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Nesse estudo, procuramos respostas para inquietações em relação à forma como o ensino de Língua Portuguesa vem sendo conduzido nas escolas e, em paralelo a isso, como os discentes veem este ensino e o que esperam dele. Além disso, pudemos elaborar uma intervenção pedagógica a partir de uma sequência didática na qual foram privilegiadas as variáveis linguísticas e as múltiplas manifestações da linguagem, como forma de desmitificar a ideia dos alunos de que não sabem a própria língua e que a mesma é difícil de ser compreendida e trabalhada.

Após um diagnóstico inicial realizado através da aplicação de questionários a alunos e professores, pudemos perceber que a maioria dos docentes apresenta certa dificuldade em abordar o tema (variação linguística), limitando-se em levar para a sala de aula textos que abordem a variação numa perspectiva de reescrita na qual ao aluno é solicitado apenas a transposição para a linguagem formal. Entretanto, têm consciência da importância do tema que representa e valoriza a língua em sua diversidade, sendo instrumento valioso de luta contra toda forma de discriminação e de exclusão social pela linguagem.

O ensino de Língua Portuguesa, muitas vezes, é associado ao ensino da gramática normativa, imposta por uma língua padrão, fazendo a maioria das pessoas acreditarem que as aulas de “Português” não devem fugir de imposições e de regras pré-estabelecidas, sendo essa maneira a única correta e aceitável para formar leitores competentes e cidadãos proficientes em sua língua materna.

Diante da diversidade social, econômica e cultural de nosso país, entendemos que não pode haver uma ideia cristalizada e imutável de língua única, onde todos falam, expressam-se, interagem, comunicam-se da mesma maneira. Desse modo, defendemos que é possível promover uma aula dinâmica, que proporcione ao aluno a real motivação e interação na e pela

linguagem, construindo verdadeiramente sua competência comunicativa, conforme propõem as orientações curriculares nacionais vigentes no país.

Todos estes questionamentos e inquietações motivaram e impulsionaram de forma contínua e crescente nossos estudos e, especialmente, essa pesquisa, buscando trazer respostas que pudessem auxiliar professores e alunos interessados e curiosos em relação à diversidade linguística.

No início da investigação, mais precisamente na etapa do diagnóstico, professores foram questionados em relação às suas ideias, concepções em relação à sua prática cotidiana voltada ao ensino de Língua Materna e, principalmente, à condução do trabalho com as variáveis da língua.

Nas respostas fornecidas pelos professores pudemos vislumbrar que continham um discurso que apontava para a importância e necessidade de se valorizar e abordar as variações linguísticas a partir de textos diversos, encontramos respostas de docentes que entendem o ensino de Língua Portuguesa, numa perspectiva interacional, uma vez que valorizam as atividades de leitura, escrita e oralidade como práticas sociais, conforme podemos constatar nas seguintes afirmações:

P 01

Competências de produção textual e de oralidade. Não é necessário ser radical, mas é preciso focar em competências de uso real da língua.

P 08

Deve ser pautado nas competências linguísticas do aluno, já que possibilita perceber a adequação da língua conforme sua prática social. Além disso, a prática de ler e escrever.

P 06

Leituras variadas, compreensão e interpretação textual, pois são essenciais para tornar o aluno integrado à realidade.

Todavia, ainda encontramos posicionamentos tradicionais de compreender o ensino de Língua Portuguesa numa abordagem que privilegia e dá relevância aos ensinamentos de gramática, como destacados a seguir:

P 04

Sempre procuro dar um pouco de tudo, mas gosto muito da gramática, mas sabemos que a leitura e interpretação a dificuldade é maior.

P 05

O ensino de Língua Portuguesa deveria estar pautado nos primeiros ciclos de educação no processo de alfabetização e letramento, para então, no ciclo seguinte, introduzir as competências gramaticais, pois muitos alunos chegam nesse ciclo sem ao menos estarem alfabetizados.

P 07

Corrijo os erros ortográficos.

P 09

Chamo em particular e mostro-lhe o erro, ajudo a corrigir.

Nas afirmações de P 04, P 05, P 07 e P 09, podemos entender que há um privilégio da norma culta, no qual está priorizando a gramática como sendo a forma exclusiva de se lidar com os “erros” e “acertos” dos educandos.

