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A INTERPRETAÇÃO DA INERÊNCIA

I. Apresentação da interpretação da inerência 1 O contexto teórico-conceitual da interpretação da inerência

2. Allaire, Cummins, e o princípio da inerência

De posse dos principais conceitos envolvidos na interpretação inerencista da relação mente/mundo sensível na filosofia de Berkeley, podemos agora dirigir nosso foco para sua elaboração e defesa, tal como levadas a cabo em décadas recentes. Nesse sentido, consideraremos mais detidamente dois influentes artigos: “Berkeley’s idealism”, de Edwin Allaire e “Perceptual relativity and ideas in the mind” de Phillip Cummins, ambos publicados no ano de 1963.

Já no primeiro parágrafo de seu artigo, Allaire coloca o problema do qual se ocupará sua argumentação: o que poderia ter levado Berkeley a propor a tese de que as coisas sensíveis devem necessariamente ser percebidas para existir?

“That chairs, tables, mountains and so on must be perceived seems beyond understanding, let alone conviction. Yet, Berkeley was convinced of it. Why? What fed his conviction?”164

Sua resposta a essa questão é a seguinte: o que levou Berkeley a aceitar o esse est percipi como um princípio do conhecimento humano foi, em vez de um sólido raciocínio filosófico, “um erro bastante simples que impregna sua dialética”165. O que está errado na argumentação de Berkeley é, supõe Allaire, o uso implícito que o filósofo faz de uma premissa, essencial para o estabelecimento de sua tese de que o ser das coisas sensíveis consiste no seu serem percebidas, que, quando considerada em conjunto com outras afirmações dos Principles e dos Dialogues, revela-se insustentável. Vejamos, pois, em que se baseia e como se articula a acusação de Allaire.

Segundo o intérprete, a tese expressa pelo esse est percipi resume-se a três afirmações básicas: (1) as mentes são a única substância existente; (2) as coisas sensíveis nada mais são que conjuntos de qualidades e (3) as qualidades devem inerir nas substâncias. Daí o raciocínio de Berkeley: se no mundo há apenas as substâncias mentais e as qualidades que constituem as coisas sensíveis, então é logicamente necessário que as coisas sensíveis existam na mente, dado que a única relação possível entre qualidades sensíveis e substâncias é a de inerência. Não há dúvidas de que Berkeley admitiu a

premissa (2)166. Quanto à premissa (1), Berkeley também é bastante claro, conforme

veremos logo a seguir. O mesmo, porém, pode ser dito da premissa (3)? Allaire acredita que sim, vendo nela o passo decisivo para a legitimação da necessidade do esse est percipi. Vimos que para Descartes e Locke, por exemplo, a única relação que pode ser concebida entre uma substância e seus modos, atributos ou qualidades é, de fato, a relação de inerência. Mas, perguntemo-nos novamente, com Berkeley também é assim?

A principal evidência textual que Allaire encontra em Berkeley para atribuir ao filósofo a tese de que entre as substâncias e as qualidades só pode haver uma relação de inerência – chamemos essa tese de princípio da inerência daqui por diante – é a seguinte:

164 ALLAIRE, Edwin A. “Berkeley’s idealism” in CREERY, Walter E. (ed.) Berkeley: critical assessments

(vol. III). London: Routledge & Kegan Paul, 1991, p. 248.

165 “(...) a rather simply mistake which pervades his dialectic.” Op. cit., loc. cit. 166 Cf. pp. 10-1 desta dissertação.

