• Nenhum resultado encontrado

Análise comparativa inter-grupo dos questionários do Grupo 2 (imprensa

Parte II – Estudo empírico 71

Capítulo 5 – Apresentação e discussão dos resultados 76

5.5. Análise comparativa inter-grupo dos questionários do Grupo 2 (imprensa

Nesta secção, tal como nas quatro anteriores, vamos concentrar o estudo comparativo numa questão do inquérito – o interesse pessoal pelas rubricas em cada publicação. No entanto, a análise incidirá na comparação entre o Grupo 2 e o Grupo 3, ambos sobre a imprensa online regional. Com a análise dos resultados obtidos poderemos verificar se os interesses entre os leitores da imprensa online variam de grupo para grupo.

No que concerne à rubrica “economia”, e como é possível verificar no Gráfico 85, notamos que a tendência geral do Grupo 2 e do Grupo 3 direcciona-se para o nível 3. O valor dito neutro é considerado, no Grupo 2, por 22 pessoas em 50 numa escala de 1 a 5, e, no Grupo 3, o número sobe para 27 em 50 sujeitos. Aliás, é esta categoria que reúne o maior número de respostas. De um modo geral, e tal como podemos verificar no Gráfico 85, o nível de interesse dos inquiridos do Grupo 2 e do Grupo 3 sobre a rubrica economia pouco difere entre ambos. Assim, no nível “elevado interesse”, os Grupos 2 e 3 apresentam um índice de respostas similar, com 8 sujeitos em 50 no caso do Grupo 2, e 9 indivíduos em 50 no caso do Grupo 3. Já no nível “com interesse”, o número de indivíduos a manifestarem este tipo de interesse varia de forma ténue entre o Grupo 2 (que regista 9 sujeitos em 50 que escolheram o nível 4 numa escala de 1 a 5) e o Grupo 142

3 (que assinala 5 pessoas em 50), como podemos analisar no Gráfico 85. Ligeiras diferenças também se assinalam nos níveis 1 e 2. A rubrica economia tem para 11 sujeitos em 50 do Grupo 2 e para 6 pessoas em 50 do Grupo 3 um “interesse relativo”, enquanto o nível 2, dito de “pouco interesse”, não regista qualquer resposta do Grupo 2, ao contrário do Grupo 3, em que 3 inquiridos em 50 afirmam ter “pouco interesse” na rubrica.

Gráfico 85 – Comparação da realidade da Rubrica “Economia” entre o Grupo 2 e o Grupo 3 (imprensa online regional).

A rubrica “saúde”, por seu lado, tal como visualizamos no Gráfico 86, apresenta níveis de interesse dissemelhantes entre o Grupo 2 e o Grupo 3. No Grupo 2 assistimos a um equilíbrio relativamente ao valor que reúne maior número de respostas, dado que 19 sujeitos em 50 escolheram o nível dito “neutro” e 18 sujeitos em 50 direccionam-se para o nível “com interesse” numa escala de 1 a 5. Pelo contrário, no Grupo 3, a tendência atomiza-se claramente no valor 3 (neutro), pois regista 23 pessoas em 50. Analisando os resultados obtidos nos restantes valores de interesse na rubrica “saúde”, podemos constatar através do Gráfico 86 que nenhum sujeito apresenta “pouco interesse”, 11 em 50 possuem um “interesse relativo” e apenas 2 em 50 consideram ter um “elevado interesse” pela rubrica, no âmbito do Grupo 2. Por seu turno, no Grupo 3, 1 indivíduo em 50 escolheu o nível 1 (pouco interesse” numa escala de 1 a 5), ao passo que 3 pessoas em 50 demonstram um “interesse relativo” pela rubrica na imprensa online, 12 sujeitos em 50 a vêem “com interesse” e o nível “elevado interesse” é considerado por 11 pessoas.

Gráfico 86 – Comparação da realidade da Rubrica “Saúde” entre o Grupo 2 e o Grupo 3 (imprensa online regional).

