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5.4 Procedimentos metodológicos

5.5.3 Análise dos critérios de noticiabilidade

No tópico 3.3, elencamos uma diversidade de estudos acerca dos critérios de noticiabilidade por meio dos quais o Jornalismo seleciona os fatos que devem virar notícia. A variedade de critérios apontados e aperfeiçoados por diferentes correntes de pesquisadores, em princípio, poderia impor dificuldades à análise empírica. Afinal, quais critérios utilizar? Que variáveis seriam mais adequadas às exigências do corpus? Daí, portanto, a necessidade de fazer uma escolha metodológica ancorada nos objetivos da dissertação. Se um de nossos intuitos é observar a lógica de repercussão da fanpage, ou seja, verificar o que fez com que O Povo selecionasse determinadas postagens em detrimento de outras, buscaremos identificar os critérios de noticiabilidade na origem do fato (SILVA, 2005), ou seja, os valores-notícia considerados pelo jornal em seus textos.

Para operacionalizar a análise, propomos uma adaptação do método empregado por Lycarião (2014) em sua tese de doutorado, que, dentre outros procedimentos, buscou codificar matérias jornalísticas de veículos impressos e televisivos a partir de uma lista de fatores de noticiabilidade inspirada no trabalho de Eilders (1997), observados ao nível da matéria (LYCARIÃO, 2014).

Destacamos o termo “adaptação” para deixar claro que não temos a ambição de

reproduzir de modo idêntico a metodologia usada pelo autor – o que seria inadequado, devido às diferenças entre os objetivos e às peculiaridades do corpus de cada trabalho. Lycarião analisa textos da temática ambiental no contexto da 15ª Conferência da Convenção das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-15), enquanto a presente dissertação se debruça sobre textos que abordam variados temas relacionados à gestão pública, no contexto da comunicação política de um governador no Facebook.

Consideramos que não seria pertinente replicar os procedimentos utilizados pelo autor, mas, sim, tê-los como base, sobretudo no que diz respeito ao rol de fatores de noticiabilidade considerados (inspirado no livro de código de Eilders [1997]).

Para evitar que esta seção fique demasiadamente extensa, apresentamos a seguir um resumo dos fatores analisados pelo autor, acrescentando os ajustes que consideramos necessários para as especificidades de nossa investigação.

a) Êxito/benefício: são as chamadas “boas notícias”, que, de modo predominante, destacam efeitos positivos de decisões e/ou fatos. Consideram-se apenas as consequências imediatamente decorrentes do fato, sem levar em conta seus desencadeamentos.

No trabalho de Lycarião (2014, p. 269), “quando a reportagem apresentar algum tipo de fato que não implica consenso social [...], a codificação não deve ser Êxito/sucesso”, sugerindo-se codificá-la como Controvérsia (ver categoria adiante). Nesse ponto, devemos discordar. Em nossa análise, não trataremos as duas categorias como excludentes entre si, pois é possível que um mesmo texto aborde, predominantemente, os efeitos positivos de um fato e, ao mesmo tempo, se paute pelos aspectos controversos que o originam.

Por exemplo: notícia sobre uma decisão positiva do governador na área mais sensível do governo, a segurança pública. Nesse caso, pode-se interpretar que o assunto se converte em notícia não somente por se tratar de uma decisão positiva (Êxito/benefício) – afinal,

várias decisões “positivas” são tomadas cotidianamente numa gestão, mas nem todas são notícia –, pesando também o fato de a decisão se referir à área mais polêmica e delicada do governo

(Controvérsia). Entendemos, assim, que mesmo em fatos positivos, pode haver um contexto controverso que oriente o jornal a transformá-los em pauta.