“Seria um erro achar que aquilo que aqui é dito diminui, por menos que seja, a realidade das coisas. É reconhecido, conforme os princípios vigentes, que extensão, movimento, em suma, todas as qualidades sensíveis, por não serem capazes de subsistir por si só, carecem de um suporte. Mas os objetos percebidos pelos sentidos são tidos como nada mais que combinações dessas qualidades e, conseqüentemente, não podem subsistir por si só. Até aí todos estão de acordo. Assim, ao negarmos às coisas percebidas pelos sentidos uma existência independente de uma substância, ou suporte em que elas podem existir, em nada prejudicamos a opinião comum acerca de sua realidade, e a esse respeito não somos culpados de qualquer inovação. Toda a diferença reside no fato de que, para nós, os seres não pensantes percebidos pelos sentidos não têm existência distinta de seu serem percebidos, e não podem, portanto, existir em qualquer outra substância que não aquelas substâncias inextensas, indivisíveis, ou espíritos, que agem, pensam e os percebem.” (P 91)167

Nessa passagem, Berkeley lança a afirmação de que as qualidades sensíveis carecem de um suporte e que elas não podem subsistir por si só, observando em seguida que esse é um lugar-comum, uma tese aceita por todos. Na seção anterior pudemos constatar que Descartes e Locke realmente pensavam dessa maneira. E, com base no parágrafo que acaba de ser citado, fica claro que Berkeley não pensava diferente. Tanto que, ao apontar a diferença entre sua posição e a dos demais filósofos, não é essa tese que ele menciona. Assim, como não há substâncias materiais no mundo – Berkeley acredita já ter provado esse ponto – só as mentes, que são as únicas substâncias existentes, podem desempenhar o papel de suporte das qualidades sensíveis; as qualidades existem nas mentes. Como tradicionalmente existir em é o mesmo que inerir em, segue-se que a relação que há entre as substâncias mentais e as qualidades sensíveis é a de inerência. Por essa razão, Allaire diz que o parágrafo citado acima “marca a chegada de Berkeley ao idealismo”168 e, com base nele, descreve da seguinte maneira o caminho argumentativo percorrido por Berkeley rumo ao esse est percipi:

167 “It was a mistake to think that what is here said in the least derogates from the reality of things. It is

acknowledged, on the received principles, that extension, motion, and in a word all sensible qualities have need of a support, as not being able to subsist by themselves. But the objects perceived by sense, are allowed to be nothing but combinations of those qualities, and consequently cannot subsist by themselves. Thus far it is agreed on all hands. So that in denying the things perceived by sense, an existence independent of a substance, or support wherein they may exist, we detract nothing from the received opinion of their reality, and are guilty of no innovation in that respect. All the difference is, that according to us, the unthinking beings perceived by sense have no existence distinct from being perceived, and cannot therefore exist in any other substance, than those unextended, indivisible substances, or spirits, which act, and think, and perceive them.”

“Os passos de Berkeley rumo ao idealismo são firmes e definidos. Apenas as mentes (na reflexão) e os objetos sensíveis (nos sentidos) existem, pois eles são os únicos tipos imediatamente conhecidos. Além disso, objetos sensíveis são meramente coleções de qualidades, e qualidades necessitam de um suporte substancial. Dado que as mentes são as únicas substâncias, os objetos sensíveis devem ser suportados pelas mentes, devem estar nas mentes, devem ser percebidos pelas mentes: seu esse é percipi.”169

O parágrafo 91 dos Principles não é, vale dizer, a única evidência textual que Allaire apresenta como esteio de sua interpretação. Mais adiante, na seção III deste capítulo, examinaremos outros textos que também poderiam embasar a atribuição do princípio da inerência a Berkeley e, entre eles, as demais passagens apontadas pelo artigo de Allaire.

Mas, além dessas evidências textuais, Allaire chama a atenção para o apelo sistemático de sua interpretação. Assim, ressalta o comentador, além de assegurar a necessidade do esse est percipi – sem dúvida o mais persuasivo desses apelos –, outros aspectos controversos do pensamento de Berkeley podem ser melhor compreendidos quando reconhecemos o papel essencial que o princípio da inerência desempenha no estabelecimento do núcleo de sua filosofia. Allaire apresenta dois exemplos de argumentação que, se pensados independentemente do princípio da inerência, mostram-se extremamente simplórios e frágeis, mas que, no entanto, ganham considerável força persuasiva quando pensados em conjunto com tal princípio. O primeiro é um argumento cuja finalidade é provar a inexistência da substância material e, ao mesmo tempo, o esse est

percipi; o segundo, um argumento para provar apenas o esse est percipi.

