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A presente pesquisa tinha como um dos objetivos analisar como o ensino de Língua Portuguesa tem sido promovido nas escolas, qual o lugar da gramática e da língua padrão em relação ao trabalho com as variáveis linguísticas, que importância os professores atribuíam a ela e suas dificuldades (ou não) em proporcionar aos educandos momentos de reflexão sobre a língua através do trabalho com esta temática, e ainda compreender como o gênero cordel pode favorecer a valorização da diversidade linguística.

Em relação aos alunos, procuramos investigar de que maneira viam o ensino de língua no cotidiano de sua sala de aula, suas dificuldades e facilidades em relação ao aprendizado da Língua Materna, como gostariam que esse ensino fosse oportunizado e, principalmente, buscamos incentivar através das atividades propostas, o reconhecimento e a valorização das variadas formas de manifestação da língua, contribuindo assim para que os alunos superassem o preconceito linguístico.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais sugerem que os diversos gêneros devem fazer parte do universo escolar, dentre eles, o cordel que foi adotado como instrumento para se atingir os objetivos propostos, pois além de ser atrativo pelo seu ritmo, rimas, ser informativo e lúdico, permite o resgate da

cultura popular brasileira e de seus valores sociais, linguísticos e culturais. Diante da experiência exitosa desenvolvida ao longo da intervenção pedagógica, é possível afirmar que os objetivos propostos para o desenvolvimento dessa pesquisa foram alcançados, já que os alunos puderam identificar no gênero cordel variados usos linguísticos, perceberam o mesmo como instrumento de disseminação cultural, contendo conteúdo rico, capaz de contribuir para ressignificação do preconceito linguístico.

O percurso trilhado para realizar esse estudo e o projeto de intervenção pedagógica foi motivado por reflexões realizadas ao longo da trajetória no magistério, intensificadas durante a realização do Mestrado Profissional em Letras – PROFLETRAS, o qual foi essencial porque acrescentou conhecimentos fundamentais para minha vida profissional e pessoal, tendo o curso respondido a indagações e estimulado novos questionamentos mantendo viva, dessa forma, o desejo de novos aprendizados e experiências. Mais ainda, foi alimentado por doses cotidianas de determinação, coragem e desejo de mudanças em relação ao ensino de Língua Portuguesa, tornando o mesmo mais real, concreto, atrativo e dinâmico, haja vista que, apesar de haver alguns avanços a metodologia de ensino de Língua Portuguesa está ainda, em sua maioria, associado ao ensino único e exclusivo da gramática e da língua padrão, relegando a segundo plano um trabalho que valoriza a diversidade linguística e o conhecimento dos alunos sobre a linguagem de modo que eles percebam assim que o ensino da língua precisa admitir, valorizar e respeitar as variáveis linguísticas empregadas nas mais diversas comunidades.

Nessa perspectiva, percebemos que é preciso que o ensino da língua padrão seja visto como mais uma das possibilidades de manifestação da linguagem que promoverá a ampliação da competência linguística dos discentes.

Esta pesquisa procurou promover uma reflexão aos interessados por este tema e contribuir com o trabalho de professores de Língua Portuguesa e até de outras disciplinas, que desejam rever sua postura diante do ensino e suas ações didáticas, que deverão ser realizadas de maneira que os ranços de uma prática pedagógica pautada no ensino meramente prescritivo ceda lugar

também à diversidade linguística e assim o ensino de língua nas escolas seja visto com novos olhares, buscando a formação do aluno conforme sugestões da proposta educacional vigente, isto é, um cidadão em sua totalidade que vive situado socialmente e (re) conhecendo que a linguagem é uma grande ferramenta para que os indivíduos possam interagir na multiplicidade de contextos dos quais participa.

