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6 RESULTADOS E ANÁLISES

6.2 Aplicabilidade do Balanced Scorecard

Com uso do instrumento de coleta de dados, foi possível interrogar aos participantes, na última seção, sobre os fatores críticos de sucesso, isto é, quais os fatores principais para a organização atentar-se para ser competitiva e ampliar sua parcela de mercado. Distintamente das outras questões, as quais estão relacionadas à identificação da aplicabilidade de ferramentas estratégicas, com maior ênfase no BSC.

16% 24% 28% 48% 60% 72% 80%

Se gurança no t rab alh o

N at ureza e Prot eção Am bie nt al

Responsabilidade Social

Parcela de M e rcado Inova çã o e Tecnologia

Relaciona m en to com o Client e (Ve nda e Pós-

Venda)

Eficiência Operacion al

Figura 26 - Fatores críticos para o sucesso da empresa Fonte: Elaboração própria

A Figura 26 destaca os fatores de maior impacto para a organização alcançar melhores resultados e continuar sendo competitiva no mercado foi: “Eficiência Operacional” cuja frequência foi de 80% considerando todas as respostas válidas; Enquanto os indicadores

“Relacionamento com o Cliente (Venda e Pós-Venda)” e “Inovação e Tecnologia” apresentaram uma frequência de 72% e 60% respectivamente; E por fim, “Ampliar a Parcela de Mercado” com 48% das respostas, no qual esse é um dos fatores críticos de maior importância para alcançar sucesso. Semelhante, o item “Relacionamento com o cliente” foi indicado em diversas pesquisas como o fator critico para o sucesso (DRUCKER, 1994; ANHOLON, 2007; GUNAWAN et al., 2008; HERZOG 2009; ALMEIDA, 2010; CHYTAS et al., 2011). Ou seja, a empresa quando suscita clientes satisfeitos amplia a probabilidade de novas compras e o alcance da fidelização de clientes. Já em outra vertente, observa-se no conjunto de pequenas e médias empresas que a eficiência operacional é crucial para o bom funcionamento da organização, redução de custos e inovação tecnologias (PARANJAPE et al., 2006). No contexto de pequenas empresas existem barreiras em assumir a responsabilidade social. Entretanto, para os autores Vázquez-Carrasco e Vázquez-Carrasco (2012), com uso de uma análise crítica é possível explorar oportunidades e superar as diversas barreiras no cenário das pequenas empresas. Ainda, o autor Ferauge (2012) acrescenta a combinação da inovação e a responsabilidade social para as pequenas e médias empresas, cuja abordagem é reunida e ilustrada com conceitos integrados. Paranjape et al. (2006)

0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 20,0% 80,0% Não Sim

Figura 27 - Interesse em utilizar ferramentas estratégicas Fonte: Elaboração própria

Com a intenção de identificar o interesse das organizações participantes da pesquisa em utilizar uma ferramenta estratégica para melhorar a qualidade das decisões, são apresentados os seguintes resultados na Figura 27: 80% dos participantes responderam que possui interesse em utilizar alguma ferramenta estratégica, contra 20% dos participantes não possui interesse em implantar quaisquer ferramentas estratégicas. Em geral, as empresas não apresentaram as justificativas da resposta desse item no questionário.

estratégicas para auxiliar o processo decisório, apesar das particularidades existentes na PME, o cenário global ostenta um ambiente dinâmica, exigindo pelas corporações rápidas respostas, inclusive empresas de pequeno porte (ANHOLON, 2007; AFONSO; CUNHA, 2010; NUDURUPATI et al., 2011; SILVA et al., 2011; FREZATTI et al., 2010).

