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4. A VIOLÊNCIA NA BAHIA: SUA CARA E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO

4.1 ALGUNS DADOS SOBRE INCIDÊNCIAS E CARACTERÍSTICAS DO FENÔMENO

CARACTERÍSTICAS DO FENÔMENO

A violência de gênero contra a mulher no Estado da Bahia, tal como ocorre no Brasil como um todo, se apresenta como um fenômeno de ocorrência elevada e persistente. Todavia, é fato a inexistência, no país, de sistemas de informações destinados à criação de indicadores capazes de mensurar o fenômeno e monitorar as políticas públicas. Sobre as possibilidades de acessar números que, de alguma forma, visualizam o fenômeno, mencionam Cândida Santos, Maria Eunice kalil, e Suely Lobo (2010) no trabalho intitulado “Sistematização de dados da produção de serviços de atenção a mulheres em situação de violência: proposta de um grupo de trabalho”75

:

É verdade que parte da violência contra mulheres, aquela que se traduz em morte, aparece no sistema de informação de mortalidade – SIM do Datasus / Ministério da Saúde. Este sistema, cujo instrumento de coleta de dados é a Declaração de Óbito – DO, permite construir indicadores que dão ideia do risco de morrer por determinada situação, doença ou agravo, o que inclui o risco de mulheres morrerem de causas violentas. É verdade também que o Sistema de Informações Internações Hospitalares – SIH, também do Ministério da Saúde, permite saber das internações por tipo de causa, e possibilita conhecer outro aspecto parcial da situação da violência contra mulheres. Nos últimos anos, a violência doméstica, sexual e/ou outras violências passaram a fazer parte da lista de agravos de notificação compulsória do Ministério da Saúde (SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação), constituindo-se em outra

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Texto apresentado no “XVI Simpósio baiano de pesquisadoras(es) sobre mulheres e relações de gênero e I Seminário nacional: políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres”, realizado pelo NEIM/UFBA e o Observatório de Monitoramento da Lei Maria da Penha – Observe, de 08 à 11 de novembro de 2010, em Salvador/BA.

fonte de informação sobre o atendimento, no setor saúde, de mulheres em situação deviolência76. Estes sistemas permitem conhecer partes do mosaico que é a situação da violência contra mulheres (SANTOS; KALIL; LOBO, 2010, p. 2).

Diante desse cenário nacional de escassez de informações sobre esse tipo específico de violência, no qual se inclui a Bahia, para a apresentação aqui de dados que informem sobre as incidências e características do referido fenômeno nesse Estado, foram utilizadas pesquisas e relatórios que versam sobre o tema. Para tal tarefa se trabalhou também com o banco de dados do SINAN/ Ministério da Saúde77, na parte relativa à violência doméstica, sexual e/ou outras violências como agravos de notificação compulsória, acima mencionado.

O Mapa da Violência 2012, já mencionado nesta tese, revelou que a Bahia encontrava-se no oitavo lugar nesse ranking, registrando uma taxa de 5,6 homicídios para cada 100 mil mulheres no ano de 2010. Dentre as capitais, Salvador estava no 16º lugar, com taxa também de 5,6 homicídios para cada 100 mil mulheres. No que se refere à taxa de homicídios femininos para cada 100 mil mulheres no país, no ano de 2010, quinze municípios baianos faziam parte da lista daqueles com mais de 26 mil mulheres vitimadas78.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA (2013) divulgou os resultados do estudo “Violência contra a mulher – feminicídios no Brasil” (2013), realizado por Leila Posenato Garcia, Lúcia Rolim Santana de Freitas, Gabriela Drummond Marques da Silva e Doroteia Aparecida Höfelmann. Nesse

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De acordo com Julio Jacobo Waiselfisz (2012), no Mapa da violência 2012, Caderno complementar 1: Homicídios de mulheres no Brasil: “A notificação da Violência Doméstica, Sexual e/ou outras Violências foi implantada no SINAN em 2009, devendo ser realizada de forma universal, contínua e compulsória nas situações de violências envolvendo crianças, adolescentes, mulheres e idosos, atendendo às Leis 8.069 – Estatuto da Criança e Adolescente, 10.741 – Estatuto do Idoso e 10.778 – Notificação de Violência contra a Mulher. Essa notificação é realizada pelo gestor de saúde do SUS mediante o preenchimento de uma Ficha de Notificação específica, diante de suspeita de ocorrência de situação de violência” (WAISELFISZ, 2012, p.12).

