Ao longo deste relatório pretendeu-se demonstrar o caminho percorrido pela estagiária durante os seis meses de estágio no Gabinete de Relações Internacionais. Porém, e apesar de as atividades realizadas estarem descritas na íntegra, será difícil transmitir por palavras o quanto este período de seis meses permitiu à estagiária crescer e acima de tudo evoluir no âmbito profissional. A autonomia conferida à estagiária permitiu que a mesma desenvolve-se um gosto enorme pelas tarefas efetuadas, assim como elevou a vontade da mesma de superar qualquer dificuldade existente. Desde o primeiro dia de estágio os desafios foram surgindo de forma galopante. A primeira vez que a estagiária viu o email institucional que ia ajudar a cogerir, pensou que não iria estar apta para realizar essa tarefa pois a lista de emails parecia não acabar mais, e mais chegavam. A primeira vez que assistiu a um atendimento presidencial a alunos, em que todos tinham mil e uma dúvidas e insistiam em realizar as questões todas ao mesmo tempo. A primeira vez que surgiu a um aluno uma dúvida ‘difícil’ que obrigou a estagiária a fazer pesquisas de forma a encontrar uma solução. O aparecer constante de desafios novos todos os dias, que fizeram com que as coisas difíceis do início, fossem completamente simples e banais umas semanas depois.
O facto de estar ‘sozinha’, ainda que com todo o apoio por parte da orientadora em situações mais complicadas, serviu para desenvolver o sentido crítico e a desenvoltura, que são mais-valias para qualquer jovem que pretenda entrar no mercado de trabalho. A teoria é, sem dúvida, extremamente importante. Mas aliar a teoria à prática do dia-a-dia torna-se imprescindível para resolver qualquer situação menos boa e garantir que isso é feito da melhor forma.
O contacto direto com pessoas de outras culturas, existindo barreiras culturais, linguísticas e temperamentais muitas das vezes, tornou todo o percurso muito mais interessante pois permitiu à estagiária obter novos pontos de vista que, quem não passa pelas situações, nunca poderá conhecer. Tornou-se necessário adotar diferentes métodos de abordagem para diferentes pessoas, para que não houvesse nenhuma falha na passagem de informações. Uma vez que a estagiária trabalhou diretamente com alunos com quem partilhava a mesma faixa etária, tornou-se de início necessário criar uma barreira que não permitisse aos alunos ter nenhum tipo de atitude que fosse abusiva ou
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menos respeitadora. Isso foi um desafio que nem sempre se mostrou fácil quer pelo temperamento mais difícil de uns, quer pela candura de outros que tornava muito mais difícil dizer ‘não’ em alturas que assim o exigiam,
O contacto com outras instituições, com outros profissionais das Relações Internacionais das Universidades permitiu à estagiária ter uma noção diferente dos procedimentos obrigatórios, das formas de comunicar, da necessidade de cumprir prazos mesmo quando as tarefas são muitas e o grau de dificuldade das mesmas é elevado. Também o próprio contacto com as diferentes colegas foi um desafio. A estagiária pode presenciar a forma como, de facto, diferentes pessoas gerem o seu tempo e as tarefas de forma diferente e a forma como os conflitos, quer oriundos de situações mal resolvidas, palavras que não foram ditas ou por discórdia face aos diferentes métodos de trabalho, exercem pressão no ambiente geral. A estagiária tentou manter-se imparcial em todas as situações e juntar a boa disposição e brincadeiras simples com as colegas de forma a amenizar as situações menos boas, o que se mostrou ser não só positivo, como fortaleceu os laços que a estagiária criou com as diferentes pessoas do Gabinete de Relações Internacionais.
Findado todo este percurso, permanece apenas a certeza de que a escolha do local a estagiar foi a melhor, por todos os motivos enunciados e por todos aqueles que as palavras não conseguem chegar para enunciar, sem qualquer sombra de dúvida.
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Conclusão
O estágio realizado no Gabinete de Relações Internacionais da universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, desde o primeiro dia, mostrou ser um desafio enriquecedor pois permitiu à estagiária ter uma visão ampla relativamente ao ritmo de trabalho de um organismo público, assim como desenvolver o espírito crítico indispensável na resolução de possíveis situações mais difíceis. Todo o trabalho realizado envolvendo a temática dos conflitos a nível organizacional, foi um fator extremamente importante para reconhecer a importância que este mesmo tema tem no dia-a-dia de qualquer trabalhador, ainda que muitos não o reconheçam ou o evitem. Os conflitos existem e saber lidar com eles é uma mais-valia quer para o aumento da produtividade da organização, como para o bom ambiente entre os funcionários da mesma.
