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A empreitada que propomos desenvolver sobre o tema do sigilo bancário no direito guineense, estrutura-se em três partes, desenvolvidas nos respetivos capítulos, secções, subsecções e respetivos itens que, em síntese, apresentamos.

a) Primeira Parte, relativa à fixação do parâmetro geral, constituída por três capítulos. O capítulo I

é dedicado aos aspetos preliminares e essenciais para a nossa exposição, na qual exporemos as motivações e objetivos que nortearam a nossa opção pela temática do sigilo bancário como objeto da nossa tese de doutoramento, bem como a pertinência do tema, a sua delimitação e metodologia do nosso trabalho. Ainda no capítulo II, referente ao enquadramento geral do tema do sigilo bancário no direito guineense, temos por fundamental e indispensável a contextualização histórica do sigilo bancário, sobre o qual procuraremos traçar um breve panorama histórico sobre a sua génese e evolução, para, em seguida, procedermos, já no capítulo III, a uma exploração das diferentes tendências e teorias em voga sobre a temática do sigilo bancário, bem como analisar a problemática da questão da fundamentação e da conformação do sigilo bancário como valor ético-profissional, como tutela do valor da dignidade e de reconhecimento do direito positivo assente sobretudo na tutela jurídico - constitucional do direito fundamental à reserva da intimidade e da vida privada. Por fim traçaremos os sujeitos, o âmbito e os afins do sigilo bancário.

b) Na Segunda Parte, relativa à determinação do parâmetro específico e constituída por dois capítulos, por seu turno, decompostos por secções, subsecções e os respetivos itens. Por considerarmos essencial, dedicaremos nesta parte, a uma análise das perspetivas e das soluções vigentes no âmbito do direito comparado de matriz europeu, americano e africano, às quais constituirão, seguramente, grandes apanágios, contributos e fontes de inspiração para a empreitada que pretendemos desenvolver na presente dissertação.

Depois de reunirmos no capítulo I, acervos de informações quanto ao conteúdo negativo e positivo do sigilo bancário no direito comparado, no capítulo II, secção I, procurar-nos-emos, em gesto do enquadramento específico, identificar e demonstrar a metamorfose e a evolução histórica do sigilo bancário, bem como diversos posicionamentos dos seus conteúdos positivos e negativos no direito guineense. Com efeito, com bastante acuidade, a temática de proteção constitucional do sigilo bancário, em geral, da constitucionalização do direito privado com recorte específico no direito da intimidade sobre a vida privada, dando ênfase e especial enfoque à análise da solução vigente na perspetiva constitucional do direito comparado e no direito interno, bem como estabelecer o alcance da problemática questão da «eficácia horizontal dos direitos fundamentais». Por fim, por uma questão de facilidade na exposição, mais do que simples aspetos da lógica de organização do trabalho, procederemos liminarmente à determinação da natureza do sigilo bancário.

Já, entretanto, a secção II, e os respetivos itens, serão dedicados, exclusivamente, à questão da determinação do regime jurídico do sigilo bancário no direito guineense, com contornos na fixação dos conteúdos positivo e negativo do sigilo bancário. Com especial enfoque às críticas da perspetiva de

jure constituto, e a desejável perspetiva de jure condendo, com a finalidade de densificar a devida e a

merecida guarida prática e legal do sigilo bancário. Com efeito, nesta secção, vamos procurar provar as hostilidades de que são vítimas os bancos da praça em face de posturas abusivas dos tribunais, numa autêntica afronta, desrespeito e banalização aos valores éticos profissionais protegidos no âmbito do sigilo bancário.

Ainda, nesta incursão da secção II, iremo-nos deter na análise da violação do sigilo bancário, da sua natureza e determinar o âmbito de responsabilidade e sanções para os casos de divulgações ou aproveitamentos ilícitos das informações objetos de sigilo bancário, bem como as respetivas consequências civil, penal, administrativa e disciplinar.

c) Por último, na Terceira Parte, relativa ao crescente parâmetro específico, e as suas secções e os

seus itens, serão dedicados à determinação do conteúdo e do âmbito do sigilo bancário, quanto à sua natureza jurídica, atendendo os seus fundamentos e limites. Portanto, nesta parte, procuraremos, em consideração ao conteúdo positivo e negativo do sigilo bancário, estabelecer o âmbito e o alcance do sigilo bancário, servindo-se e alimentando-se de intermináveis polémicas sobre a questão.

críticas mas também em deixar um modesto contributo e influenciar positivamente a justa e a merecida proteção ao sigilo bancário, numa perspetiva legal e de jure condendo, bem como influenciar a boa prática bancária com o único propósito de reforçar e densificar a devida guarida ao valor protegido pelo sigilo bancário, sem olvidar da necessidade, senão da imperatividade, de proteção de outros interesses e problemas atuais ligados ao combate ao lavagem de dinheiro conseguido por via ilícito, ao terrorismo mundial, a evasão ao fisco, etc, que convivem em prejuízo do conteúdo do sigilo bancário. Finalmente procuraremos dar resposta à questão do regime jurídico do sigilo bancário, quanto ao seu conteúdo, extensão e limitações.

CAPÍTULO II

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