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Consolidação dos principais resultados e o estado da arte

4 PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS

4.3 Consolidação dos principais resultados e o estado da arte

Com intenção de sintetizar os resultados obtidos nesta pesquisa, será apresentado, nesta seção, o estado da arte com uso de artigos e pesquisas realizadas coerentes com a área de estudo “aplicabilidade do Balanced Scorecard para as pequenas empresas”.

A intenção desta seção é proporcionar uma visão panorâmica sobre os avanços complacentes em pesquisas científicas, cujo foco está nas pequenas empresas em outros lugares do mundo, assim como, no Brasil, conforme sintetizado no Quadro 14.

Fonte: Elaboração própria Autor Ping Gumbus e Lussier Fernandes et al. Rickards Garengo et al. Mello et al. Afonso e Cunha Silva et al. Yonezawa et al. Almeida Sinisammal et al. Santagada País Hong Kong Estados Unidos Reino Unido Alemanha Itália e

Escócia Brasil Portugal Brasil Brasil Portugal Finlândia Zlín Ano 2006 2006 2006 2007 2007 2008 2010 2011 2011 2011 2012 2012 F a to re s co n tr ib u ti v o s p a ra u so d o B S C n a s p eq u en a s em rp es a s

O BSC na PME traduz a estratégia e há concordância do BSC como um modelo de

gestão estratégica.           

O BSC deve ser adaptado para a realidade

da corporação.    

Com a aplicabilidade do BSC amplia-se a

vantagem competitiva.        

O fator impulsionador de sobrevivência e crescimento empresarial com uso de

ferramentas estratégicas, como o BSC.      

É necessário ampliar a maturidade sobre a

avaliação de desempenho nas PME.   

Os gestores de empresas não considerarem o BSC como aplicável ao seu negócio. 

Observando-se o Quadro 14 é possível identificar a defesa de alguns autores na necessidade de adaptações do BSC, por outro lado, a maioria dos autores defende a aplicabilidade do BSC. Ainda, para os autores essa ferramenta permite modelar seu plano estratégico, por meio da difusão da missão e visão da corporação, bem como, no desmembramento das estratégias em ações efetivas.

A discussão e o surgimento de pesquisas cientificam com ênfase no segmento de pequenas empresas, tem avançado com novas evidências e realces com intento na propagação do uso de ferramentas estratégicas nas pequenas empresas, estreando em ano 2006 com Ping (2006), que realizou uma pesquisa junto às empresas de Hong Kong e, constatou que o BSC não era amplamente adotado, devido os gestores de empresas não considerarem o BSC como aplicável ao seu negócio. Contudo, os resultados refletiram concordância do BSC como um modelo de gestão estratégica pela maioria dos entrevistados. No entanto, devido à sua dificuldade na ligação de BSC modelo e ao ambiente econômico real e outros recursos em relação à avaliação de desempenho, as empresas poderiam escolher outras medições mais simples e, outros sistemas de gestão. Enquanto isso, Gumbus e Lussier (2006) observaram uma parcela de cinquenta por cento das 1000 empresas listas na Fortune, utilizavam o BSC. Entretanto, poucas pequenas empresas usavam o BSC. Para tanto, com uso de três empresas nos Estados Unidos, de pequeno e médio porte, defenderam os benefícios do uso do BSC para melhora contínua do desempenho e, o que é importante para o crescimento das PME. Igualmente os autores Fernandes et al. (2006) explanaram o interesse e a aplicabilidade do BSC em pequenas empresas do setor de manufatura no Reino Unido. Impulsionadas pela necessidade da sobrevivência em meio a um mercado global e volátil, as pequenas empresas com uso do BSC passaram a classificar sua visão e estratégia, traduzindo-as em ação. Para tanto, o artigo apresenta os resultados experimentais, sucessos e lições do processo de implementação, confirmando a validade e utilidade da metodologia proposta, bem como, a prospecção de mais empresas a valer-se do BSC como ferramenta gerencial.

