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4.2.2 – Apresentação dos resultados das entrevistas aos CDT

Apresentaremos aqui os dados obtidos nas três entrevistas realizadas aos Coordenadores dos Diretores de Turma (E2 - Entrevista 2); (E3 - Entrevista 3) e (E4 - Entrevista 4).

As caraterísticas sociodemográficas e profissionais dos entrevistados, são as seguintes: 2 são do sexo feminino e 1 do sexo masculino; 2 das entrevistas situam-se na faixa etária dos 40 anos e 1 dos entrevistados possui mais de 50 anos. Os entrevistados possuem licenciatura, pertencem ao quadro do Agrupamento e têm mais de 20 anos de serviço (sendo que um dos professores está apenas há 6 anos nesta Escola e os outros dois há 20 anos). A entrevistada 2 exerce o cargo de Coordenador de Diretor de Turma há 5 anos, apesar de 3 deles não serem neste Agrupamento; a terceira e o quarto entrevistados exercem o cargo há 3 e 2 anos respetivamente no Agrupamento em questão.

De seguida questionou-se cada um(a) sobre o que entendiam por conflito. Utilizando expressões diversas, os inquiridos enunciaram realidades que revelam o conflito: “…tensões sociais / embate, choque, oposição… “ (E2); “… São desentendimentos que, a meu ver derivam da falta de respeito que existe entre eles.” (E3); “… comentários depreciativos; agressões físicas; empurrões…”. (E4)

Todos os entrevistados se demonstraram preocupados com o problema referido, quer nesta escola quer num universo mais alargado:

Sim, claro que sim, porque para além de “refletirem” os conflitos existentes na sociedade, são impeditivos de um clima tranquilo e propiciador a uma boa aprendizagem de todos os alunos.

Especificamente nesta Escola, embora a minha experiência me diga que os problemas de conflitos entre alunos, neste Agrupamento, e, em comparação com outros onde já trabalhei são mínimos e “ligeiros”, a verdade é que nos dois a três últimos anos têm-se agravado, embora ainda, na minha opinião, continuem a ser casos isolados e pontuais. (E2)

A grande preocupação dos inquiridos, relativamente aos conflitos é tentar evitar que eles existam, mas caso não seja possível é necessário resolvê-los da melhor forma de maneira a evitar complicações de maior gravidade: “Em primeiro lugar que eles não surjam

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(trabalhar na prevenção desde o 1.º Ciclo). De seguida, e, quando eles surgem, tentar resolvê-los o mais rápido possível, sem os deixar “aumentar” de importância de modo a prevenir futuras situações” (E2); “Que algum aluno se magoe gravemente e se tornem em situações descontroladas” (E3); “A gestão do processo e a forma de anular os conflitos e a violência”. (E4)

À pergunta: “Que tipo de conflitos entre os alunos surgem nesta escola?”, os resultados obtidos não foram muito diferentes aos dos questionários, pois as agressões verbais e físicas e o uso de vocabulário inadequado foram referidos. Para além disso também foi mencionado “…a falta de competência emocional para reagir a algum tipo de contrariedade escolar “ (E4) e na entrevista 2 a exposição foi mais concreta:

No 2.º Ciclo, ou envolvendo alunos do 2.º Ciclo, são conflitos sociais, relacionados com relações de poder, de amizade e de grupo. Ou seja, por vezes um aluno com menos qualidade no desenvolvimento das aprendizagens, no recreio, ou em situações de aula, provoca o conflito com os seus pares, nomeadamente, alunos com alguma característica física diferente dos outros, ou, com mais qualidade no desenvolvimento das aprendizagens. Estes conflitos, traduzem-se, habitualmente, por agressões verbais, mas também, por vezes, físicas. (E2)

Relativamente à origem destes conflitos os entrevistados apontam: “…a falta de educação e de respeito” (E3); “… a dimensão socioeconómica; estrutural e cultural da família e do meio envolvente…” (E4) e ainda

A família, escola, e, talvez, mesmo, uma questão cultural – “ se a sociedade me dá exemplos de mais fortes a «subjugarem» mais fracos, pela força física ou da agressão verbal, quando quero mostrar que sou melhor que os outros, faço aquilo que vejo fazer” (minha opinião muito pessoal, retirada de muitos anos de diálogos com alunos e EE). (E2)

Os três Coordenadores dos Diretores de Turma referem que a família e a educação transmitida aos filhos poderá ser uma das causas da existência dos conflitos.

