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Através de uma análise mais profunda desses valiosos depoimentos podemos perceber importantes características da vida cotidiana em Lucas do Rio Verde no início de sua colonização.

As entrevistas foram essenciais para podermos compreender elementos que nos auxiliam no entendimento de como as pessoas viveram seu dia-a-dia nesse novo espaço, mediante também as dificuldades do local no período, e sua superação.

Esses depoimentos nos serviram, além disso, para traçarmos quais foram os motivos da vinda desses colonizadores, que em sua maioria buscavam melhores condições de vida para si e para suas famílias. Todos os entrevistados vieram da região pertencente ao Sul do Brasil, que a partir da década de 1970 e 1980, passa a produzir um excedente populacional que ocasiona uma forte imigração dessas pessoas para o Oeste brasileiro, neste caso o Mato Grosso. As pessoas se deslocam e assim também têm que se submeter a condições de vida diferentes das que estavam habituados.

Em conversa, por exemplo, com Loreci ela comenta que morava no Rio Grande do Sul na cidade de Nonoai, e possuía terra nessa mesma localidade. Nesse local foi realizada uma retomada de terras onde estas se tornaram de propriedade indígena. Dessa forma ela e mais

algumas famílias foram deslocadas de suas propriedades. Assim, se origina o acampamento de Encruzilhada Natalino em Ronda Alta, do qual várias famílias são trazidas à Lucas do Rio Verde.

Em relação ao seu cotidiano, o novo espaço para o qual estes e demais grupos de colonizadores se deslocaram era desconhecido, pouco ocupado e carente de recursos, portanto o local de chegada é uma localidade que ainda não possuía uma infra-estrutura adequada, como afirma Aldemar “aqui não tinha escola naquela época, os dois primeiros anos que nós viemos não existia nada, em Lucas não havia nada” e complementa Isidoro dizendo que a cidade “não era chamada Lucas ainda, porque não tinha nada.”

A infra-estrutura era tão precária que até para se chegar ao local era dificultoso, como nos afirma Isidoro em seu depoimento ressaltando a situação das estradas. É importante destacar aqui, a presença de o Governo Militar atuando na implantação das estradas que visavam dar acesso e viabilizar a ocupação desses espaços. Mesmo assim, com a melhoria em alguns pontos, de acordo com os depoimentos, ainda era difícil trafegar em vários momentos.

É também freqüentemente levantada a questão da dependência que se tinha para conseguir os recursos básicos de outras localidades como Diamantino, Sinop, e um pouco mais tarde Sorriso. Para se ter uma idéia, as distâncias para se ir de Lucas do Rio Verde á Sinop são de aproximadamente 160 Km e à Diamantino de aproximadamente 220 Km . Então podemos imaginar, de acordo com os relatos das condições das estradas, que essas viagens poderiam levar dias como afirma Mário: “para ir de carro era muito ruim, se levava em algumas vezes meio dia para sair daqui de Lucas à Sorriso, havia atoleiro, desvio, tinha de tudo, algumas pontes também não eram seguras porque eram de madeira, as estradas ruins demais e os caminhões não podiam andar.”

Os recursos eram bem escassos no início da colonização, não havia mesmo onde comprá-los. Aldemar comenta “o problema é que a gente tinha dinheiro, só não tinha o que comprar, não havia armazém, não havia nada. Para comprar coisas a gente tinha que ir para Diamantino e quando dava tempo. Para ir a Sorriso às vezes levava três dias. Para ir para Diamantino levava um dia, um dia e meio, e tinha que arrumar carona, se não ficavam dois dias lá.”

