CATABÍ (CATABIO) – Buraco na estrada, depressão em terrenos que causam o solavanco de veículos.

CATATAU – Cama de vara.

CATEMBA – Troncho, manco.

CATENGA – Lagartixa escura.

CATIMBOZEIRO – Macumbeiro, pessoa que faz mandinga, põe despacho.

CATINGA – Mau cheiro, fedor.

CATITA – Rato pequeno. Usa-se a expressão, maldosamente, para gente feia e pequena, pessoa de estatura baixa.

CATÔCO (COTÔCO) – Pedaço pequeno de qualquer coisa.

(Cotôco de vela, catôco de lápis) CATÔTA – Meleca, sujeira do nariz.

CATRAIA – Mulher muito feia. Em algumas regiões usa-se para denominar prostituta.

CATREVAGE¹ – Gente cafona, extravagante, gente vestida de forma estranha.

CATREVAGE² – Coisas sem valor, sem utilidade, trastes, que não prestam.

CAVACO-CHINÊS (CAVACO) – Em São Paulo é chamado de beiju ou biju. Massa seca, bem fina, em forma de cilindro (canudo). O vendedor anuncia a sua presença tocando um triângulo.

CAVALO DADO NÃO SE OLHA OS DENTES (NÃO SE ABRE A BOCA) – Não se reclama do que se recebe.

CAVALO DO CÃO – Sujeito ativo, endiabrado, levado da breca.

CAVAR MINHOCA EM CALÇAMENTO – Buscar coisa impossível, querer o impovável.

CAVILAÇÃO – Dengo; apurrinhação, manha, frescura.

CAVOUCAR (CAVUCAR) – Cavar, escavar.

CAXAPREGO ( CAIXA-PREGO) – Lugar bem distante.

CENTRADO – Equilibrado, aquele que sabe se conduzir, se posicionar, cabra coerente e inteligente.

CERCA LOURENÇO – Arrudiar a conversa, não ir direto ao assunto, enrolar em uma conversa.

CEROTO – Sujeira atrás da orelha, cera da orelha.

CEVADO (A) – Diz-se da pessoa fortinha, quase gorda.

(Referência a porco que se engorda para abate).

CHABOQUE – Tampo (couro do dedo). "Chico trupicou e tirou o chaboque do dedo”.

CHÁ-DE-BURRO – Mungunzá. Mingau de milho (branco ou amarelo) cozido com leite de coco, cravo e açúcar.

CHÃ DE DENTRO – Coxão mole, carne da parte interior da coxa do boi.

CHÃ DE FORA – Coxão duro, carne da parte exterior da coxa do boi.

CHAFURDO – Confusão, discussão, bate boca.

CHAMADA – Advertência, repreensão, arregaço.

CHAMEGUENTA – Mulher fogosa, boa de cama.

CHAPA¹ – Radiografia.

CHAPA² – Dentadura postiça.

CHAPÉU – Banho de cuia, jogar a bola por cima da cabeça de outro jogador e pegar do outro lado.

CHAPARIA – Funilaria, lanternagem.

CHAPÉU DE BODE – Chifre, adorno colocado na cabeça das pessoas por suas respectivas cara-metade.

CHAPEU DE TOURO – Chifre, adorno colocado na cabeça das pessoas por suas respectivas cara-metade.

CHAPEU DE VACA – Chifre, adorno colocado na cabeça das pessoas por suas

respectivas cara-metade.

CHAPULETA – Extremidade (cabeça) do pênis.

CHAPULETADA – Porrada, pancada muito forte.

CHATÔ – Casa de massagem, prostíbulo.

CHAVE DE CADEIA – Namorar com menina de menor.

CHEGA! CHEGA! – Venha rapidamente! Ajude-me!

CHEGUE MAIS – Venha, aproxime-se, acompanhe-me.

CHEI DE CHIFRE – Corno, pessoa que foi traída pelo

companheiro, possuidor de protuberância externa craniana.

CHEI DE DEDO – Sem graça, destreinado, sem saber onde por as mãos.

CHEI DE GAIA – Cheio de chifre, corno, pessoa que foi traída pelo companheiro.

CHEI DE NOVE HORAS – Cheio de enrolação, cheio de arrumação.

CHEI DOS PAU – Bêbado, embriagado.

CHEIRADA – Quando o jogador erra o chute, não acerta a bola;

furada.