Conhecer a equipa de trabalho, prestar atenção aos detalhes em situações problemáticas e saber distinguir os diferentes tipos de indivíduos e respetivos comportamentos é um grande passo para poder passar a possíveis estratégias de resolução, aumentando a probabilidade de resolver as mencionadas situações problemáticas da melhor forma possível e fazendo com os funcionários evoluam a par da organização. A conjugação da temática do conflito com o local de estágio mostrou ser uma mais-valia uma vez que ambos se encontravam interligados naquilo que seria o objetivo final: conhecer a forma como os funcionários lidam e gerem os conflitos no seu local de trabalho. Através do estudo exploratório elaborado, foi possível chegar à conclusão que, tanto em situações de problemas com o chefe como com os colegas, os funcionários inquiridos apresentam um estilo integrativo de gestão de conflitos o que é positivo do ponto de vista da organização pois demonstram preocupação pelos interesses conjuntos dos diferentes indivíduos que integram o seu local de trabalho ao invés de optarem por uma atitude individualista. Foi também possível perceber que, apesar de os funcionários apresentarem o estilo acima mencionado de gestão de conflitos, o estilo da evitação é o que precede imediatamente, o que não é tão positivo pois está ligado à falta de preocupação existente pelos interesses próprios e dos colegas de trabalho, que faz com que os indivíduos procurem a todo o custo evitar situações de conflito. É necessário que as diferentes pessoas saibam e entendam que o conflito nem sempre é negativo e evitá-lo nem sempre é a melhor solução.
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Em suma, é essencial nos dias de hoje ter um conhecimento alargado da temática do conflito e saber aplicá-la da melhor forma, para a nível individual se poder ter gosto no trabalho desenvolvido e, a nível geral, para que haja não só um bom nível de produtividade numa determinada empresa, mas um nível de gosto e satisfação por parte dos funcionários em fazer parte da mesma.
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Anexo 2
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Anexo 8
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119
Anexo 12
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Mestrado em Ciências da Comunicação – vertente de Comunicação Pública, Política e Intercultural
Este questionário, baseado em Rahim Organizational Conflict Inventory de M. A. Rahim (1983) surge no estudo exploratório que está a ser desenvolvido relativamente à atitude das pessoas perante os conflitos. As respostas serão anónimas e confidenciais e servem meramente para motivos académicos. Muito obrigada pela colaboração!
As frases que se seguem referem-se a comportamentos que podem estar mais ou menos de acordo com a sua forma de agir perante uma situação de conflito com o(s) seu(s) Chefe(s).
Deve responder marcando com um círculo (O) a alternativa que mais se ajuste ao seu comportamento nos casos que se expõem.
1. Discordo fortemente 2. Discordo 3. Indiferente 4. Concordo 5. Concordo fortemente.
1.Discordo
fortemente 2.Discordo 3.Indiferente 4.Concordo
5.Concordo fortemente
1
Perante uma dificuldade de trabalho com o meu chefe, tento analisar a situação com ele para
encontrar uma solução aceitável para ambos.
2
Perante um problema de trabalho, geralmente
tento satisfazer as necessidades do meu chefe.
3
Em questões de trabalho, procuro evitar que me coloquem numa situação difícil e tento não implicar ninguém no problema que tenho com o
meu chefe.
4
Perante uma situação problemática com o meu chefe, tento integrar as minhas ideias e as suas
para alcançar uma decisão conjunta.
5
Procuro analisar com o meu chefe as soluções
para os problemas que nos beneficiem a ambos
6
Quando se trata de problemas de trabalho, de um modo geral evito discutir abertamente com
o meu chefe.
7
Procuro encontrar caminhos intermédios no
120
8
Procuro utilizar todos os recursos ao meu
alcance para que as minhas ideias sejam aceites
9
Uso o meu prestígio profissional e a autoridade
conferida para pressionar em meu favor.
10 Geralmente atuo como desejam o meu chefe.
11 Usualmente acato os desejos do meu chefe.
12
Perante uma situação problemática com o meu chefe, a informação que troco com ele é sempre
verdadeira.
13
Perante uma dificuldade de trabalho com o meu
chefe, geralmente faço-lhe concessões.
14
Usualmente proponho um caminho intermédio
para romper com os pontos mortos (impasses).
15
Perante problemas de trabalho procuro
conseguir acordos com o meu chefe.
16 Tento não mostrar desacordo com o meu chefe.
17 Evito confrontos com o meu chefe.
18
Uso os meus conhecimentos e experiência
profissional para que as decisões me favoreçam.
