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5 MÉTODO DE TRABALHO

5.6 Análise de Perfil

O primeiro bloco de questões se refere ao Perfil do Entrevistado, com questões a respeito de nome, gênero, nível hierárquico, cargo exercido e formação. Quanto ao gênero dos respondentes, temos a seguinte distribuição: 80% dos participantes são do gênero masculino enquanto 20% dos entrevistados são do gênero feminino.

Quadro 18 - Gênero dos entrevistados

Gênero Qtd %

Feminino 5 20%

Masculino 20 80%

Total Geral 25 100%

Fonte: Elaboração própria

O Quadro 18 manifesta uma parcela quantidade de homens com uma representatividade superior às mulheres entre os participantes da pesquisa. Na verdade, trata-se de uma situação comum considerando as empresas participantes, tal dado é independente quanto ao porte, atividade ou nível hierárquico dos pesquisados; portanto, o perfil masculino esta predominante. Para tanto, o Quadro 19 apresenta em detalhes a distribuição do porte e do gênero dos respondentes.

Quadro 19 - Porte versus Gênero dos entrevistados

Porte Ferminino Masculino % Total

Pequena empresa 18,8% 81,3% 100%

Média empresa 22,2% 77,8% 100%

Total Geral 20,0% 80,0%

Gênero

Fonte: Elaboração própria

Acerca da distribuição entre os gêneros dos participantes da pesquisa, verifica-se a maior parcela dos entrevistados é masculino, isto é, em média 81.3% dos participantes são do gênero masculino e estão atuando nas pequenas empresas, seguidamente de 77.8% atuando nas médias empresas. Enquanto a minoria é do gênero feminino com 20% dos participantes, cuja maior parcela está presente na média empresa com 22.2% de representantividade.

Para os autores Mintzberg et al. (1998); Chytas et al. (2011), a tomada de decisão é centrada em nível estratégico. No entanto, Platts e Sobótka (2010) discutem o sentido de medição de desempenho para evidenciar os resultados e a ratificação da contribuição dos colaboradores neste processo. Além disso, o nível operacional contribuindo para formação de diretrizes estratégicas na organização, permite-se alcançar bons resultados.

Para esse estudo, quanto ao nível hierárquico, predominaram-se os níveis: estratégico e gerencial; cuja distribuição é de 92% gerencial e estratégico, contra 8% dos participantes são da área operacional, ilustrado na Figura 12.

0,0% 2 0,0% 40,0% 60 ,0% Estr at ég ico Ge r encial Oper aciona l 44,0 % 48,0 % 8,0 %

Figura 12 - Nível hierárquico dos entrevistados Fonte: Elaboração própria

Além do nível hierárquico dos entrevistados, foi verificada a idoneidade dos entrevistados, mensurando o tempo em ‘anos de atuação’ do entrevistado na organização em estudo. Corroborando com os autores Gunawan et al. (2008); Platts e Sobótka (2010), anos de experiência é um fator preponderante na designação da estratégia organizacional, porque

gestores estão mais confortáveis com os detalhes de seu negócio e, são capazes de comunicar a sua visão de forma eficaz para funcionários novos e aprendizes. Cujo resultado apresenta bem diversificado com a seguinte distribuição: 61,5% dos entrevistados possui tempo igual ou superior a 4 anos de atividades na empresa, contra 38,5% que atuam entre 1 a 3 anos, conforme a Figura 13. Esse resultado aponta similaridade em pesquisas americanas por Gumbus e Lussier (2006) e britânicas com Fernandes et al. (2006) e Gunawan et al. (2008); esses autores verificaram quanto maior a experiência de seus gestores, melhor será contribuição significativa em relação às práticas gerenciais, considerada um ponto crucial para crescimento de mercado. Já pesquisas de outras nacionalidades apresenta uma idade-padrão semelhante ao cenário brasileiro (GARENGO et al., 2007; ALMEIDA, 2011; SINISAMMAL et al.,2012).

Semelhantemente aos resultados obtidos cuja amostra analisada das pequenas empresas dentre distintos segmentos, a maioria dos gestores estão atuando há mais 4 anos na corporação, representado por 68% dos participantes da pesquisa.

Figura 13 - Tempo de atuação dos entrevistados na organização Fonte: Elaboração própria

Ainda, sobre o perfil dos colaboradores nas organizações observadas, fora questionado aos entrevistados o nível de formação dos executivos, gerentes e colaboradores da área administrativa e das operações de produção e/ou prestação de serviços.

0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% Ensino Básico

Ensino Médio Ensino Superior (Graduação) Ensino Superior (Pós-Graduação)

4,0% 36,0% 48,0% 12,0% 8,0% 40,0% 52,0% 0,0% 0,0% 8,0% 68,0% 24,0% 4,0% 4% 64% 28% Executivos Gerentes Área Administrativa Produção/Prestação de Serviços

Figura 14 - Qualificação do quadro funcional Fonte: Elaboração própria

Assim, de acordo com a Figura 14, 64% dos executivos e, a maioria dos gerentes (68%) possui graduação em nível superior, igualmente, 28% dos executivos e 24% dos gerentes possuem pós-graduação, em contraste com 8% dos executivos 8% dos gerentes não possuem nível superior (i.e., Ensino Médio e/ou Ensino Básico). Fatores esses auxiliam na melhoria da qualidade da gestão, bem no processo decisório no longo prazo (ALMEIDA, 2010; ANHOLON, 2007; CHYTAS et al., 2011). Semelhante a pesquisa alemã em que a gerencia é ocupada por profissionais de maior nível de escolaridade (RICKARDS, 2007). Além disso, a pesquisa dos autores Gunawan et al. (2008), apresenta um perfil concentrado uma amostra de 252 empresas na Inglaterra cujo nível de escolaridade predomina o nível superior e, além disso, solidez na utilização de indicadores para avaliação de desempenho. Ao fundamentar as respostas do ambiente de mercado, o gerente pode agregar valor quando dispõe em seu currículo uma capacitação técnica superior (PLATTS; SOBÓTKA, 2010; SEBRAE; DIEESE, 2011; SINISAMMAL et al., 2012).