Ainda em relação a estes “erros”, os educadores costumam levar para o contexto da sala de aula artefatos linguísticos variados, onde os discentes tinham oportunidade de confrontar as palavras e expressões empregadas por eles com as mesmas palavras e expressões utilizadas de acordo com a norma padrão.

Uma colocação interessante relacionada a esta questão foi a de um professor ao mencionar que esclarece a seus alunos que ninguém fala “errado” e sim usam variedades que destoam da variedade padrão determinada pela

gramática normativa. Nesse sentido, vislumbramos uma atitude que demonstra preconceito linguístico quando diz “destoam da variedade padrão”, como apontamos nas respostas a seguir:

P 06

Sem constrangê-los, procuro uma oportunidade de chamar atenção repetindo a palavra pronunciada por eles de forma correta e que não está errado, mas destoam da variedade padrão.

P 08

Tendo em vista que os alunos chegam à escola sabendo falar português, cabe a nós, professores de Língua Portuguesa auxiliar os discentes ao conhecimento das regras da sua própria língua, possibilitando aos alunos as regras fundamentais da Língua Portuguesa, as quais serão de suma importância para o desenvolvimento social e cognitivo do aluno.

Vale salientar que ao serem interrogados sobre o ensino das variáveis linguísticas, alguns docentes mostraram a relevância do tema ser abordado na sala de aula, conforme destacamos nas respostas abaixo:

P 01

Tento mostrar aos meus alunos que a língua é um mecanismo vivo e que ela se altera com as necessidades, os usos e os costumes. Faço isso trazendo textos de gêneros, épocas e regiões diferentes, como também valorizo a linguagem trazida pelo próprio aluno.

P 03

Valorizar as variações linguísticas é dar importância à cultura de um povo em função das suas diferenças geográficas. Portanto, é inevitável não abordar esse assunto.

P 06

É bastante importante, mas acaba ficando relegada a segundo plano diante da pressão de um currículo que é preciso cumprir.

P 08

A variação linguística em sala de aula possibilita ao aluno apresentar as diversas variedades existentes em nossa língua, incluindo a padrão.

Contudo, constatamos respostas que demonstram um certo equívoco teórico metodológico, quando os professores afirmam que a variação linguística deve ser a essência das atividades de ensino ou que apresentam aos alunos alguns textos que trazem variações linguísticas. Assim sendo, quando analisamos as respostas, entendemos que há uma espécie de polarização semelhante àquela que privilegia a norma culta, conforme podemos observar nas respostas de P01 e P06.

P 01

Absolutamente pertinente e necessário. As variações linguísticas trabalham a língua em uso, considerando a sua gama de variedade e contextos de produção. Deve ser o foco no ensino de línguas.

P 06

A frequência dessa abordagem é pouca. Porém, algumas vezes, procuro levar textos que trazem palavras e expressões que podem exemplificar este tema.

Ainda nesta fase de diagnóstico, os alunos opinaram sobre a forma de condução do ensino, seus gostos e preferências, facilidades e dificuldades relacionadas ao estudo da Língua Portuguesa.

Em relação às respostas fornecidas pelos alunos participantes, vale a pena destacar os pontos de vista apresentados por eles referentes ao grau de dificuldade da Língua Portuguesa. Apenas dois, num universo de 32 alunos participantes, disseram achar a mesma difícil. Desse total de alunos, seis afirmaram achar a Língua Materna fácil, já que nascem ouvindo-a, sem contar que é a língua do país onde vivem.

A 8

Sim, pois a Língua Materna aprendemos desde bebê e na escola aprendemos como usa o português acrescentando como falar bem, onde colocar o acento nas palavras e escrever.

A 17

É fácil porque é uma língua que já nascemos ouvindo, é uma língua do nosso país.

A 18

Sim, para aprendermos tanto na forma de falar quanto na forma de escrever.

A 10

Sendo nossa língua materna o Português deve ser ensinado nas escolas pois é a forma em que nós alunos conhecemos, aprendemos e mudamos muitas coisas, como o vocabulário e a gramática. (sic)

A 25

Sim fácil porque ela é uma matéria que nos ensina muitas coisas na língua e nos ajuda a entender a nossa língua portuguesa.

