• Nenhum resultado encontrado

Análise dos Resultados da Pesquisa

No documento Sumário - V.1, N.1 (2009) (páginas 142-145)

A Contribuição do Programa Redes de Cooperação e da Universidade de Cruz Alta para a Formação da Rede Agrofortes Sul

9. Análise dos Resultados da Pesquisa

A presente pesquisa baseou-se na opinião das empresas que fazem parte da Rede Agrofortes Sul com relação a Contribuição do Programa Redes de Cooperação da Universidade de Cruz Alta para a Formação da Rede Agrofortes Sul.

Primeiramente buscou-se analisar o perfil das empresas participantes desta rede. Como resultados, pode-se observar que a totalidade das empresas associadas participam da rede desde sua formação, em julho de dois mil e seis, a maioria das empresas atua no ramo a mais de dez anos e todas são administradas pelos proprietários ou sócios.

A partir da entrevista realizada com o técnico do Programa Redes de Cooperação da Universidade de Cruz Alta, foi possível identificar quais os principais fatores que podem contribuir para a formação de uma rede de cooperação formada através deste programa. No quadro a seguir são apresentados estes fatores.

FATORES

01. Experiência da equipe técnica que auxiliou a formação da rede 02. Método utilizado para conduzir as reuniões da rede

03. Periodicidade das reuniões entre os empresários da rede

04. Infra-estrutura da universidade utilizada para as reuniões da rede 05. Apoio institucional do Governo do Estado

06. Apoio institucional da Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ 07. Eventos proporcionados pelo Programa Redes de Cooperação 08. Cursos de capacitação oferecidos pelo programa para os associados 09. Supervisão Estadual do programa

10. Supervisão Regional do programa 11. Apoio Jurídico do programa

12. Disseminação de cultura cooperativa pelo programa 13. Incentivo a troca de informação entre os participantes 14. Incentivo a construção de confiança entre os associados 15. Incentivo ao aumento do número de associados da rede 16. Incentivo a utilização de ferramentas gerenciais

17. Incentivo a inovação

18. Incentivo a negociação em conjunto 19. Incentivo ao marketing compartilhado

Quadro 1: Fatores que contribuem para a formação de redes de empresas Fonte: Pesquisa com técnico do Programa Redes de Cooperação

Ao serem questionados sobre a percepção da contribuição destes fatores para a formação da Rede Agrofortes Sul, os empresarios em sua maioria qualificaram o conjuntos de fatores apresentados como importante ou muito importante. Com maior destaque para fatores como: experiencia da equipe técnica, método utilizado para conduzir reuniões, apoio institucional do Governo do Estado e da Universidade de Cruz Alta, apoio jurídico, disseminação da cultura cooperativa pela programa e incentivo a utilização de ferramentas gerenciais.

Quando questionados sobre a importancia da parceria formada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Sedai para o apoio a formação de redes de cooperação empresarial, a totalidade dos empresarios responderam que esta ação foi decisiva para a formação de sua rede. Segundo os empresarios, antes de conhecerem o programa eles já possuiam a intenção de montar uma associação no formato de rede, mas a principal problematica enfrentada por eles era a busca de parceiros e a falta de experiencia em gerenciar um tipo de organização como esta.

11

cooperação, visualizaram a possibilidade de formar a rede. Neste sentido, destacam que as instituições deram credibilidade para o processo de formação da rede e de prospecção de parceiros para a realização do projeto.

10. Conclusões

A formação de redes de cooperação empresarial é uma estratégia que visa o desenvolvimento empresarial através da cooperação inteorganizacional, buscando atingir objetivos individuais a partir de esforços em conjunto.

Nos últimos anos esta forma de organização vem sendo muito utilizado pelas pequenas e médias empresas para superar suas fragilidades individuais e poder concorrer de forma competitiva com grupos empresariais de porte superior.

Neste sentido o Programa Redes de Cooperação está contribuindo para a disseminação desta estratégia empresarial, promovendo a cooperação organizacional no Estado do Rio Grande do Sul e o desenvolvimento das micro e pequenas empresas.

O presente estudo demonstra que os fatores elencados na pesquisa contribuíram de forma satisfatória para a formação da Rede Agrofortes Sul e que a parceria entre a Universidade de Cruz Alta e o Governo do Estado do Rio Grande do Sul através da Sedai foram importantes instrumentos articuladores para a formação da mesma.

Diante disso pode-se concluir que a ação articulada entre as instituíções participantes do programa está contribuindo de forma significativa para a construção de novas redes empresarias e que as empresas pesquisadas acreditam que esta ação foi decisiva para a formação de sua rede.

Referências

ADAM, C. R. Proposição de indicadores para a avaliação de desempenho em redes de cooperação. Dissertação de Mestrado. Programa de pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP/UFSM), Santa Maria, 2006.

BLUMENTRITT, T.; DANIS, W.M. Business Strategy Types and Innovative Practices. Journal of Managerial Issues. Pittsburg, Vol. 18, No. 2, 274-291, Summer 2006.

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia cientifica. 4ª ed. São Paulo: MAKRON Books, 1996.