Na rubrica “política”, como é possível visualizar no Gráfico 87, assistimos a uma dispersão de opinião nas cinco escalas de interesse em ambos os grupos inquiridos. Apesar disso, verificamos uma concentração nítida no valor 3: no Grupo 2, a rubrica tem para 18 sujeitos em 50 um interesse dito “neutro”, pelo que no Grupo 3, registamos uma subida para 23 sujeitos em 50 no mesmo nível de interesse. Tendo em consideração o Gráfico 87, o número de inquiridos com a mesma opinião sobre a rubrica “política” é bastante similar. Assim, comparando os dois grupos, verificamos que 5 pessoas em 50 do Grupo 2 e 2 pessoas em 50 do Grupo 3 afirmam “pouco interesse” pela rubrica, enquanto 11 sujeitos em 50 do Grupo 2 e 8 indivíduos em 50 do Grupo 3 apresentam pela “política” um “interesse relativo” numa escala de 1 a 5. Já no valor 4 o mesmo número de sujeitos em ambos os grupos vê “com interesse” os conteúdos desta rubrica (9 pessoas em 50). Por último, o nível “elevado interesse” é considerado por 7 sujeitos em 50 no Grupo 2 e por 10 pessoas em 50 no Grupo 3.

Gráfico 87 – Comparação da realidade da Rubrica “Política” entre o Grupo 2 e o Grupo 3 (imprensa online regional).

Debruçando-nos sobre a rubrica “educação, e de acordo com o Gráfico 88, é possível descortinar as dissemelhanças entre o Grupo 2 e o Grupo 3 em três das cinco escalas de interesse, o que demonstra que a mesma rubrica na imprensa online regional não reúne consenso entre grupos. Enquanto no Grupo 2, e como podemos verificar no Gráfico 88, a tendência de resposta direcciona-se para o valor 3, no Grupo 3 o pico de opinião encontra-se no valor 4. Desta forma, no Grupo 2, o nível “pouco interesse” não reúne qualquer resposta; o “interesse relativo” é considerado somente por 2 pessoas em 50 e o valor dito “neutro” reúne metade dos inquiridos (ou seja, 25 indivíduos em 50). Já o nível “com interesse” pela “educação” soma 13 sujeitos em 50 e o “elevado interesse” reúne 10 pessoas. Relativamente ao Grupo 3, apenas 1 pessoa em 50 afirma ter “pouco interesse” pela rubrica, à semelhança do que ocorre na escala “interesse relativo” (regista-se apenas 1 pessoa em 50). A maior concentração de respostas assinala-se nos próximos três níveis (de 3 a 5): a rubrica tem para 17 sujeitos em 50 um interesse “neutro”, para 19 indivíduos em 50 um valor 4 (“com interesse”) e para 12 em 50 um “elevado interesse”.

Gráfico 88 – Comparação da realidade da Rubrica “Educação” entre o Grupo 2 e o Grupo 3 (imprensa online regional).

Por seu lado, a rubrica “cultura” regista valores completamente díspares entre ambos os grupos, assinalando-se apenas uma similitude nas escalas 1 e 3. Como é possível constatar no Gráfico 89, no Grupo 2 verificamos um equilíbrio no sentido de resposta, que se concentram nos valores 2, 4 e 5, ao contrário do que encontramos no Grupo 3, pois a tendência de resposta afirma-se, com valores esclarecedores, nos níveis 4 e 5. Apesar das diferenças assentes no número de indivíduos, podemos salientar a semelhança da resposta, isto é, os níveis 4 e 5 são considerados pela maioria dos inquiridos do Grupo 2 e do Grupo 3. Assim, contrapondo os resultados obtidos, nenhum sujeito em 50, em ambos os grupos, encara com “pouco interesse” a “cultura”, ao passo que 14 pessoas em 50 do Grupo 2 vêem com “interesse relativo” a rubrica, baixando para 2 pessoas em 50 no Grupo 3. No valor dito “neutro”, encontramos valores aproximados, pois 11 indivíduos em 50 do Grupo 2, numa escala de 1 a 5, escolheram o nível 3, enquanto no Grupo 3 registam-se 9 pessoas em 50. Já o nível “com interesse” é considerado por 12 sujeitos em 50 no Grupo 2, registando-se no Grupo 3 uma subida considerável, com 20 pessoas em 50 a mostrarem interesse neste nível 4. Já no “elevado interesse” 13 indivíduos em 50, no Grupo 2, evidenciam esse valor pela “cultura” e no Grupo 3 o número sobe para 19 em 50.