CHEIRO DE XIBÍU – Fedor, coisa fedorenta.

CHIBANTE – Valentão, orgulhoso, elegante CHIBATA – Pênis grande.

CHIBATADA – Pancada.

CHIBIU – Órgão genital feminino, vagina.

CHICOTE – Bunda, nádegas.

CHIFRUDO – Corno, gaiúdo, chei de gaia.

CHILIQUE – Passamento, desmaio, ou pessoa reclamando de forma acintosa de outras, dando chilique.

CHINELAR – Transar, fazer sexo, praticar o coito.

CHINFRIM – Algo vagabundo, coisa sem valor.

CHINÓ – Cabeleira postiça, peruca.

CHIRINGAR – Esguichar água ou outro líquido, jato de liquido.

CHISPAR – Cair fora, ir embora, se mandar.

CHÔCHO – Sem consistência, algo oco, vazio, sem miolo.

CHOPARIA – Choperia. Local onde se serve chope.

CHORAR – Negociar, regatear, reclamar o preço para obter desconto.

CHUCHADO – Pessoa muito magra, chupado.

CHUCHAR – Catucar, cutucar, futucar com chuço.

CHUÇO (CHUCHO) – Lança, vara comprida com ferro na ponta.

CHUÉ (CHULÉ) – Coisa vagabunda, sem qualidade, sem valor.

CHULADA – Mulher sem bunda.

CHULIPA¹ – Paro o Piauiense, tênis.

CHULIPA² (SULIPA) – Tapa na orelha com um dedo.

CHUMBADO – Bêbado, embriagado.

CHUPA SANGUE - Diz-se do preguiçoso, do molenga, aquele, que não se esforça na equipe, que não dá o sangue para ajudar os companheiros do time.

CHUPADO - doente, abatido, pessoa muito magra.

CHUPÃO – Cabra que gosta de chupar pênis.

CHURUMINGAR – Lastimar-se, reclamar de não ter conseguido realizar o objetivo, lamuriar-se.

CHUVA DE PEDRA – Chuva de granizo.

CHUVINHA – Chuva de prata, chuva pirotécnica. Um tipo de artefato pirotécnico.

CIBAZOL – Remédio em forma de comprimido muito barato. A expressão: "Não vale um cibazol", significa que aquele de quem se fala, não tem valor algum, desqualificado.

CIENTÍFICO – Período Colegial, ensino Médio, segundo Grau.

CIGARREIRA – Banca de revista.

CIPUADA (CIPOADA) – Chibatada, pancada.

CISCO – Pequena sujeira, resto.

CISTERNA – Reservatório de água das chuvas.

COBRA – Inteligente, preparado. Diz-se de uma pessoa muito boa naquilo que faz. Excelente jogador.

COBREIRO – Erupção da pele, herpes.

COBRINHA – Um tipo de artefato pirotécnico.

COCADA DE AMENDOIM – Pé de moleque. Doce duro, feito com açúcar e amendoim.

COCHAMBLANÇA – Conchavo, tramoia.

COCÓ – Coque, penteado no cabelo em forma de rodilha (rudia).

COCO BABÃO – Catolé, fruto muito doce de palmeira.

COCOREU - Confusão, rolo.

COCOROTE – Cascudo, croque. Golpe na cabeça com os dos dedos e a mão fechada.

COITÉ – Cabaça. Cuia.

COISA FEITA – Macumba, feitiço, bruxaria.

COISA RUIM – Sujeito imprestável, cabra que não vale nada.

COITEIRO – Aquele que acoita, que protege ou esconde criminosos ou namorados.

COLA-SABUGO – Expressão piauiense para colapso (infarto).

COM A BEXIGA (com a bexiga lixa) – Com raiva, nervoso, irado COM A MULESTA – Brabo, nervoso, irritado, irado.

COMBINAÇÃO – Roupa de baixo, roupa íntima que se usa sob o vestido.

COMBINADO – Em parceria, em dupla, em parceria com. (na próxima barra vou Jogar combinado com Caté)

COMBROGÓ (COMBOGÓ) – Elemento vazado de cerâmica, cimento ou vidro, usado na construção de paredes com entrada para luz e ventilação.

COME CARNE DE PAVÃO – Diz-se da pessoa que tem bunda grande.

COME COM FARINHA – Diz da pessoa que bebe muito (bebida alcoólica).

