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Atua no mercado há um ano e é dirigida pela Srª. Patrícia Queiroz. No ano de 2006 teve aproximadamente doze eventos, entretanto não possui uma tabela pronta com os dados estatísticos dos eventos. Ela demonstrou durante a entrevista uma boa perspectiva para 2007, com o objetivo de dobrar esses números.

Em sua avaliação sobre os órgãos públicos ligados ao turismo de eventos de João Pessoa, ela afirma que esta melhorando, visto que o mercado está em crescimento, por outro lado sonha com a construção do Centro de Convenções na cidade, por parte desses órgãos.

Essa empresa está ligada ao JPCVB e diz ser importante esta ligação, não somente para dar respaldo à empresa, mas também para ajudar outras entidades na busca de melhoria do mercado de eventos. E disse que o mesmo tem exercido seu papel de maneira muito boa. “O tempo que eu tenho de empresa é o mesmo que eu

tenho de convênio com o JPCVB, e não tenho queixa do mesmo”, afirma a gestora.

Quanto à imagem, ela cita a tranqüilidade e segurança; diz ser um diferencial fora do Estado, pois muitas metrópoles já foram exploradas no Brasil, só que hoje, esses itens estão em evidência no país, de forma negativa.

A imagem é boa, mas não deveria ficar só nisso, uma vez que é necessário melhorar a infraestrutura para receber o turista. Divulga-se muito a cidade, com suas belezas naturais, mas não existe uma infra-estrutura. As praias do Litoral Sul são bem divulgadas lá fora, mas quando o turista chega para visitá-las, muitas delas não tem infra-estrutura apropriada, afirma a Sra. Patrícia Queiroz.

Quanto à sustentabilidade turística da cidade ela pensa que pouco tem sido feito, tanto por parte das instituições privadas como por parte dos órgãos públicos. Ela segue afirmando que poderia ser melhorado o nível dos profissionais que trabalham com o Turismo de Eventos e são prestadores de serviços. “Eles trazem o turista para

sempre está bem qualificado. Então, esta é uma das áreas que precisa ser trabalhada”, diz a diretora.

Em relação à infra-estrutura ela afirma ser precária, pelo fato de a cidade ainda não possuir um Centro de Convenções, que é o principal ponto negativo. Os hotéis têm alguns auditórios, muitas vezes insuficientes para acomodar um número elevado de pessoas ou não possuem o mesmo nível de outros, de cidades vizinhas.

Seguindo a entrevista, ela afirma que o nível de qualificação dos profissionais envolvidos no segmento do turismo de eventos faz parte do contexto da sustentabilidade. Poucos hotéis e restaurantes se preocupam com isso e oferecem qualidade nos serviços, mas a grande maioria não tem.

Ela acredita ainda que o atendimento é o principal defeito, principalmente nos bares e restaurantes. Diz ser difícil chegar em um lugar turístico da cidade e dizer que foi cem por cento bem atendido. “Muitos ainda acham que o chamado jeitinho resolve

o problema, mas nós sabemos que isso nem sempre funciona”.

Na sequência, fazendo jus ao padrão das demais entrevistas, abordou-se a gestora Patrícia Queiroz com as seguintes questões:

• Acessibilidade: “Acho os acessos através das estradas da Paraíba estão

muito bons. Já a parte de transporte aéreo tem melhorado, mas ainda não é aquilo que esperamos. Apesar disso, tem-se melhorado. A reforma do aeroporto do Estado está sendo concluída, e isso representa um grande avanço porque nós tínhamos um aeroporto que, realmente, carecia de uma melhor infra-estrutura”, afirma a Sr. Patrícia Queiroz.

• Segurança: “A segurança ainda é a diferença”, pelo menos ainda pode se afirmar isso. A sua preocupação é que continue assim porque a cidade “está

crescendo, o turismo está crescendo e a minha esperança é que, principalmente, os jovens responsáveis se preocupem em manter essa imagem que nós temos”.