Quanto ao primeiro caso, Allaire tem em mente o seguinte parágrafo dos Principles:

“Do que foi dito, segue-se que não há qualquer outra Substância que o Espírito, ou aquilo que percebe. Mas para uma prova plena desse ponto, consideremos as qualidades sensíveis cor, figura, movimento, odor, sabor, i. e., as idéias percebidas pelos sentidos. Agora, uma idéia existir em uma coisa que não percebe é uma manifesta contradição, pois ter uma idéia é o mesmo que perceber; portanto, aquilo em que cor, figura e

169 “Berkeley’s steps to idealism are firm and definite. Only minds (in reflection) and sensible objects (in

sense) exist, for they are the only kinds immediately know. Moreover, sensible objects are merely collections of qualities, and qualities need a substantial support. Since minds are the only substances, sensible objects must be supported by minds, they must be in minds, they must be perceived by minds: their esse est percipi.” Op. cit., p. 253.

qualidades similares existem, devem percebê-las; assim, é claro que não pode haver substância não pensante ou substratum dessas idéias.” (P 7)170

Segundo o intérprete, a dupla prova que Berkeley pretende apresentar nesse parágrafo só pode ser compreendida se assumimos o princípio da inerência como uma premissa implícita. De uma maneira geral, para Allaire o argumento de Berkeley consiste em propor uma alternativa: as qualidades sensíveis só podem existir na mente ou na matéria; se elas existem na mente, então não podem existir na matéria, e vice-versa. Dizer que elas existem na matéria seria uma grande contradição, já que, sendo idéias, as qualidades jamais poderiam existir em um ser destituído de pensamento e incapaz de perceber. Logo, elas têm que existir na mente, isto é seu esse é percipi. Esse “ter que existir”, por sua vez, só é assegurado se assumimos que as qualidades devem inerir nas substâncias, pois mostrar apenas que falar de existência de idéias/qualidades em substâncias materiais é uma contradição não prova que essas idéias qualidades existam na mente. Tampouco bastaria se fiar às conotações mentalistas implicadas no termo “idéia”171. Para se chegar ao esse est

percipi é necessário, então, que o princípio da inerência esteja pressuposto; aí sim é

possível passar da negação da existência das qualidades na substância material para a afirmação de sua existência na substância mental: qualidades devem inerir nas substâncias; se é impossível que seja na substância material, então, necessariamente, na substância mental. E quanto à prova da inexistência da substância material? Como ela pode ser extraída do parágrafo 6 dos Principles? Infelizmente, Allaire não explora como isso seria possível, limitando-se apenas a anunciar que:

170 “From what has been said it follows there is not any other Substance than Spirit, or that which perceives.

But, for the fuller proof of this point, let it be considered the sensible qualities are colour, figure, motion, smell, taste, etc., i.e. the ideas perceived by sense. Now, for an idea to exist in an unperceiving thing is a manifest contradiction, for to have an idea is all one as to perceive; that therefore wherein colour, figure, and the like qualities exist must perceive them; hence it is clear there can be no unthinking substance or

substratum of those ideas.”

171 “It would be foolish to deny that Berkeley’s use of ‘idea’ paves a convenient path to idealism. Indeed,

Berkeley often takes advantage of the term and its question-begging connotations. (…) Nevertheless, he is aware that ‘idea’ merely implies what wants proof; namely, idealism – which he believes can be proved. His belief stems, I submit in large measure from his almost unexamined acceptance of the dictum that qualities inhere in a substance”, Op. cit., p. 254.

