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ANÁLISE DE DECISÕES DO TJ/RS QUE TRATAM DE CASOS DE ABANDONO AFETIVO A PARTIR DO PRECEDENTE DO STJ

Sobre o tema do abandono afetivo, o STJ abriu importante precedente em 2012, ao decidir que um pai deveria indenizar a filha em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), em virtude do abandono afetivo. Na decisão, a Ministra Nancy Andrighi reiterou que “[...] não se discutia o amor do pai pela filha, mas sim o dever jurídico de cuidar dela.” (BRASIL, 2012).

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. FAMÍLIA. ABANDONO AFETIVO. COMPENSAÇÃO PELO DANO MORAL. POSSIBILIDADE.1. Inexistem restrições legais à aplicação das regras concernentes à responsabilidade civil e o consequente dever de indenizar/compensar no Direito de Família. 2. O cuidado como valor jurídico objetivo está incorporado no ordenamento jurídico brasileiro não com essa expressão, mas com locuções e termos que manifestam suas diversas desinências, como se observa do art. 227 da CF/88. 3. Comprovar que a imposição legal de cuidar da prole foi descumprida implica em se reconhecer a ocorrência da ilicitude civil, sob a forma de omissão. Isso porque o non facere, que atinge um bem juridicamente tutelado, leia-se, o necessário dever de criação, educação e companhia – de cuidado – importa em vulneração da imposição legal, exsurgindo, daí, a possibilidade de se pleitear a compensação por danos morais por abandono psicológico.

4. Apesar das inúmeras hipóteses que minimizam a possibilidade de pleno cuidado de um dos genitores em relação à sua prole, existe um núcleo mínimo de cuidados parentais que, para além do mero cumprimento da lei, garantam aos filhos, ao menos quanto à afetividade, condições para a adequada formação psicológica e inserção social. 5. A caracterização do abandono afetivo, a existência de excludentes ou, ainda, fatores atenuantes – por demandarem revolvimento de matéria fática – não podem ser objeto

de reavaliação na estreita via do recurso especial. 6. A alteração do valor fixado a título de compensação por danos morais é possível, em recurso especial, nas hipóteses em que a quantia estipulada pelo Tribunal de origem revela-se irrisória ou exagerada. 7. Recurso especial parcialmente provido. (BRASIL, 2012).

Como se pode observar no caso julgado acima, o abandono fere um direito constitucional, uma vez que o direito à convivência familiar é garantido a prole, mesmo que o mínimo de convivência, sendo reconhecido o dano moral passível de reparação, desde que está não atenda exclusivamente a um desejo de enriquecimento, a reparação em pecúnia é admitida tão somente a reparar o dano sofrido e não a outros fins.

Embora ainda não especificado por lei, o entendimento dos tribunais superiores garante as brechas processuais a casos relacionados ao abandono afetivo, auxiliando ainda mais no reconhecimento da procedência do pedido de reparação.

Apesar desse importante precedente do STJ o entendimento ainda não é unânime. Nos anos que se seguiram, os tribunais adotaram uma postura mais conservadora, para evitar, provavelmente, uma “enxurrada” de ações pleiteando danos morais por abandono afetivo. O que se verifica a partir de então é a orientação para uma análise apurada de cada caso, em que o efetivo dano reparável precisa ficar devidamente comprovado, e o valor da indenização se prestar a custear eventual tratamento psicológico que se faça necessário, visando minimizar os efeitos negativos que esse abandono causou na esfera subjetiva, no psicológico da criança ou adolescente.

Na fattispecie em apreço seria o caso de averiguar se há efetivamente um dano injusto (sofrido pelo ente abandonado afetivamente), se este dano decorreu da ofensa a um interesse juridicamente protegido, se deve ser reparado (com base no sistema jurídico) e se há possibilidade de se imputar tal dever reparatório a alguém (o genitor negligente, no caso). Uma análise a partir do enfoque da vítima e de seus danos pode chegar à mesma

conclusão de que o acórdão paradigma ora comentado, mas poderia –

quem sabe – contribuir com outros fundamentos, mais próximos aos que

sustentam os defensores dessa renovada responsabilização por danos. Em outras palavras, parece possível sustentar que os casos de abandono

afetivo exigem uma superação dos pressupostos rígidos da

responsabilidade civil subjetiva clássica, sendo recomendável atenção a alguns dos critérios contemporâneos sustentados pelos doutrinadores desta renovada responsabilidade por danos. (CALDERÓN, 2014, s.p.).