19
No trabalho, de um modo geral acato as
sugestões do meu chefe
20
Ao procurar soluções para um problema de trabalho com o meu chefe, por vezes tenho que
ceder um pouco para conseguir algo.
21
Perante uma situação problemática com o meu chefe, geralmente mostro-me firme para
procurar impor o meu ponto de vista.
22
Perante um problema de trabalho com o meu chefe, procuro colocar claramente os nossos interesses para que o problema seja resolvido da
melhor forma possível.
23
Colaboro com o meu chefe para chegar a
soluções aceitáveis para ambos
24
No trabalho, tento satisfazer as expectativas do
meu chefe.
25
Algumas vezes uso todos os recursos ao meu alcance para ganhar numa situação de
concorrência com o meu chefe.
26
Procuro não mostrar o meu desacordo com o
meu chefe para evitar problemas.
27
Tento evitar situações aborrecidas e
desagradáveis com o meu chefe
28
Perante um problema de trabalho com o meu chefe, tento analisar conjuntamente a situação para conseguir uma compreensão adequada do
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Anexo 13
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Mestrado em Ciências da Comunicação – vertente de Comunicação Pública, Política e Intercultural
Este questionário, baseado em Rahim Organizational Conflict Inventory de M. A. Rahim (1983) surge no estudo exploratório que está a ser desenvolvido relativamente à atitude das pessoas perante os conflitos. As respostas serão anónimas e confidenciais e servem meramente para motivos académicos. Muito obrigada pela colaboração!
As frases que se seguem referem-se a comportamentos que podem estar mais ou menos de acordo com a sua forma de agir perante uma situação de conflito com o(s) seu(s) Colega(s).
Deve responder marcando com um círculo (O) a alternativa que mais se ajuste ao seu comportamento nos casos que se expõem.
1. Discordo fortemente 2. Discordo 3. Indiferente 4. Concordo 5. Concordo fortemente.
fortemente 1.Discordo 2.Discordo 3.Indiferente 4.Concordo
5.Concordo fortemente
1
Perante uma dificuldade de trabalho com um colega, tento analisar a situação com ele para
encontrar uma solução aceitável para ambos.
2
Perante um problema de trabalho, geralmente
tento satisfazer as necessidades de um colega.
3
Em questões de trabalho, procuro evitar que me coloquem numa situação difícil e tento não implicar ninguém no problema que tenho com
um colega.
4
Perante uma situação problemática com um colega, tento integrar as minhas ideias e as
suas para alcançar uma decisão conjunta.
5
Procuro analisar com o meu colega as soluções
para os problemas que nos beneficiem a ambos
6
Quando se trata de problemas de trabalho, de um modo geral evito discutir abertamente com
um colega.
7
Procuro encontrar caminhos intermédios no
intuito de avançar para uma solução.
8
Procuro utilizar todos os recursos ao meu
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9
Uso o meu prestígio profissional e a autoridade
conferida para pressionar em meu favor.
10
Geralmente atuo como desejam os meus
colegas.
11 Usualmente acato os desejos dos meus colegas.
12
Perante uma situação problemática com um colega, a informação que troco com ele é
sempre verdadeira.
13
Perante uma dificuldade de trabalho com um
colega, geralmente faço-lhe concessões.
14
Usualmente proponho um caminho intermédio
para romper com os pontos mortos (impasses).
15
Perante problemas de trabalho procuro
conseguir acordos com os meus colegas.
16 Tento não mostrar desacordo com um colega
17 Evito confrontos com um colega.
18
Uso os meus conhecimentos e experiência profissional para que as decisões me
favoreçam.
19
No trabalho, de um modo geral acato as
sugestões dos meus colegas
20
Ao procurar soluções para um problema de trabalho com um colega, por vezes tenho que
ceder um pouco para conseguir algo.
21
Perante uma situação problemática com um colega, geralmente mostro-me firme para
procurar impor o meu ponto de vista.
22
Perante um problema de trabalho com um colega, procuro colocar claramente os nossos interesses para que o problema seja resolvido
da melhor forma possível.
23
Colaboro com um colega para chegar a
soluções aceitáveis para ambos
24
No trabalho, tento satisfazer as expectativas
dos meus colegas.
25
Algumas vezes uso todos os recursos ao meu alcance para ganhar numa situação de
concorrência com um colega.
26
Procuro não mostrar o meu desacordo com um
colega para evitar problemas.
27
Tento evitar situações aborrecidas e
desagradáveis com um colega
28
Perante um problema de trabalho com um colega, tento analisar conjuntamente a situação para conseguir uma compreensão