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4. ANÁLISE DOS RESULTADOS (ESTUDO DE CASO)

4.4 ANÁLISE DE VIABILIDADE

4.4.1 Análise da Viabilidade Econômica

A análise de viabilidade econômica deste projeto se deu através de três métodos, que são a demonstração de resultado do exercício, o índice de rentabilidade e o índice de lucratividade. Sendo possível desta forma, avaliar os resultados de cada período, e ainda verificar de que forma o lucro remunera o investimento, e sua relação com o resultado bruto.

4.4.1.1 Demonstração de resultado do exercício – DRE

A demonstração de Resultado do Exercício, engloba todas as receitas, custos e despesas já apresentados de forma comparativa. Sendo assim, tem se o valor total das receitas das quais foram inicialmente diminuídos os impostos sobre as vendas, que neste caso consistem no funrural de 2,3% pago na venda de todos os produtos. Na sequencia são diminuídos também os valores relativos aos custos de produção, chegando-se ao lucro bruto. Do lucro bruto foram diminuídas as despesas operacionais. Desta forma tem-se o resultado operacional, do qual são diminuídas as despesas financeiras, chegando ao resultado líquido do período.

Ao verificar os resultados apresentados na DRE, pode-se observar que a empresa obteve resultados líquidos positivos, ou seja, obteve lucros em todos os períodos. Pode-se observar também que estes lucros foram crescentes do ano 1 até o ano 4. E que do ano 4 para o ano 5 se teve uma redução nos lucros, a qual se deve principalmente ao valor do custo de calcário, que era inexistente nos anos 3 e 4.

De modo geral pode-se observar que os custos de produção em todos os períodos são de valores bem elevados, principalmente aqueles relativos a sementes, defensivos e adubos. O que contribui de forma negativa na geração do resultado líquido.

Quadro 17 – Demonstração de resultado do exercício

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO

X 1 X 2 X 3 X 4 X 5

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 2.593.073,00 3.784.273,69 4.008.976,29 4.247.021,29 4.499.200,92

Venda de Soja 1.507.675,00 2.200.267,73 2.330.915,22 2.469.320,31 2.615.943,61

Venda de Milho 635.250,00 927.069,87 982.117,43 1.040.433,60 1.102.212,46

Venda de Feijão 450.148,00 656.936,09 695.943,64 737.267,38 781.044,84

( - ) DEDUÇÕES DA RECEITA 59.640,68 87.038,29 92.206,45 97.681,49 103.481,62

Impostos sobre vendas 59.640,68 87.038,29 92.206,45 97.681,49 103.481,62

( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2.533.432,32 3.697.235,39 3.916.769,84 4.149.339,80 4.395.719,29

( - ) CUSTO DAS VENDAS 2.100.109,05 2.794.933,73 2.876.141,06 3.046.920,57 3.427.840,62

Custo de produção de soja 900.000,00 1.313.440,20 1.391.429,65 1.474.049,96 1.561.576,10

Custo de produção de milho 625.000,00 912.111,25 966.270,59 1.023.645,81 1.084.427,85

Custo de produção de feijão 200.000,00 291.875,60 309.206,59 327.566,66 347.016,91

Custo para cobertura 30.000,00 43.781,34 46.380,99 49.135,00 52.052,54

Custos de Salários 51.299,96 54.346,05 57.573,01 60.991,58 64.613,13 INSS 1.385,10 1.467,34 1.554,47 1.646,77 1.744,55 FGTS 4.104,00 4.347,68 4.605,84 4.879,33 5.169,05 Combustíveis e Lubrificantes 88.320,00 93.564,26 99.119,92 105.005,47 111.240,48 Calcário 200.000,00 80.000,00 0,00 0,00 200.000,00 ( = ) LUCRO BRUTO 433.323,27 902.301,67 1.040.628,77 1.102.419,23 967.878,68 ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS 181.236,00 184.816,49 253.555,59 290.046,91 326.776,83 Despesas de Arrendamento 0,00 0,00 64.946,00 97.419,00 129.892,00

Despesas com Pessoal 21.000,00 22.246,94 23.567,92 24.967,33 26.449,84

Pro - labore 21.000,00 22.246,94 23.567,92 24.967,33 26.449,84

Despesas com Depreciações 120.936,00 120.936,00 120.936,00 120.936,00 120.936,00

Depreciação 120.936,00 120.936,00 120.936,00 120.936,00 120.936,00

Despesas com Utilidades e Serviços 3.000,00 3.178,13 3.366,85 3.566,76 3.778,55

Energia Elétrica 3.000,00 3.178,13 3.366,85 3.566,76 3.778,55

Despesas Gerais 36.300,00 38.455,42 40.738,83 43.157,82 45.720,44

Combustíveis e Lubrificantes 3.600,00 3.813,76 4.040,21 4.280,11 4.534,26

Manutenção de Equipamentos 30.000,00 31.781,34 33.668,45 35.667,62 37.785,49

Manutenção de Veículos 2.500,00 2.648,45 2.805,70 2.972,30 3.148,79

Equipamentos de Proteção Individual 200,00 211,88 224,46 237,78 251,90

( = ) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 252.087,27 717.485,17 787.073,18 812.372,32 641.101,84 (+/-) RESULTADO FINANCEIRO 48.686,85 39.033,84 28.801,64 17.955,52 6.458,63 ( - ) Despesas Financeiras 48.686,85 39.033,84 28.801,64 17.955,52 6.458,63

( = ) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 203.400,42 678.451,33 758.271,54 794.416,80 634.643,22

Mas o custo de produção que mais chama a atenção é o de produção de milho. Pois ao comparar as receitas com venda de milho e o custo de produção do mesmo, pode-se perceber que a diferença entre ambos é mínima. O que não é um indicador satisfatório, já que este produto traz um retorno muito baixo, contribuindo muito pouco para o pagamento das demais despesas operacionais e financeiras. Enquanto isso os demais produtos, soja e feijão trazem bom resultados, sendo de fundamental importância para a geração dos lucros.