A sequência didática proposta foi construída e realizada objetivando promover um trabalho reflexivo e dinâmico tendo como instrumento de ensino textos variados, para que os alunos tivessem oportunidade de vivenciar, num contexto real, a Língua Materna em sua plenitude e em sua diversidade com destaque para o uso do cordel que possibilita um trabalho didático que valoriza a cultura e a identidade de grupos sociais. Tal experiência possibilitou-nos favorecer um aprendizado significativo das varáveis linguísticas, bem como promover a ressignificação do preconceito linguístico que demonstravam no início das atividades desenvolvidas na intervenção. Tal proposta, tendo sido uma experiência satisfatória, servirá como sugestão para outros docentes que tem interesse pelo tema e minhas ações didáticas cotidianas contarão com a presença dessas atividades que muito têm a contribuir para a formação linguística dos estudantes.

É preciso destacar também que a culminância do projeto de intervenção pedagógica gerou um material significativo, no qual os alunos tiveram oportunidades valiosas de constatar e apreciar o uso das variáveis linguísticas em cordéis diversos, comprovando a eficácia do processo comunicativo nestes instrumentos de ensino. E assim, os resultados apontaram para uma experiência exitosa que poderá ser aplicada por outros profissionais da linguagem no contexto de suas salas de aula.

Todavia, sabemos que não esgotamos o assunto, pelo contrário: consideramos nossa proposta de intervenção pedagógica uma dentre as muitas possíveis e interessantes que poderão ser realizadas em sala de aula abordando esta relevante temática que, dentre tantas outras, contribuem para a formação linguística dos alunos, tornando-os competentes no uso da linguagem.

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ANEXOS

ANEXO 1 - Questionário dos professores (diagnóstico)

1. Qual a sua formação?

2. Há quanto tempo atua no magistério? Em qual escola ensina? Em quais períodos?

3. O que motivou a sua escolha pelo magistério?

4. A atividade pedagógica de ensino de Língua Portuguesa deveria ser pautada no desenvolvimento de quais competências? Por quê?

5. Para você o que é Língua, Cultura e Diversidade linguística?

6. No ensino de Português, quais são, em sua opinião, as principais dificuldades dos alunos?

7. O que você faz para auxiliá-los nesta(s) dificuldade(s)?

8. Quando seus alunos falam “errado”, qual o seu procedimento em sala de aula?

9. E quando o erro se processa na escrita, como costuma proceder?

10. Qual o foco em suas aulas de Português?(Leituras, interpretação e compreensão de gêneros textuais, gramática, produção textual...)

11. Em sua opinião, como o professor deve atuar para aproximar o aluno da norma linguística exigida pela escola?

12. Qual tem sido sua maior dificuldade ao ministrar suas aulas de Português?

13. Em sua opinião, qual a importância em se valorizar e abordar o tema “variação linguística” em sala de aula?

14. De que maneira você aborda o tema “variação linguística” em suas aulas de Língua Portuguesa?

ANEXO 2 - Questionário dos alunos

1. Português, sendo a nossa “língua materna”, deveria ser “ensinado” na escola? Por quê?

2.Em sua opinião Português é: ( )Fácil ( )Difícil ( )De grau de dificuldade médio. Por quê?

3. Em relação à disciplina de Português assinale uma das opções abaixo: ( )É a que mais gosto ( )É a que menos gosto ( )gosto ( )Gosto pouco ( )Não gosto . Por quê?

4. O que você mais gosta na disciplina de Português? Por quê? 5. O que você menos gosta na disciplina de Português? Por quê? 6. Em sua opinião, como deveriam ser as aulas de Português? 7. Em sua opinião, você domina o Português? Explique.

8. Para você o que são erros de Português?

9. Em sua opinião, o que o professor deve fazer com os erros de Português dos alunos?

10. Você já repetiu algum ano escolar? Você acha que isso aconteceu por quê?

ANEXO 4 - Vídeos coletivos (VC) VC 01

(M. L.)

A gente fez o cordel “Os mitos nordestinos” onde nós aprendemos muito, cantamos e apresentamos slides. (sic) (L.)

