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Com sede em Campina Grande, teve no ano de 2007 sua filial constituída em João Pessoa. Realizou apenas dois eventos no segundo semestre de 2006, na cidade de João Pessoa em parceria com o SEBRAE/PB. Em 2007 já instalada na cidade de João Pessoa, a empresa começa a ser conhecida como empresa de eventos.

Surgiu em termos de eventos, na cidade de João Pessoa, no ano de 2006 com um evento internacional chamado Simpósio Internacional do Abacaxi, que ocorreu em novembro. No mês de Junho o “Congresso Norte-Nordeste de Medicina Intensiva”, que contou com 1600 participantes e atingiu diversos púlbicos-alvo como Enfermagem, Pediatria e Fisioterapia.

Ainda contou com uma Feira Nacional de Agronegócios, juntamente com o “Simpósio Internacional de Agronegócio” e com outros de menor porte na área da Psicologia.

Quanto à atuação dos órgãos públicos ligados ao Turismo de Eventos em João Pessoa, a Sra. Jussara Andrade afirma que infelizmente a Paraíba ainda está muito “virgem”.

A Andrade Eventos está ligada ao JPCVB e acredita que seu respaldo nos eventos internacionais é muito importante. No tocante à imagem da cidade, ela afirma qua a cidade de João Pessoa tem uma imagem apelativa para a captação de eventos, pois quando se fala de Nordeste é comum ouvir falar das cidades de Salvador e Fortaleza, que em termos de turismo já estão esgotadas.

Quanto à sustentabilidade do turismo de João Pessoa, ela acredita que começa a acontecer a partir de uma série de entidades entre elas o JPCVB, que conseguiu se instalar em João Pessoa. O Governo do Estado e a prefeitura de João Pessoa não estão fazendo isso. Já o JPCVB tenta vender a cidade lá fora, o que tem gerado bons resultados, segundo a Sra. Jussara Andrade.

Ela afirma que as estruturas para eventos em João Pessoa são problemáticas, porque não se tem condições de fazer um evento em João Pessoa com mil e quinhentas pessoas no mesmo espaço. Tem-se apenas o hotel Tambaú, que não comporta esse número de pessoas concentradas em um mesmo auditório de maneira confortável.

Quanto à qualificação dos profissionais envolvidos com o Turismo de Eventos, ela afirma ser precário. Segundo a mesma, sua empresa e o JPCVB estão tentando modificar esse quadro através de parceria com o SEBRAE/PB, o Serviço Nacional de Aprendizagem (SENAC) e a Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Hotéis (ABIH).

Todos precisam de qualificação. A própria Secretaria de Turismo do Estado da Paraíba está muito preocupada com essa qualificação. A base está no motorista de táxi, que vai pegar o turista no aeroporto; a base está na recepcionista do hotel, no entanto, ao mesmo tempo, ela está naquela pessoa que está limpando os vidros, e está na camareira que arruma a cama do hóspede etc, afirma a gestora

A qualificação está nessa linha de frente, que as pessoas enxergam de baixo custo e, realmente, não é. Logo, para o turismo, seja de eventos ou de lazer, são necessárias boas bases de qualidade.

Prosseguindo com o padrão das demais entrevistas, foram colocadas a gestora Jussara Andrade as seguintes questões:

• Acessibilidade: “Infelizmente a questão do voo em nossa malha aérea é

muito caótica, mas fazemos parte de um país chamado Brasil. De fato, a malha aérea nacional está em declínio. Na hora que vemos companhias aéreas começarem a falir, é o começo de baixos desempenhos. Apesar disso, a Paraíba está bem localizada, pois fica próxima dos Estados de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte. Isso ajuda bastante. Quando vamos trabalhar a captação de eventos, em conjunto com o JPCVB, tentamos trabalhar essa questão. Por exemplo: quando se chega a São Paulo e se tem como destino a cidade de Campinas, as pessoas pegam o vôo até São Paulo e viajam de carro uma hora e meia até chegar em Campinas. Não é fácil justificar isso, mas precisamos começar a saber vender o nosso produto”.

• Segurança: “Acredito que ainda estamos bem no aspecto de segurança”. • Sinalização: Ela afirma que a cidade precisa de ter mais sinalização e a

indicação de onde tudo está localizado na cidade. A informação visual de indicação, em João Pessoa, ainda deixa muito a desejar.

• Paisagem: Ideal. • Clima: Agradável.

• Gastronomia: Muito boa. E está melhorando a cada dia. • Cultura e patrimônio: Ainda precisa melhorar muito

• Estado de preservação: Não há cultura de preservação. “Nós adoramos e

somos fascinados pelo novo. Paulatinamente, está sendo modificada essa ideia de restauração, mas isso leva um tempo. Iniciou-se uma consciência neste sentido nos últimos dois ou três anos. Então, nossa cultura é a do “desmancha” o que está velho para que se fazer outro novo. Então, isso leva algum tempo para que, de fato, a restauração ocorra, com a finalidade de

tentar manter erguido um determinado espaço histórico” argumenta a

diretora da Andrade Eventos.

• Atividade de animação: Na visão da diretora é muito fraca, quase inexistente.

• Preços dos serviços turísticos: Ela acredita que, a partir da concepção que temos do Brasil, a cidade de João Pessoa pratica bons preços. Desconhece alguém que veio para a cidade de João Pessoa, como convidado de eventos, que tenha reclamado do custo dos serviços turísticos. Pelo contrário, os turistas costumam dizer que os preços de hospedagem e alimentação são ótimos. Nunca recebeu reclamação em relação a isso. Como principais pontos fortes, ela indica o povo, dado que acredita que o povo nordestino é muito forte em encantamento. O que está acontecendo é que as pessoas estão começando a receber bem e, talvez, elas cometam algumas falhas ao tentar criar intimidade com o turista. Afinal, o turista não quer ter intimidade, mas bom atendimento. Apesar disso, por enquanto, as pessoas criam intimidade e o turista está aceitando. Como pontos fracos ela indica a falta de espaço para realização do turismo de eventos.

As suas sugestões de melhoria para o Turismo de eventos, concentra-se na elaboração de uma base de qualificação, posto que a partir daí, segundo ela, haverá serviços satisfatórios e, automaticamente, profissionais qualificados.