O relato de Aldemar data do início da década de 1980, mas podemos perecer que esse quadro não se alterou significativamente pelo menos até meados dessa década como percebemos no depoimento de Luzia que chega a Lucas do Rio Verde já em 1985 “não faltava nada, a gente tinha de tudo, não faltava o que comer, só não tinha luxo não tinha o que

infra-estrutura básica, à dificuldade de comunicação com os parentes, que inicialmente se dava por cartas e um pouco mais tarde ocorreu o acesso à um sistema único de telefonia. Dessa forma, no início o que existiu foi um conseqüente isolamento como afirma Mário “as dificuldades eram as distâncias das coisas, a falta de pessoas, de convivência, nós éramos acostumados no meio de tanta gente. Os recursos para chegar, desde a alimentação, o acesso a tudo, era muito difícil.”

Apesar dessas dificuldades os entrevistados não apontaram somente momentos dificultosos. Uma forma de expressão dessa afirmação se encontra presente no relato de Pedro “no início, logo que cheguei, eu sentia falta de telefone, energia elétrica, tudo era difícil, desde a comida, tudo era diferente, era novidade. Mas a gente tinha o sonho de ter fazenda, se tornar fazendeiro, tinha a força de vontade de estar ali, não estávamos contra nossa vontade, tínhamos um objetivo então não existia sofrimento.”

Nos depoimentos podemos perceber que mesmo sendo relatadas as dificuldades as pessoas aparentam certa nostalgia ao lembrar-se dos momentos que viveram. Para elas “naquela época” apesar de difícil era mais tranqüilo afirma Loreci “apesar de sempre ouvirmos queixas, um reclama de uma coisa, outro de outra coisa, a vida do ser humano é sempre assim reclamando e nunca está contente com nada. Mas às vezes eu sento e converso com a minha ex-cunhada e nós conversamos com alguma conhecida da época, falamos assim ‘meu Deus nós fazíamos isso e aquilo, fazia aquele outro e era tão bom, as crianças brincando... Nossa a gente era feliz e não sabia!’. Então era uma vida boa, tranqüila, bem tranqüila mesmo.”

Em relação à adaptação há um novo meio, os entrevistados também não demonstraram ter dificuldades, segundo eles foi difícil, no começo estar em um local diferente, porém, eles afirmam ter se adaptado às novas condições de vida. Como descreve Aldemar “Eu acho muito bom morar aqui, porque sempre gostei do clima, desde quando eu cheguei não estranhei, sempre gostei. Minha esposa ficou uns dois anos pensando, dizia que queria voltar, mas depois acostumou e não quis mais ir embora. Nós tínhamos amizades com umas famílias, eu achava melhor do que hoje.”

Fala ainda Mário “no começo era difícil o calor que era bastante, mas para a adaptação não foi muito difícil, porque nós já éramos acostumados a trabalhar. O que mais nós sofremos

foi em relação ao acesso ás coisas, aos recursos que era muito complicado, mas nós também nos divertimos bastante, porque íamos visitar o pessoal, compartilhávamos muita coisa, era bom de se visitar naquela época.”. E afirma Loreci “Nós tínhamos bastante vizinhos também, a convivência era normal, quase igual como se fosse lá no Sul, nós tínhamos a comunidade para ir no domingo rezar um terço, nos reuníamos pra rezar o terço e assim foi iniciando.”

Podemos perceber a importância da convivência entre as pessoas, essa convivência de acordo com os depoimentos ajudou muito na adaptação. Como foi mencionado, as pessoas vieram em sua maioria do Sul do país, isso fez com que houvesse uma facilidade maior de se relacionar visto que possuíam características em comum, por virem de uma mesma região.

É importante, portanto o papel dos vizinhos e também das comunidades do interior para que as pessoas tivessem um local para se relacionar afirma Pedro “na nossa vida cotidiana durante a semana nós trabalhávamos, no começo era o desmate para derrubar o cerrado, amontoar as madeiras. E nos fins de semana íamos pescar, na maioria das vezes tinha jogo de futebol, a gente ia à comunidade que pertencíamos, a União, saíamos todo o domingo para conhecer os lugares, tudo era novidade. Íamos para a comunidade de Groslândia, outro domingo para Eldorado, às vezes dali um mês ou dois tinha festa em outra comunidade como em Morocó que pertencia ao município de Sorriso. E a gente tinha entusiasmo porque estávamos sempre conhecendo pessoas novas, era muito bom, querer conhecer os outros e os lugares novos era cheio de novidades.”