Com igual interesse o autor Rickards (2007), considerando empresas de pequeno porte que atuam no comércio eletrônico na Alemanha, comprovou interesse de muitos administradores de pequenas empresas em gerenciar seus negócios com uso do BSC. Enquanto isso, Garengo et al. (2007) realizaram estudos em pequenas e médias empresas de origem na Itália e Escócia, cujos resultados empíricos sintetizados foram a promoção do desenvolvimento da capacidade organizacional e melhorias na capacidade organizacional, incentivando investimentos e o aumento da maturidade quando há utilização de sistema de avaliação de desempenho.

Os autores Mello et al. (2008) realizaram uma pesquisa junto as PMEs da construção civil, situadas no Rio de Janeiro - Brasil. Cuja pesquisa confirmou a utilização de critérios de medição apresentando melhores resultados nas empresas participantes da pesquisa. Para tanto, observou-se que as PMEs com critérios de medição e sistemas de indicadores estão mais bem preparadas para as mudanças do ambiente de negócios e ter uma melhor percepção do ambiente externo. Por conseguinte, Afonso e Cunha (2010), em seu artigo, por meio de estudos de caso em pequenas empresas em Portugal, evidenciam duas conclusões importantes: (a) Com um BSC, as pequenas empresas comunicam melhor sua estratégia entre os colaboradores e; (b) Estão mais capaz de alinhar a gestão de operações com a sua estratégia.

O pesquisador Almeida (2011) realizou um estudo com interesse de identificar a aplicabilidade do BSC para pequenas e médias empresas em Portugal, analisando a sua relevância estratégica. Como resultado da pesquisa, 61% das empresas participantes afirmaram que teriam interesse na aplicação do BSC. Semelhantemente, Silva et al. (2011) realizaram uma análise do perfil gerencial das micro e pequenas empresas no município de Balsas no Estado do Maranhão - Brasil, com a finalidade de se verificar a aplicabilidade do BSC e, 42.86% das empresas possuem estratégias definidas formalmente, utilizam indicadores e metas para as principais estratégias. Sendo assim, são amadurecidas gerencialmente e possuem gestores que têm educação administrativa. Por tanto, existe ambiente favorável para a Aplicação do Balanced Scorecard em Micro e Pequenas Empresas da Cidade de Balsas Estado do Maranhão. Outro estudo realizado sobre a aplicabilidade do BSC fora proposto por Yonezawa et al. (2011), com uso de entrevistas junto aos servidores da Secretaria de Fazenda da Prefeitura do Município de Londrina - Brasil observou-se o interesse em aplicação do instrumento no processo de gestão.

Sinisammal et al. (2012) apresentam em seu artigo uma proposta de simplificar BSC, reconhecendo a realidade de pequenas empresas na Finlândia. Os resultados indicaram a possibilidade de simplificar o BSC em três categorias: produtividade, trabalho, fluência e segurança. O autor defende a simplificação equilibrada com intento em facilitar a comunicação interna e a conversão da estratégia compreensível pelos funcionários, sendo essencial para a elaboração de indicadores de desempenho. No mesmo período, Santagada (2012) analisa os aspectos teóricos da introdução e aplicação do BSC nas pequenas empresas de Zlín - República Checa, descrevendo o funcionamento do BSC e sua aplicabilidade na PME de forma benéfica.

Por fim, ao analisar e comparar esse estudo com relação a resultados de outros autores e a objetivo deste estudo, percebe-se uma defesa em que uma visão puramente financeira já não

é suficiente para as empresas. Em vez disso, é necessário ter relatórios substanciais atualizados sobre a situação da empresa em qualquer momento. Diante do exposto, surge a proposta do uso do BSC para as pequenas e médias empresas, corroborando pelos resultados de um incremente considerável pelas pequenas e médias empresas em utilizarem ferramentas estratégicas.