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A entrevista foi feita com CEO e sócio fundador da empresa de biotecnologia, do segmento de “Saúde Humana”, que será aqui identificada como E1, situada em Varginha-MG, fundada em 2000 com capital próprio e 100% nacional, tendo iniciado as atividades da empresa representando no Brasil, os produtos de uma multinacional espanhola.

O quadro societário é composto por quatro proprietários, sendo o sócio 1, o entrevistado, formado em farmacêutica bioquímica e também proprietário de um laboratório de análises clínicas, atuando no departamento comercial e gestão da empresa. Já trabalhou em joint

venture na Inglaterra por dezenove anos, o que lhe deu bastante experiência e know how para

fundar sua própria empresa. O sócio 2, é estrangeiro e entrou no quadro societário na ocasião da fundação da E1, por ser representante de uma multinacional que fornecia produtos ao laboratório, e trouxe consigo muita experiência e rede de relacionamentos internacionais, porém já deixou o quadro societário. O sócio 3, é formado em gestão ambiental, pedagogia e recursos humanos, e atua no departamento de recursos humanos e também no administrativo e finalmente o sócio 4, é administrador e advogado, e atua no departamento jurídico, financeiro, fiscal e contábil da empresa.

Em relação ao número de funcionários, a empresa conta ao todo com 44 membros atualmente, possui organograma estruturado, tendo sua competência central em produção com 50% dos

funcionários, geralmente farmacêutico bioquímicos, altamente qualificados, 30% dos funcionários no departamento administrativo, 10% atuando nos desenvolvimentos de negócios, todos com formações superiores e 10% no departamento de P&D, também descritos como altamente qualificados, com títulos de mestres e doutores.

Quanto ao modelo de negócio, têm como atividade principal a produção de diagnósticos in

vitro, reagentes para análises clínicas, desenvolvimento de equipamentos e prestação de

serviços, como programação e assistência técnica dos equipamentos, obtendo o faturamento anual em torno de 10 a 15 milhões de reais. Possuem o certificado ISO 9000 e ISO 13485.

Sobre redes internacionais, a E1 possui fortes laços com fornecedores estrangeiros e já exporta seus produtos há três anos, com garantia de qualidade, para Honduras, Equador e Venezuela, o que representa 3% do faturamento da empresa. Estão desenvolvendo projetos para a expansão de mercado em outros países, querendo expandir o faturamento em exportações para 10%. Com este aumento poderão obter melhores resultados, já que a carga tributária de comercialização no Brasil chega a 42% e as exportações não são tributadas. Também querem expandir negócios para otimizar sua capacidade instalada. Percebem menor distância psíquica em exportar para a América Latina, pois todos os países que a compõem, são regulamentadas pelo mesmo órgão, a ANVISA. Estão capacitando funcionários para elevar seus produtos ao padrão requisitado pela CNT e pela legislação norte-americana, chamada FBA, consideradas bem rigorosas. Em parceria com órgãos de fomento ao empreendedorismo, como a APEX, FIEMG e SEBRAE, participam regularmente de missões, bem como de feiras nacionais e internacionais. Percebem que possuem vantagens específicas e produtos diferenciados, para avançar no mercado externo. Contratam consultorias do SEBRAE para fazer as modificações de idioma necessárias em bulas e oferece assessoria em espanhol para fidelizar e conquistar confiança dos clientes estrangeiros.

O executivo entende que, no mercado doméstico, já são reconhecidos nacionalmente e a empresa possui representantes em todos os estados brasileiros e representa atualmente 4% do mercado nacional em seu segmento. Segundo ele, a logística de distribuição, ou seja, a infra- estrutura de portos, aeroportos e principalmente as rodovias nacionais, onera demasiadamente os processos e desestimula o investimento da empresa no mercado interno. Acredita que a demanda nacional aos produtos que a empresa fornece seja crescente, devido ao acesso da

classes mais baixas aos serviços médicos, fácil acesso a crédito e também pelo atual estilo de vida que as pessoas possuem, aliando sedentarismo ao excesso de consumo de alimentos industrializados, que conduzem à uma necessidade maior de acompanhamento médico e consequentemente, exames. Apesar disto, mesmo que o mercado nacional fosse suficiente para o crescimento e alcance de resultados almejadas pela empresa, o interesse pela internacionalização ainda seria uma meta, para garantir o que ele chama de head, ou seja, a estabilidade da empresa a longo prazo, devido às flutuações de moedas e variações cambiais do mercado nacional.