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Na terceira parte das entrevistas, onde foram analisadas as estratégias de gestão de conflitos existentes na Escola começámos por pedir a cada um(a) que explicasse de que forma são eles resolvidos: “É um problema que deve ter a intervenção de vários agentes – CPCJ, psicologia, Escola Segura…” (E3); “Num primeiro momento, se a situação não for considerada grave, através de uma intervenção do docente, apelando à razão; depois, aplicando o estipulado no Regulamento Interno e, por fim, uma comunicação clara da situação ao Diretor de Turma” (E4);

Não há receita, dependendo dos alunos envolvidos, da situação em questão, entre outros fatores. A utilização do diálogo, esclarecimento da situação que conduziu ao conflito, apuramento de responsabilidades e responsabilização dos envolvidos, por forma a não surgirem outros conflitos entre os alunos envolvidos, são algumas formas de os resolver. (E2)

Relativamente às “vantagens e limitações dos mecanismos de gestão de conflitos utilizados nesta Escola?” obtivemos as seguintes explicações: “…Há ações que são tomadas, como por exemplo, falar com os alunos envolvidos, mas têm de ser tomadas medidas mais eficazes de acordo com a lei.” (E3); “Vantagens: a tomada de consciência desses mecanismos por parte dos docentes, essencialmente. Limitações: o excesso de burocracia na condução do processo” (E4);

A gestão de conflitos utilizada nesta Escola tem a vantagem de propiciar um momento em que os alunos são “obrigados” a refletir nas suas atitudes. A limitação é de caráter temporal – nem sempre, no momento de conflito, é possível resolvê-lo, ficando a situação a crescer ou a criar um clima de mal-estar entre os alunos envolvidos. (E2)

Inquiridos os Coordenadores dos Diretores de Turma relativamente à questão se os conflitos entre alunos podiam e/ou deviam ser resolvidos de outra forma, as respostas foram díspares: um entendeu que sim, outro que não e o terceiro sugeriu apenas que se aplicasse as medidas previstas na lei. Ora vejamos: “Não, parece-me que este é o caminho – diálogo, respeito pelo outro e pelas regras de convivência. A intervenção de técnicos especializados

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(Psicólogos, entre outros) é uma mais-valia neste processo” (E2); “Sim, com a intervenção imediata dos serviços de psicologia; Assistente Social; Diretor de Turma; alunos em causa; respetivos Encarregados de Educação e Direção do Agrupamento”. (E4)

Relativamente aos documentos estruturantes os três coordenadores consideram que traduzem as opções do Agrupamento relativamente à gestão de conflitos, mesmo que em alguns casos seja “…de uma forma geral e implícito noutras vertentes…”. (E2)

Querendo apurar o que cada um entendia por mediação de conflitos deparamo-nos com respostas muito sucintas o que levanta a questão sobre a importância da formação nesta matéria. “Árbitro / Gestor / Intermediário na resolução de uma situação / negócio / conflito.” foi a resposta do segundo entrevistado; o terceiro entrevistado apenas referiu ser uma “Situação de resolução de conflitos”; para o quarto entrevistado trata-se de “Uma intervenção (i)mediata no sentido de proteger as eventuais vítimas e punir os agressores de acordo com o previsto na lei.”

Todos os três entrevistados concordam que seria benéfica a implementação da técnica de mediação de conflitos na escola em questão e “…com a máxima urgência…” (E 4) e também porque “Toda a aprendizagem nesta área será sempre uma mais-valia pessoal e profissional”. (E2)

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5.

– Discussão dos resultados

Neste capítulo será feita uma análise aos dados apresentados, comparando-os com literatura disponível relativa ao tema, com o propósito de procurarmos um sentido mais amplo para os resultados obtidos. Polit e Hungler (1995) indicam que o processo de interpretação dos resultados estabelece a preocupação do investigador para entender os resultados obtidos, de acordo com o que é conhecido, resultante de trabalhos anteriores na área, e de acordo com adequação os métodos usados na investigação.

Os dados apresentados anteriormente serão também discutidos tendo em conta a análise documental elaborada.

Pelo que foi referido aquando da justificação do estudo considerámos que uma Escola TEIP seria um local onde o estudo realizado faria sentido.

A análise dos resultados será feita seguindo as perguntas do questionário e das entrevistas, conjuntamente, uma vez que estão relacionadas.

Quando inquirimos os professores sobre o ambiente da Escola apenas um considera que é pouco satisfatório. Todos os restantes o consideram satisfatório, bom ou até muito bom. Perante os dados recolhidos, e analisando a tabela 2 podemos referir que o ambiente escolar é bom. No entanto a maioria dos professores (71,7% dos respondentes ao questionário e todos os entrevistados) considera que existem conflitos na escola.