Importante: como se trata de uma análise de conteúdo, esse “contexto” deve ser

possível de inferir a partir do que está escrito nos enunciados da notícia.

b) Alcance: refere-se à quantidade de indivíduos potencialmente afetados pelo acontecimento, positiva ou negativamente. Com uma ponderação: a quantidade de pessoas afetadas por possíveis desencadeamentos do fato também não é considerada na análise. Por exemplo: notícia sobre mudança no comando de secretarias de Estado. O fato afeta apenas os personagens políticos em questão – os desdobramentos das mudanças, ou seja, as políticas implantadas pelos novos secretários, é que teriam alcance à população, não devendo ser codificados.

No presente trabalho, optamos por codificar “Alcance” também nas notícias em que

esse fator é verificado em segundo plano, ou seja, no contexto do fato. Por exemplo: notícia sobre bate-boca entre Cid e deputados a respeito de obra de grande magnitude. Nesse caso, embora a obra em si não seja o mote da pauta – e, sim, o embate de opiniões –, considera-se que o assunto ganha importância jornalística à medida que o debate se refere a uma grande obra, que afeta número elevado de pessoas. Do contrário, o embate poderia passar à margem da cobertura jornalística.

c) Controvérsia: diz respeito ao contraste entre opiniões e versões diferentes, ou quando é apresentada apenas uma opinião, desde que esta levante um tema controverso. O autor explica que “a opinião (controversa) não precisa ser explicitamente citada como tal, caso seja possível inferi-la do contexto, ou quando puder ser considerada já conhecida” (LYCARIÃO,

2014, p. 274). Nesta variável, também propomos uma adaptação. Há textos do corpus empírico nos quais a controvérsia é o próprio mote da notícia. Exemplo: declarações do governador Cid Gomes rebatendo ataques de adversários. Ou: notícia sobre obra do governo em área de proteção ambiental. Em casos assim, a divergência e a polêmica são centrais.

Porém, há casos em que a controvérsia está no contexto no qual se dá uma decisão ou declaração, e não no fato em si. Exemplo: notícia sobre a retomada de uma obra extremamente atrasada. Embora o reinício da obra não seja algo necessariamente controverso, o contexto no qual a decisão está inserida pode remeter a questões polêmicas – tais como eficiência/ineficiência da gestão, falta de verbas/desperdício de recursos; corrupção etc. Em casos como esse, entende-se que a controvérsia não pode ser desconsiderada como fator de noticiabilidade. Afinal, o contexto polêmico é o aspecto que diferencia um fato de tantos outros que circulam numa gestão, fazendo com que ele vire notícia.

A partir desse entendimento, propomos subdividir esta categoria em duas, com base nos exemplos citados acima: 1) Controvérsia-embate de opiniões e 2) Controvérsia-contexto. Detalhes poderão ser vistos posteriormente.

d) Personalização: caracteriza-se pelo destaque dado à pessoa, em contraste à instituição que ela representa. Considera-se a personalização quando “a matéria apresenta a pessoa como indivíduo, ou apenas como representante de uma determinada instituição” (LYCARIÃO, 2014, p. 280). Por exemplo: quando o ex-governador Cid Gomes é apresentado nos textos, quantitativamente, muito mais como indivíduo do que como representante da instituição Governo, considera-se a presença do fator personalização.

Nos textos de nosso corpus empírico, percebe-se que, em uma mesma notícia, os jornalistas se referem a Cid ora por apenas seu nome, ora por sua função (governador Cid Gomes, Governo Cid etc.), ora sem fazer referência direta a ele, optando por termos mais genéricos como Governo, Estado, gestão etc. Para medir o grau de personalização, seguiremos orientação de Lycarião (2014): caso a pessoa seja identificada mais de uma vez no texto de maneira intercalada entre seu nome e a sua função, deve-se calcular a frequência com que cada tipo de referência aparece. A maior frequência serve como indicador de diferenciação entre os

níveis “Alta personalização”, “Baixa personalização” e “Sem personalização”.

