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ANÁLISE FINANCEIRA E OPERACIONAL E PERSPECTIVAS

A. Resultado das operações

Os comentários a seguir devem ser lidos em conjunto com nossas demonstrações financeiras consolidadas, inclusive as notas explicativas a elas relativas, e outras informações financeiras contidas em outras partes do presente documento e em conjunto com as informações financeiras incluídas no “Item 3.A. Informações-Chave — Dados Financeiros Selecionados”.

Nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas incluídas neste documento foram elaboradas de acordo com o IFRS e incluir os nossos balanços patrimoniais consolidados em 31 de dezembro de 2013, 31 de dezembro de 2012 e 1 de janeiro de 2012 e as respectivas demonstrações do resultado, demonstrações do resultado abrangente, das mutações do patrimônio e os fluxos de caixa para os anos findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, bem como notas explicativas.

As seguintes normas entraram em vigor em 1 de janeiro de 2013 e impactaram as informações financeiras da empresa divulgadas anteriormente para 31 de dezembro de 2012, 2011, 2010 e 2009:

(i) adoção do IFRS 11 (CPC 19 (R2)) – “Negócios em conjunto”: os investimentos em negócios em conjunto (“joint-ventures”) nas empresas Refinaria de Petróleo Riograndense S.A., Maxfácil Participações S.A., União Vopak Armazéns Gerais Ltda. e ConectCar Soluções de Mobilidade Eletrônica S.A. deixaram de ser

consolidados proporcionalmente à participação da companhia e passaram a ser contabilizados pelo método de equivalência patrimonial; e

(ii) alteração ao IAS 19 Revisado (CPC 33(R2)) – “Benefícios a empregados”: os ganhos e perdas atuariais deixaram de ser reconhecidos no resultado e passaram a ser reconhecidos no patrimônio líquido em outros resultados abrangentes. Os custos dos serviços passados na data da transição foram reconhecidos no patrimônio líquido em lucros acumulados.

A apresentação das informações reapresentadas como resultado da adoção do IFRS 11 é obrigatória para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 e é opcional para os anos findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009. No entanto, para a conveniência do leitor e para proporcionar a comparabilidade entre os períodos abrangidos pelo presente documento, as informações para os anos findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 apresentadas neste relatório anual foram

retrospectivamente atualizadas para refletir as alterações decorrentes da adoção do IFRS 11. A apresentação das informações reapresentadas como resultado da adopção do IAS 19 Revisado é obrigatória para todos os períodos abrangidos por este relatório anual e estão assim apresentadas. Portanto, todas as informações financeiras apresentadas neste documento foram elaboradas de acordo com o IAS 19 R2011 e IFRS 11, o que difere da informação anteriormente divulgada. Para mais

informações sobre a adoção dessas normas com relação às nossas demonstrações financeiras em e para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, veja Nota 2.v de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas.

As informações financeiras apresentadas neste relatório anual devem ser lidas em conjunto com nossas demonstrações financeiras consolidadas.

Visão Geral

A Ultrapar é um grupo brasileiro com quase 75 anos de história, com posição de liderança nos mercados em que atua. Nossos quatro principais negócios em dezembro de 2013, são:

• distribuição de GLP, conduzido pela Ultragaz;

• distribuição de combustíveis, conduzido pela Ipiranga; • produção de químicos, conduzido pela Oxiteno; e

• serviços de armazenagem para granéis líquidos, conduzido pela Ultracargo.

A Ultragaz distribui GLP para os segmentos residencial, comercial e industrial. A Ipiranga distribui gasolina, etanol, diesel, GNV, óleos combustíveis, querosene e lubrificantes através de uma rede de 6.725 postos de serviço e diretamente para grandes consumidores. A Oxiteno produz óxido de eteno e seus principais derivados, e também é uma importante produtora de especialidades químicas, particularmente tensoativos. A Oxiteno produz aproximadamente 1.500 produtos, utilizados como matérias-primas de diversos bens industrializados, como cosméticos, detergentes, defensivos agrícolas químicos, embalagens, tecidos, tintas e vernizes. A Ultracargo é a maior provedora de armazenagem para granéis líquidos no Brasil, com sete terminais e capacidade de armazenagem de 787 mil metros cúbicos.

