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O estudo teve o desafio de unir duas áreas do conhecimento: Contabilidade e Administração. Como contadora, não poderia deixar de realizar um trabalho na minha área, mesmo estando em um programa de Pós-graduação em Administração. Unindo esforços, surgiu o desejo se estudar a heterogeneidade no desempenho das organizações, associando tal fato a vantagem competitiva transitória. O atual cenário dessa temática na literatura, ultrapassou a visão de Porter e Barney, os quais assumiam a sustentabilidade da vantagem competitiva. Hoje,

esse conceito é compreendido sob o aspecto da transitoriedade, sendo a vantagem competitiva transitória composta por várias fases, como afirma McGrath (2013). Desse modo, a vantagem competitiva transitória compreende as seguintes etapas: Lançamento, Ramp up (incremento), Exploração, Reconfiguração e Desligamento.

A inovação e a alocação de recursos são elementos da vantagem competitiva transitória apresentados na literatura. Nesse contexto, no atual cenário brasileiro envolvendo escândalos corporativos de corrupção, como o apresentado pela operação Lava Jato, surgiu o interesse por essa temática e o desejo de verificar como as empresas estão tratando a corrupção no seu ambiente empresarial com o intuito de preveni-la, detectá-la e mitigá-la. Assim, seria razoável considerar que a adoção e consequente divulgação de práticas anticorrupção em relatórios corporativos é um recurso utilizado pela empresa como forma de obter diferencial competitivo e também vantagem competitiva transitória.

Desse modo, a tese defende ser possível classificar empresas brasileiras em fases da Vantagem Competitiva Transitória, utilizando medidas econômicas e financeiras e níveis de divulgação das práticas de compliance anticorrupção. A lógica é que estas práticas são empregadas como mecanismos para melhorar o posicionamento estratégico e competitivo no mercado.

Como o estudo utilizou dados secundários, não foi possível avaliar as fases de Lançamento e Rump-up uma vez que são informações estratégicas das companhias e não disponibilizadas pelas mesmas. Assim, o estudo limitou-se a avaliar as fases de Exploração, Reconfiguração e Lançamento. Conforme McGrath (2013) as empresas que se encontram nessas fases podem utilizar os indicadores econômicos e financeiros, relativos a lucratividade e rentabilidade para acompanhar essas etapas.

Para defender essa ideia, inicialmente elaborei um índice para mapear a divulgação de práticas de compliance anticorrupção relacionadas à prevenção, detecção e mediação de corrupção, a qual foi denominada de IDPCA (Índice de Divulgação de Práticas de Compliance Anticorrupção). Posteriormente foi mensurada a divulgação de práticas de compliance anticorrupção nas companhias participantes da amostra.

Para associar o IDPCA às fases da Vantagem Competitiva Transitória foi preciso encontrar uma maneira de classificar as empresas. Para isso, utilizei a análise de cluster sendo o critério para agrupamento as medidas de lucratividade e rentabilidade.

Assim, foi possível associar a divulgação de práticas de compliance anticorrupção às fases da Vantagem Competitiva Transitória como forma de avaliar se a adoção de tais práticas pode ser percebida como um recurso a ser utilizado pela empresa com a finalidade de obter

diferencial competitivo e de mercado. Os resultados apontaram que as empresas classificadas na fase de Desligamento, Exploração e Reconfiguração apresentaram, respectivamente, nível de divulgação médio baixo, baixo e médio alto/alto, o que permitiu concluir ser este um recurso que pode ajudar na readequação do cenário competitivo, quando o foco for a fase de Exploração. Acredita-se, estatisticamente, que este procedimento ajuda a distanciar-se da fase de Desligamento.

Também considerei que alguns fatores organizacionais poderiam interferir nas fases da Vantagem Competitiva Transitória, como o tamanho, idade, endividamento e o setor de atuação das empresas que compuseram amostra. O tamanho da empresa e o seu setor de atuação não apresentaram significância estatística no estudo. No entanto, a medida que o tempo de atuação da empresa aumentar, é provável que alcance a fase de Exploração ou Desligamento. As empresas com baixa idade encontram-se na fase de Reconfiguração, indicando que a pouca expertise, traduzida pelo seu tempo de atuação, sinaliza que ainda não alcançaram altos níveis de participação no mercado.

As empresas classificadas na fase de Desligamento, Exploração e Reconfiguração possuem, respectivamente, endividamento médio alto, baixo e médio baixo/alto, indicando que a busca pelo capital de terceiros é mais frequente nas empresas que estão buscando reorganizar seus recursos no estabelecimento de novas estratégias. O nível médio alto de endividamento na fase de Desligamento é consistente com a ideia de que sinaliza baixa capacidade de pagamento da organização, e que esta pode entrar em processo de descontinuidade - Desligamento. Por sua vez, na fase de Exploração a entidade já adquiriu maturidade e expertise suficiente para minimizar sua dependência do capital de terceiros.

Acredito que os dados empíricos mostram que a tese foi confirmada uma vez que a divulgação de práticas de compliance anticorrupção pode ser considerado u, recurso estratégico, principalmente, pelas empresas na fase de Reconfiguração.

Acredito também, que a presente pesquisa ultrapassou o atual estágio do conhecimento da área de Vantagem Competitiva Transitória uma vez que buscou quantificá-la por meio de indicadores econômicos e financeiros, associando-a ao recurso inovador da divulgação de práticas de compliance anticorrupção. Os dados deste estudo foram analisados de maneira exploratória, pois não permitiram a utilização de técnicas confirmatórias devido ao estágio embrionário da temática. No entanto, os resultados aqui alcançados oferecem uma contribuição para essa área e podem ser utilizados como base para outras investigações acerca da Vantagem Competitiva Transitória, aprofundando o conhecimento desse campo.