Caso as somas sejam iguais, o critério passa a ser o de maior nível de personalização e, por último (caso ainda resida dúvida), a primeira referência, ou seja, qual aparece primeiro no texto. Devemos esclarecer que, nessa parte da análise, levamos em consideração apenas as referências ao ex-governador, sem considerar os demais personagens citados no texto.

e) Elites políticas/influência: trata-se dos casos em que estão envolvidos personagens (pessoas, grupos, instituições) com influência e poder político,

“independentemente que eles sejam atores, declarantes, objetos de declaração ou envolvidos no evento reportado” (LYCARIÃO, 2014, p. 276). Deputados, promotores, juízes,

desembargadores etc. que aparecem nos textos são considerados nesse critério.

f) Proeminência: refere-se ao nível de fama que uma pessoa detém, independentemente de seu poder político. Artistas e personalidades de outros campos, que não o político, que aparecem nos textos são enquadrados nesse critério.

g) Insucesso/dano: são as “más notícias”, em contraste com a variável Êxito/benefício, que se referem a consequências negativas, perdas, fracassos. Termos como

“retrocesso”, “piora”, “menos”, “desvantagem” etc. são apontados como indicadores desse

fator de noticiabilidade.

A partir da pré-análise dos textos do O Povo que investigamos nesta seção, entendemos que a classificação utilizada por Lycarião (2014), cujos parâmetros inspiram-se em Eilders (1997), dão conta, em boa medida, dos aspectos observados no corpus. Afinal, Eilders, importante autora da pesquisa em Jornalismo, fornece uma lista bem referenciada, capaz de identificar boa parte das características mais comuns aos acontecimentos noticiáveis.

Ressalte-se que os fatores Elites políticas/influência e Proeminência são inerentes a praticamente todos os textos do corpus, visto que se referem, necessariamente, a uma das principais lideranças políticas do Ceará, com influência e fama no Estado. Consideraremos a presença desses fatores apenas quando as matérias tiverem como um dos eixos a presença de

outros personagens com essas características.

Embora configure uma base importante da análise, a classificação acima descrita não parece contemplar a totalidade de fatores que eventualmente possam aparecer nos textos

do O Povo. Isso porque, conforme visto em entrevistas realizadas para a dissertação e no tópico

de descrição das postagens de Cid, percebemos que, por vezes, o ex-governador lançou mão da surpresa, de situações inusitadas, como forma de atrair a atenção do público e dos media. Alguns estudos contemplam aspectos como esses em propostas de classificação de critérios de noticiabilidade, a exemplo de Silva (2005), fornecendo outras categorias de análise.

A autora sugere uma tabela operacional de valores-notícias que é resultado de uma compilação dos atributos apontados de maneira comum por diferentes autores. Alguns dos elementos mostram-se equivalentes àqueles já descritos acima, tais como Impacto, que avalia

características semelhantes ao fator Alcance de Eilders61; Polêmica e Conflito, que se assemelham à Controvérsia62, e Proeminência, citada pelas duas autoras, sendo que Silva inclui nessa categoria as situações em que há elites políticas envolvidas, enquanto Eilders as separa. Descartamos da listagem proposta por Silva as categorias que guardam semelhança ou equivalência com as de Eilders, visto que nosso objetivo é complementar as categorias de análise, obtendo uma diversidade maior de parâmetros com os quais possamos observar os textos do O Povo. Sendo assim, exploraremos da autora os seguintes valores-notícias:

h) Raridade: incomum, original, inusitado (que ocorre poucas vezes; que foge aos padrões correntes).

i) Entretenimento/curiosidade: aventura, divertimento, comemoração.

j) Surpresa: inesperado. Embora essa categoria esteja bastante ligada à Raridade, optamos por mantê-la, uma vez que é possível haver ações inesperadas sem que estas sejam, necessariamente, raras, inusitadas.

l) Tragédia/drama: catástrofe, acidente, risco de morte e morte, violência, crime, suspense, emoção, interesse humano.

É muito importante reforçar que os itens acima descritos não são, de forma alguma, excludentes entre si nem funcionam isoladamente. Pelo contrário: conforme alertou Silva (2005, p. 105), os valores-notícias e critérios de noticiabilidade se combinam, se complementam, constituem uma mesma matéria. Portanto, não é nosso objetivo enquadrar os textos em uma categoria em exclusão a outras, mas apontar o máximo de fatores de noticiabilidade/valores-notícia identificados.