Gráfico 89 – Comparação da realidade da Rubrica “Cultura” entre o Grupo 2 e o Grupo 3 (imprensa online regional).

A rubrica “desporto” apresenta, ao contrário das anteriores e como podemos constatar no Gráfico 90, um afunilamento similar e claro no sentido de resposta, dado que, em ambos os grupos, a maioria dos inquiridos encara com “elevado interesse” a referida rubrica numa escala de 1 a 5. A par, também verificamos similitudes ténues no nível “com interesse”. Deste modo, no Grupo 2, o “desporto” tem para 2 sujeitos em 50 “pouco interesse”, um cenário semelhante no que se refere ao nível “interesse relativo”, em que se registam 3 pessoas em 50. A rubrica reúne na posição “neutro” 6 indivíduos em 50, no nível “com interesse” 9 pessoas em 50 e na escala “elevado interesse” 30 sujeitos em 50. Por seu lado, no Grupo 3, a rubrica “desporto” não é considerada por nenhum dos inquiridos com “pouco interesse”, ao passo que 6 sujeitos em 50 a consideram com “interesse relativo”. Na posição “neutro”, a rubrica reúne 12 respostas em 50, enquanto o nível “com interesse” baixa para 10 indivíduos em 50. O desporto reúne assim um “elevado interesse” para 22 pessoas em 50.

Gráfico 90 – Comparação da realidade da Rubrica “Desporto” entre o Grupo 2 e o Grupo 3 (imprensa online regional).

A rubrica “opinião”, como demonstra o Gráfico 91, não reúne consenso nos e entre os inquiridos do Grupo 2 e do Grupo 3. Como podemos verificar, a tendência do posicionamento dos sujeitos em cada grupo difere claramente: enquanto no Grupo 2 o pico das respostas se centra no nível “neutro”, com mais de metade dos inquiridos, no Grupo 3 a tendência dirige-se para o nível “interesse relativo”, numa escala de 1 a 5. Assim, ao analisar o gráfico, percebemos melhor a disparidade do sentido de resposta entre ambos os grupos: 1) a rubrica tem “pouco interesse” para 3 pessoas em 50, no Grupo 2, ao contrário do que acontece no Grupo 3, em que apenas 1 pessoa em 50 escolheu este nível de interesse; 2) na escala “interesse relativo” a rubrica “opinião” é considerada por 12 sujeitos em 50 no Grupo 2, ao passo que no Grupo 3 registam-se 19 em 50; 3) já na posição “neutro”, o Grupo 2 regista o maior número de respostas, com 27 pessoas em 50, nível que no Grupo 3 desce consideravelmente para 13 indivíduos em 50; 4) já no nível “com interesse” a rubrica é entendida por 6 pessoas em 50, do Grupo 2, e por 10 em 50, no Grupo 3; 5) por último, a “opinião” é considerada com “elevado interesse” por 2 pessoas em 50 e por 7 sujeitos em 50, no Grupo 2 e no Grupo 3, respectivamente.

Gráfico 91 – Comparação da realidade da Rubrica “Opinião” entre o Grupo 2 e o Grupo 3 (imprensa online regional).

Na rubrica “região” os dados encontram-se concentrados, como podemos visualizar no Gráfico 92, registando-se resultados similares entre ambos os grupos, com a tendência geral de respostas a cingir-se ao valor 5, numa escala de 1 a 5. Tendo em consideração o gráfico, é possível salientar ainda a diferença de respostas nos níveis 3 e 4 entre os Grupos 2 e 3. Assim, no Grupo 2, a rubrica apresenta “pouco interesse” para 1 pessoa em 50, valor que não regista qualquer resposta no Grupo 3. Já 1 sujeito em 50, do lado do Grupo 2, e 2 em 50, do lado do Grupo 3 demonstram um “interesse relativo” pela “região”, números que sobem consideravelmente quando analisamos o nível dito “neutro”. Aqui, 7 indivíduos em 50 do Grupo 2 afirmam ter esta posição, ao passo que no Grupo 3 as respostas mais que duplicam, com 15 pessoas em 50. Relativamente ao nível “com interesse”, a rubrica “região” é considerada por 10 sujeitos em 50, no caso do Grupo 2, e por 15 em 50, no caso do Grupo 3. No entanto, é no valor 5 que registamos a maior concentração de respostas. Assim, no Grupo 2, a rubrica tem “elevado interesse” para 31 pessoas em 50, enquanto no Grupo 3, tem 18 em 50.