Em 30 de setembro de 2013, a Ultrapar assinou acordo de associação com a Imifarma Produtos Farmacêuticos e Cosméticos S.A., que opera utilizando a marca Extrafarma, uma das dez maiores redes de drogarias do Brasil, com 195 drogarias e um centro de distribuição em 31 de dezembro de 2013. A Transação da Extrafarma foi concluída em 31 de janeiro de 2014, com a sua aprovação pelas Assembleias Gerais Extraordinárias da Ultrapar e Extrafarma e, consequentemente, a

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Extrafarma se tornou uma subsidiária integral da Ultrapar em 1 de fevereiro de 2014. Assim, os resultados das operações da Extrafarma não afetaram os resultados de nossas operações em 2013. Os resultados da Extrafarma foram consolidados nos resultados da Ultrapar a partir de 1 fevereiro de 2014. Veja " Item 4.A. Informações sobre a Companhia - História e Desenvolvimento da Companhia - Desenvolvimentos Recentes - Descrição da Extrafarma Transação".

Conjuntura Econômica Brasileira

Como a maioria de nossas atividades operacionais é desenvolvida no Brasil, somos significativamente afetados pelas condições econômicas e sociais do País, incluindo, dentre outras, o crescimento do PIB, a taxa de inflação doméstica e variações cambiais.

Produto interno bruto. O ano de 2009 foi marcado pelos efeitos da crise financeira mundial, que foram mais intensos

durante o primeiro trimestre de 2009, quando o PIB reduziu 3,0% comparado com o mesmo período de 2008. Entretanto, as medidas adotadas pelo governo brasileiro para minimizar os impactos da crise passaram a se refletir na economia, levando a uma recuperação gradual do PIB nos trimestres seguintes. Em 2009, o PIB brasileiro apresentou leve contração de 0,3%. Em 2010, o PIB brasileiro teve crescimento recorde de 7,5%, devido ao bom desempenho dos setores de varejo, automotivo e de construção civil. Apesar da pressão inflacionária doméstica e dos efeitos da crise econômica na Europa, o PIB brasileiro cresceu 2,7% em 2011, devido principalmente ao bom desempenho dos setores agrícola e de varejo, combinados a um aumento do consumo das famílias e a taxas de desemprego historicamente baixas. Em 2012, apesar das medidas do governo brasileiro para estimular a economia com baixas recordes nas taxas de juros e incentivos fiscais para alguns segmentos, o PIB cresceu 0,9%, o nível mais baixo desde 2009, em partes devido à desaceleração da economia global e aos baixos níveis de

investimentos locais nos anos anteriores. Em 2013, o ambiente macroeconômico permaneceu desafiador no Brasil, com uma situação um pouco melhor no mercado internacional, influenciado pela recuperação das economias dos EUA e Europa. A fim de reduzir as taxas crescentes de inflação observadas ao longo do ano, o governo brasileiro elevou a taxa básica de juros da economia, a partir de 7,25% ao final de 2012, para 10,0% ao final de 2013. O PIB do Brasil cresceu 2,3% em relação a 2012. Nossas atividades são afetadas significativamente pelo crescimento do PIB brasileiro, em especial as vendas de GLP a consumidores comerciais e industriais, as vendas de diesel, as vendas ao mercado interno da Oxiteno e as operações de logística da Ultracargo.

Inflação e variações cambiais. Nossas despesas operacionais são, em sua maior parte, denominadas em Reais e tendem