Em relação à operacionalização da metodologia, voltamos à proposta de adaptação dos procedimentos empregada por Lycarião (2014). Em sua análise empírica, o autor não levou em consideração o texto em sua totalidade, mas apenas o que chama de “área de codificação”, que corresponde ao título e às primeiras 90 palavras da reportagem (para jornais impresso), sem incluir subtítulo, legendas e a maior parte do corpo do texto. Entretanto, consideramos pertinente ampliar aqui essa “área de codificação” para todo o texto.

Isso porque é no subtítulo, por exemplo, que às vezes se insere um resumo do assunto central abordado no texto, cujo sentido nem sempre é possível de ser traduzido no

61 Além do número de indivíduos afetados pelo fato, Silva inclui a variável financeira (grandes quantias de dinheiro

envolvidas) na categoria Impacto.

62 Silva também sugere a categoria Justiça, que diz respeito a julgamentos, denúncias, investigações, crimes.

Entendemos que também essa categoria pode ser incluída em Controvérsia, já que, necessariamente, indica a presença de uma contenda, um embate entre dois lados, algo conflituoso ou controverso.

espaço curto, limitado dos títulos. Do mesmo modo, por vezes, o sublead aparece como extensão do lead, podendo ser transformado em segundo parágrafo por mera questão de espaço. Entendemos que deixá-lo de fora da análise pode significar risco de imprecisão na identificação dos fatores de noticiabilidade. E mais: nos textos da categoria “elemento de contextualização”, é comum a menção ao Facebook de Cid estar situada nos últimos parágrafos do texto – e é nosso interesse perceber os valores-notícias encontrados nos trechos que a circundam.

Outra ponderação diz respeito à variedade de textos de nosso corpus, que inclui não somente notícias, mas também colunas, Pontos de Vista, artigos. Esses três últimos, de caráter opinativo, foram excluídos da análise dos critérios de noticiabilidade, tendo em vista que, geralmente, se debruçam sobre temas já pautados pelo noticiário. No caso dos Pontos de Vista

do O Povo, por exemplo, essa é uma característica inerente: o jornalista necessariamente

comenta um fato reportado em uma notícia na mesma página.

Temos ciência de que a análise dos critérios noticiabilidade é particularmente desafiadora, pois os textos possuem sutilezas que podem provocar dúvidas quanto à identificação de alguns fatores. Ademais, devido à gama ampla de categorias e variáveis, a atividade requer ainda mais julgamentos do analista, que precisa tomar decisões e fazer escolhas que não estão livres de subjetividade. Para reduzir esse risco, esta seção da análise foi feita com apoio de uma colaboradora, a jornalista Samaísa dos Anjos, ex-repórter de Cotidiano do jornal

O Povo (2010-2015) e atual mestranda do programa de Pós-Graduação em Comunicação da

Universidade Federal do Ceará. A partir de discussões sobre cada texto, houve um esforço na tentativa de se chegar a um consenso em relação aos fatores de noticiabilidade.

Feitas essas explicações, apresentaremos agora nossos resultados. Conforme os parâmetros utilizados, os fatores de noticiabilidade mais frequentes nos textos noticiosos do O Povo que fazem referência ao conteúdo das postagens de Cid são: 1) Personalização, presente em 43 das 47 notícias (incidência de 91%); 2) Controvérsia, presente em 38 das 47 notícias (incidência de 80%); e 3) Elites políticas, presente em 31 notícias (incidência de 66%). O Gráfico 5 mostra a frequência com que os fatores foram identificados.

Gráfico 5 – Frequência com que os fatores de noticiabilidade foram identificados nos 47 textos noticiosos selecionados para esta seção da análise

Fonte: Elaboração própria.