Nesse sentido o TJ/RS também tem adotado posicionamento mais conservador sobre o tema, exigindo a comprovação efetiva do dano real e do nexo de causalidade entre o dano e a conduta do genitor que abandonou o filho.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA. ABANDONO AFETIVO. A sentença julgou procedente pedido para condenar o apelante, genitor, a indenizar dano moral à filha, por abandono afetivo. Embora a demonstração de que a apelada necessite tratamento por depressão, chegando a atentar contra a própria vida, os elementos dos autos são insuficientes para comprovar, com segurança e robustez, nexo de causalidade entre a conduta omissiva do genitor, quanto às visitações determinadas judicialmente, e os danos emocionais/psíquicos ou sofrimento indenizável, nos termos dos arts. 186 e 927 do CCB. Apenas em situações excepcionais e com efetiva prova é que, na seara das relações familiares, se deve conceder reparação por dano extrapatrimonial, sob pena de excessiva patrimonialização das relações familiares. DERAM PROVIMENTO. UNÂNIME. (RIO GRANDE DO SUL, 2020).

No caso acima a filha, representada pela genitora, pediu indenização por dano moral em virtude de abandono afetivo do genitor. Em primeiro grau o juízo da comarca de Tupanciretã “[...] condenou o apelante a prestar indenização à filha por considerar configurado, em seu agir, abalo moral e danos à infante.” (RIO GRANDE DO SUL, 2020).

No entanto, em apelação, o genitor condenado alegou “[...] que houve o gradual afastamento entre pai e filha, em razão de fatos praticados pela genitora, a qual detinha a guarda unilateral da menina”, que a genitora dificultou, depois da dissolução da união estável, a sua convivência com a filha, além disso “[...] o fato de ele ter sofrido ataque isquêmico transitório e constituído nova família contribuiu para o distanciamento.” (RIO GRANDE DO SUL, 2020).

Além disso, ele sustentou ainda que “[...] deve ser evitada a judicialização das relações afetivas, sendo impossível compelir um pai ou uma mãe a dar afeto ao filho, cujos vínculos foram rompidos.” Além disso, defendeu que “[...] a mera compensação pecuniária não é o meio mais adequado à promoção do melhor interesse da pessoa em desenvolvimento.” (RIO GRANDE DO SUL, 2020). Por fim, postulou o provimento da apelação no sentido de julgar improcedente o pedido da autora. Sua pretensão foi acolhida pelo TJ/RS, sob as seguintes alegações:

[...] carecem os autos de prova da efetiva correlação entre a doença depressiva e o comportamento omissivo paterno, a causar dano psíquico e emocional – não foi realizada avaliação psíquica ou psicológica durante a tramitação do feito. [...] não vejo presentes os requisitos legais para e as

provas necessárias para imputar ao apelante atos de omissão voluntária e deliberada de negligência ao filho, de sorte a lhe causar danos psíquicos. [...] para se configurar causa para indenização monetária por abandono afetivo precisa mais. É necessário que fique, em prova cabal, demonstrado o nexo entre tal comportamento e dano moral ou psíquico. (RIO GRANDE DO SUL, 2020).

Embora ainda seja matéria vaga para os tribunais proferirem uma sentença eficiente e que não seja entendida como feita somente para que haja enriquecimento de quem pede a condenação, é fato que o dano causado pelo abandono não se materializa, pois é um dano que fere a moral, também não pode ser visto como em casos atentatórios contra imagem e honra, mas se pode sentir, somente o ofendido tem consigo o vazio ao qual é submetido quando deixa de receber o afeto de quem mais o deveria proteger.

Quando o menor deixa de ser assistido, subentende-se que deixa de ser visto, e consequentemente assim como no caso acima julgado, há traumas irreparáveis na personalidade e sentimentos de quem sofreu, pois, a falta de paternidade afetiva causa distúrbios na vida da prole e por consequência contribui para que indivíduos mais sensíveis acabem por sentirem-se inferiores e sem importância, passando a ter pensamentos suicidas, vendo, muitas vezes, a morte como a única solução para sua invisibilidade.

Aos pais é facultado gerar, mas não é facultado exercer a função de pais, isso é obrigação, no sentido de garantir aos seus filhos que tenham uma infância saudável, que possuam todos os meios para se desenvolverem sem que sejam expostos a situações que lhes gerem dano futuro, de tal forma eles devem guardar e cuidar de seus filhos.

No caso apresentado na sequência a pretensão do filho aos danos morais já foi negada em primeira instância, pelo juízo da Comarca de Nova Prata. Inconformado o filho apelou ao TJ/RS. No entanto, os Magistrados integrantes da Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, concordaram em negar provimento ao recurso:

APELAÇÃO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. FAMÍLIA. RECONVENÇÃO. AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE. ABANDONO AFETIVO. INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PROVA. O pedido de reparação por dano moral no direito de família exige a apuração criteriosa dos fatos. o mero distanciamento afetivo entre pais e filhos não constitui situação capaz de gerar dano moral, nem implica ofensa ao princípio da dignidade da pessoa humana, sendo mero fato da vida. RECURSO DESPROVIDO. (RIO GRANDE DO SUL, 2019).