A 23

Gosto porque é uma matéria fácil de se entender porque ela é uma matéria que fala sobre a nossa língua.

Contudo, encontramos posicionamentos em relação ao aprendizado de Língua Portuguesa em que a grande maioria (vinte e cinco alunos) considera que a mesma possui um grau médio de dificuldade devido a alguns assuntos abordados que são de difícil compreensão, além de haver muitas regras a serem seguidas. E assim, nas respostas a seguir revelam o que os alunos pensam sobre a Língua Portuguesa com relação ao aprendizado.

A 4

Sim, porque é uma linguagem fácil e ao mesmo tempo difícil, porque tem regras, tem classificação, entre outros.

A 8

Sim, pois a língua materna aprendemos desde bebê e na escola aprendemos como usa o português acrescentando como falar bem, onde colocar o acento nas palavras e escrever.

A 10

Sendo nossa língua materna o português deve ser ensinado nas escolas pois é a forma em que nós alunos conhecemos, aprendemos e mudamos muitas coisas, como o vocabulário e a gramática.

A 4

Regras, é muito difícil. (sic)

Nesse universo de alunos participantes, apenas quatro afirmaram dominar o Português, argumentando que sabem ler, escrever e conseguem se comunicar. Entretanto, a maioria, quando se fala em “dominar o português” leva em consideração apenas as regras gramaticais, confirmando aquela concepção de que estudar português é estudar e saber gramática. Diante disso, afirmam que não dominam e colocam a necessidade de se saber falar e escrever “melhor”. Para estes estudantes, os “erros” estão diretamente relacionados à grafia, falta de acentuação e, ainda, à forma de pronunciar as palavras, conforme salientamos nas falas dos alunos apresentadas a seguir:

A5

Sim, pois a gente não nasce sabendo de tudo. Tem muita gente que fala e escreve errada a Língua Portuguesa.

A 23

Porque hoje em dia a maioria das pessoas falam o português errado e também escreve errado. (sic)

A 24

Não eu não falo o português certo por que eu falo e escrevo errado.

A 30

Sim, porque mesmo o português sendo nossa língua materna, tem pessoas que não escreve e não fala direito. (sic)

A 26

É muito importante a língua portuguesa porque se não fosse a disciplina a gente não sabia escrever e também escrevia as palavras todas erradas.(sic)

Vale salientar que nessas respostas dos alunos conseguimos perceber que demonstram uma atitude preconceituosa em relação às variáveis linguísticas, pois aprender português para eles significa aprender gramática, isto é, a norma culta tida como padrão. Esta concepção de ensino de língua centrada na norma unicamente encontra-se arraigada também no aluno porque

entende que “falar correto” é usar tão somente esta variável, talvez pelo fato de não terem oportunidade de conhecer e aprender sobre a questão da variação linguística. Nesse aspecto, retomamos a afirmação de Bagno (2007, p. 94) de que na “constituição da norma padrão” ocorreu a exclusão das demais alternativas de dizer a mesma coisa” e assim formou-se um distanciamento entre as formas normatizadas e os usos linguísticos reais que fazem parte do cotidiano dos usuários da língua materna.

Outra importante afirmação fornecida pelos alunos participantes, que muito contribuiu para a construção e realização da intervenção pedagógica a partir desta pesquisa, foi como eles (os alunos) gostariam que fossem as aulas. Os discentes revelaram a preferência por aulas mais divertidas, dinâmicas, com atividades diferenciadas e criativas, tornando a disciplina mais atrativa para os estudantes, facilitando a compreensão por aqueles que apresentam dificuldades e, ainda, motivando a participação e interação durante as aulas.

A partir dos dados que coletamos, analisamos as opiniões e os pontos de vista dos professores e alunos sobre o contexto da sala de aula, no que diz respeito ao ensino de Língua Portuguesa e o trabalho com as múltiplas variedades e possibilidades de uso da língua e construímos uma sequência didática que buscou contemplar algumas necessidades, objetivando contribuir com a construção do aprendizado de forma significativa.

As respostas fornecidas pelos alunos foram de fundamental importância para que pudéssemos perceber e compreender como esses estudantes viam, de fato, o ensino de Língua Materna e, principalmente, como os mesmos encaravam a questão do erro / acerto, no tocante à aceitação e uso das variáveis linguísticas.