150

Gráfico 92 – Comparação da realidade da Rubrica “Região” entre o Grupo 2 e o Grupo 3 (imprensa online regional).

Em relação à rubrica “sociedade”, verificamos no Gráfico 93 que a opinião dos inquiridos de ambos os grupos difere claramente em quatro das cinco escalas (o único valor de interesse semelhante situa-se no “pouco interesse), bem como na tendência geral das respostas (dado que o Grupo 2 tende para os níveis “neutro” e “com interesse”, enquanto o Grupo 3 dirige-se para o nível “elevado interesse”).

Assim, esta rubrica tem para 1 pessoa em 50, de ambos os grupos, “pouco interesse”, mas no que concerne ao “interesse relativo” da mesma, 3 sujeitos em 50 do Grupo 2 afirmam que se posicionam neste nível, ao passo que no Grupo 3 não se regista qualquer resposta nesta escala. Já 17 indivíduos em 50 do Grupo 2 confirmam ter uma posição “neutra” em relação à “sociedade”, valor que desce no Grupo 3 para 12 em 50. A semelhança no número de respostas também se verifica no nível “com interesse”, pois este é considerado por 17 pessoas em 50 do Grupo 2, e por 14 em 50, do Grupo 3. No entanto, a rubrica tem “elevado interesse” para 12 sujeitos em 50 (Grupo 2), número que quase duplica quando atendemos ao Grupo 3, pois verificamos 23 indivíduos em 50.

Gráfico 93 – Comparação da realidade da Rubrica “Sociedade” entre o Grupo 2 e o Grupo 3 (imprensa online regional).

Atendendo aos dados obtidos sobre a rubrica “religião”, e como podemos constatar no Gráfico 94, as diferenças entre o Grupo 2 e o Grupo 3 espelham-se unicamente nos valores 3 e 4 numa escala de 1 a 5, dado que nos restantes níveis os resultados são idênticos. O gráfico expõe claramente essa unanimidade em relação à rubrica, e, por conseguinte, os níveis em que se registam as mais elevadas concentrações das respostas. Neste contexto, e apresentando os dados, nos níveis 1 e 2 verificamos resultados idênticos em ambos os grupos: 13 sujeitos em 50 afirmam o “pouco interesse” que possuem da rubrica, enquanto 19 indivíduos em 50 demonstram um “interesse relativo” ao tema. Já no valor 3, vemos uma pequena diferença. A rubrica no nível dito “neutro” é considerada por 17 pessoas em 50, do Grupo 2, enquanto a tendência no Grupo 3 desce para 11 em 50. Pelo contrário, o nível “com interesse” não registou qualquer resposta por parte do Grupo 2, ao passo que no Grupo 3 a rubrica é tida somente por 5 sujeitos. O tema relativo à “religião” também reuniu um baixo número de respostas no valor 5, dado que, no Grupo 2, apenas 1 sujeito em 50 mostra um “elevado interesse” pela rubrica e, no Grupo 3, o número dobra, ou seja, apenas 2 pessoas em 50.

Gráfico 94 – Comparação da realidade da Rubrica “Religião” entre o Grupo 2 e o Grupo 3 (imprensa online regional).