No caso em questão, o ofendido requereu a indenização por danos morais após constatada a legitima paternidade. Embora o laço sanguíneo tenha sido reconhecido somente na adolescência, o menor cresceu sem um dos pilares basilares a sua formação de personalidade, o que de tal forma, vem a gerar um dano e o sentimento de rejeição, visto que o genitor mesmo tendo o conhecimento de que possuía um filho jamais se importou em estabelecer o laço afetivo. (RIO GRANDE DO SUL, 2019).

A Desembargadora, Liselena Schifino Robles Ribeiro, em seu voto, justificou sua decisão:

Como se sabe, a indenização por danos morais é cabível no Direito de Família (art. 186 do CC), quando comprovada a prática de ato ilícito pelo réu, o dano sofrido pelo autor e que ambos os fatores estejam interligados por nexo de causalidade.

Só que a responsabilização de genitores por violação a deveres parentais não é tão simples de ser perquirida, pois, diante da complexidade das relações familiares, nem todo distanciamento afetivo é capaz de gerar obrigação de reparar.

E no caso, não há prova da conduta ilícita do genitor, que tenha dado causa a dano a ser reparado em favor do filho. Aliás, sequer há prova escorreita do dano.

Assim, inobstante o afastamento entre pai e filho gere presumido abalo emocional, para configurar situação indenizável, deveria a autora ter efetivamente comprovado que os danos sofridos extrapolaram o mero desgaste familiar, o que poderia ser demonstrado por meio de prova testemunhal ou mediante juntada de laudo psicológico. (RIO GRANDE DO SUL, 2019).

Mais uma vez se constata a falta de provas do nexo de causalidade entre a conduta e o efetivo dano, e nesse sentido a sétima câmara cível do TJ/RS, negou provimento ao apelo do filho, representado pela mãe, para confirmar a sentença de primeiro grau e julgar o pedido improcedente. (RIO GRANDE DO SUL, 2019).

Como já afirmou a Magistrada Nancy Andrighi, Ministra do STJ “amar é faculdade cuidar é dever”. Nesse sentido, os pais podem escolher entre dar ou não amor ao filho, mas não tem o direito de abandoná-los. Eles devem guardar e zelar pela sua vida e seu desenvolvimento, uma vez que foi facultado aos pais a escolha de gerar ou não, mas quando assumiram o risco em gerar a vida, assumiram junto ao Estado as obrigações inerentes à paternidade e maternidade.

Ainda assim, como se pode observar na análise dos dois casos acima, o posicionamento do Tribunal é no sentido de se avaliar detalhadamente cada caso

concreto, para identificar a existência de prova do dano e do nexo causal entre este e a conduta do demandado ou demandada. Como essas provas são difíceis de produzir, em virtude do alto grau de subjetividade que permeia esses casos, vem se tornando raras as demandas em que se verifica a procedência do pedido de indenização por dano moral.

Dentre os julgados apresentados, o que se pode verificar é que os tribunais ainda entendem que a matéria não é passível de indenização, uma vez que exige a comprovação do dano, inexistindo então como apresentado nos julgados o nexo causal, sendo um dos requisitos da responsabilidade civil. Mas ainda em analise ao dano moral, esse não exige que se comprove o dano, sendo que o tipo danoso se caracteriza tão somente na personalidade do individuo, uma vez que não permite o calculo e exatidão da extensão do dano.

Ainda conforme apresentado durante a pesquisa, a responsabilidade e o dever de cuidar são dos pais, e cabe ao Estado garantir a efetivação deste direito, além de que, garante que essas crianças e adolescentes sejam adultos saudáveis metal e socialmente.

CONCLUSÃO

No presente estudo, tratou-se inicialmente da família e sua evolução histórica. Foi possível verificar que alterações importantes, em matéria do Direito de Família, foram introduzidas no Brasil a partir da Constituição Federal de 1988. Ela estabeleceu a igualdade entre o homem e a mulher, quebrando a ideia de submissão por parte das mulheres; abrangeu e garantiu que pudessem ser instauradas e reconhecidas novas formas de organização familiar; elencou princípios norteadores das relações familiares, como os princípios da Afetividade, da Solidariedade Familiar, da Proteção Integral à Criança e ao Adolescente, do Melhor Interesse da Criança e da Paternidade Responsável.

