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No segmento de biotecnologia, principalmente a farmacêutica, o investimento em pesquisa e desenvolvimento é geralmente um processo longo, devidos às quatro fases de testes, e é também oneroso para micro e pequenas empresas, que convivem com a escassez de recursos. Esta dificuldade financeira em obter recursos para desenvolver novos produtos/serviços, também acontece devido à jovialidade das empresas do segmento de biotecnologia, como pôde ser constatada nesta pesquisa, em que duas têm 14 anos de fundação, três posuem 09 anos e outras três, possuem apenas 05 anos de funcionamento.

Portanto, as parcerias voltadas para as atividades de exploração, como co-desenvolvimento em pesquisas entre a empresa e institutos de pesquisa ou universidades, podem ser uma solução para a otimização deste processo. A pesquisa e o desenvolvimento de produtos ainda podem ser feitos numa parceria entre empresa-empresa, empresa-cliente e empresa- fornecedor. Grande parte dos incentivos governamentais, estimulam a interação universidade/instituto de pesquisa e empresas, bem como a expansão e comercialização de produtos, sendo hoje em dia, muito comuns os programas de financiamento para inovação e prospecção direcionados para PME’s. A FINEP, foi a parceria mais citada como relevante para as empresas pesquisadas, sendo que de oito empresas, sete citaram tal instituição.

Desta forma observou-se na amostra, que, de oito empresas pesquisadas, apenas duas concentram sua competência central em P&D. Este departamento muitas vezes é composto por apenas uma pessoa, geralmente um dos sócios e apesar de terem um produto inovador, com baixa concorrência, não existe uma renovação constante do portifólio ou uma inovação disruptiva frequente, como pode ser corroborado por trechos de entrevistas à seguir: Segundo o CEO da E6 “… o P&D sou eu, faço todos os projetos e depois chamo todo mundo”. Já na E7, o CEO, explica que “… atualmente não temos funcionários, tenho apenas dois sócios,

professores, que são os responsáveis pelo departamento de P&D”. Portanto este modelo não

pode ser considerado como estruturado e consequentemente com tal proporção no organograma, não se pode considerar tais empresas como ambidestras efetivamente.

À luz desses dados, podemos concluir que, apesar de todas as empresas possuírem produtos inovadores, para a empresa ou para o mercado nacional (inovação local), a maioria delas tem como competência central o foco de suas atividades em produção ou desenvolvimento de negócios, o que é inesperado quando se analisa um setor de fronteira tecnológica como o de Biotecnologia, considerando a inclinação das empresas para realização de atividades de P&D. Constata-se, portanto, que existe uma cultura de inovação entre as empresas do setor, verificada pela alta ocorrência e adesão às atividades de P&D, mas que é necessário reavaliar a implementação dessas, de maneira a ampliar o foco no desenvolvimento tecnológico, com investimentos mais assertivos, aliado a um contexto de gestão da inovação e considerando um sistema aberto de inovação articulado às instituições de ciência e tecnologia e a outras empresas.

Muitas empresas acreditam que a demanda doméstica é crescente e que por isso têm o mercado interno como prioridade, como podemos constatar em trecho da entrevista feita com o CEO da E1 “…um dos fatores é o aumento natural da população, onde a saúde é sempre

uma prioridade. Este panorama ainda se amplia, devido ao estilo de vida sedentário da população, associado à má alimentação e consumo exacerbado de conservantes faz com que a poulação tenha uma necessidade de acompanhamento médico com maior intensidade”. Já o

CEO da E6, cita em sua entrevista “…o mercado interno vai ser sempre praticamente 90%, é

um mercado muito grande”. Complementarmente, o CEO da E2 em uma citação, afirma que “…o mercado doméstico é muito grande, que movimenta seis milhões de reais por ano, e toda vez que a Anvisa faz greve, os produtos de multinacionais não chegam no mercado doméstico, o que aumenta a nossa demanda”. O CEO da E3, corrobora com a afirmação: “a tendência da demanda do mercado doméstico é aumentar”. As expectativas à médio prazo,

do CEO da E4 podem ser entendidas pela citação do mesmo: “o plano, pelos próximos oito

anos é crescer no mercado interno, e à partir daí com fôlego interno, começar a ir para o exterior”. A seguir a citação do CEO da E7: “o mercado brasileiro é simplesmente o Segundo do mundo, com boas chances de se tornar o primeiro, pois está crescendo acima dam édia mundial. A demanda é crescente para o consumo de implantes dentários, porque o poder aquisitivo da população aumentou”.