77 Este banco de dados encontra-se disponibilizado no Departamento de Informática do SUS – Datasus e no Portal de Vigilância da Saúde da Diretoria de Informação em Saúde – DIS, da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia – SESAB. Disponível em:<http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/>.

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Com taxas expressivas de participação no ranking apresentado, destacavam-se: Porto Seguro (8º lugar, com taxa de 22,1), Teixeira de Freitas (13º lugar, com taxa de 18,5), Lauro de Freitas (13º lugar, com taxa de 16,6), Eunápolis (15º lugar, com taxa de 15,7), Simões Filho (16º lugar, com taxa de 15,0), Santo Amaro (24º lugar, com taxa de 13,3), Ilhéus (27º lugar, com taxa de 12,7), Itamaraju (28º lugar, com taxa de 12,7), Jacobina (31º lugar, com taxa de 12,2), Itabuna (33º lugar, com taxa de 12,1), Valença (47º lugar, com taxa de 11,1), Paulo Afonso (53º lugar, com taxa de 10,6), Jequié (61º lugar, com taxa de 10,2), Candeias (74º lugar, com taxa de 9,3) e Itapetinga (86º lugar, com taxa de 8,6).

trabalho foi disponibilizado o número absoluto de feminicídios79 corrigidos de 2009 a 2011 por unidades da federação, no qual a Bahia registrou um total de 1.945, com média anual de 648 casos. No tocante às taxas de feminicídio por 100 mil mulheres para o Brasil e Unidades da Federação também no período de 2009-2011, a Bahia apresentou uma taxa de 9,08, superior à apresentada pelo conjunto do país (5,82), ocupando o segundo lugar do ranking dos estados, atrás apenas da registrada pelo Estado do Espírito Santo (11,24). Ainda sobre a grande incidência da violência praticada contras as mulheres na Bahia, segundo notícia disponibilizada e publicizada em site da Secretaria de Políticas para as mulheres da Presidência da República80, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, que computou quase 400 mil atendimentos nos meses de janeiro a junho do ano de 2012 – uma média de 2.150 registros por dia, foi possível evidenciar a expressiva participação desse Estado na procura por esse serviço. Em terceiro lugar no ranking, com taxa de 512 mulheres em cada 100 mil, estava atrás apenas do Distrito Federal e Pará, com taxas de 625 e 515, respectivamente.

Com o intuito de elaborar uma breve caracterização do fenômeno no Estado da Bahia são apresentados, a seguir, com base no banco de dados já enunciado, dados relativos ao perfil dessas mulheres agredidas e dos fatos ocorridos. Vale destacar que se verificou a persistência das características já observadas em outras pesquisas e estudos que tratam dessa violência específica81.

O primeiro aspecto a ser observado é o predomínio da incidência, em 2012, da violência doméstica, sexual e outros tipos de violências sofridas pelas mulheres. Nesse ano, de um total de 5.059 casos no Estado, foram 3.214 agressões contra as mulheres, o que correspondeu a mais da metade desse conjunto, com percentual de participação de 63,5% (Tabela 1).

79

Considerado como mortes de mulheres decorrentes de conflitos de gênero, ou seja, pelo fato de serem mulheres.

80

Disponível em: <http://www.spm.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2012/08/07-08-df-para-e-bahia- lideram-ranking-nacional-do-ligue-180-no-primeiro-semestre-de-2012>.

81

Como, por exemplo, consta em minha dissertação de mestrado, já mencionada; e no trabalho de Célia Amaral, Silvia de Aquino, Ivoneide Góis e Celinda Letelier (2001), intitulado “Dores visíveis: violência em delegacias da mulher no Nordeste”.

Tabela 1 – Violência doméstica, sexual e/ou outras violências, por sexo. Bahia, 2012. Bahia, 2012 Sexo Frequência % Feminino 3.214 63,5 Masculino 1.845 36,5 Total 5.059 100,0 Fonte: SINAN/DIS/SESAB Fonte: SINAN/DIS/SESAB

No que tange à idade dessas agredidas, os dados apontaram, no ano de 2012, para a maior ocorrência entre mulheres com 20 a 29 anos (880 casos), seguidas daquelas com 30 a 39 anos (788 casos) e 15 a 19 anos (428 casos), registrando percentuais de 27,4%, 24,7% e 13,3%, respectivamente, no total do Estado (Tabela 2). No quesito raça, observou-se a maior participação de mulheres pardas, que, com frequência de 1.219 casos, registraram percentual de 37,9%. Em seguida, figuraram as mulheres pretas (395) e brancas (277), com percentuais de 12,3% e 8,6%, respectivamente (Tabela 3).