a acompanhar o aumento da inflação brasileira. No entanto, parcela significativa de nossos custos das vendas e dos serviços prestados está atrelada ao dólar e, por esta razão, não é materialmente afetada pela taxa de inflação brasileira. Adicionalmente, parte de nosso endividamento denominado em Reais está indexado a algum índice financeiro que considera os efeitos da inflação. Em 2009, a rápida recuperação da economia brasileira frente à crise global, impulsionou a entrada de investimentos estrangeiros no país, contribuindo para a valorização de 25% do Real frente ao dólar americano, a maior valorização da década. Apesar da recuperação gradual do PIB após o primeiro trimestre de 2009, o Brasil apresentou uma deflação de 1,7% no ano conforme medido pelo IGP-M. De acordo com o IPCA, no entanto, a taxa de inflação foi de 4,3% em 2009, o que está mais em linha com a tendência de crescimento da renda per capita no Brasil. Em 2010, o IGP-M e o IPCA foram de 11,3% e 5,9%, respectivamente. Em 2010, os efeitos do crescimento robusto da economia brasileira, aliado à oferta pública de ações da Petrobras no terceiro trimestre, resultaram em uma entrada recorde de investimentos estrangeiros no país, contribuindo para uma apreciação de 4% do Real frente ao dólar. Em 2011, o cenário externo instável, principalmente no segundo semestre em função dos efeitos da crise europeia, contribuiu para uma depreciação de 13% do Real frente ao dólar, revertendo o cenário de apreciação observado no primeiro semestre. Em 2011, a taxas de IPCA e IGP-M foram de 5,1% e 6,5%, respectivamente. Em 2012, o governo brasileiro adotou medidas anticíclicas ao longo do ano para incentivar o crescimento econômico, como a redução da taxa SELIC e a redução de impostos federais no setor automotivo. Os efeitos do baixo crescimento econômico, a baixa taxa de juros e o ambiente internacional instável contribuíram para uma desvalorização do real em 9% com relação ao dólar americano. Em 2012 as taxas dos índices IGP-M e IPCA em 2012 foram de 7,8% e 5,8% respectivamente. De 1º de janeiro de 2013 a 19 de abril de 2013, o Real se depreciou 15% frente ao dólar no período, influenciado pelo desempenho da economia brasileira, pela recuperação da economia dos Estados Unidos e pela instabilidade econômica no mercado

internacional. De 31 de dezembro de 2013 a 17 de abril de 2014 o real apresentou desvalorização de 4% em relação ao dólar. Nosso principal risco cambial está relacionado a certos custos e despesas denominados em dólares. Embora uma parte

substancial do nosso endividamento seja denominada em dólares, estamos atualmente protegidos contra desvalorização cambial através do uso de diversos instrumentos do mercado de derivativos e do balanceamento entre ativos e passivos financeiros na mesma moeda. Adicionalmente, uma parte significativa de nossas matérias-primas também é relacionada ou indexada ao dólar. Apesar dos preços praticados pelo segmento químico acompanharem os preços praticados nos mercados internacionais, e, portanto, estarem atrelados ao dólar, grande parte de nossa receita é denominada em Reais. Como resultado, estamos expostos a riscos cambiais que podem afetar negativamente nossos negócios, nossa situação financeira e os resultados das nossas

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A tabela a seguir mostra a inflação medida pelo IGP-M, bem como a desvalorização (valorização) do Real perante o dólar, nos períodos indicados.

Exercício findo em 31 de dezembro

Índice 2013

2012

2011

IGP-M ... 5,5% 7,8% 5,1% IPCA ... 5,9% 5,8% 6,5% Desvalorização do Real perante o dólar ... 14,6% 8,9% 12,6%

Administramos o risco relativo ao perfil de pagamentos de nosso endividamento denominado em dólares mantendo aplicações em títulos indexados ao dólar e utilizando contratos de swap de moeda estrangeira, segundo os quais pagamos juros variáveis em Reais baseados na taxa do CDI, e recebemos juros fixos em dólar. Em 31 de dezembro de 2013, nosso

endividamento em moeda estrangeira era de R$ 1.340,2 milhões (US$ 572,1 milhões), incluindo importações a pagar

decorrentes de importações, líquidas de adiantamentos a fornecedores estrangeiros Nessa mesma data, possuíamos R$ 1.483,7 milhões (US$ 633,4 milhões) de ativos denominados em moeda estrangeira, incluindo investimentos indexados ao dólar, contratos de hedge cambial e recebíveis. Em 31 de dezembro de 2013, a Ultrapar possuía uma exposição líquida vendida em moeda estrangeira de US$ 143,5 milhões (US$ 61,3 milhões) e uma posição líquida comprada em outras moedas,

principalmente o Peso mexicano e Bolívar venezuelano, de R$ 208,6 milhões dólares (US$ 89,1 milhões), devido à atuação da empresa nestes dois países. Os valores em dólar neste parágrafo foram calculados com base na taxa de câmbio entre Real / dólar em 31 de dezembro de 2013. Veja “Item 11. Informações Quantitativas e Qualitativas sobre Risco de Mercado — Risco de Moedas” e Notas 14 e 22 de nossas demonstrações financeiras consolidadas.