Já as empresas que concentram suas atividades em exploitation, ou seja, que focam suas atividades na comercialização de produtos já existentes e na ampliação de seu mercado, tendem a se interessar pela internacionalização almejando sua estabilidade e visibilidade no mercado doméstico, aumentando seu reconhecimento e desempenhos no mercado brasileiro.

Desta forma, através da amostra, verificou-se que a maioria das empresas pesquisadas possuem a intensão de se internacionalizar, mas os principais motivos deste interesse, são causados pela possível instabilidade provocada por flutuações da moeda brasileira, que possa vir a acontecer no mercado interno e o aumento da visibilidade e projeção do nome da empresa em nível nacional, como podemos ilustrar com a citação do CEO da E7 “… eu acho

que se agente já tivesse exportando, daria mais respaldo no mercado interno. Por exemplo, se nosso produto for venddo na Itália, isto seria visto com bons olhos por nossos clientes. Produto nacional às vezes tem preconceito, eu acho que abriria portas”. “Quando você exporta e põe seu nome em países com exigências maiores, conseguimos um maior valor de marketing, de valor agregado”. E ainda “…a gente vai porque vai dar uma visibilidade muito maior pro mercado interno”.

Foi percebido que também existem diversas limitações no ambiente externo, relacionadas a fatores como infraestrutura, recursos financeiros e aspectos regulatórios. Existem ainda questões pertinentes ao ambiente interno das empresas, entre os quais é possível citar o ciclo de desenvolvimento muito extenso do produto, aliado às altas taxas de risco inerentes ao processo de desenvolvimento de tecnologias. Neste contexto de desafios no ambiente externo e interno, torna-se essencial a reestruturação dos modelos de negócios para impulsionar o desenvolvimento empresarial e industrial. Uma alternativa refere-se ao estabelecimento de parcerias, sejam elas corporativas ou com universidades e centros de pesquisa, com vistas a minimizar os fatores críticos e potencializar as oportunidades de negócios.

Apesar da relação entre instituições universitárias e empresariais terem se iniciado no final do século XIX na Europa, no Brasil e na América Latina essa relação ainda pode ser considerada incipiente. As dificuldades de diálogo residem no fato de que empresas e universidades atuam como entidades isoladas e com muitas particularidades e disparidades regionais. A interação entre estes dois atores se mostra como algo de

fundamental importância, na medida em que ela contribui para levar a cultura de valorização do conhecimento, qualificação educacional e inovação para a empresa.

Além disso, é indiscutível a necessidade que as universidades têm de conhecer as práticas empresariais e vice-versa. E este intercâmbio só é possível a partir das trocas cotidianas. Entretanto, as constantes mudanças observadas no comportamento da sociedade brasileira e a abertura da economia têm contribuído com a aceleração desse processo. A modificação de valores culturais e as novas relações de produção globalizadas, intensificam a necessidade de novos pactos, em particular entre os mundos coorporativos e acadêmicos.

A conclusão central em relação às parcerias entre universidades e as empresas entrevistadas é de que o processo tem ocorrido, sobretudo para fins de co-desenvolvimento. Algumas empresas percebem que o desenvolvimento em parceria com universidades é um processo lento e burocratizado e outras temem perder a propriedade intelectual de seus projetos, devido ao poder que as universidades têm e modificar as cláusulas processuais em diferentes etapas do projeto. Durantes as entrevistas, foram relatadas algumas dificuldades entre esta parceria, como citado pelo CEO da E1: “…existe uma lentidão muito grande por parte das

universidades, como a burocracia de contratos, a reitoria e tudo mais que afasta a empresa desta instituição. Isto tem de ser mudado no país, algumas coisas já estão sendo feitas e acreditamos nestas mudanças, porém, o resulatdo atualmente tem sido, aquém do esperado, por causa de tal burocracia”.