Nesse novo cenário, a afetividade nas relações familiares ganhou maior importância, a ponto de ser vista como algo essencial na relação dos pais com seus filhos, para seu desenvolvimento saudável. Por outro lado, a evolução do direito também tornou mais tênues os laços que unem os genitores, permitindo seu rompimento sempre que for da vontade de um ou de ambos. Nesse sentido, as relações ficaram mais líquidas, menos duradouras, e o afastamento dos genitores pode ensejar, com maior frequência, o abandono afetivo. No entanto, ele não se verifica somente em casos de pais separados, também pode ocorrer dentro do lar que conta com a presença de ambos os genitores. Independentemente da causa ou situação que levou ao abandono afetivo, o fato é que ele causa danos, muitas vezes irreversíveis, para o desenvolvimento saudável dos filhos, que se ressentem dessa falta de amor e amparo, em maior ou menor grau.

Na sequência do estudo passou-se a tratar da responsabilidade civil e do dano moral, para compreender suas especificidades e ver da sua aplicabilidade aos casos de dano moral causado pelo abandono afetivo dos pais, que foi o tema central do estudo.

Considerando a existência de dano, passou-se a questionar a respeito da possibilidade de reparação civil, estabelecendo-se a seguinte questão como problema de pesquisa: Quando os pais abandonam os filhos de modo a lhes causar danos psicológicos, é possível buscar a reparação civil por dano moral?

Para responder a esse problema, inicialmente foram levantadas duas hipóteses. Na primeira se considerava que, a legislação vigente, ao estabelecer que toda vez que um indivíduo causar dano a outro fica obrigado a repará-lo, abrange

também o Direito de Família, inclusive com relação aos pais que, em virtude do abandono afetivo dos filhos, lhes causem danos psicológicos. Tanto a doutrina quanto a jurisprudência têm se posicionado de modo favorável à possibilidade de o filho buscar a reparação civil por dano moral em face dessa conduta dos pais. Esta hipótese restou parcialmente confirmada, na medida que o filho tem sim o direito de buscar a reparação, no entanto, nem sempre vai obter o que busca, em virtude do alto grau de subjetividade da demanda e da dificuldade de constituir provas do dano e do nexo causal entre este e a conduta de quem abandonou.

A segunda hipótese, na qual se estimava que, embora a legislação faculte a reparação civil de eventuais danos causados pela conduta negligente dos pais, tais ações vêm sendo analisadas com cautela pelo judiciário, em virtude de seu alto grau de subjetividade e da impossibilidade de se auferir monetariamente o valor do afeto, restou totalmente confirmada, inclusive pela análise de jurisprudência, na qual tal cautela restou cabalmente comprovada.

A pesquisa foi importante pois auxiliou para o entendimento do conceito de família e o papel importante que ela exerce na formação dos indivíduos, sendo a base para a consolidação do caráter e personalidade da prole. Os pais, como detentores do poder familiar tem total responsabilidade sobre seus filhos, sendo encarregados de suprir suas necessidades materiais e imateriais, proporcionando a eles uma vida digna.

Ainda, quanto aos genitores que descumprem as regras impostas por lei referentes as suas obrigações, poderão ser responsabilizados, pois, como já apresentado no trabalho, os pais têm o dever de guardar e cuidar, devendo amparar, moral e economicamente os seus filhos, visto que a ausência de zelo pode ocasionar diversos danos a criança ou adolescente que podem ser percebidos em qualquer fase de seu desenvolvimento, podendo durar até sua vida adulta.

A indenização por dano moral muitas vezes é aplicada como forma de minimizar os danos causados, mas resta lembrar que os valores pecuniários pagos não neutralizam as feridas que ficam, e que marcam a vida da criança ou adolescente.

Uma das principais contribuições deste trabalho consiste em apresentar quais são as obrigações que a Lei impõe aos pais para com seus filhos, a partir da análise do entendimento dos doutrinadores, da legislação e da jurisprudência, mais especificamente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. A contribuição maior

da pesquisa consiste em prestar informações, no sentido de educar os genitores faltosos quanto às consequências do abandono afetivo. O debate a respeito do tema tem o viés de conscientizar as pessoas sobre a importância, a nível de sociedade, de se garantir a formação saudável dos indivíduos, tanto no aspecto físico quanto psicológico, e evitar que danos desse tipo continuem ocorrendo com tanta frequência, bem como para buscar a melhor efetivação dos direitos de crianças e adolescentes.

O tema abandono afetivo ainda encontra dificuldades impostas pelo próprio Judiciário ao estabelecer suas decisões sobre o assunto, visto que a alegação é de que amar não é obrigação, porém zelar pela vida dos filhos é, garantindo a estes um melhor desenvolvimento. Espera-se que os tribunais trabalhem da maneira mais justa possível, analisando esses casos de forma mais humana, pois nesses casos deve também o Estado inibir para que a prática não seja recorrente por parte dos genitores em relação aos filhos, garantindo assim o seu desenvolvimento dentro da sociedade de forma mais digna, sem que restem resquícios de abalo ou danos psicológicos que os privem de viver adequadamente.

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