Um dos principais objetivos com a realização deste trabalho foi oportunizar aos estudantes a identificação dessas variáveis linguísticas presentes nos mais diversos gêneros do cotidiano. Conforme observamos nos registros fotográficos presentes nos anexos, foram levados para a sala de aula textos variados, os quais foram analisados pelos alunos e neles os discentes identificaram as diversas possibilidades de manifestação da língua e

reconheceram nestes sua função comunicativa. Compreenderam ainda a definição e a relevância de se reconhecer as variáveis linguísticas como algo real e funcional, conforme observamos nos depoimentos contidos nos relatórios escritos individuais, conforme especificamos a seguir:

REI 02 (linhas 1 a 8)

REI 05 (linhas 1 a 4)

Ao final das atividades desenvolvidas, os alunos deixavam seus registros através de vídeos coletivos que continham suas percepções em relação aos exercícios desenvolvidos, apreciações e até dificuldades encontradas.

A construção dos vídeos coletivos foi um exercício interativo propício ao desenvolvimento dessas competências, tendo envolvido, inclusive, a construção do mesmo, uma diversidade de variáveis produzidas pelos próprios alunos.

Os documentos oficiais (PCN) sugerem que a oralidade seja transformada em objeto de ensino, pois através do oral as pessoas começam a desenvolver suas competências enquanto falantes de uma língua.

Com a realização das atividades propostas durante e após concluído o projeto de intervenção pedagógica, os estudantes foram capazes de perceber as principais características das variáveis linguísticas, o que nos mostraram, com clareza, os seguintes relatórios individuais:

Assim sendo, percebemos que a prática da leitura e análise dos textos promoveu o acesso dos alunos aos conhecimentos que foram objetivados na sequência didática.

Buscando também promover um encontro com o gênero cordel e com um autor/poeta que fizesse uso das variáveis, comprovando assim a possibilidade de divulgação e consequente manutenção da cultura regional, trouxemos para a apreciação em sala de aula a biografia e poemas de Patativa do Assaré. Além de constatarmos a eficácia de sua linguagem, possibilitou um encontro prazeroso com a arte do autor que é capaz de quebrar preconceitos em relação às diversas formas de manifestação da linguagem. Tais afirmações podem ser depreendidas nos relatórios escritos individuais, a seguir:

A culminância do projeto de intervenção pedagógica esteve voltada para a utilização direta de cordéis com temas variados, nos quais os alunos tiveram oportunidade de identificar/observar o uso das variáveis linguísticas cumprindo sua função comunicativa, o que podemos observar nos textos, produzidos pelos próprios alunos, contidos nos REI e, neste caso, especificamente no REI 19, linhas 4 a7.

Nos grupos de trabalho, após o estudo e análise dos cordéis, os alunos socializaram as obras para a turma, focando o uso de palavras e expressões dos autores os quais que denotam as diversas manifestações da linguagem, e que representam, inclusive, a identidade e a cultura de nossa região.

As socializações foram realizadas através de slides associados à declamações e dois curtas metragens. Com a realização destes últimos, os alunos puderam mostrar seu lado artístico e criativo através de confecções de cenários, figurinos e das próprias encenações.

Os alunos teceram considerações em relação aos curtas metragens produzidos, o que se encontra expresso no REI 22, (linhas 1 a 13); REI 23, (linhas 1 a 8); REI 24, (linhas 1 a 6) e REI 25,( linhas 1 a 10).

Apesar de apenas dois grupos de trabalho terem optado pela socialização através da construção de curtas metragens o que teria sido sugerido por tratar-se de uma proposta diferenciada, dinâmica, que permite um trabalho integrado e participativo, todos alcançaram o objetivo principal que era perceber a relevância das variáveis cumprindo sua função comunicativa, afastando assim o preconceito linguístico presente nestas formas de linguagem.

A etapa do diagnóstico mostrou-nos alunos sedentos por aulas diferenciadas e dinâmicas, que realmente motivam os alunos em busca do conhecimento. Esta proposta de sequência didática almejou trazer uma sugestão criativa de trabalho para o professor abordando o tema “variáveis linguísticas”, assim como suprir essa carência demonstrada pelos alunos, trazendo propostas de atividades que pudessem envolver o educando haja vista as atividades exigirem planejamento, mobilização e construção pelos próprios estudantes.