As empresas entendem que é preciso aprimorar e uniformizar a capacitação dos NITs, ou seja os Núcleos de Informação e Tecnologia, de forma que estes passem a oferecer a base necessária aos pesquisadores para efetivação de outros arranjos possíveis. Porém, a maioria das empresas entrevistadas vêem na parceria empresa-universidade, um forma de se manter informadas e integradas à inovação e trocas de tecnologias, desejando avançar em seu relacionamento, ampliando as parcerias, como por exemplo, com prestação de serviços e publicação de artigos conjuntos, além do desenvolvimento de produtos em si.

A relação entre as redes respectivas às atividades de exploration e exploitation, ambidestria e internacionalização, pode ser percebida através da amostra pesquisada onde as empresas que

possuem laços fortes com institutos de pesquisa para o codesenvolvimento de pesquisas inovadoras. As redes entre universidades, nacionais e internacionais, favorecem as atividades de P&D, em parcerias de codesenvolvimento, e também para aumentar a visibilidade de seus produtos inovadores através da publicação de artigos.

A importância da parceria entre universidade-empresa é corroborada em vários trechos das entrevistas feitas, como na citação do executivo da emresa E4: “… dentro da nossa estratégia

de marketing, dentro dos testes, das pesquisas que a gente fez para traçar o perfil dos nossos clientes, do nosso público, a forma mais eficiente de atingí-los, foi através da participação e publicação em congressos e artigos” e ainda “... nossos contatos internacionais vieram principalmente por intemédio do meu sócio, que é professor. Pelos artigos que a gente tem publicado, começamos a ter maior visibilidade internacional.”

Das oito empresas entrevistadas, sete foram fundadas em incubadoras de universidades. Destas sete, 4 permanecem com o vínculo para co-criação de projetos e para submissão de projetos sendo estas, geralmente, as que possuem em seu quadro societário, pelo menos um professor ou docente. A importância das incubadoras como instituições de fomento ao empreendedorismo e inovação, pode ser corroborada pela citação do CEO da E4: “… os

incentivos existem principalmente através das incubadoras, que fazem rogramas de intercâmbio e nos dão a possibilidade de apresentar nossa tecnologia à centros industriais internacionais e nacionais”. E ainda pelo CEO da E7: “…nossa principal parceria é com a nossa incubadora, que nos oferece assessorias pontuais, coletivas, não individuais”.

As empresas que não possuem docentes como sócios, tem mais dificuldades em participar de editais e de desenvolver projetos para receber fundos não-reembolsáveis, advindos de órgãos de fomento à pesquisa, como a FINEP e a FAPEMIG. Outro dado relevante é que 100% dos indivíduos que compõem o quadro societário das empresas entrevistadas, possuem diversos títulos de especialização e pós graduação à nível de mestrado, doutorado ou pós-doutorado, o que ajuda a criar ou manter vínculos e novas parcerias e intercâmbio de tecnologias entre universidades nacionais e internacionais.

apóiam a internacionalização de PME’s, já tendo participado de rodadas de negócios, feiras, congressos e missões internacionais através de órgãos governamentais que incentivam atividades como o empreendedorismo e exportação, como podemos ilustrar com a citação do CEO da E4, onde afirma que: “eu sou um fã e divulgador das iniciativas do governo, pois

acho que um país não é capaz de sobreviver às custas da venda de commodities (…), os empresários erram muito e o governo também, pela inexperiência, mas hoje existem iniciativas fantásticas, que infelizmente são mal executadas, também há pouca fiscalização destes fomentos”. As empresas que citaram ainda não conhecer tais ações governamentais,

admitem que é pelo fato de ainda não se sentirem prontas para a colaboração e parcerias internacionais, e que só irão procurar informações, quando iniciarem concretamente as atividades de exportação.

Por outro lado, as ações governamentais de fomento à inovação e tecnologia, são vistas por alguns empresários como tardias, como podemos verificar pela citação do CEO da E3 que afirma: “…há realmente um esforço em aumentar este fomento pra estimular a pesquisa

interna, como a redução do IPI, trazida pela Lei do Bem, que é muio específica às grandes empresas que se enquadram no chamado “lucro real”. Está caminhando, porém existe ainda a deficiência de fiscalização deste fomento. Esforço existe, porém a pesquisa não pode esperar tanto pela resolução da burocracia”.