• Paisagem: “A paisagem referente a João Pessoa é belíssima. Ela é uma das

capitais mais bonitas. Por isso, ela é tão vendida lá fora”.

• Clima: É sempre muito bom para quem é adepto do turismo sol e praia. • Gastronomia: Ela firma que há uma variedade maravilhosa. “Eu acho que

ela consegue reunir muitas coisas gostosas e atraentes tanto para o turista como para nós que moramos em João Pessoa”.

• Cultura e patrimônio: “Somos ricos nisso. E, ainda bem que nos

preocupamos com a restauração dessas riquezas históricas que nós temos porque não adiantaria ter se não cuidássemos delas. São relíquias que precisamos ficar cuidando. Então, os Governos em parceria com outras

instituições têm se preocupado com isso. Por isso tem melhorado a cara do Centro Histórico e outros lugares que são importantes para a história de nossa cidade”, afirma a gestora.

• Estado de preservação: Tem sido preocupação de todos. Ela tem percebido que algumas instituições têm buscado partilhar mais essa questão, em virtude da tendência que leva as pessoas a se unirem a esse pensamento global.

• Atividade de animação: Ela afirma ser um nicho de mercado que os empresários, de um modo geral, ainda não atentaram para isso. Há poucas opções. “Um evento que considero interessante é a noite do turista, mas

ainda é pouco em comparação com o que se pode ter. Acredito que João Pessoa tem espaço para isso e acho que existem pessoas para investir nesse setor. Só falta a visão, já que temos poucas opções de lazer para o turista, principalmente durante a noite. Durante o dia levamos o turista para conhecer as belezas naturais da cidade, mas não pode ficar somente nisso. O turista também gosta de programações noturnas, por isso acho que estamos carentes desse aspecto”.

• Preços dos serviços turísticos: Ela afirma que eles estão dentro da média nacional e algumas vezes abaixo dela. “Os lugares que oferecem uma diária

por determinado valor, e sendo uma diária que chega próxima ou igual a este mesmo valor, não possui a mesma estrutura daquele que tomamos por comparação. Por causa disso às vezes se tornam mais caros estes serviços porque a estrutura não é a mesma, ou seja, não possui o mesmo padrão”.

Ela credita esta situação à falta de interesse dos empresários.

Quando se trata dos principais pontos fortes da cidade de João Pessoa para realizar eventos, ela afirma que estão relacionados com a segurança, a tranqüilidade, a qualidade de vida dos habitantes, as belezas naturais e a curiosidade despertada pelos turistas em virtude da mesma ser um destino novo. Quanto aos prontos fracos, refere-se a falta de infra-estrutura e o Centro de Convenções.

Concluindo, ela sugere para melhorar o Turismo de Eventos na cidade de João Pessoa: “Fazer eventos internos com profissionais ligados à área com o objetivo de

trocar idéias. Eles parecem estar na defensiva. Parece que cada um está defendendo sua fatia da “pizza”. Alguns deixam a ética de lado para fazer isso. Acredito que o caminho não é este, pois o mercado existe para todos. Poderia crescer mais se houvesse a troca de ideias entre os profissionais da área. Até para que um saiba qual é a necessidade do outro. Às vezes, buscamos determinados serviços fora de João

Pessoa porque não conhecemos os profissionais adequados e qualificados para realizar a tarefa”.

Ela prossegue afirmando que alguns serviços devem ser contratados fora da cidade, por falta de oferta no mercado local. “Por exemplo: uma empresa de

transmissão simultânea. Há pessoas daqui que se dizem prestar esse tipo de serviço, mas não porque sejam qualificadas. Algumas fazem porque simplesmente observaram outras pessoas fazendo. Então, esse é um tipo de serviço que temos buscado fora para não corrermos riscos”.

Capítulo 9 – Discussão Acerca das Entrevistas Analisadas e as Propostas de