Após a realização de variadas atividades durante a proposta de intervenção pedagógica utilizando gêneros textuais diversos, onde foi possível reconhecer as variáveis linguísticas, a culminância da sequência didática se deu através da socialização de cordéis para a turma com a intenção de analisar, interagir, interpretar e, principalmente, observar a construção dos

mesmos com a utilização de palavras e expressões que exemplificassem a variação linguística, comprovando a diversidade da Língua Materna.

Para a realização desta socialização os alunos utilizaram slides e/ou curtas – metragens (filmes curtos, cuja duração é geralmente inferior a 30 minutos) produzidas pelos próprios estudantes em grupos de trabalho, encenando e, expondo da forma mais real possível o universo poético ali representado.

Ao final das atividades realizadas, pequenos relatos escritos individuais e vídeos coletivos (utilizados por permitirem uma maior interação e a exposição verdadeira do que fora vivenciado) foram produzidos com o intuito dos participantes construírem uma breve análise das ações. Neles, os estudantes expuseram suas apreciações, dificuldades e ainda o aprendizado e/ou o conhecimento que fora mais significativo.

A apreciação dos alunos sobre a aprendizagem do conteúdo, bem como da metodologia empregada pela docente foi notória, já que os alunos se envolveram e se engajaram para realizá-lo, conforme podemos constatar nos REI 17 (linhas 1 a 5); REI 18 (linhas 1 a 5), REI 19 (linhas 1 a 3) e dos registros fotográficos em anexo o quanto foi produtivo.

As atividades que a turma mais apreciava eram aquelas que envolviam o uso das tecnologias, dramatizações, que exigiam maior dinamismo e que pudessem mostrar sua criatividade. Já aquelas que exigiam cópias do quadro, produção textual, conhecimento e emprego de regras de gramática eram as que mostravam menor interesse.

Alguns alunos gostavam muito de ler e faziam visitas frequentes à biblioteca da escola para a renovação de empréstimos de livros com temas variados. Havia na classe um aluno que produzia cordéis, prestigiando os eventos da escola, sempre que possível, com o seu talento.

Ao longo do ano, durante as atividades propostas na sequência didática, assistimos a vídeos que abordavam temas como língua e linguagem, variações linguísticas, assim como a história da literatura de cordel. Foram realizadas atividades orais e escritas onde o uso das variações pôde ser observado em

instrumentos como tirinhas, quadrinhos, músicas, poemas, conto humorístico e cordéis. Estes últimos, de forma mais abrangente, foram oferecidos aos alunos incentivando a observação de sua estrutura, características, funcionalidade, temas, contexto e linguagem.

Para a culminância das leituras realizadas, os discentes foram incentivados a fazer uso das tecnologias para socializarem os cordéis que leram e analisaram em pequenos grupos para os demais colegas da turma, proporcionando momentos de trabalho efetivo com a oralidade, tornando a aula interativa e significativa.

Após essa etapa, as atividades propostas na sequência didática foram desenvolvidas, tendo como objetos de ensino gêneros textuais diversos que abordavam as variáveis linguísticas, com foco na literatura de cordel.

Procuramos analisar as atividades desenvolvidas e todo o material produzido pelos alunos. No término de cada atividade, os estudantes produziam relatórios escritos individuais e vídeos coletivos onde expunham suas impressões sobre as discussões realizadas durante a aula, suas críticas, reflexões, apreciações sobre o conhecimento que fora partilhado.

A culminância do projeto de intervenção pedagógica gerou um material significativo, no qual os alunos tiveram oportunidades valiosas de constatar e apreciar o uso das variáveis linguísticas em cordéis diversos (Anexo 5), comprovando a relevância do processo comunicativo a partir nestes instrumentos de ensino.

Após analisarem, interpretarem cordéis em grupos de trabalhos, os alunos socializaram os mesmos para a turma através de curtas metragens e

slides, declamando-os, chamando atenção para palavras e expressões que

representavam essas variáveis, associando as imagens projetadas ao que era declamado.

.Durante a realização deste trabalho, vários foram os momentos reservados para trocas de ideias e orientações em rodas de conversa, que pudessem deixar claro a importância de se respeitar as diferentes

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