A maioria dos executivos, representantes das empresas contidas na amostra, admitiram ter a intensão de vendê-las em médio prazo, para se capitalizar e posteriormente abrir empesa similar, replicando o know how adquirido, como podemos confirmar na citação do CEO da E2, onde afirma que “...normalmente, depois que você aprende abrir uma empresa de base

tecnológica, a tendência é que você abra outra empresa”. E ainda pelo CEO da E7 que cita: “... o nosso objetivo é maturar outras empresas e outras tecnologias. Se um dia formos vendê-las, podemos abrir novas empresas com tecnologias que já tínhamos, para desenvolver outras start ups e outras spin offs. Faz parte do reconhecimento, isto faz parte do mercado: o jogo, que a empresa cresce, atrai a atenção de players maiores e é adquirida ou faz fusão com uma outra”.

concedidas pela Anvisa e as outras quatro estão aguardando tal concessão, já com o processo em andamento. Tais certificações são vistas como mais importantes do que a patentes em si, dependendo do seu mercado e público alvo. As certificações internacionais, como a CE, concedida para se exportar para a união européia e outras como o certificado UFBA, cedidos por órgãos como Pec´s e Metic’s para exportações para os Estados Unidos, também foram citadas como prioridades para a intensificação das atividades internacionais das empresas.

As empresas enfrentam expressiva dificuldade nos processos de registro do produto, certificação internacional e pedido e obtenção de patentes, como pode ilustrar o trecho à seguir, citado pelo CEO da E7: “Já tem dez anos que o pedido foi feito e ainda não saiu a

carta patente, se é que vai sair. Pode ser que seja até negada, indeferida. Então, é complicadíssimo patente no Brasil, nesse ponto”.

As dificuldades também aparecem pelo fato dos empreendedores do setor, apresar de serem pesquisadores altamente capacitados tecnicamente, possuem pouca experiência em gestão, em relação à aspectos regulatórios, financeiros ou comerciais. Como o orçamento de empresas recém-fundadas ser muito limitado, fica difícil para o empreendedor contratar pessoal para todas estas áreas, tendo que aprender um pouco de tudo para conseguir manter sua empresa.

Em relação às empresas entrevistadas nesta pesquisa, três de oito empresas já possuem patentes no Brasil. Apenas uma empresa, optou por depositar patente no exterior. Uma outra empresa aguarda a concessão, tendo depositado patente à dez anos e as últimas três empresas se sentem mais protegidas trabalhando com contratos de confidencialidade e certificações.

Alguns trechos das entrevistas, corroboram a dicotomia existente e apreensão na mentalidade dos executivos, em relação ao processo de concessão de patentes no Brasil, como a citação do executivo de E4, “… na verdade tenho duas opiniões: como pesquisador, vejo na patente

uma forma de divulgar a tecnologia. Por outro lado, como pesquisador a vejo com maus olhos, pois para patenteá-la, você tem de detalhar o projeto à ponto de que outro profissional possa vir a replicá-lo, e isto significa anos de trabalho perdidos” e ainda “ se você detalha pouco o projeto, menor chance de ser copiado, quanto menos você detalhar, melhor. Porém, mais brechas você dá para alguém criar uma coisa igual, dizendo ser diferente. Se você

detalhar demais o projeto, e abrir a tecnologia, maior a proteção de sua patente, porém, maior também é o risco de mudanças mínimas que possam vir a ser usadas como diferenciais”.

Com olhar divergente, o CEO da E1 entende que “… a legislação de patentes e invenções, é

uma legislação que se insere no contexto de direito comparado. Se você tem uma patente, uma propriedade intelectual, você pode protégé-la em qualquer país, devido ao fato de que os direitos são iguais em todas as partes. Você tem o direito garantido em qualquer país onde a depositou, e embora cada país tenha sua própria legislação, sua validação dependerá dos acordos existentes entre os países membros de tal acordo, porém, a concessão de patentes no Brasil é muito morosa, muito burocrática e precisa ter maior agilidade e simplificação para proteger os inventores brasileiros e a indústria nacional”.