Figura 28 - Ferramenta de maior interesse para utilização na organização Fonte: Elaboração própria

Conforme observado na Figura 28, uma parcela aproximada de 56% dos participantes escolheria utilizar alguma das ferramentas listadas no formulário. Contudo, dentre as opções apresentadas, o Balanced Scorecard que apresentou uma maior frequência. Assim, com mais da metade das respostas válidas, os respondentes indicam interesse de aplicabilidade do BSC na corporação; em seguida, com 24%, sendo 12% de escolha para o DEA e 12% de intenção de utilização em outras ferramentas. Para tanto, com intenção de extrair o interesse da utilização de ferramentas estratégicas, em especial, o BSC, foi considerado o porte das empresas participantes, conforme ilustrado a na Figura 29.

Figura 29 - Interesse das organizações pelas ferramentas conforme porte da organização Fonte: Elaboração própria

As figuras 28 e 29 evidenciam o interesse das pequenas e médias empresas para utilização de ferramentas estratégicas, cujos resultados foram: uma representatividade total de 70% dos participantes escolheria utilizar o BSC para apoiar seu processo decisório, sendo dividido em 45% de interesse do BSC para as pequenas organizações, enquanto 25% de interesse para as médias empresas. Por seguinte, 15% do total apresentam interesse na utilização do DEA, dos quais 10% são pequenas empresas contra 5% de interesse das médias empresas para a utilização do DEA como ferramenta estratégica.

Portanto, ao observar os dados, percebe-se um relevante interesse pela utilização das ferramentas elencadas, em especial, o BSC. Certamente pelo grau de maturidade dos empresários e nível de organização de processos e procedimentos administrativos que, permitam ter um bom planejamento estratégico e definições contundentes sobre os indicadores a serem utilizados para facilitar o monitoramento da saúde corporativa, ou seja, a situação da empresa em todos os aspectos.

Com empenho em destacar o interesse da utilização do BSC, a Figura 30 sintetiza o interesse das organizações conforme a área de atuação, cujos resultados foram: uma representatividade de 45% das organizações de serviços e 20% das indústrias escolheria utilizar o BSC. Por outro lado, 10% das empresas de serviços e 5% das empresas agrícolas denotaram o interesse em utilizar o DEA.

Figura 30 - Interesse das ferramentas estratégicas por área de atuação das organizações Fonte: Elaboração própria

Desta forma, permite-se concluir que os maiores interessados na utilização do BSC, são as empresas prestadoras de serviços. Certamente, pela expressa participação e incremento no mercado brasileiro e internacional de empresas que atuam no terceiro setor.

Com a amostra de dados coletadas, foram identificadas algumas respostas provando o desinteresse das organizações para a utilização de ferramentas estratégicas. Assim, com uso dos cruzamentos de dados, foi possível apresentar na Tabela 1 uma súmula dos índices de abstinência das organizações quanto ao uso de ferramentas estratégicas elencadas neste estudo.

Tabela 1 - Desinteresse por ferramentas estratégicas conforme porte das organizações. Interesse Ferramenta Porte Qtd %

NÃO NENHUM 20,0% Pequena empresa 3 12,0% Média empresa 2 8,0% 5 20,0% Total Geral

Fonte: Elaboração própria

Considerando a Tabela 1, foi observada a seguinte distribuição: 12% do desinteresse das pequenas empresas não estão interessadas em utilizar qualquer ferramenta estratégica, por seguinte, as médias empresas apresentaram 8% de desinteresse na intenção de utilizar ferramentas estratégicas. Desta feita, ao considerar tal distribuição dos resultados comprova que à medida que a empresa vai evoluindo o seu porte, amplia-se a busca por ferramentas gerencias e estratégicas.

Portanto, fundamentados com uso dos dados coletados na pesquisa, as pequenas e médias empresas possuem interesse na utilização do BSC. Esse resultado está coerente com vários artigos publicados em âmbito internacional, os quais apresentam um crescente interesse na aplicabilidade do BSC associado ao processo de gestão estratégica ao longo dos últimos anos, conforme registrado por outros pesquisadores (PING, 2006; GUMBUS; LUSSIER, 2006; FERNANDES et al., 2006; RICKARDS, 2007; GARENGO et al., 2007; AFONSO; CUNHA, 2010; SINISAMMAL et al., 2012; SANTAGADA, 2012).