É importante também o papel da Igreja Católica nesse processo de socialização. As missas eram realizadas no início por padres que faziam um trabalho itinerante como afirma Dilla “nós morávamos na fazenda, logo onde termina a cidade, na Fazenda Palmeira é bem pertinho. O padre vinha rezar a missa uma vez por mês nas fazendas, uma vez era no Valdemar [Aldemar], outra vez no Gemelli, nos outros, cada vez era em uma fazenda. Depois começou aqui em baixo na cidade, quando veio o Padre Lauro. Algumas pessoas gostavam jogar baralho para passar o tempo, os vizinhos se visitavam no domingo...”

O lazer dos entrevistados nesse período era justamente o encontro com os outros, para eles o que seria uma forma de compartilhar suas experiências. Luzia descreve um pouco como era o lazer de sua família “o lazer era o rio, uma maravilha. Fazíamos churrasco todo o domingo na beira do rio. Nos sábados meus filhos ajudavam no serviço e no domingo iam para o rio. A gente levava comida e ficava na beira do Rio Cedro, dava 500 metros da sede da fazenda. Reuníamo-nos com alguns amigos da cidade, quando eram cinco horas, cinco e meia da tarde, eles voltavam para a cidade e a gente ficava na fazenda.” Afirma ainda Mário “o nosso lazer era jogar baralho, sair visitar uma família, ou era caçar e pescar era basicamente

Bem no início da colonização, esse trabalho agrícola também estava ligado ao meio ambiente, ou ao que seria, a transformação do meio ambiente, através da derrubada das matas, que neste período era entendida e incentivada pelo Governo Federal como necessária para se chegar ao progresso da região.

A ocupação nesse período tinha esse propósito de transformar o meio natural para implantar a agricultura como afirma Pedro “Tivemos que abrir o mato, o cerrado, e naquela época já existia a preocupação ambiental, tinha que fazer o projeto ambiental das terras. Só que época para tirar uma licença de desmate era muito mais fácil que hoje. Na época em 1985, no lugar do IBAMA havia o IBDF [Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal].”

E continua ele “hoje em dia que existem mais tecnologias para medir as áreas e demora mais que naquela época. Talvez fosse errado na época, porque você ia lá, mesmo sem a vistoria de um engenheiro responsável, também não seria certo, mas era mais ágil, o próprio produtor era o responsável, sabia o que derrubar.” Podemos perceber que não havia um controle rigoroso de desmate, pois de certa forma ele era incentivado nesse período. Assim a grande maioria da paisagem natural não foi preservada.

O trabalho, no começo, era o de preparar a terra para o plantio, depois era realizada a planta que no início era arroz e posteriormente soja e milho. Luzia comenta como era o trabalho de seu marido: “meu marido trabalhava com trator na lavoura, plantou arroz no primeiro ano, por dois anos plantou arroz depois plantou soja. Dava bem as colheitas, a terra era boa, o problema era a chuva demais. Nós tivemos que abrir a fazenda, era tudo cerrado, meu marido que fez a casa da fazenda e a casa de madeira da cidade também foi ele quem fez, foi buscar madeira em Tapurah.”

Algumas pessoas trabalhavam no ainda pequeno núcleo urbano. De início eram principalmente pessoas ligadas aos órgãos federais, com o tempo, e a eventual abertura de algum comércio, vão surgindo trabalhadores que exerciam funções na chamada vila de Lucas do Rio Verde.