Um aspecto fundamental de empresas de biotecnologia é seu grau de inovação tecnológica. Se o número de patentes registrado no Brasil é baixo, não pode ser interpretado imediatamente como falta de inovação dentro das empresas pois existem outras alternativas, como o fato das empresas poderem licenciar patentes, que podem estar no nome do empreendedor/fundador da organização (em especial, no caso de empresas muito jovens), ou trabalhar com contratos de confidencialidade, ou ainda optar por emitir tais patentes no exterior, onde percebem maior segurança no resguardo da propriedade intelectual.

Analisando-se o grau de inovação a partir do volume de patentes concedidas, com o intuito de captar a produção tecnológica de impacto radical, percebe-se que as empresas entrevistadas possuem um indicador diferente à média nacional: quatro empresas, ou seja 50,0% dos respondentes informaram ter patentes nacionais ou internacionais concedidas, sendo a média das empresas brasileiras do setor em 2008, 16,0%, ou em 2010, 18,0%. Por outro lado, os dados coletados das empresas que possuem patentes depositadas ou em redação são inferiores, por volta de 25%, sendo a média brasileira em 2008 de 44,0% e em 2010 de 33,0%. O dado indica, portanto, uma perspectiva mais tímida e um provável declínio de depósito de patentes das empresas de biotecnologia para os próximos anos, principalmente devido ao fato da patente cair em domínio público após 20 anos.

O nível de inovação também pode ser mensurado pelo número de concorrentes em nível nacional e internacional. Em uma citação do CEO da E5, podemos medir tais níveis: “a

minha empresa não possui concorrentes no mercado interno, e no mercado externo nossos concorrentes são grandes multinacionais.” À partir da citação do CEO da E1, podemos

vislumbrar o otimismo deste, quanto à demanda nacional: “…nossa empresa, hoje, responde

por 4% do mercado nacional. Esta porcentagem pode parecer pouco, mas é muito para nós. Nossas concorrentes diretas são grandes multinacionais”. Complementarmente o CEO da

E6 cita “… a competição no mercado internacional na minha área é muito pequena”.

As princicipais motivações para se internacionalizar, citadas pelos executivos foram, segundo trecho com o CEO da E1, “…no mercado interno temos carga tributária de 42% e este

número reduz muito no mercado externo, pois as exportações não são tributadas, e desta forma aumentamos muito a nossa competitividade. Outro ganho, é uso total de sua capacidade instalada”.

Nenhuma das empresas desta amostra adquiriu investimento externo, de venture capitalists. Apesar da maioria dos executivos, afirmarem ter interesse neste tipo de parceria, este fato pode traduzir o receio da perda do controle da empresa, bem como o despreparado para tal aliança.

Finalizando, todas as empresas pesquisadas concordaram com a afirmação de que as relações internacionais possam vir a facilitar a obtenção de conhecimento, inovação e vantagens competitivas para as mesmas, entretanto, talvez pela falta de uma visão empreendedora, riscos envolvidos no processos, diferenças culturais e pela acomodação causada pela grande demanda do mercado doméstico, a maioria delas possui uma postura relutante em relação às parcerias internacionais, pois entendem que ao passar por este processo e fazer tais alianças, poderiam perder o controle ou identidade das mesmas e não se sentem completamente preparadas para tal.

7.0 PROPOSIÇÕES

que estão inseridas, portanto relacionando suas atividades de exploração e exploitation com os incentivos institucionais brasileiros instaurados e as dificuldades proporcionadas pelo ambiente, podemos chegar às seguintes proposições:

1) As empresas que possuem financiamento de agências governamentais tendem a investir maior porcentagem em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos regularmente, e focam na expansão de mercados em nível internacional.

2) As empresas auto sustentáveis que possuem capital privado, tendem a se acomodar com a inovação inicial, não mais investindo intensamente em pesquisa e desenvolvimento, por este ser um processo caro e demorado. Tais empresas dedicam-se mais às atividades de exploitation, ou seja, à expansão de novos mercados e comercialização deste produto inovador, focando no aumento da visibilidade de sua empresa à nível nacional. Esta

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