“(...) a passagem visa provar o esse est percipi assim como que a material não existe. Ambas as provas se baseiam na premissa implícita de que as qualidades devem estar em uma substância.”172

Em relação à outra prova a favor do esse est percipi que Allaire crê ficar mais clara quando construída com o auxílio do princípio da inerência, cabe dizer que seu raciocínio é basicamente o mesmo empregado no caso anterior. Só que seu foco agora é o primeiro dos

Dialogues, onde Philonous argumenta extensamente que tanto as qualidades ditas

secundárias quando as primárias devem existir na mente. Como a abordagem de Allaire quanto a esse ponto é bastante similar à que Cummins desenvolve em seu artigo a respeito do uso do fato da relatividade da percepção na argumentação de alguns filósofos modernos, entre eles Berkeley, podemos explorá-la mais adiante, ao examinarmos a posição desse outro comentador.

De maneira geral, a interpretação proposta por Allaire parece gozar de boa plausibilidade quando pensada no seio do contexto teórico herdado por Berkeley e também quando confrontada com algumas passagens dos Principles e dos Dialogues. Assim, à pergunta de qual teria sido a motivação de Berkeley para conceber o esse est percipi como uma verdade necessária, Allaire responde que foi o comprometimento do filósofo com o mesmo modelo inerencial da relação substância/qualidades que encontramos nos textos de seus contemporâneos, como Descartes e Locke. Mas, conclui o comentador, se é verdade que esse comprometimento basta para fundar a necessidade do esse est percipi, não é menos verdade que ele também basta para afundar seu edifício teórico.

Ser uma qualidade, entende Allaire, é, por princípio, ter um ser relativo – uma qualidade é sempre uma qualidade de algo. Segundo a concepção tradicional, por exemplo, as qualidades são sempre qualidades de substâncias, e uma coisa sensível é um composto de qualidades sensíveis que coexistem em um substrato ou suporte material. Não é necessário que seja assim, contudo. Bem poderíamos conceber um objeto físico qualquer como um mero conjunto de qualidades e coerentemente falar de qualidades do conjunto de qualidades. Conforme já sabemos, é justamente como um conjunto de qualidades que Berkeley analisa o ser de uma coisa sensível. Entretanto, sua opção não é, acredita Allaire, deslocar o pólo relacional comumente atribuído à substância material para o conjunto de

172 “(...) the passage is therefore designed to prove that esse est percipi as well that matter does not exist. Both

qualidades enquanto tal. Como um típico representante da tradição inerencista de Descartes e Locke, a única saída que o filósofo vislumbra, prossegue o intérprete, é afirmar que as qualidades são relativas à mente, ou seja, que é a mente o substrato ontológico das qualidades sensíveis, já que é só às mentes que ele confere o status de substâncias. Daí a dificuldade: se inerência é o correlato ontológico da relação de predicação, então não é possível afirmar que qualidades existem apenas na mente (isto, é, quando percebidas pela mente), pois nesse caso as qualidades se tornariam predicados da mente, e chegaríamos ao absurdo de falar de uma mente azul, quente, redonda, macia, móvel, desse ou daquele tamanho, etc.:

“O equívoco de Berkeley, portanto, é que ele persiste em afirmar que as qualidades devem existir em uma substância embora insista que elas não são predicados de uma substância.”173

Em suma, o que Allaire vê de fundamentalmente errado na argumentação de Berkeley é o fato do filósofo subscrever ao mesmo modelo da relação substância/qualidade exemplificado por Descartes e Locke, ou seja, afirmar que qualidades sempre inerem nas substâncias, sem, no entanto, admitir a existência de um suporte ontológico não mental para as qualidades que compõem as coisas sensíveis. Imaterialismo e relação inerencial entre substância e qualidade são, portanto, absolutamente incompatíveis entre si.

Cummins, tomando outro caminho que Allaire174, chega, no entanto, à mesma

conclusão que seu colega, a saber: a tese de que o esse das coisas sensíveis necessariamente remete a seu percipi só pode ser validada mediante a admissão da premissa de que a relação das substâncias com suas qualidades é uma relação de inerência. A principal diferença entre as duas abordagens está no fato de que Cummins não se manifesta quanto a eventuais dificuldades sistemáticas decorrentes da aceitação do principio da inerência por parte de Berkeley, limitando-se apenas a expor o que acredita ser o cerne da argumentação do filósofo.