A gente gostou muito porque foi de forma diferente de apresentar, falando sobre cordéis do nordeste, da nossa região. (sic)

(M.)

Tivemos muito pouco tempo para apresentar e fazer esse trabalho.(sic)

(M. I.)

E a nossa experiência foi muito boa. (sic)

VC 02

(J.)

Apresentamos para a nossa turma o cordel “Os hospitais estão lotados” em forma de slides e vídeo. Foi uma experiência muito legal para nós trabalhar com variação linguística que é muito comum em nosso cotidiano. (sic)

(J.)

Foi uma aula diferente, fora do nosso cotidiano. Foi trabalhado sobre os cordéis, foi muito bom. (sic)

(A.)

E também foi uma coisa diferente pra gente, que a gente nunca tinha vivido essa experiência, de trabalhar com o cordel, trabalhar com esses cordelistas e também com vídeo, slide e cordel. A gente nunca tinha passado por essa experiência, e foi muito bom. (sic)

VC 03

(P.)

A gente aprendeu os vários tipos de língua que a gente pode dizer nos cordéis, né, e a gente gravou, foi muito legal. (sic)

(E.)

Bagunçamos muito também, várias resenhas, foi legal. Aprendemos bastante também com os vários tipos de língua que a gente pode aprender mais com os cordéis.(sic)

Foi interessante fazer as gravações, ver as línguas, foi ótimo sobre o trabalho. (sic)

VC 04

Sou E., tenho 13 anos, sou do 9º ano... E estou aqui para dizer sobre o trabalho que a gente interagiu muito, que foi um tema bem criativo... (sic)

Meu nome é T., tenho 14 anos, sou do 9º ano... E o que eu achei que foi uma experiência que eu nunca tinha feito um trabalho assim. (sic)

Meu nome é A., tenho 14 anos e a respeito do trabalho, tipo foi uma experiência muito boa assim porque a gente falou de cordel e tal... (sic)

Meu nome é P., tenho 14 anos, e o que eu tive a experiência foi que a gente pegou imagens e botou em slides e ficou muito legal. O título do cordel era “Toques para viver melhor”, então a gente botou imagens relacionada ao cordel pra poder todo mundo entender. (sic)

(E.)

No cordel é... A variação linguística era mais puxada para o Nordeste, o falar nordestino.(sic)

VC 05

Bom, meu nome é J., ela é C., E. e H. Somos alunos do 9º ano ... e viemos falar um pouco sobre a experiência do cordel “Queimadas”. (sic)

(C.)

A gente tratou de um cordel falando sobre as queimadas. Muitas pessoas hoje em dia não dão tanta importância para o desmatamento, pra árvores que são retiradas pra fazer madeira, só que esquecem que animais também vivem nessas matas, e tipo, se destroem, vão acabar também com os animais. (sic)

(E.)

E é um assunto que os jornais abordam muito. (sic)

(H.)

E é muito importante porque se você não tomar cuidado não está destruindo só o lado dos animais e também o nosso e a paz de todos. (sic)

VC 06

(R.)

A execução e a produção do trabalho do dia presente foi motivo de prestígio, pois além de conhecermos o gênero literário cordel, inclusive o que a gente estudou foi “A cumbuca da saudade” pelo escritor Flávio Dantas em que revivia coisas passadas, e recordando aquela cultura existente na nossa região. O cordel, ele tem ajudado, além de conhecermos novas coisas, novos mitos, podemos também incluir as variações linguísticas inclusas no cordel. (sic)

(A.)

Um aspecto bem interessante que eu observei nesse trabalho sobre os cordéis foi a leveza nas palavras e em cada verso e também o autor não fala de forma que demonstra poder, é de uma pessoa humilde que na época só tinha tipo um lápis e uma caneta, ou, um lápis e um papel e que ele em cada palavra ele diz sua cultura e diversidade de uma região. (sic)

(J.)