A educação para as crianças como afirmou Aldemar não existia no início, foi depois da chegada dos parceleiros que as crianças começaram a freqüentar a escola descreve Loreci “no começo as crianças não tiveram aula. Em 1983, final de 1982, mês de agosto de 1982 em diante, já começaram a se movimentar para que em 1983 iniciasse o ano com aula e foi o que

aconteceu. O Klaus Huber foi o nosso diretor e a Beth, acho que a secretária na época, eles eram tipo uma extensão de Diamantino, que nos atendiam aqui, eles começaram a organizar a educação das escolas. Porque na verdade quando nós chegamos aqui as escolas já estavam começadas, a construção delas. Cada setor tinha sua escola, só que não estavam acabadas, aí eles acabaram naquele ano e no ano seguinte que iniciou as aulas mesmo.”

Podemos perceber que a questão da educação era bem precária deixando até mesmo de existir nos primeiros anos. A maioria dos entrevistados tinha filhos em idade escolar, e alguns até perderam anos de estudo pela falta de escola.

Afirma ainda Mário “quando eu cheguei não tinha escola. Eu fui estudar em Sorriso, meu pai montou um comércio lá e eu fui estudar em Sorriso. Fui só eu, meus irmãos não foram. Depois, acho que mais uns três anos é que veio a escola, foi criada a Escola Dom Bosco lá em baixo, e eu estudei lá, fiz a 8ª série na Escola Dom Bosco, mas era bem complicado também nessa escola porque era a luz à motor e quando faltava luz tinha que usar o lampião, eu estudava à noite. E também por causa das chuvas, não era fácil de chegar na escola, o acesso era complicado, faltava em alguns momentos profissionais para dar aula, então no começo foi bem difícil.”

Foi perguntado também aos entrevistados como se dava o acesso à informação, às notícias, eles comentam que ouviam rádio “nós ouvíamos rádio á noite, tinha a Rádio Nacional de Brasília. Lembro que tinha um programa que passava onde os garimpeiros do Pará, por exemplo, do ‘Garimpo do Cabeça’, mandavam recado para os parentes que moravam a maioria no nordeste, eu ouvia bastante a Nacional de Brasília era mais potente que às outras, o radio funcionava à pilha. Mais tarde, uns dois ou três anos, a gente teve uma televisão de quatorze polegadas, preto-e-branco que funcionava a bateria, com placa solar para ter energia” comenta Pedro.

Os entrevistados afirmam que a questão da saúde era complicada, bem no início não havia nem um tipo de atendimento, mais tarde com a chegada dos parceleiros houve um atendimento de saúde que contava com um médico, porém para casos de maiores necessidades era preciso se deslocar para outras localidades. Relata Mário “o atendimento de saúde era muito complicado, com o tempo se instalou um médio dos órgãos federais, nós éramos atendidos ali mais tarde, e depois também tinha a farmácia do Tião, que era uma pessoa experiente. Se não, teria que ir para fora para ser atendido, era difícil.”

Os entrevistados foram questionados de como eles pensam que está a situação de vida hoje em Lucas do Rio Verde. Segundo eles anteriormente a vida era mais difícil, porém bem mais tranqüila, nos dias de hoje eles descrevem como: “a vida aqui em Lucas do Rio Verde

cidade tem mais recursos. Existem várias clínicas, bons médicos, boas escolas particulares, faculdade, como a Unilassalle que tem um reconhecimento mundial. As escolas estaduais e municipais têm prédios bonitos, boa estrutura, a educação nelas eu não sei como é, se é tão boa, mas se for comparar com a educação que havia antes, acredito que está bem melhor. Acredito que aqui ainda existam problemas, na área de segurança, por exemplo, na parte ambiental que muita coisa não foi preservada. Mas penso que Lucas hoje é uma cidade boa de se viver.”

Loreci descreve sobre como ela percebe a situação de vida hoje: “no geral a situação de vida das pessoas hoje deve ser boa, em relação àquela época, a diferença que tem é que, hoje as coisas são muito caras. Acho que tem gente que passa bastante necessidade. Lucas é uma cidade que está progredindo, uma cidade boa de morar, de continuar morando, eu nem penso em sair daqui. Só que é uma cidade bem cara mesmo para se viver, um custo de vida muito alto. Nós ouvimos falar que nos municípios vizinhos as coisas são bem mais baratas, mais em conta do que aqui, não sei por que aqui são tão caro as coisas, a maior dificuldade que eu acho de Lucas é isso. Para uma pessoa que ganha pouco salário e paga aluguel é bem difícil.”