É necessário por tanto, avaliar se a produção deste produto deve ser mantida ou não, já que talvez outros produtos poderiam estar gerando resultados melhores. Mas por outro lado sabe-se que nem sempre esta é uma opção e que alguns produtos são escolhidos devido a necessidade de rotação de culturas no solo, para que o mesmo mantenha a sua qualidade. Enfim, cabe ao produtor analisar e avaliar qual a melhor decisão a ser tomada diante dos resultados apresentados.

4.4.1.2 Índice de rentabilidade – IR

Para chegar ao percentual do índice de rentabilidade, dividiu-se o lucro líquido de cada exercício pelo total do investimento do projeto, sendo este resultado multiplicado por 100. Desta forma tem-se o índice relativo a cada período, e logo abaixo a média de todos os períodos, possibilitando desta forma realizar comparações e análises.

Quadro 18 – Índice de rentabilidade

ÍNDICE DE RENTABILIDADE

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Lucro Líquido 203.400,42 678.451,33 758.271,54 794.416,80 634.643,22

Total de

Investimento 1.812.980,23 1.812.980,23 1.812.980,23 1.812.980,23 1.812.980,23

IR 11,22% 37,42% 41,82% 43,82% 35,01%

Média 33,86%

Fonte: Dados da pesquisa, 2014

Ao verificar os índices de rentabilidade dos períodos percebe-se que as atividades da empresa estão gerando uma rentabilidade de 11,22% no primeiro ano, 37,42% no segundo ano, 41,82% no terceiro ano, 43,82% no quarto ano e 35,01% no quinto ano, para cada R$ 1,00 de capital investido no negócio. Este índice é bom, pois representa que a entidade remunerará o seu capital investido, indicando que o projeto é viável e que deve ser investido.

Outro fator que se pode verificar é que os índices de rentabilidade se mantem crescentes do ano 1 até o ano 4, sofrendo uma redução no ano 5, como consequência do aumento das despesas operacionais. E também que a média geral dos períodos consiste em 33,86%, a qual é bem considerável, e pode ser avaliada como um bom indicador. E também ao comparar os índices de rentabilidade anuais com a média geral, pode-se verificar que somente no ano 1, o índice de rentabilidade se manteve abaixo da média.

4.4.1.3 Índice de lucratividade – IL

Já para chegar ao percentual do índice de lucratividade, dividiu-se o lucro líquido de cada exercício pelo valor total das receitas de cada período, sendo este resultado multiplicado por 100. Desta forma tem-se o índice relativo a cada período, e logo abaixo a média de todos os períodos, possibilitando desta forma realizar comparações e análises.

Quadro 19 – Índice de lucratividade

ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Lucro Líquido 203.400,42 678.451,33 758.271,54 794.416,80 634.643,22

Receita 2.593.073,00 3.784.273,69 4.008.976,29 4.247.021,29 4.499.200,92

IL 7,84% 17,93% 18,91% 18,71% 14,11%

Média 15,50%

Fonte: Dados da pesquisa, 2014

Verificando-se os índices de lucratividade dos períodos percebe-se que a entidade terá um retorno gerado pelas suas atividades operacionais de 7,84% no primeiro ano, 17,93% no segundo ano, 18,91% no terceiro ano, 18,71% no quarto ano e 14,11% no quinto ano para cada R$ 1,00 investido no negócio. Estes índices apurados podem ser considerados satisfatórios, pois indicam que o projeto é viável, devendo ser investido, uma vez que, este indicador mede a eficiência da empresa, representando que o negócio recuperará o capital inicial investido e ainda gerará ganhos adicionais ao seu investidor.

Outro ponto que se pode verificar é que os índices de rentabilidade de mantem crescentes do ano 1 até o ano 3, sofrendo uma pequena redução no ano 4, e uma redução bem considerável no ano 5. Esta pequena redução do índice de lucratividade do ano 3 para o ano 4 se deve ao aumento no valor da despesa de arrendamento, que é uma despesa crescente ao longo dos períodos. Já a redução considerável do ano 4 para o ano 5, no índice de

lucratividade, se deve principalmente aos custos com calcário, que não foram necessários nos anos 3 e 4.

E por fim, o último ponto a analisar é a média geral dos períodos, que consiste em 15,50%, a qual é satisfatória, e pode ser avaliada como um bom indicador. E ao comparar os índices de lucratividade anuais com a média geral, pode-se verificar que ficaram abaixo da média os anos 1 e 5, sendo que justamente neste períodos se teve os maiores desembolsos relativos aos custos com calcário.

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