A rubrica “publicidade”, à semelhança da precedente, reúne resultados análogos entre o Grupo 2 e o Grupo 3, com excepção dos níveis 2 e 5, onde assistimos às maiores diferenças de opinião entre ambos. Como nos mostra o Gráfico 95, a tendência geral das respostas dos grupos abrange todos os níveis de interesse. Podemos constatar assim que no Grupo 2 o nível “neutro” é aquele que reúne o maior número de respostas, com 15 sujeitos em 50, enquanto no Grupo 3 o pico de respostas inclina-se, ainda que ligeiramente, para o nível “interesse relativo”, com 16 pessoas em 50. No entanto, a posição “neutro” é considerada por 15 indivíduos em 50 numa escala de 1 a 5. Já para o Grupo 2, a rubrica “publicidade” tem um “interesse relativo” para 12 pessoas em 50. Esta tendência semelhante de resposta encontramos igualmente no valor 1. Tanto no Grupo 2 como o Grupo 3, a rubrica é considerada por 7 pessoas em 50 no nível denominado “pouco interesse”. A categoria “publicidade” é também considerada “com interesse” por 6 sujeitos em 50, no caso do Grupo 2, e por 5 indivíduos, no caso do Grupo 3. Já no valor 5, que corresponde ao nível “elevado interesse”, as respostas sofrem um aumento, dado que 10 pessoas em 50 (Grupo 2) e 7 sujeitos em 50 (Grupo 3) afirmam que a rubrica possui esse tipo de interesse.

Gráfico 95 – Comparação da realidade da Rubrica “Publicidade” entre o Grupo 2 e o Grupo 3 (imprensa online regional).

No que respeita à rubrica “classificados”, e tendo em conta o Gráfico 96, constatamos que os resultados gerais de ambos os grupos diferem entre si, mas o nível de interesse que concentra o maior número de respostas é o mesmo nos dois conjuntos de inquiridos – o valor 2. Notamos também que a incidência de respostas direcciona-se, como podemos comprovar no gráfico, para o lado direito do mesmo, ou seja, a tendência das opiniões centra-se nas três primeiras escalas de interesse.

Assim, no Grupo 2, a rubrica é considerada no nível 1 (“pouco interesse”) por 8 pessoas em 50, um número que mais que duplica no valor 2, pois 17 sujeitos em 50 afirmam possuir um “interesse relativo” nos “classificados”. O valor 3 também reúne um considerável número de respostas, com 15 indivíduos em 50, enquanto a rubrica é considerada no nível 4 (“com interesse”) por 8 pessoas. Já o “elevado interesse” pela mesma apenas verificamos em 2 sujeitos. No caso do Grupo 3, a tendência de opinião, em geral, inverte-se. Neste âmbito, 11 pessoas em 50 demonstram o “pouco interesse” na rubrica, ao passo que 19 sujeitos consideram-na com “interesse relativo”. No nível “neutro” a categoria em causa é considerada por 11 pessoas em 50, no nível “com interesse por 4 sujeitos e no nível “elevado interesse” por 5 em 50.

Gráfico 96 – Comparação da realidade da Rubrica “Classificados” entre o Grupo 2 e o Grupo 3 (imprensa online regional).

155

Conclusão

Os estudos efectuados em torno do Jornalismo e dos media encerram vários pontos de análise e optam por diferentes rumos. Perante a imensidão de assuntos que podem ser investigados neste campo e os vários estudos que já foram efectuados, salientamos que, apesar disso, há sempre novas técnicas, novos meios de análise e novas direcções de estudo. Num mundo em constante evolução, o conhecimento não foge à regra e, por isso, esta dissertação é apenas mais um pequeno contributo para entender o Jornalismo e, neste caso em concreto, a imprensa escrita e online local e regional.

A investigação encetada, e que abriu caminho a este estudo académico, mostra que diferentes autores possuem diferentes visões sobre a temática em análise. O surgimento do denominado ‘quarto jornalismo’ (que para uns é jornalismo online, para outros ciberjornalismo ou webjornalismo, por exemplo), permitido pelo aparecimento da Internet e das novas tecnologias, originou uma escalada nas investigações no campo do Jornalismo e dos media. Autores como Alves (2006: 94) apontam a possibilidade de os meios tradicionais poderem vir a desaparecer por não conseguirem adaptar-se às novas tendências tecnológicas e às novas formas de divulgação da informação (Internet). No entanto, outros investigadores salientam o contrário, que nenhum meio irá morrer, mas que terá de mudar e adaptar a sua rotina: falamos, a título de exemplo, de Arias (2009: 7), Edo (2009: 5), Cole (citado em Jerónimo 2010ª: 7) e Cardoso et al. (2009: 8).

