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4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

4.1. ORGANIZAÇÃO DA ANÁLISE DOS DADOS

4.1.3 Análise da produção textual – Artigo de opinião tema 2

4.1.3.1 A escrita

A escrita referente ao artigo de opinião, cujo tema é “Fenômenos da natureza versus ação do homem”, PTA2v1, foi desenvolvida na SD 5 (Apêndice C). Previamente à solicitação da produção textual, trabalhamos dois textos base54 com os terceiranistas, um deles de fonte primária e outro de fonte secundária. Com tais textos base, exploramos o trabalho com a compreensão das fontes primária e secundária, baseando-nos tanto em Cunha (2001, p. ix), que dispõe que: uma fonte primária pode “ter o aspecto de registro de informações (como, por exemplo, os relatórios ou expedições científicas”; que uma fonte secundária organiza a fonte primária e guia o leitor; e em nossas categorias que acrescentam a relevância da autoridade no assunto para veiculação de determinada informação. Feito isso, propomos aos discentes a seguinte situação comunicativa:

“Na notícia que acabamos de ler, observamos que a cidade de Santa Maria, na noite de 16 de outubro, estava às escuras por conta do vendaval ocorrido na madrugada do dia 15 de outubro, conforme todos nós presenciamos e podemos depreender pela data de publicação da notícia. Podemos inferir, como observamos, que o vendaval pode estar associado à ocorrência do El Niño. Nesse sentido, qual a sua opinião, como jovem cidadão, sobre as consequências de fenômenos naturais como esse, podemos, nós, humanos, tomar medidas de precaução ou não há nada que se possa fazer? O que você tem a dizer sobre isso para outros

jovens como você? Defenda sua opinião por meio de um artigo de opinião, não esqueça de apresentar argumentos para defender seu ponto de vista.”55

Em resposta a tal situação comunicativa, S7 produziu a PTA2v1, veiculada na figura 16:

Figura 16 – PTA2v1 – S7

55 Situação comunicativa presente na SD 5, a qual também contém a notícia, a qual nos referendamos no início da situação comunicativa.

Fonte: PTA2v1 – S7.

Após dispormos a situação comunicativa proposta à turma, a qual direciona S7 para a produção de um artigo de opinião (PTA2v1), consta o quadro com a classificação do grau de informatividade, a identificação, da informação, da opinião e do argumento de tal escrita:

Graus de

informatividade Categorias de análise C

56

Grau baixo

1.1. Não apresentei informação para esse argumento.

1.2. Apresentei informação, mas não há uma relação entre a materialidade linguística dela e do argumento.

1.3. Apresentei informação, mas não há uma relação entre o contexto dela e do argumento. 1.4. Apresentei informação, mas ela está baseada em uma experiência pessoal.

1.5. Apresentei informação, mas ela está baseada em dados corriqueiros que observo no meu dia a dia.

1.6. Apresentei informação que foi veiculada por uma fonte terciária de informações, cujo autor da redação oral ou escrita não é autoridade no assunto abordado na informação. 1.7.Apresentei informação que foi veiculada por uma fonte secundária de informações, cujo autor da redação oral ou escrita não é autoridade no assunto abordado na informação. 1.8. Apresentei informação que foi veiculada por uma fonte primária de informações, cujo autor da redação oral ou escrita não é autoridade no assunto abordado na informação. Grau médio 2.1. Apresentei informação que foi veiculada por uma fonte terciária de informações, cujo

autor da redação oral ou escrita é autoridade no assunto abordado na informação.

Grau alto

3.1. Apresentei informação que foi veiculada por uma fonte secundária de informações, cujo autor da redação oral ou escrita é autoridade no assunto abordado na informação. X 3.2. Apresentei informação que foi veiculada por uma fonte primária de informações, cujo autor da redação oral ou escrita é autoridade no assunto abordado na informação.

Informação

Nas últimas décadas nosso estado vêm sofrendo fortes consequências negativas decorrentes de fortes chuvas causadas por ocorrência de um fenômeno chamado “El Niño”. [...]

“O El Niño não só causou desastres em nosso estado, como em outros do país.”