O empresário diz ser perceptível a existência de políticas governamentais que incentivam a internacionalização das empresas brasileiras e já contou com diversos incentivos financeiros advindos de instutuições como o ICC (International Chamber of Commerce), o TRAUREX e o PACE, para o financiamento da compra prévia de matérias primas, com insenção de tributos. Não teme a perda de propriedade intelectual com a evolução do seu processo de internacionalização, pois acredita que a legislação existente sobre patentes e invenções está protegida pelo direito comparado, podendo protegê-la em qualquer país, apesar de achar o processo de concessão de patentes demasiadamente moroso e burocrático no Brasil. Possui confiança em parcerias internacionais, desde que feitas com contratos bem feitos por uma assessoria jurídica, que assegurem seus direitos e deveres. Seus concorrentes diretos, são multinacionais de grande porte, como a Johnson, a Merk, a Roche e a About, que detém de 80 à 90 % do mercado doméstico, portanto tentam buscar alianças, confiáveis e competentes, para agilizar sua entrada em novos mercados.

Em relação à parcerias nacionais, a E1 mantém pesquisas com diversas universidades para o desenvolvimento de novos produtos, apesar de achar os contratos muito burocráticos e os resultados pouco expressivos. Também busca parcerias para co-criação em P&D com empresas internacionais, para a formação de joint ventures, porém ainda não obteve êxito e seus produtos atualmente são 100% nacionais. Não pretende vender a empresa, e sim encontrar um parceiro para somar forças. Quanto ao nível de inovação, a empresa já desenvolve produtos com diferenciais únicos no mercado e possui uma política de reinvestimento de 5% do faturamento total da empresa em P&D, fomentando a inovação de produtos. As principais parcerias com órgãos de fomento são feitas com o BDMG, o BDNS,

FAPEMIG e FINEP onde submetem projetos regularmente para adquirir fundos não- reembolsáveis. Finalizando, o executivo concorda com a afirmação de que as redes e parcerias, podem facilitar o desenvolvimento da E1, melhorando sua gestão, vantagens competitivas e a sua capacidade inovadora.

ESTUDO DE CASO E2

A entrevista foi feita com o sócio fundador e majoritário da empresa de biotecnologia, do segmento de “Saúde Humana”, que será aqui identificada como E2, situada em Belo Horizonte-MG, fundada em 2004 com capital próprio e 100% nacional. Presidente do conselho e diretor dos departamentos de P&D e de tecnologia da empresa, o entrevistado fundou-a sozinho depois de terminar seu doutorado, onde teve acesso à uma nova tecnologia restrita à poucos pesquisadores norte-americanos, tornando a E1 a pioneira no Brasil a utilizá- la. Fez cursos de empreendedorismo no SEBRAE e se tornou professor desta disciplina. O mesmo, possui bacharelado e mestrado em bioquímica e imunologia, doutorado em biquímica com ênfase em genética molecular na Universidade de Hamburgo. Em seu pós doutorado, feito no centro de pesquisa ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o CNEM, (Comissão Nacional de Energia Nuclear), trabalhou no projeto do que depois viria a ser sua própria empresa, que foi aceita em 2009, na incubadora de empresas na UFMG. Em 2010, a empresa foi transferida para a incubadora Habitat, da Fundação Biominas. Posteriormente, seu quadro societário foi reforçado por mais dois proprietários, sendo o sócio 2, advogado, contador e administrador e o sócio 3 responsável pelo setor administrativo da empresa.

Em relação ao número de funcionários, a E2 conta ao todo com 07 membros atualmente, além dos três sócios. A empresa, apesar de pequena, possui organograma estruturado, sendo dividida entre departamentos de P&D, diretoria industrial, diretoria administrativa e departamentos de controle e gestão de qualidade. Quanto ao modelo de negócio, tem como atividade central central, diagnósticos de doenças com metodologia de patente própria, não sendo informando o faturamento anual. Possuem o certificado RDC 59 e ISO 13465 e estão dentro das normas de vigilância sanitária da ANVISA.