Como se pode perceber, os três fatores de noticiabilidade Personalização, Controvérsia e Elites políticas se destacam com folga em relação aos demais, sendo seguidos pela variável Alcance, que apareceu em 23 das 47 notícias analisadas (incidência de 49%) e, depois, por Êxito/benefício, com 9 aparições (incidência de 19%). O fator Surpresa vem em seguida, com 8 registros (17%), à frente de Raridade, com 5 (10,6%); Insucesso/dano, com 3; Entretenimento, com 2, e Tragédia, com apenas 1 registro.

Não deixa de ser curioso notar, por exemplo, como a Controvérsia tem destaque maior que a variável Alcance – que, por sua vez, já teve seu conceito alargado na presente análise, sendo codificada também quando aparece em plano secundário, no contexto do principal fato reportado na notícia. Essa questão será melhor discutida no tópico Discussão do presente trabalho.

Centremo-nos, então, no detalhamento dos três fatores de noticiabilidade mais frequentes no corpus. O “campeão” em frequência, Personalização, faz referência ao destaque dado, nas matérias, à figura individual de Cid Gomes, em detrimento da instituição que ele comanda, o Governo do Estado. Percebeu-se, na análise, uma incidência predominante de referências ao indivíduo, identificado ora apenas pelo nome, ora pelo cargo, ora pelos dois (cargo e nome), ao invés de uma referência mais genérica e impessoal à gestão pública estadual. Assim, é preciso agora diferenciar os níveis de Personalização identificados, conforme os critérios já descritos anteriormente. Das 43 notícias que possuem o fator Personalização, 26 (ou

60% do total) são do tipo Alta personalização e 17 são do tipo Baixa personalização, conforme demonstra o Gráfico 6:

Gráfico 6 – Incidência dos graus de Personalização em 43 textos do O Povo que possuem esse fator de noticiabilidade

Fonte: Elaboração própria

Isso significa que das 43 notícias em que há Personalização, 26 se referem mais a Cid por seu nome e/ou sobrenome do que por seu cargo (governador, gestor, ministro etc.); enquanto 17 se referem mais ao líder político destacando o cargo que ele ocupa. Todas, porém, destacam individualmente o chefe do Executivo, em detrimento de sua equipe, sua gestão, o Governo de forma geral.

Outro detalhe interessante: entre os textos desta parcela do corpus empírico, nada menos que 30 fazem menção ao indivíduo Cid, sem qualquer referência ao cargo, logo no título das notícias. Por exemplo: “Cid anuncia delimitação de área verde nas margens do rio Cocó”,

“Cid ataca Eudes por criticar ponte estaiada: ‘Não faz nem deixa fazer’”, “Cid compra briga e

diz que já fez mais que o dobro do que Tasso” etc.

Passando para outro fator de noticiabilidade de destaque, detalhemos agora os níveis de Controvérsia identificados. Conforme explicamos anteriormente, há dois casos em que essa variável pode ser identificada nos textos: Controvérsia-embate, quando a divergência de opiniões ou a polêmica é o próprio mote da pauta jornalística; e Controvérsia-contexto, quando o tema controverso aparece em segundo plano, como pano de fundo, cenário do assunto central da pauta.

De acordo com tais parâmetros, houve maior incidência do fator Controvérsia- embate, identificado em 26 notícias, à frente de Controvérsia-contexto, com 12 notícias – resultado que mostra o destaque da cobertura às querelas políticas, aos conflitos de interesse, aos contrastes de opiniões e de versões, às situações de questionamento a Cid Gomes que, por vezes, o próprio jornal provocou, a partir da apuração do repórter.

Apresentado esse panorama e finalizando a Análise de Conteúdo, passamos, agora à Análise do Discurso de outra parcela de textos: aqueles em que há juízo de valor sobre as estratégias de Cid de se comunicar via Facebook. As questões apresentadas até agora serão retomadas e discutidas no tópico 5.7.

5.6 ANÁLISE DO DISCURSO de textos que fazem juízo de valor sobre as estratégias de