Opinião do autor Argumento

Nós seres humanos podemos colocar um percentual da culpa que ocasionou a chuva e os desastres no tal fenômeno “El Niño”, é claro. Mas não percebemos que praticamos atos infracionais contra o ambiente, como jogar lixo nos boeiros e largar entulhos em rios, lagos e açudes.57

Falamos mal, criticamos meios da sociedade mas não enxergamos o próprio “nariz”. Não percebemos que somos responsáveis por tais atitudes que acabam acarretando terríveis prejuízos e muitas vezes a morte de algumas pessoas.58 Classificação dos lugares da argumentação Lugar de quantidade Lugar de qualidade Lugar de ordem Lugar de existente Lugar de essência Lugar de pessoa X

Fonte: elaborado pela autora desta dissertação de mestrado.

56 Visto que o Quadro 11 ultrapassaria esta página, para fins de visualização do todo, abreviamos “Classificação”

para “C” a fim de reduzir a extensão horizontal da coluna pertinente à “Classificação” e expandir a coluna das “Categorias de análise”.

57 Parágrafo 3. 58 Parágrafo 4.

A partir dos excertos mencionados no Quadro 11, nos quais identificamos a informação empregada por S7, sua opinião a respeito da situação comunicativa proposta e argumento para tal opinião (estes últimos identificados na mesma célula), é possível asseverar, através das marcas linguísticas, que S7 buscou informações em um dos textos base, no caso aquele cuja fonte é secundária. S7 utiliza a informação para estabelecer um contraponto com os argumentos que apresenta e assim defender sua opinião que consiste em uma posição intermediária, isto é, assente que o fenômeno El Niño provoca desastres, todavia não isenta a responsabilidade dos homens em relação ao descuido com o meio ambiente.

Apesar de não sinalizada, na materialidade linguística, na PA2v1, o texto em que o sujeito buscou as informações é considerado de fonte secundária, pois a autora59 do texto base consultado pelo S7 o redigiu a partir de uma fonte primária, veiculada pelo instituto Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). S7 identifica essa fonte, classificando-a como pertencente à categoria 3.1, a qual dispõe que a fonte é secundária e o autor é autoridade no assunto, a qual, segundo Perelman e Olbrechts-Tyteca (2014) qualifica e valida a origem do dito. A fonte secundária, mediante termos de Cunha (2001, p. xi), “contêm informações sobre documentos primários”, portanto, a informatividade da PTA2v1 é de grau alto. Tanto o sujeito desta pesquisa como a pesquisadora professora classificaram a PTA2v1 na mesma categoria: 3.1.

Além disso, o sujeito desta pesquisa revela que dinamizou as categorias de análise presentes no Quadro 11, pois conseguiu associar a funcionalidade dos textos base na sua produção textual. É pertinente notar a opção de S7 pelo texto de fonte secundária em relação ao texto de primária. Ao optar pela menção do texto cuja fonte é secundária, S7 realiza o movimento proposto por Beaugrande e Dressler (1981). Para os autores é preferível o emprego de uma fonte secundária, pois ela se constitui de uma maneira mais compreensível em oposição à fonte primária que pode ser constituída por uma linguagem mais técnica, cujo domínio seja mais restrito.

Nos textos base que proporcionamos aos discentes para a produção da PTA2v1 isso se efetiva, o texto de fonte primária apresenta uma linguagem mais técnica e concisa ao passo que o texto de fonte secundária apresenta uma linguagem mais compreensível e didática. Essa opção revela que S7 realizou uma ação conscientemente controlada, consoante Garcez (1998) no que tange às funções psicológicas superiores.

59 O argumento de autoridade se efetiva pela observação da autoria do texto base intitulado “El Niño”, professora de Geografia, logo a autora possui prestígio no assunto El Niño, o qual diz respeito a conhecimentos geográficos.

Os textos base também podem ilustrar que os textos podem ser produzidos para diferentes interlocutores, indo ao encontro do que dispõem Perelman e Olbrechts-Tyteca (2014) acercas dos auditórios: universal, particular e centrado em um único ouvinte, o orador organiza seu discurso mediante um desses auditórios. Assim, o texto base de fonte primária não utilizado por S7 na PTAv1 exemplifica que pode ser dedicado a um auditório particular e que S7, enquanto ator social, tem autonomia para identificar o quanto um texto pode ou não contemplar a si enquanto usuário de informação pertencente a um determinado grupo social.