A imprensa local e regional surge num contexto de globalização como um dos pilares de proximidade entre pessoas de uma mesma comunidade e entre os que estão longe da sua terra. Através da imprensa escrita e online regional, a população dispõe de um acesso primordial aos assuntos que mais directamente lhe diz respeito, bem como da possibilidade de se fazer ouvir – os seus problemas e anseios. A presença no ciberespaço veio facilitar esta proximidade entre a publicação e os seus leitores, mas como podemos comprovar no estudo comparativo que efectuámos, ainda há muito para fazer no caso da imprensa local e regional. A utilização de redes sociais e de opções multimédia ainda carece de implementação nos meios regionais, muito por culpa da debilidade económica que auferem. Os leitores inquiridos nesta investigação consideram, na sua generalidade, que os jornais impressos regionais usam, mais

156 frequentemente, as redes sociais (como o Facebook ou o Twitter), ao contrário das possibilidades de enriquecimento dos conteúdos jornalísticos, como a adição de vídeo, som ou infografias. Comprovamos também que, apesar de vivermos numa era tecnológico e de constante aperfeiçoamento de dispositivos móveis, quase a totalidade dos sujeitos entrevistados confirmam aceder a jornais online através do computador e apenas uma percentagem mínima atesta o uso de tablets. Apesar da massificação do telemóvel, o certo é que para aceder às notícias, este dispositivo continua a ser preterido.

Neste contexto, do estudo comparativo podemos ainda retirar várias conclusões que nos permitem afirmar que a imprensa local e regional, apesar de encarada como um meio vital para afirmação de uma comunidade, tem vindo a sofrer com todas as contundências sociais e económicas. Podemos igualmente constatar que a imprensa escrita e a imprensa online regionais colhem semelhanças e diferenças entre si e que, por isso, ambas devem apostar mais na qualidade dos conteúdos e dos suportes, bem como na melhoria das condições de trabalho dos profissionais.

Através dos inquéritos realizados, podemos retirar ilações gerais entre a imprensa escrita regional e a imprensa online regional. Assim, vamos apresentar algumas conclusões gerais de todas as análises comparativas efectuadas na parte prática desta dissertação.

Conclusões gerais entre a imprensa escrita regional e a imprensa online regional.

¾ Ao nível das assinaturas, podemos concluir que a imprensa escrita e a imprensa online regional se equiparam, dado que a maioria dos inquiridos assevera que não é assinante de jornais impressos nem de jornais/conteúdos online.

¾ Os dados recolhidos mostram-nos que os leitores da imprensa escrita regional e da imprensa online regional possuem o mesmo tipo de leitura (“ligeira”, ainda que percentagens próximas nos indiquem que existem leitores que efectuam uma leitura “interessada”).

¾ Quanto à frequência da leitura, a imprensa escrita regional é na sua maioria lida “semanalmente”, de acordo com a sua periodicidade (regra geral, os jornais impressos regionais são semanais). À semelhança, a imprensa online regional é também lida “semanalmente”. Os leitores continuam a associar a actualização dos

157 conteúdos jornalísticos online à periodicidade das publicações impressas (como foi abordado na Parte I).

¾ Em relação ao tempo despendido na leitura, os dados mostram-nos que a importância dada à imprensa regional é reduzida. Grande parte dos inquiridos afirmam despender entre 15 a 30 minutos na leitura, tanto do jornal impresso como do online.

¾ Sobre o local de leitura, os leitores tendem a ler ambas as publicações no “domicílio”, o que, em relação à imprensa escrita, nos mostra que apesar de a maioria não ser assinante, o facto de o local de leitura escolhido ser o domicílio remete-nos para o facto de que os leitores compram o jornal regularmente. Concluímos também que a maioria dos jovens leitores lê o jornal impresso no bar/café.

¾ Com os resultados da questão que inquiria os leitores sobre as rubricas que costumam ler, evidenciamos que entre a imprensa escrita regional e a imprensa online regional não se encontram diferenças. Os leitores demonstram possuir o mesmo interesse informativo (as rubricas mais lidas são “desporto”, “região”, “cultura” e “sociedade”).

¾ Em relação à qualidade gráfica de ambas as publicações, os inquiridos da