173 “Berkeley’s mistake, therefore, is that he persists in claiming that qualities must inhere in a substance even

though he insists that they are not predicated of a substance.” Op. cit., p. 249.

174 Em uma nota de rodapé de seu artigo, Cummins reconhece que Allaire lhe sugeriu a conexão entre o esse

est percipi e a adoção da premissa de que a relação substância qualidade é uma relação de caráter inerencial.

Cummins, no entanto, afirma que foi naturalmente levado a essa interpretação em virtude de seu exame do uso argumento da relatividade da percepção na filosofia de Berkeley. Cf. nota 19, p. 210.

O artigo de Cummins revela que o comentador é um dos defensores de uma linha interpretativa que atribui um papel positivo ao argumento da relatividade da percepção que Berkeley expõe em algumas seções dos Principles e em grande parte do primeiro dos

Dialogues175. Esse argumento tem por base a constatação de um certo fato a respeito da

percepção sensível, a saber, que as qualidades sensíveis percebidas sempre variam de acordo com o ponto de vista do observador. A figura ou a extensão de um objeto qualquer, por exemplo, variam conforme o observemos desta ou daquela distância, deste ou daquele ângulo, e assim por diante. Quando utilizado por Berkeley, o argumento chama a atenção para o fato das qualidades sensíveis não poderem ser concebidas como propriedades de substâncias não mentais, pois, caso fosse assim, o defensor dessa tese teria que explicar então como uma mesma coisa vista de diferentes perspectivas poderia apresentar simultaneamente propriedades excludentes entre si, tais como pequeno e grande, lento e rápido, etc. Ilustremos esse ponto com um fragmento do primeiro dos Dialogues, uma passagem onde Philonous examina uma das propriedades que os proponentes do materialismo acreditam ser propriedade real das substâncias corpóreas – o movimento:

“Phil. (…) Pode um movimento real de algum corpo externo ser ao mesmo tempo muito rápido e muito lento?

Hyl. Não pode.

Phil. E a rapidez do movimento de um corpo não está em proporção recíproca ao tempo que ele leva para

percorrer um espaço dado? Assim, um corpo que percorre uma milha em uma hora se move três vezes mais rápido do que faria caso percorresse somente uma milha em três horas.

Hyl. Concordo com você.

Phil. E o tempo não é medido pela sucessão de idéias em nossas mentes? Hyl. É.

Phil. E não é possível que as idéias pudessem se suceder duas vezes mais rápido em sua mente do que na

minha, ou na de algum espírito de outro tipo?

Hyl. Concedo.

175 Nos Principles, o argumento da relatividade da percepção é desenvolvido nos parágrafos 14 e 15. Cabe

assinalar, porém, que uma leitura positiva a respeito da função desse argumento dificilmente poderia ser construída a partir do que Berkeley diz nessas duas seções, já que logo após empregá-lo para mostrar a arbitrariedade da distinção entre qualidades primárias e secundárias o filósofo diz: “Though it must be confessed this method of arguing does not so much prove that there is extension or colour in an outward object, as that we do not know by sense which is the true extension or colour of the object. But the arguments foregoing plainly shew it to be impossible that any colour or extension at all, or other sensible quality whatsoever, should exist in an unthinking subject without the mind.”

Phil. Conseqüentemente, o mesmo corpo pode para outrem parecer percorrer seu movimento em qualquer

espaço na metade do tempo que parece percorrer para você. E o mesmo raciocínio se aplicará a qualquer outra proporção: isso quer dizer que, de acordo com seus princípios (uma vez que os movimentos percebidos estão ambos realmente no objeto), é possível que o mesmo corpo possa se mover simultaneamente de modo muito rápido e muito lento. Como isso pode ser consistente com o sentido comum ou com o que você a pouco

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