A maioria dos professores considera que os conflitos ocorrem com alguma frequência (51,5%) e apenas 27,3% considera que estão a diminuir.

Atendendo a que a grande maioria dos professores afirma que os conflitos se mantêm, 9,1% considera até que têm aumentado e a segunda entrevistada refere que nos dois a três últimos anos os conflitos têm-se agravado, é importante refletir sobre os mesmos e sobre o que poderá ser feito para ajudar a supera-los.

Este é um problema que preocupa a diretora da escola e os coordenadores dos Diretores de Turma, seja num âmbito geral seja na escola em estudo, tal como referido nas entrevistas.

Relativamente às causas dos conflitos, estas residem essencialmente nas “relações humanas”, na “intolerância”, nas “diferenças de personalidade” e na “inveja”. As “relações humanas” são a causa predominante, como podemos verificar ao analisar as tabelas 6, 7 e 8. Tais resultados vão ao encontro da perspetiva de Jares (2002) que considera que entre as causas geradoras de conflito escolar encontram-se as questões pessoais e de relação interpessoal, como as mencionadas na presente investigação.

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Já no Estatuto do Aluno, em 2012, é referida essa preocupação:

O aluno tem o dever, sem prejuízo do disposto no artigo 40.º e dos demais deveres previstos no Regulamento Interno da Escola, de: …

i) Respeitar a integridade física e psicológica de todos os membros da comunidade educativa, não praticando quaisquer atos, designadamente violentos, independentemente do local ou dos meios utilizados, que atentem contra a integridade física, moral ou patrimonial dos professores, pessoal não docente e alunos; …

l) Respeitar a propriedade dos bens de todos os membros da comunidade educativa. (Lei n.º 51/2012 de 5 de setembro)

Nos documentos estruturantes do Agrupamento é mencionada a preocupação com a melhoria das relações humanas, tal como podemos observar:

Compromissos/objetivos gerais: … estabelecimento de regras de convivência… educação cívica dos alunos…

Concurso: «Parlamento de jovens.» - Educar para a cidadania; … 2º eixo de intervenção: Prevenção… e Regulação do clima de escola …

Campanha ser amigo. – Incutir nos alunos o espirito de solidariedade, ajuda e partilha. (PAA – Plano Anual de Atividades, pg. 3, 22, 23 e 35)

Ao tentarmos perceber onde ocorrem os conflitos verificamos que a predominância incide “no recreio”. Todavia, também “nos corredores entre as salas de aula” e “à saída e entrada da escola” se verificam com frequência esses conflitos. E não podemos ignorar que a “sala de aula” também é um local escolhido pelos alunos para entrarem em conflito, embora essa opção apareça como terceira.

Observando as tabelas 12, 13 e 14 verificamos que as agressões verbais são as mais utilizadas pelos alunos (100% dos professores escolheram esta possibilidade como a primeira opção). Mas as “agressões físicas” também são consideradas frequentes: 17

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professores (51,5%) escolheram esta hipótese como segunda opção e 7 (21,2%) como a terceira. Seguidamente aparece a “Chantagem / ameaça” com 30,3% na segunda escolha e 36,4% na terceira. Segue-se a “pressão psicológica” com 6 professores (18,2%) na segunda opção e 11 (33,3%) professores na terceira.

A Diretora do Agrupamento considera que os conflitos são sobretudo de inter- relacionamento, tal como referido na apresentação dos resultados das entrevistas. Também entende que a origem desses conflitos assenta nos fatores família e na falta de suporte psicossocial. Tal perceção sobre aos fatores conducentes ao conflito é corroborada na literatura sobre o tema, autores como Ghaffar (2009) e Jares (2002) consideram que os fatores causadores de conflito podem ser fatores exógenos, que se localizam fora do contexto educativo (e.g., ambiente socioeconómico, sociocultural, família) ou fatores endógenos, que se localizam dentro do contexto educativo (e.g., clima institucional).

A entrevistada 2 considera que os conflitos se traduzem, habitualmente, por agressões verbais e físicas e que a sua origem também tem relação direta com a família, escola e possivelmente na questão cultural. A terceira entrevistada também refere as agressões verbais e físicas, mas considera que a sua origem está na falta de educação e de respeito. O quarto entrevistado considera que o uso de vocabulário inadequado é muito comum e que a família e o meio envolvente contribuem para que o uso seja recorrente.

Relativamente à gestão da disciplina na escola ela é considerada rigorosa quando estamos a falar “no relacionamento entre os alunos” e “em sala de aula”. Como se pode verificar nas tabelas 15 e 16 as respostas são exatamente iguais. Isto vai de encontro à preocupação manifestada pela Diretora, na entrevista, relativamente à gestão dos conflitos.