Em comparação com a PTA1v1 (grau baixo, categoria 1.6), a PTA2v1 (grau alto, categoria 3.1) apresenta uma elevação no grau de informatividade. Conseguimos identificar que S7 utilizou o texto base, uma vez que compartilhamos com ele conhecimentos textuais e interacionais. Aqueles conhecimentos são referentes aos textos base e estes conhecimentos ao trabalho com os textos base, à situação comunicativa e à situação de produção textual.

Ao apresentar a informação em sua escrita, podemos declarar, de acordo com o trecho destacado no Quadro 11(página 146) que diz respeito à informação, aqui retomado: “Nas últimas décadas nosso estado vêm sofrendo fortes consequências negativas decorrentes de fortes chuvas causadas por ocorrência de um fenômeno chamado “El Niño” que S7 amplia o uso do pensamento abstrato, pois interpreta a informação de que o El Niño pode causar desastres e a articula a sua realidade, o local em que vive, o Rio Grande do Sul. Essa informação demonstra o balanceamento entre o dado e o novo conforme dispõem Beaugrande e Dressler (1981), Val (1994) e Koch e Elias (2014).

No caso da PTA2v1, o dado consiste na informação de que o fenômeno El Niño pode provocar desastres naturais e o novo consiste na informação de que o estado do Rio Grande do Sul está sofrendo60 com as consequências de tal fenômeno. Afirmamos que o excerto “Nas últimas décadas nosso estado vêm sofrendo fortes consequências negativas decorrentes de fortes chuvas” consiste na informação nova ao passo que o trecho “causadas por ocorrência de um fenômeno chamado “El Niño” diz respeito à informação dada de acordo com o texto base, a qual foi buscada no texto base e a partir dela, com base em seus conhecimentos enciclopédicos e interacionais, S7 construiu a informação nova.

Esse movimento desvela que os conhecimentos interacionais de S7 proporcionam, de acordo com Koch e Elias, (2014) que ele designe a quantidade de informação necessária em sua escrita de modo que leitor possa compreender o objetivo do texto. Assim, o sujeito desta pesquisa, a partir de seus conhecimentos (já existentes), construiu um novo conhecimento que

consiste na busca de uma informação em um texto base e articulação dessa informação a sua realidade – contexto social e geográfico – construindo uma nova informação.

Ao construir a informação na PTA2v1, S7 utiliza não apenas processos sócio-culturais, mas também processos científicos, conforme propõem Capurro e Hjorland (2007), pois tal produção é classificada na categoria 3.1. Isso revela que S7 está internalizando conhecimentos a respeito da construção, uso e balanceamento de informações, contemplando o que defendem os teóricos da informação acerca da construção do conceito de informação, Beaugrande e Dressler (1981) quanto à conferência de informatividade ao texto e Koch e Elias (2014) no que concerne ao balanceamento de informações.

Diante da proposição do trabalho com pares, sempre sugerida nas situações comunicativas propostas para as produções textuais, a identificação da fonte autoral das informações apresentadas por S7 na PTA2v1 pelos seus possíveis leitores (leitores marcados: os colegas) é passível de efetivação pelo fato da turma, da qual S7 faz parte, compartilhar conhecimentos concernentes aos textos base e ao que foi explorado até o momento sobre o emprego de informações no texto. Todavia, se outro leitor, isto é, um indivíduo pertencente a outro grupo social, realizasse a leitura, poderia realizar outra interpretação, ativar outros conhecimentos e, por ventura, identificar ou não a fonte autoral do texto base.

No que se refere ao argumento, pontuamos que ele consta no parágrafo subsequente ao parágrafo em que está a informação, o revela que apresentação do argumento posterior à informação se mantém recorrente nas produções textuais desenvolvidas por S7. Conforme podemos observar no Quadro 11 (página 146), não demarcamos a opinião e o argumento; distintamente disso, deixamô-los na mesma célula. Fizemô-lo devido ao modo como o escritor constitui o argumento e a sua opinião nos parágrafos mencionados.

Além disso, sinalizamos, no mesmo quadro, o emprego da primeira pessoal do plural por S7, o que difere das produções textuais PTD e PTA1v1, nas quais S7 emprega a primeira pessoa do singular. Com base em Ginzburg (1989), sugerimos que a situação comunicativa apresentada para a PTA2v1 conduziu S7 a optar pelo plural, pois, dessa maneira, inclui-se enquanto cidadão e também delega a cidadania aos demais. Isso revela a reflexão do autor a respeito do tema proposto e interfere na informação selecionada para constar no texto e no argumento construído a partir dela.