No entanto, pequenas empresas não necessariamente carecem de grau de escolaridade avançado, para manter-se competitiva, sendo inédito e comum no cenário brasileiro, cuja maioria das pequenas empresas iniciou com gestores de baixo e médio nível escolaridade e, sobrevivem nos primeiros 3 a 5 anos de existência (SEBRAE; DIEESE, 2011).

A Figura 15 apresenta graficamente a distribuição das empresas participantes deste estudo conforme a atividade principal exercida pelas organizações em seu respectivo mercado de atuação

Figura 15 - Atividade Principal Fonte: Elaboração própria

Quanto à caracterização das empresas participantes, a distribuição da amostra está segmentada no mercado entre as várias atividades econômicas: Agropecuária (8%), Indústria (20%) e os Serviços com 72%, conforme ilustração na Figura 15. Pesquisas com essa distribuição se assemelha com as pesquisas de Sinisammal et al. (2012), cuja atividade de

prestação de serviços possui uma considerável participação na amostra. No entanto, devido à limitação da pesquisa, o tamanho foi inferior ou similar a outros estudos (GUMBUS; LUSSIER, 2006; FERNANDES et al., 2006; GARENGO et al., 2007; GARENGO; BIAZZO, 2012).

Como descrito na Figura 15, verificou-se um dado peculiar, ou seja, a maioria das empresas participantes da pesquisa está atuando na prestação de serviços, dentre os quais se destacam os segmentos de serviços: imobiliários, petróleo e gás, turismo e hotelaria, serviços de informática, consultoria empresarial, advocacia, educação entre outros. Em segundo lugar, a indústria de metalúrgica, construção civil, mármore e granitos, frutas cristalizadas e doces derivados do cacau, farmacêutica dentre outros. Essa caracterização de mercado indica uma economia emergente em transição, sendo observado em outros estudos (FERNANDES et al., 2006; NUDURUPATI et al., 2011; GARENGO; BIAZZO, 2012; SANTAGADA, 2012; SINISAMMAL et al.,2012).

Acerca do porte das organizações apresentado no Quadro 20 é possível visualizar a distribuição das empresas participantes deste estudo conforme a atividade principal exercida no mercado de atuação.

Quadro 20 - Porte das organizações

Porte % Pequena empresa 65,0% Média empresa 35,0% Total Geral 100,0% In te re s s e

Fonte: Elaboração própria

Conforme o Quadro 20 há uma representatividade de 65% das empresas participantes são pequenas empresas. Enquanto, 35% são empresas de médio porte. Em outras palavras, essa análise tem uma representatividade das pequenas empresas, sobretudo indicado por ter uma maior participação de mercado em economias emergentes. Pesquisadores e economistas defendem a considerável participação das PME para o crescimento do país. Apesar das peculiaridades da PME, há pequenas empresas com atributos similares com as grandes empresas, com missão e visão previamente estabelecidas, planos estratégicos e sistemas de avaliação de desempenho (FRIZELLE, 2001; TORRÈS; JULIEN, 2005; ANHOLON, 2007; GARENGO; 2009; BERNARDI et al., 2012; SANTAGADA, 2012).

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 12,0%

40,0% 8,0%

40,0%

M aior que R$ 90 m ilhões e menor ou igual a R$ 300 milhõ es M aior que R$ 16 m ilhões e menor ou igual a R$ 90 milhões

M aior que R$ 2,4 m ilhões e menor ou igual a R$ 16 milhões

M enor ou igual a R$ 2,4 milhões

Figura 16 - Volume anual financeiro Fonte: Elaboração própria

Conforme a Figura 16, o volume anual financeiro da maioria das empresas participantes (80%) fatura menos ou equivalente a R$ 16 milhões anuais. Entretanto, 20% das empresas informaram um volume anual acima de R$ 16 milhões. Frente ao exposto, os dados observados em outras nações a realidade divergente um pouco em decorrência da economia em vigor em cada país. Contudo, o faturamento anual da maioria dos participantes está coerente com a classificação de empresas no critério monetário utilizada pelos padrões do MERCOSUL conforme a Resolução n.59/98.

A Figura 17 apresente a distribuição do número de colaboradores conforme respondentes da pesquisa, considerando faixas de respostas previamente definidas no instrumento de coleta de dados.

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 0-5 6-10 11-20 21-50 51-100 Superior a 200 20,00% 4,00% 20,00% 16,00% 12,00% 28,00% Figura 17 - Nº de Colaboradores Fonte: Elaboração própria

Destacando-se na Figura 17, o número de colaboradores apresentou o cenário distribuído com 72%, possuindo menos de 101 funcionários e, 28% apresentaram uma quantidade superior a 101 de funcionários ativos, ou seja, a maioria das empresas participantes

possui quantidade de funcionários reduzida quando comparado à maioria das grandes corporações. Contudo, na era dos processos inovativos, o número de colaboradores é um fator importante no desenvolvimento de novos produtos e processos (DRUCKER, 1994; GUNAWAN et al., 2008; ACADEMIA PERSON, 2011).

Conclui-se esta seção com desígnio de apresentar uma síntese geral sobre o perfil identificado das empresas participantes da pesquisa, bem como, dos executivos e quadro funcional da corporação. Na seção seguinte serão apresentados os resultados identificados acerca das ferramentas de gestão.