Políticas Contábeis Relevantes e Estimativas

A apresentação de nossa situação financeira e operacional requer de nossa administração o julgamento quanto aos efeitos decorrentes das incertezas inerentes ao valor de nossos bens e obrigações, que podem impactar os seus valores reportados, bem como nossas receitas e despesas. Os resultados auferidos podem diferir daqueles estimados sob diferentes variáveis, premissas e condições, embora nossa administração acredite que suas estimativas sejam razoáveis. Os parágrafos a seguir são uma revisão das estimativas contábeis que nossa administração considera mais importantes para o entendimento de nossa condição financeira, resultado das operações e do fluxo de caixa. Uma política ou estimativa contábil é considerada crítica se ela atende aos seguintes critérios:

• A estimativa contábil requer da administração premissas sobre assuntos que eram muito incertos na época em que tais estimativas foram realizadas; e

• Estimativas diferentes que a administração possa ter utilizado para a estimativa contábil no atual período, ou mudanças na estimativa contábil que poderão vir a ocorrer de período a período, e que teriam impacto material em nossa condição financeira, resultado das operações ou fluxo de caixa.

Identificamos as seguintes políticas contábeis como críticas:

Provisão para devedores duvidosos. Mantemos provisão para devedores duvidosos em razão de perdas decorrentes da

incapacidade de nossos clientes de realizarem pagamentos. A provisão para devedores duvidosos é registrada em um valor considerado suficiente para cobrir quaisquer perdas prováveis na realização de nossas contas a receber e está incluída nas despesas com vendas. Nenhum ajuste é realizado na receita líquida de vendas e serviços. Para estabelecer a provisão para devedores duvidosos, nossa administração avalia constantemente o montante e as características das contas a receber. À medida que ocorrem atrasos significativos e que as possibilidades de recuperação dos respectivos montantes se tornam remotas, é realizada provisão correspondente. Nós não constituímos provisão caso os créditos em atraso estejam garantidos e apresentem razoáveis perspectivas de recebimento. Constituiremos provisões em exercícios futuros caso as condições financeiras de nossos clientes deteriorem-se, resultando em sua incapacidade de realizar pagamentos. Contudo, como não conseguimos prever com certeza a estabilidade financeira de nossos clientes, não podemos assegurar que nossas provisões permanecerão adequadas. As perdas de crédito efetivas poderão ser maiores que as provisões registradas, o que pode ter um impacto significativo em nossas despesas com vendas.Veja Notas 5 e 22 de nossas demonstrações financeiras consolidadas para detalhes sobre provisões para devedores duvidosos.

Provisões para perdas de estoque. Reconhecemos provisões para perdas de estoque, caso o valor realizável líquido seja

inferior ao valor do custo. A obsolescência de materiais mantidos para uso na produção também é revisada periodicamente e inclui produtos, materiais ou bens que (i) não atendem à especificação da companhia e suas controladas, (ii) tenham expirado a

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data de validade; ou (iii) possuam baixa rotatividade. Esta classificação é feita pela administração com o apoio da equipe industrial. Para maiores detalhes das provisões para perdas de estoque da Ultrapar. Veja Nota 6 de nossas demonstrações financeiras consolidadas para informações adicionais sobre provisões para perdas de estoque.

Imposto de renda e contribuição social diferidos. Reconhecemos créditos e débitos fiscais diferidos sem vencimento,

oriundos de prejuízos fiscais e bases negativas, adições temporárias, reavaliação de ativo imobilizado e principalmente dos efeitos do regime tributário de transição. Periodicamente revisamos nossos ativos fiscais diferidos por meio de recuperabilidade e avaliação, conforme requerido, baseando-se no histórico de lucro tributável, lucro tributável futuro projetado e tempo estimado para reversão de diferenças temporárias existentes. Caso nós, ou uma de nossas subsidiárias, operemos com prejuízo, ou sejamos incapazes de gerar lucros tributáveis futuros, ou se houver alguma mudança significativa nas alíquotas de imposto efetivas ou do período em que tais diferenças se tornem tributáveis ou dedutíveis, nós estudaremos a necessidade de estabelecer uma provisão para perda de todos, ou de uma parcela significativa, de nossos ativos fiscais diferidos, resultando no aumento de nossa alíquota de tributo efetiva e assim reduzindo nosso lucro líquido. É necessário um alto grau de julgamento de nossa administração para determinar o valor da provisão. A principal incerteza está relacionada à futura tributação de nossas subsidiárias que geraram tal ativo. Uma mudança em nossas projeções de rentabilidade poderia incorrer na necessidade de realizarmos uma provisão para tributos diferidos, resultando em um impacto negativo em nossos resultados futuros. Veja Nota 9 de nossas demonstrações financeiras consolidadas para informações adicionais sobre tributos.