A empresa em questão teve duas fases distintas: em um primeiro momento, de 2004 à 2011, prestava diversos serviços tecnológicos, como consultoria em biotecnologia, desenvolvimento de produtos e serviços sob encomenda. A prospecção era feita através de feiras e congressos,

bem como por contatos pessoais e influência que o proprietário tinha no mercado, como professor. O fato deste publicar artigos regularmente em anais e congressos, submetendo seus projetos à órgãos de fomento à pesquisa, como a FAPEMIG e FINEP, proporcionou grande ajuda para a expansão do negócio. Em sua segunda fase, de 2011 até o presente momento, ampliou seu quadro societário e também sua rede de contatos, passando a participar regularmente de rodadas de negócios e congressos empresariais com órgãos governamentais, como o SEBRAE e a FIEMG, bem como organizações de classes e sindicatos empresariais. A empresa iniciou parceria com o Instituto Fiocruz, para pesquisas de inovação e de desenvolvimento de produtos diferenciados. Também iniciou parceria com uma segunda empresa de engenharia eletrônica que faz equipamentos sob medida para os reagentes que produzem e intensificou sua relação com órgãos governamentais, para o desenvolvimento de negócios.

Sobre redes internacionais, E2 já teve a experiência de dois anos de parceria com uma empresa norte-americana para o desenvolvimento de produtos, porém não obteve êxito, devido à uma mudança de estratégia da empresa estrangeira. A empresa estudada nunca exportou seus produtos, apesar de ter grande interesse em expandir seus negócios para o mercado externo. Precisam ainda obter as certificações junto à ANVISA, as quais serão liberadas num prazo de 6 a 8 meses, para iniciar a produção em escala. e assim startar o processo de exportação. Inicialmente irão tentar reatar os laços com a ex-parceira norte americana, agora exportando seus produtos, e para isso precisarão de certificados cedidos por órgãos como Pec´s e Metic’s.

Quanto à concorrência, existe a percepção de pertencerem à um mercado extremamente competitivo e regulamentado, composto principalmente por multinacionais e médias empresas como a Roche, a About e a Siemens, que dominam o mercado internacional e inclusive o nacional em termos de diagnósticos in vitro. Porém o entrevistado afirma que, mesmo esta fatia menor, em que atuam, é proporcionalmente muito extensa e desde que tenham um diferencial tecnológico, as empresas conseguem prosperar no mercado doméstico e estrangeiro.

E2 percebe uma grande importância na colaboração internacional para que consiga expansão de novos mercados, para entender as disparidades culturais, os players, as legislações locais e

o perfil e necessidades dos clientes estrangeiros e vem trabalhando para atender todas as exigências do mercado global. Entende ainda que, mesmo se o mercado doméstico suprisse todas suas necessidades para obter os resultados desejados de crescimento, ainda assim se interessaria pela abertura de mercados externos, principalmente utilizando o formato de vendas de franquias para a replicação de seus produtos.

O executivo observa que, a demanda no mercado doméstico se potencializa ainda mais, quando o fornecimentos dos produtos estrangeiros é interrompido, por greves feitas pela ANVISA ou pela polícia federal, o que acontece com certa freqüência.

Segundo o empresário, é perceptível a presença de políticas governamentais que incentivam a internacionalização das empresas brasileiras, tendo eles mesmos já usufruído de tais, participando de diversas missões internacionais financiadas pelo governo. Não teme a perda de propriedade intelectual com a evolução do seu processo de internacionalização, pois acredita que, se estiver bem amparado judicialmente nos contratos firmados, a colaboração internacional de co-produção internacional só virá a fortalecer a empresa. Porém, enxerga um cuidado maior em fazer contratos com empresas norte-americanas, já que estas exigem que o foro de discussão seja nos EUA. Portanto, caso tenham algum problema futuro, a empresa brasileira é obrigada a contratar assessoria jurídica americana, o que poderá onerar gastos e consequentemente desestimular tais parcerias.

A confiança entre parcerias nacionais e internacionais é, segundo o executivo sênior, desenvolvida principalmente a partir da percepção da empatia, que tende a aumentar naturalmente, através de contratos de sigilo e confidencialidade, pela sinergia entre as tecnologias e interesses comuns, até se obter a confiança plena.

