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A Prisma Eventos atua no mercado da cidade de João Pessoa há cinco anos. A entrevista à sua gestora, a Sra. Manara Figueiredo, foi iniciada desejando-se delinear a sua atuação no mercado da cidade de João Pessoa nos anos de 2006- 2007.

No ano de 2006, ela afirma ter tido muitos eventos mas não tem a quantidade certa contabilizada, afirmando que podem ter sido cerca de cem. Para o ano de 2007 ela afirma que os negócios teriam uma tendência a uma aceleração, visto que até então tudo esta “praticamente parado”, levando em consideração o período pós- carnaval no Brasil.

Em relação à atuação dos órgãos públicos ligados ao Turismo de Eventos em João Pessoa, ela afirma que há pouco trabalho nesta área por parte destes órgãos. Ainda assim, acredita que há alguns projetos das Secretarias de Turismo do

Município e do Estado, que estão surgindo com as reformas administrativas dos Governos. Com isso, as perspectivas para o ano de 2007 são melhores.

Ela também afirmou que esses gestores públicos deveriam melhorar as infra- estruturas e dar mais incentivo à classe empresarial para aumentar a rede hoteleira, além da construção do Centro de Convenções.

Indagada sobre a imagem da cidade para a captação de eventos, a gestora diz ser fácil a captação de eventos para a cidade de João Pessoa, em virtude de sua tranqüilidade, segurança e beleza natural e por ser um destino ainda por descobrir. Ela afirma ainda que a imagem esta sendo bem trabalhada como um todo.

Indagada sobre sua filiação ao JPCVB, ela afirma estar inserida entre seus mantenedores, demonstra ser bastante consciente da importância do mesmo para as empresas que atuam na área de organização de eventos, mas diz que a atuação do mesmo deixa a desejar.

Quanto à sustentabilidade ela responde: “Fica até difícil responder essa

questão de sustentabilidade porque nós sabemos que os eventos trazem benefícios tanto para a cidade como para as pessoas. Ele gera emprego. Só que a gente ainda não tem algo fixo. São poucos os eventos e a gente não tem essa estrutura para sustentabilidade e isso acarreta uma conseqüência do evento pequeno até um maior. Então, a sustentabilidade de João Pessoa na área de eventos é boa, mas é complicado ainda porque a gente não tem essa infra-estrutura básica”.

Ela afirma que as estruturas dos eventos existentes na cidade de João Pessoa são insuficientes. A respeito da qualificação dos profissionais, ela defende que há uma necessidade de elevar o nível dos profissionais que trabalham neste segmento, principalmente dos profissionais que lidam diretamente com a organização de eventos. Dando sequência ao padrão das demais entrevistas, a gestora Manara Figueiredo foi abordada relativamente às seguintes questões:

• Acessibilidade: “Os acessos de João Pessoa são bem sinalizados. Não há

dificuldade na questão de acesso aqui. Eu já vi em outras capitais piores em termos de acesso de hotéis e Centro de Convenções. A acessibilidade para a cidade de João Pessoa também é boa”.

• Segurança: “Até agora João Pessoa é uma cidade tranqüila. Os eventos

estão vindo para cá por essa questão de segurança. Para a captação de um evento é necessário que a cidade preencha uma série de pré-requisitos. Então, em todo evento temos que ver as questões ligadas à segurança, acesso e sinalização. E João Pessoa, em questão de segurança, não tem muito que a gente falar não, graças a Deus está muito tranqüila”.

• Sinalização: “A cidade de João Pessoa precisa ter mais sinalização e

indicação de onde tudo está localizado na cidade. A informação visual, em João Pessoa, ainda deixa muito a desejar”.

• Paisagem: “A paisagem referente a João Pessoa é belíssima. Ela é uma das

capitais mais bonitas. Por isso, ela é tão vendida lá fora”.

• Clima: “Até para vender o turismo em João Pessoa, o clima contribui

bastante”.

• Gastronomia: Ela considera maravilhosa. É tanto que todo mundo que chega na cidade quer comer uma feijoada, uma macaxeira com carne de sol.

• Cultura e patrimônio: A cultura popular de João Pessoa é diversificada. “Aqui

nós temos várias raças com suas culturas. Estou realizando um evento cultural e não imaginava que tínhamos tanta cultura como estou vendo. Cada um trabalha de forma diferente e produz também algo diferente. Na verdade, a cultura de João Pessoa estou descobrindo agora. Até então eu não sabia o que era cultura”.

• Estado de preservação: “João Pessoa é bem preservada. Eu já dei uma

olhada em alguns monumentos, tanto patrimônio histórico como cultural, e gostei demais da preservação. João Pessoa cuida bem de seu patrimônio histórico e cultural. Nessa área de preservação não tem o que melhorar não, pois é só continuar preservando”.

• Atividade de animação: “João Pessoa é fraca em termos atividades de

animação para o turista e, se me recordo bem, só existe na segunda-feira, que é a chamada de forró do turista. Nos restantes dias deixa muito a desejar. Na verdade, não tem para onde ir e nem o que oferecer ao turista. Precisa melhorar muito ainda”.

• Preços dos serviços turísticos: Ela tem observado os preços dos serviços e chegou à conclusão que não são caros. É bem acessível para qualquer pessoa com a renda que tiver. Os preços não são exorbitantes, não é caro assistir ao pôr-do-sol nas praias do Jacaré e Cabo Branco, os preços são viáveis para qualquer pessoa.

Relativamente aos pontos fortes e fracos, ela indica que o primeiro ponto forte é a questão da segurança, logo após a imagem e a localização. Quanto aos pontos fracos destaca a infra-estrutura e a falta de formação profissional.

Quanto às indicações para melhorar este segmento a gestora da Prisma afirma: “Teríamos que fazer uma retrospectiva. Primeiro temos que melhorar na parte

de infraestrutura; em segundo lugar na parte de recursos humanos, uma vez que é necessário treinar o pessoal, qualificar, saber receber o turista, atender o participante do evento e prestar informações importantes, que devem estar disponíveis nos aeroportos. Acredito que com esses cinco pontos a gente consegue chegar aonde quer”.