Ações judiciais e administrativas. Somos parte de disputas nas esferas judicial e administrativa incorridas no curso

normal de nossos negócios como descrito no “Item 8.A Informações Financeiras — Demonstrações Consolidadas e Demais Informações Financeiras — Processos Judiciais” e na Nota 23 (itens a, b, c, d) de nossas demonstrações financeiras

consolidadas. Acreditamos que o registro de tais provisões em nossas demonstrações financeiras é adequado. Temos por prática provisionar os valores referentes a ações judiciais cuja probabilidade de que uma obrigação exista seja considerada mais provável que não, na opinião de nossos administradores, baseados em informações disponíveis à companhia, incluindo o parecer de nossos assessores jurídicos externos e internos. Os resultados futuros das operações podem ser afetados por mudanças em nossas premissas, pela eficácia de nossas estratégias de negociação dessas ações, por acontecimentos futuros relativos a essas ações ou por mudanças na forma de abordá-las, tal como mudança na estratégia de negociação dessas ações.

Imobilizado. A depreciação é calculada utilizando o método linear pelos períodos indicados na Nota 12 às nossas

demonstrações financeiras consolidadas, levando-se em conta a vida útil dos ativos, que são revisados anualmente.

Intangível. Os ativos intangíveis compreendem os ativos adquiridos de terceiros pela companhia e suas controladas,

seguindo os critérios abaixo (vide Nota Explicativa nº 13):

• Ágios por expectativa de rentabilidade futura são demonstrados líquidos de amortização acumulada até 31 de dezembro de 2008, quando cessou sua amortização. Os ágios gerados a partir de 1 de janeiro de 2009 são demonstrados como ativo intangível pela diferença positiva entre o valor pago ou a pagar ao vendedor e o valor justo dos ativos identificados e passivos assumidos da entidade adquirida, e são testados anualmente para verificar a existência de eventuais reduções de valores recuperáveis. Os ágios por expectativa de rentabilidade futura são alocados às respectivas unidades geradoras de caixa (“UGC”) para fins de teste de recuperabilidade; • Os desembolsos de bonificação previstos nos contratos da Ipiranga com postos revendedores e grandes

consumidores são registrados como fundo de comércio no momento de sua ocorrência e são amortizados linearmente conforme o prazo do contrato; e

• Outros ativos intangíveis adquiridos de terceiros, tais como software, tecnologia e direitos, são mensurados pelo valor pago na aquisição e são amortizados linearmente pelos prazos mencionados na Nota nº 13, que levam em consideração sua vida útil, que é revisada anualmente.

A companhia não tem contabilizado ativos intangíveis que tenham sido gerados internamente. Com exceção dos ágios por expectativa de rentabilidade futura e da marca “am/pm”, a companhia e suas subsidiárias não possuem contabilizados ativos intangíveis com vida útil indefinida.

Redução ao valor recuperável de ativos. A companhia revisa, no mínimo anualmente, a existência de indicação de que

um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a companhia estima o valor recuperável do ativo. Os ativos que não podem ser avaliados individualmente são agrupados no menor grupo de ativos que geram entrada de caixa de uso contínuo e que são em grande parte independentes dos fluxos de caixa de outros ativos (UGC). O valor recuperável desses ativos ou UGCs corresponde ao maior valor entre o seu valor justo líquido de despesas diretas de venda e o seu valor em uso.

O valor justo líquido de despesas diretas de venda é determinado pelo preço que seria recebido pela venda de um ativo em uma transação não forçada entre participantes do mercado, deduzidas das despesas com a remoção do ativo, gastos diretos incrementais para deixar o ativo em condição de venda, despesas legais e tributos.

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Para avaliar o valor em uso, a companhia considera, nas projeções de fluxos de caixa futuros, tendências e perspectivas, assim como os efeitos de obsolescência, demanda, concorrência e outros fatores econômicos. Tais fluxos são descontados aos seus valores presentes através da taxa de desconto antes de impostos que reflita as condições vigentes de mercado quanto ao período de recuperabilidade do capital e os riscos específicos do ativo ou UGC avaliados. Nos casos em que o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados são menores que o seu valor contábil, a perda por irrecuperabilidade é reconhecida pelo montante em que o valor contábil excede o valor justo desses ativos. Perdas por redução ao valor recuperável de ativos são

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