Quando falamos dos ”recreios” a questão da disciplina aporta um dado relevante ao nosso estudo: 21 professores consideram-na pouco ou nada rigorosa (cerca de 64%), o que valida a predominância dos conflitos nesta área escolar.

No entanto, um grande problema que existe, hoje em dia, nas nossas escolas é a insuficiência do pessoal não docente. Este problema é referido frequentemente pelos meios de comunicação social“…faltam auxiliares, situação que, nos casos mais extremos, já levou escolas a fechar completamente…” (Diário de Noticias, 18 de outubro de 2016) e não podemos esquecer que o seu papel é muito importante numa escola, nomeadamente na vigilância dos recreios.

Na sequência do nosso estudo, procuramos também perceber como age alguém que se depara com um conflito entre dois ou mais alunos. A atuação perante um conflito entre alunos depende, na perspetiva dos professores, da caraterística e da gravidade do mesmo. Se a situação é grave o adulto recorre diretamente à Direção da Escola, mas ocorrendo um conflito mais comum é feita uma participação ao Diretor de Turma, que analisará a situação

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e atuará em conformidade. Em muitos casos a situação é resolvida no GACE onde se encontram professores destacados para o efeito. São poucas as situações em que há uma tentativa de conciliação ou de negociação entre os alunos.

O GACE é o Gabinete de Apoio à Comunidade Educativa e tal como refere o Regulamento Interno (pg. 42): “…tem como missão principal fazer a gestão de situações, mais ou menos problemáticas,…” e com a finalidade de “Facilitar a vida escolar de toda a comunidade educativa, mediando situações de conflito, …”

Quando o conflito chega à Diretora do Agrupamento esta escuta as duas partes e tenta resolvê-lo de uma forma positiva, tal como é descrito na apresentação dos resultados. A diretora considera que este processo promove o crescimento dos alunos, no entanto nem sempre é possível aplicá-lo, por falta de tempo ou por não haver concordância entre os docentes.

De acordo com a literatura, a promoção da escuta ativa facilita que ambas as partes se sintam mutuamente compreendidas na dimensão cognitiva e afetiva do problema em causa, e constitui uma competência de comunicação favorecedora de uma gestão construtiva de conflitos (Cunha & Leitão, 2016).

Ainda segundo Carvalho (2012), o modo de comunicar adotado pelo diretor tem efeitos nas relações interpessoais e também consequente desempenho dos professores, o que se sintetiza no pensamento de que o modo como falamos pode transformar o modo como trabalhamos.

Todos sabemos que não existem receitas para a resolução dos conflitos. Este facto também o revela a segunda entrevistada. No entanto é importante recorrer ao diálogo e ao esclarecimento da situação de forma a evitar outros conflitos entre os mesmos alunos. Neste sentido, nesta Escola é proporcionado aos alunos um tempo para refletir sobre as suas atitudes o que se revela muito positivo (E2).

Na opinião da terceira entrevistada a resolução de conflitos passa pela intervenção de vários agentes como a CPCJ, psicóloga, Escola Segura.

O quarto entrevistado refere que a resolução dos conflitos depende da gravidade da situação.

Na terceira parte dos questionários e das entrevistas procurámos perceber qual a perceção dos professores sobre a gestão dos conflitos entre alunos na Escola.

Quando analisamos as regras de convivência e como estão definidas na Escola, 75,7% dos entrevistados considera que estão definidas de forma clara e que os Diretores de Turma as apresentam também de forma clara. No entanto o mesmo número de professores também refere que os alunos deviam conhecer melhor o Regulamento Interno da Escola.

97 O aluno tem o dever, …, de: …

d) Tratar com respeito e correção qualquer membro da comunidade educativa, e) Guardar lealdade para com todos os membros da comunidade educativa; f) Respeitar a autoridade e as instruções dos professores e do pessoal não docente; … (Lei n.º 51/2012 de 5 de setembro)

No entanto pela análise do questionário chegamos à conclusão que existe alguma resistência à autoridade por parte dos alunos. Essa é a opinião de 88% dos inquiridos (tabela 22).

Na Escola, também o respeito pelo pessoal não docente é fundamental; estes colaboradores podem ter um papel muito importante na gestão de conflitos entre os alunos, tal como podemos constatar na tabela 23. E na tabela 24 podemos verificar que 97% dos professores entende que a vigilância dos espaços exteriores também é fundamental na prevenção dos conflitos.