A empresa nunca utilizou capital de risco e prospecta estar consolidada em cinco anos no mercado nacional, como pioneira em diagnóstico in vitro. Com os diferenciais que já possuem, como a produção de anti-corpos sintéticos e novos produtos à serem desenvolvidos, E2 espera que nos próximos dez anos, já tenha conseguido uma parceria internacional para se tornar fornecedora de produtos e serviços em todo o mercado global, porém não se interessa atualmente, em percerias externas para o desenvolvimento de P&D. O entrevistado, como

sócio majoritário da empresa, afirmou que também pensa em vender a empresa, para posteriomente abrir outra similar e também possui o projeto de fundar uma escola de gestão para potencializar o alcance de expansão do know how que ele obteve em sua experiência pessoal.

O executivo concorda com a afirmação de que as redes e parcerias, podem vir a facilitar o desenvolvimento da empresa, captação de recursos, capacidade inovadora e vantagens competitivas, porém não podem, segundo ele, melhorar a gestão de uma empresa. Finalizando, afirma que a empresa está preparada para o processo de colaboração com parceiros internacionais. Entretanto, ao final da entrevista, admite ter receios em perder o controle e a equidade da empresa durante tal processo, e que teme o gasto de tempo que será necessário para entender os mercados externos.

ESTUDO DE CASO E3

A entrevista foi feita com CEO e sócio fundador da empresa de biotecnologia, que será aqui identificada como E3, situada no estado do Paraná, fundada em 2008 com capital próprio e 100% nacional, sem nenhum apoio de capital de risco. Atua no segmento denominado “Insumos”, que envolve atividades de desenvolvimento e comercialização de reagentes e enzimas para fins industriais, métodos para isolamento, identificação e tipagem de microorganismos, meios de cultura, biopolímeros e biomateriais.

O projeto de pesquisa foi financiado pela FINEP e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Paraná, chamada Fundação Araucária e a empresa foi fundada juntamente com três outros sócios, que já não fazem mais parte da sociedade, um cientista e dois administradores, que a deixaram em 2010. Neste mesmo ano, foi incubada pela Universidade Positivo. Posteriormente, de maneira atípica, ao final do processo de incubação, continuaram a funcionar dentro da universidade, pagando aluguel, através de um convênio para o desenvolvimento de uma planta de escalonamento dos laboratórios de pesquisa da universidade. Este vínculo, segundo o entrevistado, foi grande importância para a prospecção e visibilidade da empresa.

O quadro societário atual é composto por apenas dois proprietários, sendo o sócio 1, o entrevistado, gerente geral e responsável pelo departamento de P&D, formado em engenharia

de processos de biotecnologia, possui mestrado em processos fermentativos para a produção de bebidas, trabalhou em uma multinacional italiana/francesa, onde obteve experiência na área de bebidas fermentadas, produtos e insumos, tanto para a produção de bebidas, quanto para etanol. O atual sócio 2, é químico industrial, enólogo e gerencia o departamento comercial, financeiro e administrativo da empresa. Em relação ao número de funcionários, a empresa conta ao todo com 08 membros atualmente, incluindo os dois sócios, sendo o departamento de P&D composto por dois funcionários, (um é engenheiro de bioprocessos e o segundo químico), e os outros quatro, estão respectivamente, na produção de insumos e leveduras (com formação em técnica em biotecnologia), na gerência técnica, na gerência de vendas e na gerência de produção. O departamento de P&D está numa proporção de 2/8 do organograma total da empresa e possui um papel relevante do diferencial que a empresa possui no mercado, pois, é a responsável pela criação de uma prototipagem viável dos projetos, aliando, em tempo hábil, a viabilidade econômica e técnica dos produtos. Para atender a demanda de pedidos, conta com muitas parcerias de universidades e empresas privadas do Paraná e de São Paulo, terceirizando partes do processo.

A competência central da empresa é em P&D, que desenvolve soluções personalizadas na produção de bebidas e etanol à partir de ferramentas biológicas, com foco na comercialização e prestação de serviços em desenvolvimento de leveduras e genotipagem, análises e desenvolvimento de processos fermentativos, de leveduras trangênicas e enzimas, para usinas de etanol usado em combustíveis e bebidas. Também produz enzimas utilizadas no coalo bovino no setor de laticínios, enzinas para a hidratação de micro toxinas, proteínas esterólogas e leveduras específicas para a produção de amidos azidado milado, que são enzimas utilizadas na hidrólises de bebidas à base da fermentação do arroz.