Tabela 2 – Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por faixas etárias. Bahia, 2012.

Tabela 2. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por faixas etárias. Bahia, 2012

Faixas etárias Frequência %

Menos de 1 ano 65 2,0 1 a 4 anos 82 2,6 5 a 9 anos 135 4,2 10 a 14 anos 260 8,1 15 a 19 anos 428 13,3 20 a 29 anos 880 27,4 30 a 39 anos 788 24,5 40 a 49 anos 345 10,7 50 a 59 anos 134 4,2 60 anos e mais 95 3,0 Ign/Branco 2 0,1 Total 3.214 100,0 Fonte: SINAN/DIS/SESAB Fonte: SINAN/DIS/SESAB

Tabela 3 – Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por raça. Bahia, 2012. (Continua)

Tabela 3. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por raça. Bahia, 2012 Raça Frequência % Branca 277 8,6 Preta 395 12,3 Amarela 13 0,4 Parda 1.219 37,9 Indígena 16 0,5 Ign/Branco 1.294 40,3 Total 3.214 100,0 Fonte: SINAN/DIS/SESAB

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Tabela 3 – Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por raça. Bahia, 2012. (Conclusão)

Tabela 3. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por raça. Bahia, 2012 Raça Frequência % Branca 277 8,6 Preta 395 12,3 Amarela 13 0,4 Parda 1.219 37,9 Indígena 16 0,5 Ign/Branco 1.294 40,3 Total 3.214 100,0 Fonte: SINAN/DIS/SESAB Raça Frequência % Branca 277 8,6 Preta 395 12,3 Amarela 13 0,4 Parda 1.219 37,9 Indígena 16 0,5 Ign/Branco 1.294 40,3 Total 3.214 100,0 Fonte: SINAN/DIS/SESAB Fonte: SINAN/DIS/SESAB

Ainda no que diz respeito às características sociodemográficas dessas agredidas, constatou-se, quando observadas suas escolaridades, maior frequência das mulheres com o ensino fundamental, seguidas daquelas com o ensino médio. No primeiro grupo havia 762 mulheres, com percentual de participação de 23,7%; enquanto que, havia 364 mulheres com ensino médio, 11,3% do conjunto do Estado, no ano de 2012 (Tabela 4).

Tabela 4 – Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por escolaridade. Bahia, 2012.

Tabela 4. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por escolaridade. Bahia, 2012 Escolaridade Frequência % Analfabeta 43 1,3 Ensino fundamental 762 23,7 Ensino médio 364 11,3 Ensino superior 67 2,1 NSA 202 6,3 Ign/Branco 1.776 55,3 Total 3.214 100,0 Fonte: SINAN/DIS/SESAB Fonte: SINAN/DIS/SESAB

Outras características observadas relativas aos casos de violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra as mulheres no Estado da Bahia, em 2012, foram o local de ocorrência dos fatos, o tipo de relação dessas agredidas com os seus agressores e a repetição da ocorrência dessas violências. Além disso, essa breve caracterização dos fatos permitiu a visualização do tipo e meio de agressão cometidos.

De acordo com os dados constantes na Tabela 5 é possível constatar, inclusive, em consonância com resultados divulgados por outros estudos e pesquisas no tema, o predomínio da residência como o local de ocorrência dos fatos. Com uma frequência de 1.579 ocorrências, esses casos representaram quase metade do total verificado para a Bahia (49,1%), seguidos das violências

ocorridas em via pública, que, com 430 casos, registraram percentual de participação de 13,4%.

Tabela 5 – Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por local de ocorrência. Bahia, 2012.

Tabela 5. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por local de ocorrência. Bahia, 2012

Local de ocorrência Frequência %

Residência 1.579 49,1 Habitação coletiva 10 0,3 Escola 29 0,9 Bar ou similar 37 1,2 Via pública 430 13,4 Comércio/serviços 25 0,8 Indústrias/construção 7 0,2 Outros 86 2,7 Ignorado 944 29,4 Em Branco 67 2,1 Total 3.214 100,0 Fonte: SINAN/DIS/SESAB

Tabela 5. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por local de ocorrência. Bahia, 2012