Para além dos professores e do pessoal não docente, existem outros intervenientes que também podem ser muito úteis na gestão dos conflitos. Quanto ao Psicólogo Escolar, cerca de 88% dos inquiridos considera fundamental a sua participação na gestão dos conflitos entre os alunos. Nos documentos estruturantes verificamos que existe o Serviço de Psicologia e Orientação e que o Agrupamento dispõe de dois psicólogos ao serviço da escola, um da autarquia e outro autorizado pelo programa TEIP 3.

Embora 11 professores (33,3%) não tenham opinião bem definida relativamente à participação dos elementos do GACE na gestão dos conflitos entre os alunos, a sua maioria (63,7%) considera que é importante a sua participação na resolução destes problemas. Aliás tal como consta do Regulamento Interno o GACE também foi criado com essa finalidade.

Como está referido no sexto capítulo do Regulamento Interno, existem serviços técnico-pedagógicos com elementos externos à escola (assistente social, CPCJ, Centro de Saúde, …) que colaboram com a mesma e que também desempenham um papel muito salutar na resolução dos conflitos. Também no Plano Estratégico do Agrupamento é referida a importância das parcerias existentes:

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4º eixo de intervenção: “Relação Escola – Família – Comunidade e Parcerias. … Para a operacionalização e concretização das ações dos projetos / planos referidos foram disponibilizados os seguintes recursos:

Projeto TEIP 3:

1 Psicólogo … Contrato de autonomia:

1 Animador Social… (Plano Estratégico, 2015-2016)

O papel dos pais / EE é fundamental na prevenção e resolução de conflitos entre os alunos (tabela 28). Aliás no Plano Anual de Atividades existem atividades previstas para favorecer a sua participação na vida escolar dos seus educandos:

… criando mecanismos de participação efetiva com os pais e EE…

… –

aumentar o nível de participação dos EE na escola. …

… Feira do emprego: - promover a articulação entre escola / família / comunidade…

Promover a convivência entre alunos e pais e EE de diversas turmas. (PAA, 2015-2016, pg. 3, 5, 18 e 37)

O Plano de Melhoria (2013 – 2017) também menciona essa necessidade quando refere que é necessário criar mecanismos de participação efetiva dos Encarregados de Educação.

Quanto à figura do Diretor de Turma é unânime que é muito importante para a resolução destes e outros problemas (tabela 29). A entrevistada 1 também corrobora dessa opinião, o que a leva a recorrer muitas vezes a essa mesma figura.

A atividade “Almoço convívio dos alunos com os DT”, que consta do PAA (2015- 2016), demonstra a importância de criar um bom relacionamento entre o Diretor de Turma e os alunos.

Em relação às tutorias, cerca de 82% dos inquiridos concordam que permitem o diálogo entre os alunos e ajudam na resolução dos seus conflitos. Essas tutorias decorrem no GACE tal como é referido na pg. 42 do Regulamento Interno: “No GACE será, ainda,

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prestado o serviço a acompanhamento tutorial,… uma medida de apoio educativo individualizado, de maior proximidade com os/as aluno/as, no sentido de facilitar a sua integração no meio escolar,…” (RI – Regulamento Interno, 2013 – 2017). Essa necessidade também é mencionada no PPM (Plano Plurianual de Melhoria) – TEIP: “Mediante proposta do conselho de turma é designado um Professor Tutor …, apoiando-os na superação das suas dificuldades académicas e de relacionamento.” (PPM – TEIP, 2014 – 2017)

No que se refere à intervenção dos alunos na resolução dos conflitos, a maioria dos professores (66,6%) concorda que eles podem ajudar na resolução dos conflitos entre os colegas. Outro dado importante é que os alunos recorrem aos professores quando têm um conflito com os colegas (embora aqui seja a opinião apenas de 51,5 % dos inquiridos).

O tema em estudo é deveras pertinente para as escolas e deveria constar do Projeto Curricular de Turma. É a opinião de 75,8% dos inquiridos. Para além disso deveria também fazer parte da programação da educação para a cidadania tal como referem 93,9% dos respondentes ao questionário. A ação de formação prevista no Plano Anual de Atividades já vai nesse sentido: “O bullying na escola: – Realização de uma ação de formação para alunos, professores pessoal não docente, …” (PAA, 2015 – 2016, pg.38)

Importante é também a participação noutras atividades extra-aulas, tais como o desporto escolar e os clubes. Estas atividades podem promover o convívio entre os alunos e ajudar na resolução dos seus conflitos.

O Projeto de Desenvolvimento do Currículo para 2015 – 2016 vem favorecer esta

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