Não foram informadas quais as certificações adquiridas pela empresa. Sobre redes internacionais, a E3, desde sua fundação se envolveu com instituições internacionais para adquirir know how, para desenvolvimento de produtos com agilidade, o que enxergam como seu diferencial e vantagem estratégica, uma vez que os clientes exigem cada vez mais, um menor tempo para o desenvolvimento de novos produtos. Possui fortes laços com a Universidade de La Corunha, na Espanha e está iniciando contatos com a Unversidade Von

Quanto à exportação, atualmente a empresa prefere repassar seu know how para parceiros que se relacionam com o mercado externo, sendo que ela própria, só atua no mercado interno, não adquirindo para si, a responsabilidade da exportação. Porém, prospecta, estratégicamente, iniciar seus próprios trâmites de exportação, à longo prazo, ou seja, em 2020, onde iniciaria tal processo no MERCOSUL, onde percebe menor distância psíquica. Contudo, como a empresa é relativamente nova, o executivo entende que neste momento deve investir prioritáriamente, na consolidação de seus produtos no mercado doméstico, pois as demandas e oportunidades brasileiras são crescentes.

O empresário diz que é perceptível a presença de políticas governamentais que incentivam a internacionalização das empresas brasileiras e já foram procurados pelo PRONEX , que é um órgão de fomento e estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico, porém entende que seria precoce iniciar um processo de internacionalização, apesar de ter mais confiança em parceria internacionais, que as nacionais.

Possui como relacionamentos chaves, as parcerias com a FINEP, para o financiamento de projetos e contratação de consultoria para traçar seu planejamento estratégico, o SENAI e as Universidades Posisivo e UFPR e USP, com quem regularmente, publica artigos em parceria. Em relação à fundos reembolsáveis o executivo cita o BNDS, e em relação à fundos não- reembonsáveis, órgãos como o CNPq e a FINEP, aos quais submetem projetos à cada dois anos, bem como a Fundação Araucária, que corresponde à Fapemig de Minas Gerais. A chamada FIEPR, ou Federação das Indústrias do Paraná também vem articulando propostas interssantes em seu estado.

Quanto à competitividade internacional, a empresa acredita que a China seja o maior concorrente, pois atua em todos os segmentos de preços e produtos, desde os mais simples aos mais sofisticados equivalentes aos produtos europeus, porém com baixo custo. Para competir neste cenário, o mercado brasileiro requer baixos custos de desenvolvimento de produtos e de processos, por isso, E3 possui como estratégia, investir mais em P&D no Brasil, para suprir esta demanda local de forma competitiva.

A empresa já possui a concessão de duas patentes, porém teme que este processo não seja respeitado pela China, que copia qualquer procedimento e não respeita qualquer tipo de

propriedade intelectual.

Quanto ao nível de inovação, a empresa já possui diferenciais únicos no mercado, pois são capazes de desenvolver rapidamente um produto que venha a se adequar às necessidades específicas e personalisadas de cada cliente.

Finalizando, o empresário diz que concorda com a afirmação de que as redes e parcerias, podem vir a facilitar o desenvolvimento da empresa, capacidade inovadora e vantagens competitivas, mas não sua gestão. Apesar disto, ele afirma que a médio e longo prazo não pretende internacionalizar, devido à fundação recente da empresa e conseqüente despreparo para tal processo.

ESTUDO DE CASO E4

A empresa de biotecnologia, do segmento intitulado “Saúde Humana”, que será aqui identificada como E4, está situada em Belo Horizonte, Minas Gerais, com ano de fundação em 2008. O sócio 1 desta empresa, o entrevistado, é o único responsável pelo departamento administrativo da empresa, formado em engenharia elétrica, possui mestrado em engenharia biomédica, realizado no formato “sanduíche” no Texas, nos EUA. Além disto, cursa doutorado em neurociências aplicadas, pela UFMG. Durante a pré-incubação da empresa, também fez cursos preparatórios de gestão administrativa, gestão de produtos, gestão de negócios, elaboração de projetos para fomentos governamentais e privados, aprimorando desta forma conhecimentos sobre pesquisa e empreendedorismo, que o ajudou a adequar seus produtos ao mercado. O sócio 2, também sócio-fundador foi seu professor de mestrado na UFMG, e publica artigos regularmente, sendo que juntos, identificaram a oportunidade da abertura da empresa em questão. Já no período de incubação, conseguiram incentivos no

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