COME CORDA – Pessoa que se deixa levar na conversa, que se guia pela cabeça dos outros, sem opinião própria.

COME QUÉTO – Pessoa que faz as coisas na surdina, faz e fica calado.

COMÉDIA – Programa divertido,. Sair à noite pras comédias é sair para se divertir.

COMEDOR DE MIRINDIBA – Expressão Piauiense para homossexual, gay, viado, bicha.

COMER ÁGUA – Tomar cachaça (Expressão muito usada na Bahia).

COMIDA PASSADA – Comida estragada, comida azeda, vencida.

COMO O QUÊ – Demais. Ex Você fala como o quê!

COMO TATU, SÓ TEM O CASCO E O CU! – Sem nada, sem patrimônio, pobre.

COMPRANDO BRIGA – Arrumando confusão, provocando alguém.

COMPRANDO FIADO E PEDINDO TROCO – Pessoa sem dinheiro, sujeito lascado, quebrado, liso, leso e louco.

CONCHO – Confiante em si, vaidoso.

CONFEITO¹– Creme à base de açúcar refinado e clara de ovos para confeitar bolo.

CONFEITO²– Bala, balinha de chupar ou mastigar CONTADOR – Medidor de energia elétrica, hidrômetro.

CORDA – Varal.

CORDÃO CHEIROSO – Fio de barbante impregnado com um produto que exala um cheiro desagradável ao ser queimado.

COROCA – Mulher que está ficando senil, caduca.

CORRALINDA – Coisa linda, pessoa bonita.

CORRER FROUXO – Ter em abundância. "Ali o dinheiro corre frouxo".

CORRIDO – Apressado, expulso.

CORTINADO – Mosquiteiro. Cortina fina colocada sobre a cama ou berço para proteger dos mosquitos.

CORUJA – Pipa, papagaio

COSTURAR PRA FORA – Mulher que tem marido ou namorado mas transa com outros homens.

COTÔCO – Pedaço pequeno de alguma coisa, ponta de alguma coisa.

COURO DE PICA – Algo que vai e volta. "Esse namoro é que nem couro de pica".

CRANCO (CANCRO) – Coisa ou pessoa ruim.

CRIAÇÃO¹ – Referência aos animais que se cria no quintal ou no sítio. Galinha, porco, preá, bode, juntos formam uma criação.

CRIAÇÃO² – Referência aos filhos ou àqueles que se cria.

(“Minha criação deu trabalho, mas hoje tá tudo formado”).

CRIAR DESTINO – Crescer na vida, progredir, fazer o seu destino. “ Meu filho foi pra São Paulo criar destino”).

CRICRI – Chato, insistente, pentelho, perturbador

CRISTA BAIXA – Chateado, triste, desolado, encabulado.

CROQUE – Cascudo.

CRUVIANA – Tempo frio com chuva fina.

CRUZETA¹ – Cabide para camisas e calcas.

CRUZETA² – Pessoa enrolada, complicada.

CUBAR – Olhar demais, vigiar, observar.

CUCURUTO (cucuruco) – Topo da cabeça, mulera.

CU DE BOI – Briga, conflito, confusão.

CÚ DE CANA – Cachaceiro.

CU DE NOVELO – Pessoa que tem a bunda murcha.

CUIA – Cabaça.

CUIDAR – Imaginar, pensar com cuidado, supor, meditar, cogitar, julgar.

CUMÉ? – Como é?

COMÊ QUE OFENDE – Comida que faz mal, comida que provoca algum tipo de alergia.

CUMEEIRA – Telha em forma de meia cana usada nas partes mais altas (cumes) ou nos vértices dos telhados.

CUMELÃO – Garanhão, cabra namorador.

CUNHÃ – Expressão pejorativa para se referir às empregadas domésticas.

CUPINCHA – Pariceiro, bajulador, parceiro da mesma laia.

CURICA – O mesmo que cunhã.

CURRIOLA – Grupo de pessoas da mesma laia, de baixa categoria.

CURUBAU – O mesmo que canelau. Gente pobre.

CURURU – Sapo grande.

CUSTAR – Demorar. "O ônibus esta custando muito".

CUSTOSO¹ – Algo demorado.

CUSTOSO² – Criança manhosa, que mexe muito nas coisas.

O nordestino vive em tabocas, palafitas e casas com

No documento Do falar NORDESTINO (páginas 25-40)