Mário também descreve sua visão da situação da cidade hoje: “Lucas hoje nem se compara com antigamente está bem melhor, até porque a estabilidade do país ajudou que isso acontecesse. Eu vejo que Lucas é uma boa cidade, sempre gostei, até porque a gente sempre morou, praticamente fundamos a cidade digamos assim, mas eu percebo que há uma violência na cidade que foi de alguma forma criada, não digo que intencionalmente, mas pelas propostas econômicas que se viabilizaram através dos políticos, que eu penso que poderia ser diferente. Acho que se visou muito a questão econômica e não se deu prioridade à questão humana e social, isso fez com que a cidade ganhasse áreas de violência desnecessárias.”

Com o que foi relatado no decorrer das entrevistas, de como as pessoas levavam sua vida cotidiana, podemos perceber por quais dificuldades que elas passaram em seu dia-a-dia principalmente relacionado à carência de acesso a uma boa infra-estrutura, como boas estradas, saneamento, escolas, hospitais, locais para recursos, meios de comunicação, dentre outras. Podemos perceber também o que elas pensam da situação de vida hoje em Lucas do

Rio Verde que, em comparação à época estudada possui muito mais recursos que anteriormente.

O cotidiano das pessoas na cidade de Lucas atualmente se difere bastante de acordo com as classes sociais existentes. O acesso a certos tipos de recursos, por exemplo, são desfrutados de forma diferente de acordo com essas classes, onde alguns grupos têm acesso a uma qualidade de vida melhor, outros grupos a uma qualidade de vida menor.

O que podemos perceber com as entrevistas é que no período descrito por elas o acesso aos recursos era escasso independentemente, ou seja, pode-se dizer que quase toda a população sentia a carência dos recursos, devido habitarem uma localidade que não os possuía.

A história do cotidiano de Lucas do Rio Verde, do início de sua colonização que se dá a partir da década de 1970 à sua emancipação em 1988, nos auxilia, portanto também, para que possamos comparar e analisar a situação de vida atual, o dia-a-dia, o cotidiano das pessoas hoje nesse município.

CONCLUSÃO

Com a realização dessa pesquisa monográfica foi possível perceber aspectos importantes no estudo do processo de colonização do Oeste brasileiro, especialmente do estado do Mato Grosso e como esse processo, mais especificamente nas décadas de 1970 e 1980, afetou a vida cotidiana das pessoas.

Com a pesquisa notou-se que a ocupação do Oeste brasileiro e do estado do Mato Grosso se deu inicialmente pela descoberta de riquezas naturais, mas que o número de habitantes sempre foi reduzido. Em razão de que a ocupação do Brasil pelos portugueses ocorreu no começo, pelas áreas mais próximas ao litoral, e a maior parte dos recursos se restringia a essas áreas. Dessa forma também a população se concentrou mais próxima ao litoral, e em regiões onde as atividades econômicas eram mais intensas na época.

A colonização do estado do Mato Grosso no decorrer de todo o processo, teve que ser estimulada por órgãos federais, que viam a região como potencial econômico por possuir riquezas naturais e, estratégico por se tratar de área de fronteira com outras nações. Dessa forma era visto como necessária a integração desse território ao restante do país

A partir da década de 1970, que o foco dessa pesquisa se aprofunda, novamente o Mato Grosso é visado como potencial para receber o excedente populacional principalmente proveniente da região Sul do país. É da região Sul, que se originam as principais frentes de colonização para o município de Lucas do Rio Verde. Esse município também participou do processo de ocupação, que foi incentivado pelo Governo Federal. É nesse espaço e nesse contexto que foi aprofundado o estudo da vida cotidiana dos sujeitos que participaram desse

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