5 CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS

A abordagem da Vantagem Competitiva Transitória proposta por McGrath (2013) evidencia para as organizações uma nova visão acerca de um modelo transitório, composto de várias fases, para gerenciamento dos recursos com objetivo de obter diferencial competitivo. Para isso, as oportunidades devem ser identificadas rapidamente, exigindo ações das empresas que possibilitem levar uma vantagem à outra, pois rapidamente uma vantagem irá se exaurir.

O estudo se propôs a estudar a relação entre a divulgação de práticas de compliance anticorrupção de empresas brasileiras com as fases da Vantagem Competitiva Transitória em empresas brasileiras. As práticas de compliance anticorrupção foram tratadas como forma da entidade melhorar a sua comunicação com o ambiente externo, já que a organização depende de recursos externos a ela com o intuito de obter diferencial competitivo. Para tanto, foi construído um índice de divulgação de práticas de compliance anticorrupção (IDPCA). Para a construção do índice foram utilizados como fonte os Códigos de Conduta e os Formulários de Referência das empresas da amostra, sendo elaborada a partir de 25 de informações baseando- se na literatura do tema, o que representa uma contribuição desse estudo. Desse modo, o estudo contemplou um novo tipo de informação diante do ambiente econômico instável o qual encontra-se o Brasil, preenchendo a lacuna da literatura, uma vez que não foram encontrados estudos com essa abordagem.

Além disso, o estudo classificou as empresas por fases da Vantagem Competitiva Transitória utilizando medidas de desempenho econômico e financeiro, o que representa uma contribuição da pesquisa para a área de Estratégias e Políticas de Gestão. A tese também explorou a associação do nível de divulgação de práticas de compliance anticorrupção de empresas brasileiras, bem como fatores organizacionais tais como idade, tamanho, setor de atuação e nível de endividamento, com as fases da Vantagem Competitiva Transitória. Isso também é uma contribuição uma vez que ainda há poucos estudos abordando esses componentes sob o conceito de Vantagem Competitiva Transitória na concepção de McGrath (2013).

Os resultados apontaram que as empresas que estão na fase de Desligamento, Exploração e Reconfiguração apresentam, respectivamente, nível de divulgação médio baixo, baixo e médio alto/alto, o que permite concluir que é um recurso utilizado para readequação no cenário competitivo, com foco na fase de Exploração, visando distanciar-se da fase de Desligamento.

Diante desse contexto, a tese foi confirmada uma vez que a divulgação de práticas de compliance anticorrupção foi associada às fases da Vantagem Competitiva Transitória, sendo um recurso estratégico utilizado, principalmente, pelas empresas na fase de Reconfiguração como forma de manter-se competitiva no mercado.

As principais limitações do estudo referem-se à seleção da amostra e período de análise, a variação de divulgação de práticas de compliance anticorrupção e as proxies utilizadas para mensuração do desempenho econômico e financeiro. O presente estudo utilizou uma amostra intencional das empresas participantes do nível de governança corporativa Novo Mercado da B3 Brasil, Bolsa, Balcão, excluindo-se as empresas do setor financeiro. Assim, trata-se de uma amostra

intencional e não probabilística e por esse motivo não é possível extrapolar os resultados para outras amostras.

O período escolhido para análise foi o ano 2017 por ser o mais recente de disponibilização dos dados financeiros até a conclusão dessa pesquisa. No entanto, optou-se por avaliar apenas um ano tendo em vista que os programas de compliance ou integridade não apresentam variações ao longo do tempo, o que inviabilizaria a utilização de mais períodos de estudo.

As práticas de compliance anticorrupção foram selecionadas com base no índice desenvolvido, conforme explicitado na seção da Metodologia. No entanto, apesar de ter considerado estudos anteriores na temática, pode apresentar algum viés do pesquisador tanto na construção do índice quanto na coleta de dados, uma vez que se baseia na análise de conteúdo. Além disso, utilizou uma avaliação binária, sem atribuição de pesos, considerando apenas a presença ou ausência da informação, julgando que todas elas possuem igual importância.

Quanto as proxies para mensurar o desempenho econômico e financeiro e classificar as empresas nas fases da Vantagem Competitiva Transitória, podem haver outras variáveis não contempladas que interferem no desempenho organizacional. Nesse sentido, a divulgação de práticas de compliance anticorrupção será associada às fases da VCT considerando as variáveis que foram selecionadas, sendo outros fatores explicativos desconsiderados, constituindo uma limitação do estudo.

Como sugestões para continuidade das discussões acerca da temática da Vantagem Competitiva Transitória, pode incluir outras variáveis para melhorar a classificação das empresas em cada uma das fases, associando a outros fatores tais como inovação, internacionalização e reputação corporativa, não se limitando apenas a medidas de lucratividade e rentabilidade para tal classificação.

Além disso, sugere-se uma revisão do índice de divulgação de práticas de compliance anticorrupção como forma de contemplar as novas demandas acrescentadas aos programas de integridades das organizações. Nesse contexto, torna-se pertinente associar esse novo índice às fases da VCT contemplando outros aspectos conforme citados anteriormente.

Ademais, outras variáveis subjacentes as apresentadas no estudo podem melhorar a associação com as fases da VCT. Mesmo com a utilização das variáveis do IDPCA, Tamanho, Idade, Endividamento e Setor de atuação, seria interessante também a utilização de proxies que avaliem a capacidade de inovação da empresa, a sua estrutura organizacional e a disponibilidade de recursos internos para melhorar o entendimento das fases da VCT.

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