Local de ocorrência Frequência %

Residência 1.579 49,1 Habitação coletiva 10 0,3 Escola 29 0,9 Bar ou similar 37 1,2 Via pública 430 13,4 Comércio/serviços 25 0,8 Indústrias/construção 7 0,2 Outros 86 2,7 Ignorado 944 29,4 Em Branco 67 2,1 Total 3.214 100,0 Fonte: SINAN/DIS/SESAB Fonte: SINAN/DIS/SESAB

A Tabela 6, que demonstra dados referentes ao tipo de relação da agredida com o seu agressor também vem confirmar a maior ocorrência dessas violências cometidas pelos cônjuges dessas mulheres. Dessa maneira, com frequência de 604 casos, foram os seus cônjuges os que mais cometeram essas agressões no total do Estado, em 2012, registrando percentual de 31,2%. Em seguida, figuraram os seus ex-cônjuges (329 casos) e amigos/conhecidos (261 casos), com participações de 17% e 13,5%, respectivamente.

Tabela 6 – Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por tipo de relação em agressor. Bahia, 2012.

Tabela 6. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por tipo de relação com agressor. Bahia, 2012

Relação com agressor Frequência %

Pai 126 6,5 Mãe 113 5,8 Padrasto 51 2,6 Madrasta 5 0,3 Cônjuge 604 31,2 Ex-cônjuge 329 17,0 Namorado 45 2,3 Ex-namorado 42 2,2 Filho 48 2,5 Irmão 71 3,7 Amigo/conhecido 261 13,5 Desconhecido 238 12,3 Total 1.933 100,0 Fonte: SINAN/DIS/SESAB Fonte: SINAN/DIS/SESAB

No que tange à repetição da ocorrência desses casos de violência cometidos contra mulheres e homens, segundo a Tabela 7, é possível verificar a predominância entre as mulheres agredidas. De um total de 1.165 casos de repetição na Bahia em 2012, às mulheres coube uma frequência de 965, com participação de 82,8%; enquanto que, com 200 casos de repetição, entre os homens foi registrado um percentual de 17,2% desse contingente.

Tabela 7 – Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por repetição de ocorrência. Bahia, 2012.

Tabela 7. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres e homens, por repetição de ocorrência. Bahia, 2012

Repetição da ocorrência Frequência %

Feminino 965 82,8

Masculino 200 17,2

Total 1.165 100,0

Fonte: SINAN/DIS/SESAB

Fonte: SINAN/DIS/SESAB

Ao verificar o tipo de agressão cometida no âmbito dessas violências contra as mulheres no Estado, os dados mostraram que mais da metade tratava-se de violência física: 2.503 casos, com percentual de 53,8% de participação nesse total. Em seguida, apresentaram-se a violência psico/moral - com 1.166 casos, e a violência sexual – com 522 casos, com, respectivamente, 25,1% e 11,2% de participações (Tabela 8).

Tabela 8 – Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por tipo de agressão. Bahia, 2012.

Tabela 8. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por tipo de agressão. Bahia, 2012

Tipo de agressão Frequência %

Violência física 2.503 53,8

Violência psico/moral 1.166 25,1

violência por tortura 87 1,9

Violência sexual 522 11,2

Tráfico seres humanos 6 0,1

Violência finan/econ 220 4,7 Violência negli/abandono 99 2,1 Outra violência 49 1,1 Total 4.652 100,0 Fonte: SINAN/DIS/SESAB Fonte: SINAN/DIS/SESAB

Dentre essas agressões, verificou-se a predominância de meios que exigem contato direto, característicos de violência cometida contra a mulher, com o uso da força/espancamento como o grande motivador dos ferimentos, que, com 1.565 casos, apresentou uma participação de 44,0% no conjunto dessas violências no Estado da Bahia no ano em estudo. A ameaça também figurou

como um expressivo meio de agressão nesse contingente (22,3%), com 792 casos; seguida da utilização de objeto perfurante/cortante – 381 casos, com participação de 10,7% (Tabela 9).

Tabela 9 – Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por meio de agressão. Bahia, 2012.

Tabela 9. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências contra mulheres, por meio de agressão. Bahia, 2012

Meio de agressão Frequência %

Força/Espancamento 1.565 44,0 Enforcamento 84 2,4 Objeto Contundente 178 5,0 Perfurante/Cortante 381 10,7 Elemento quente 50 1,4 Envenenamento 106 3,0 Arma de fogo 235 6,6 Ameaça 792 22,3 Outra agressão 167 4,7 Total 3.558 100,0 Fonte: SINAN/DIS/SESAB Fonte: SINAN/DIS/SESAB

4.2 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DE COMBATE VIGENTE NO