Nos dois parágrafos citados, consta a adversativa “mas” seguida da negativa “não”: “mas não”. No parágrafo três, a expressão “mas não” é utilizada para assentir que fenômenos naturais (El Niño) podem causar desastrares e destacar que podem ser agravados pela ação do homem. Assim, S7 parte do fenômeno natural e se descola para a ação humana. Já no parágrafo

quatro, S7 assente que a sociedade, coletivamente, crítica a ação humana e destaca que, individualmente, cada cidadão não observa suas ações.

O modo como se constitui a construção do argumento: atrelado à manifestação linguística da opinião de S7, pode ser relacionado a um processo dedutivo, uma vez que parte do geral para chegar ao específico. Ao realizar esse movimento, até chegar às ações do indivíduo, o argumento pode ser classificado como pertencente ao lugar de pessoa, uma vez que dá ênfase à pessoa (nós) e ao indivíduo (próprio nariz) e crítica a dignidade do homem: o homem denigre sua dignidade ao descuidar da natureza, aspecto observado no argumento de lugar de pessoa.

Ao realizar esse movimento, S7 se constitui enquanto um ator social que constrói o texto e por meio dele se constrói, conforme os postulados da LT. Essa asserção se torna mais válida ao reiteramos a proposição de Bakhtin (2014) de que a escrita organiza o pensamento e que a interação verbal, nesse caso, escrita, corrobora na percepção do sujeito em relação ao funcionamento da sociedade e às ideologias que estão inerentes a ela. Bakhtin (2014) defende que, quão mais complexas as enunciações, maior a complexidade do sujeito. Dessa maneira, o sujeito se torna apto a compreender ideologias e nela interferir, o que compactua com o ideal de sujeito ativo na LT.

No início do texto S7 apresenta a informação, a qual é resgatada em: “Nós seres humanos podemos colocar um percentual da culpa que ocasionou a chuva e os desastres no tal fenômeno “El Niño”, é claro”, principalmente no trecho destacado. Esse é o período em que inicia a construção do argumento, portanto, podemos asseverar que S7, novamente, utilizou a informação para construir seu argumento.

O texto é equiparado a um tecido pelos estudiosos da LT, a PTA2v1 contempla tal comparação através da articulação de informação, opinião e argumento realizada por S7, conforme descriminamos. No momento em que S7 consegue, textualmente, realizar tais articulações, revela-nos que além do uso do pensamento abstrato estar se aprimorando, o uso da atenção voluntária recebe notoriedade, pois o sujeito busca, em um dos textos base, uma informação e a utiliza para organizar sua produção textual. Pontuamos a questão da organização do todo do texto pelo fato da informação ser apresentada no início da PTA2v1.

Comparada à PTA1v1, a PTA2v1, no que concerne à estrutura textual, apresenta cinco parágrafos, em que um deles ainda se constitui de três linhas, como na PTA1v1. No entanto, as ideias estão mais relacionadas, embora não tenhamos distinguido exatamente argumento de opinião. Isso indicia que o uso do pensamento abstrato está sendo aprimorado por S7 e a escrita revela esse avanço.

Diante da análise da PTA2v1, podemos notar que o processo de produção textual envolve uma série de aspectos – de ordem linguística, textual, enciclopédica e interacional – e que, inerente a cada uma delas, estão outros aspectos que se entrelaçam. Isso nos permite utilizar um olhar multifocal61 ao realizar tal análise, até porque o ambiente de produção dos textos analisados nesta dissertação de mestrado – a sala de aula –, tem grande valia, sendo considerado no posicionamento adotado para condução e constituição da análise.

Por fim, em relação a esta análise, compreendemos que S7 buscou informações nos textos base para a sua produção textual, realizou o balanceamento de informações, ancorando a informação nova na informação dada, construiu o argumento a partir das informações. Isso nos permite defender o posicionamento de Manzoni (2007) no que diz respeito à necessidade de ofertar ao discente experiências cognitivas, via texto base. Em nosso ponto de vista, a proposta da autora é válida, pois contribui na contemplação do critério de informatividade na escrita do S7, corroborando com o uso, não somente de processos sócio-culturais, mas também de processos científicos na construção da informação por S7, em conformidade com o que preconizam Capurro e Hjorland (2007).