CASAROTTO, N. F. Redes de pequenas e médias empresas e desenvolvimento local: estratégias para a conquista da competitividade global com base na experiência italiana. São Paulo: Atlas, 1998.

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

FAIRBAIRN, U. HR as a strategic partner: Culture change as an American Express case study. Human Resource Management. Hoboken, Vol. 44, No. 1, 79-84, Spring 2005.

FERRAZ, J. C. et al. Made in Brazil: desafios competitivos para a indústria. Rio de Janeiro: Campus, 1997. FLEURY, A. C. C.; FLEURY, M. T. L. Aprendizagem e inovação organizacional: as experiências de Japão e Brasil. São Paulo: Atlas, 1997.

GRAETZ, F. Strategic thinking versus strategic planning: towards understanding the complementarities. Management Decision. London: 2002. Vol. 40, Iss. 5/6, p. 456-462.

HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seu setor e criar mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

HITT, M.A.; BLACK, J.S.; PORTER, L.W.. Management. Upper Saddle River, New Jersey: Pearson Prentice Hall, 2005.

12

INSCH, G. S.; STEENSMA, H. K.. The Relationship between Firm Strategic Profile and Alliance Partners' Characteristics. Journal of Managerial Issues. Pittsburg, Vol. 18, No. 3, 321-339, Fall 2006.

KARTHIK, I.. Learning in strategic alliances: an evolutionary perspective. Academy of Marketing Science Review. Vancouver, Vol. 2002, 1, 2002.

KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. Alinhamento: usando o balanced scorecard para criar sinergias corporativas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

KLUYVER, C.A.; PEARCE II, J.A.. Strategy: a view from the top (an executive perspective). 2nd ed. New Jersey: Pearson Prentice Hall, 2006.

LAWLER III, E.E.. From human resource management to organizational effectiveness. Human Resource Management. Hoboken, Vol. 44, No. 2, 165-169, Summer 2005.

MANKINS, M. C.; STEELE, R. Stop making plans, start making decisions. Harvard Business Review. January 2006, p. 76-84.

McFARLAN, F. W. A tecnologia da informação muda a sua maneira de competir. In: MONTGOMERY, C. A; MILOSEVIC, D. Z.; SRIVANNABOON, S. A theoretical framework for aligning project management with business strategy. Project Management Journal. Sylva:. Vol. 37, No. 3, p. 98-110, Aug 2006

PORTER, M.E. (org.). Estratégia: a busca da vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

MINTZBERG, H.; AHLSWTRAND, B.; LAMPEL, J. Strategy bites back: it is far more and less, than you ever imagined. Upper Saddle River, New Jersey: Pearson Prentice Hall, 2005.

PASS, S.; HYDE, P. HRM or people management: what does it say on the tin? Management Research News. Patrington, Vol. 28, No. 9, 16-18, 2005.

PORTER, M. E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

PORTER, M. E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Campus, 1990.

RAPS, A. Implementing strategy. Strategic Finance. Montvale, Vol. 85, No. 12, 48-53, Jun 2004. RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1991.

SEBRAE. Fatores Condicionantes e Taxa de Mortalidade das MPE 2005. Disponível em www.sebrae.com.br\customizado\estudos-e-pesquisas, acesso em 08/05/2008.

SENGE, P. A quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende. São Paulo: Best Seller, 1990.

ULRICH, D.; SMALLWOOD, N. HR's new ROI: Return on intangibles. Human Resource Management. Hoboken, Vol. 44, No. 2, 137-142, Summer 2005.

VERCHOORE, J. R. Redes de cooperação interorganizacionais: atributos e benefícios para um modelo de gestão. Tese de Doutorado. Programa de pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URGS), Porto Alegre, 2006.

VERCHOORE, J. R. Redes de cooperação: concepções teóricas e verificações empíricas. In: VERCHOORE, J. R. (ORG). Redes de cooperação: uma nova organização de pequenas e médias empresas no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: FEE, 2004.

WILSON, I. H. The state of strategic planning: what went wrong? what goes right? Technological Forecasting and Social Change, n.37. Elsevier Science Publishing, 1990, p.103-110.

YAEGER, T.; SORENSEN, P. Strategic organization development: past to present Organization Development Journal. Chesterland, Vol. 24, No. 4, 10-16, Winter 2006.

YIN, R.K. Case study research: design and methods. Beverly Hills: Sage, 1989.

YOSHINO, M.Y.; RANGAN, U.S. (1995). Strategic alliances: an entrepreneurial approach to globalization, Harvard Business School Press, Boston, M.A.

ZAVISLAK, P. A. et al. A constituição de sistemas locais de produção no Rio Grande do Sul: uma análise das redes de empresas de conservas, moveleiras, de máquinas e implementos agrícolas e de autopeças. In: CASTILHOS, C. C. (org.). Programa de apoio aos sistemas locais de produção de uma política pública no RS. Porto Alegre: FEE; SEDAI, 2002.

INTERPRETAÇÃO DE TRILHAS ECOLÓGICAS PARA ALUNOS DO

No documento Sumário - V.1, N.1 (2009) (páginas 142-145)