Pra mim foi uma experiência muito boa porque eu aprendi muito sobre variações linguísticas, sobre o passado do nordeste e a cultura em si. (sic)

(H.)

Pra mim foi uma experiência ótima, nunca tinha vivenciado uma coisa assim, coisas que eu não conhecia no cordel, apareceram coisas que eu não conhecia, palavras também que tinha um significado que a gente conhece e é outro. Foi muito legal! (sic)

(R.)

Aprendemos também que as aulas de Língua Portuguesa podem ser dinâmicas mesmo em contexto formal e quanto ao nosso planejamento como alunos foi de inserir métodos para transformar um simples trabalho em algo proveitoso, ou seja, que todos aproveitassem. E também aproveitando inúmeros momentos fora de sala pra nos divertirmos. Inclusive, a professora Jaçanan merece todo o mérito, pois através dela que novos métodos de ensino da Língua Portuguesa estão nos alcançando, e eu e meu grupo, a gente sentiu imensa alegria em finalizar o trabalho do cordel que tem nos ajudado e tem nos incentivado a cada dia mais a procurar novos meios e novos métodos para conseguir conquistar novas coisas. É isso! (sic)

VC 07 (J.)

Nosso grupo ficou com “A chegada de Lampião no inferno”, teve muitas coisas da cultura de Lampião principalmente na parte que ele chega no inferno, que ninguém do inferno que ele, aí, assim, como pra gente fazer a avaliação das palavras foi meio difícil pra entender algumas coisas que é de outro tempo e como as menina aqui fizeram, há os papeis de Lampião, do moleque da porteira, é, eu acho que elas se expressaram muito em seus papeis. (sic)

(W)

Eu fiquei com Lampião, é um papel meio que difícil porque ele enfrenta o moleque, mas mesmo assim eu gostei, pois foi uma diversão fora da escola e o trabalho bem que legal. (sic)

(I.)

E eu fiquei com o moleque da porteira, pra mim foi uma experiência muito boa porque foi diferente, a gente nunca tinha feito um trabalho assim e... Foi muito bom!!! (sic)

(J.)

Eu acho que a professora inspirou muito na nossa turma por dar esses papeis de cordéis a gente, porque a gente se interessou mais pela Língua Portuguesa, entendemo mais as palavras, e a professora ela é uma ótima professora que a gente entende tudo que ela ensina, principalmente quando ela quer que a gente se torne uma pessoa na vida, ela vai conseguir um dia. (sic)

VC 08

(A.)

A professora Jaçanan passou um trabalho pra gente sobre cordel que eu achei super interessante, é uma forma divertida de apresentar porque pra você fazer um vídeo, que nem a gente fez um slide, a gente ia apresentar de uma forma diferente, só que não deu certo, ia ser com música... Se todas as aulas tivessem isso seria super legal, porque é uma forma diferente de aprender, é uma forma super diferenciada de tipo, diversificar as coisas, porque a gente aprende mais rápido, aprende melhor e com super facilidade porque a gente saiu da sala. (sic)

(L.)

E foi bom porque a gente saiu da sala foi procurar em outros lugares a fazer o trabalho, saiu meio daquele negócio de tá escrevendo e tal e fomos pra natureza... É um modo diversificado de aprender, que a gente aprende muitas variações linguísticas, a gente aprendeu outras formas de falar, de se expressar... (sic)

Curta metragens (CM)

Os dois curtas - metragens produzidos, selecionados para as análises, contaram com cenas montadas pelos grupos de alunos de acordo com os cordéis “A chegada de Lampião no Inferno”, de autoria de José Pacheco e a “Cumbuca da saudade”, escrito por Flávio Dantas. Os mesmos eram declamados enquanto as cenas eram apresentadas. O segundo curta metragem foi declamado pelo próprio autor e contou ainda com uma entrevista com o mesmo, realizada por uma aluna.

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