Outrossim, a PTA2v1 também revela a percepção do texto como um tecido, que não pode ser desmembrado, pois suas tramas: informação, argumento e opinião estão entrelaçadas. Ademais, a recorrência desse entrelaçamento indicia a realização do processo de internalização, por S7 no que tange à produção textual utilizando informatividade, posto que o emprego de informações no texto corrobora na construção do argumento.

4.1.3.2 A reescrita

A reescrita da PTA2v1 é tratada nesta subseção, sendo denominada PTA2v2. Para realizar a reescrita, o sujeito desta pesquisa pôde orientar tal processo por meio do Diário de Produção Textual, que contém o Quadro Autoavaliativo, no qual S7 identifica e registra o grau de informatividade de seu texto. Além disso, o Diário de Produção Textual disponibiliza ao escritor o Jogo de Produção Textual, constituído de um passo a passo que o auxilia a avançar gradativamente ou não nas categorias de análise, o que, por sua vez, indicia a ascensão do grau de informatividade do texto.

61 Apesar de nos centrarmos na questão do critério de textualidade informatividade, pontuamos que estamos considerando olhar multifocal devido a questões da condução da análise na instância dos lugares da argumentação e na localização da opinião, instância que nos leva, em alguns momentos, a considerar outras questões linguísticas, como a estrutura do texto que indicia a organização do pensamento do escritor.

Ademais, trabalhamos com os bilhetes orientadores de acordo com a proposta de Naspolini (1996) e Ruiz (2003). Por meio de tais bilhetes, realizamos perguntas problematizadoras ao texto de S7 com intuito de convidá-lo à reflexão de sua escrita a fim de qualificá-la na reescrita. O emprego dos bilhetes orientadores possibilita que os estudantes percebam que seu texto foi avaliado pelo docente e que este seguiu parâmetros para realizar uma avaliação criteriosa e honesta segundo Suassuna (2014) defende. Nesta pesquisa, os parâmetros foram orientados a partir do critério de informatividade.

A partir de tais orientações basilares, S7 reescreveu a PTA2v1. Na figura seguinte, consta a reescrita (PTA2v2):

Fonte: PTA2v2 – S7.

Conforme o movimento analítico que estamos adotando neste estudo, apresentamos na sequência, no Quadro 12, a classificação da informatividade, a opinião, uma informação e um argumento apresentado para a defesa do ponto de vista de S7:

Graus de

informatividade Categorias de análise Classificação

Grau baixo

1.1 Não apresentei informação para esse argumento.

1.2 Apresentei informação, mas não há uma relação entre a materialidade linguística dela e do argumento.

1.3 Apresentei informação, mas não há uma relação entre o contexto dela e do argumento.

1.4 Apresentei informação, mas ela está baseada em uma experiência pessoal.

1.5 Apresentei informação, mas ela está baseada em dados corriqueiros que observo no meu dia a dia.

1.6 Apresentei informação que foi veiculada por uma fonte terciária de informações, cujo autor da redação oral ou escrita não é autoridade no assunto abordado na informação.

1.7.Apresentei informação que foi veiculada por uma fonte secundária de informações, cujo autor da redação oral ou escrita não é autoridade no assunto abordado na informação.

1.8. Apresentei informação que foi veiculada por uma fonte primária de informações, cujo autor da redação oral ou escrita não é autoridade no assunto abordado na informação.

Grau médio

2.1. Apresentei informação que foi veiculada por uma fonte terciária de informações, cujo autor da redação oral ou escrita é autoridade no assunto abordado na informação.

Grau alto

3.1. Apresentei informação que foi veiculada por uma fonte secundária de informações, cujo autor da redação oral ou escrita é autoridade no assunto abordado na informação.

X

3.2. Apresentei informação que foi veiculada por uma fonte primária de informações, cujo autor da redação oral ou escrita é autoridade no assunto abordado na informação.

Informação

Nas últimas semanas, nosso Rio Grande vêm sofrendo consequências devastadoras decorrentes das fortes chuvas causadas por ocorrência de um fenômeno chamado “El Niño”, que é causado